Ida Regina Moro Milléo de Mendonça - Programa de Pós ...
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Os estudos aqui examinados parecem, em conjunto, ressaltar <strong>de</strong> maneira<br />
implícita da necessida<strong>de</strong> da tomada <strong>de</strong> consciência dos educadores e professores<br />
<strong>de</strong> crianças pequenas sobre os significados das suas próprias ações no processo<br />
pedagógico, para que então se assumam como profissionais da educação infantil.<br />
3.2 A TOMADA DE CONSCIÊNCIA<br />
consciência.<br />
As referências que seguem são <strong>de</strong> estudos relativos à tomada <strong>de</strong><br />
<strong>Moro</strong> (2005), em estudo com crianças <strong>de</strong> sete e oito anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>,<br />
i<strong>de</strong>ntificou e <strong>de</strong>screveu três níveis <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> consciência <strong>de</strong> relações básicas<br />
da divisão em tarefas <strong>de</strong> repartição. São eles: o primeiro nível, da concepção pré-<br />
aditiva da divisão, apontado como o menos avançado; o segundo nível, da<br />
concepção aditiva, caracterizado como <strong>de</strong> nível intermediário; e o terceiro nível, da<br />
concepção elementar <strong>de</strong> divisão, consi<strong>de</strong>rado o nível mais avançado. A autora<br />
verificou que, no plano das realizações práticas e no da representação, ocorreu<br />
tomada <strong>de</strong> consciência por abstração reflexionante das relações típicas da divisão.<br />
Para a autora, a superação <strong>de</strong> obstáculos conceituais e relacionais<br />
referentes ao conteúdo das realizações práticas <strong>de</strong> repartir, ou seja, o “dar-se-<br />
conta” das relações vivenciadas, proporcionou avanços na tomada <strong>de</strong> consciência<br />
em cada nível e entre os níveis observados.<br />
Conforme MORO (2005, p. 222)<br />
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os avanços no apren<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ver-se-iam também: ao patamar<br />
conceitual <strong>de</strong> partida do sujeito, trazendo-lhe formas <strong>de</strong> aproveitar,<br />
nas tarefas, suas experiências anteriores (escolares e não<br />
escolares) com o conteúdo; à qualida<strong>de</strong> das intervenções do<br />
adulto (no papel do professor) ao amplificar as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
tomada <strong>de</strong> consciência <strong>de</strong> ações, <strong>de</strong> relações entre elas e seus<br />
resultados, <strong>de</strong> cada sujeito e entre eles.<br />
Desse modo, consi<strong>de</strong>ra que, para ocorrer a ação do aluno na construção<br />
do seu conhecimento, é preciso proporcionar-lhe tarefas que ensejem sua<br />
interpretação na busca <strong>de</strong> solução, com proposta notacional a respeito das<br />
soluções encontradas. Para isso, <strong>Moro</strong> (2002) enfatiza o papel do professor na<br />
condução <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> aprendizagem, na i<strong>de</strong>ntificação dos conhecimentos