Ida Regina Moro Milléo de Mendonça - Programa de Pós ...
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experiência cotidiana, é a reflexão sobre as situações contextualizadas e a<br />
representação formal implica no saber escolar.<br />
Portanto, quando há reflexão-na-ação, o professor tem uma maior<br />
compreensão figurativa das elaborações dos alunos, ou seja, das questões<br />
confusas ou mal interpretadas do saber escolar.<br />
Para Schon (1997), o professor reflexivo precisa encorajar e reconhecer as<br />
confusões do seu aluno, bem como reconhecer as suas próprias confusões.<br />
Significa o professor tomar consciência da sua própria aprendizagem,<br />
sendo a maneira pela qual ele po<strong>de</strong> reconhecer o problema que necessita <strong>de</strong><br />
intervenção. Ressalta esse autor que “o gran<strong>de</strong> inimigo da confusão é a resposta<br />
que se assume como verda<strong>de</strong> única.” (SHON, 1997, p. 85). Exceto quando, <strong>de</strong><br />
fato, só há uma resposta certa. Em síntese, a reflexão-na-ação implica o professor<br />
colocar em prática as facetas mais humanas e criativas <strong>de</strong> si próprio (Schon,<br />
1997).<br />
Segundo a mesma dimensão reflexiva adotada por Schon (1997), <strong>de</strong>staca-<br />
se as interpretações <strong>de</strong> Fiorentini (2007), para quem a prática <strong>de</strong> ensino precisa<br />
ser norteada pela totalida<strong>de</strong> do fenômeno educativo. Consi<strong>de</strong>ra que, para o<br />
professor ensinar, é preciso que observe as múltiplas dimensões e perspectivas<br />
da prática educativa, sendo a própria natureza complexa e multifacetada da<br />
prática que faz com que ele tenha uma atitu<strong>de</strong> e uma prática reflexivas.<br />
Conclui o autor que “o trabalho mediado pela reflexão e investigação sobre<br />
a prática educativa, é uma estratégia po<strong>de</strong>rosa <strong>de</strong> educação contínua <strong>de</strong><br />
professores.” (FIORENTINI, 2007, p. 15). Destaca ainda que essa é uma forma <strong>de</strong><br />
o professor ressignificar <strong>de</strong> forma permanente a sua prática e seus saberes.<br />
Nesse mesmo caminho <strong>de</strong> reflexão pelo professor sobre sua ação, Forentini<br />
(2007) consi<strong>de</strong>ra que, para ocorrerem a problematização e a transformação dos<br />
saberes docentes do professor, é necessário avançar nas reflexões dos aspectos<br />
gerais do processo educacional. Para ele, “é preciso mergulhar fundo nas práticas<br />
cotidianas para perceber nelas (ou extrair <strong>de</strong>las) o diferente, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
ruptura com o estabelecido, com as verda<strong>de</strong>s cristalizadas pela tradição<br />
pedagógica.” (FIORENTINI, 2007, p. 9).<br />
O estudo sob a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Fiorentini (2007) <strong>de</strong>senvolvido com um<br />
grupo <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> matemática da educação básica, aponta que o trabalho<br />
mediado pela reflexão e investigação permanentes sobre a prática docente requer<br />
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