13.04.2013 Views

Ida Regina Moro Milléo de Mendonça - Programa de Pós ...

Ida Regina Moro Milléo de Mendonça - Programa de Pós ...

Ida Regina Moro Milléo de Mendonça - Programa de Pós ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

O professor, para Tardif (2006, p. 230), “é um sujeito que assume sua<br />

prática a partir dos significados que ele mesmo lhe dá, um sujeito que possui<br />

conhecimentos e um saber-fazer provenientes <strong>de</strong> sua própria ativida<strong>de</strong> e a partir<br />

dos quais ele a estrutura e a orienta.” Nesse caso, a tomada <strong>de</strong> consciência do<br />

professor acontece pela interpretação dos significados da própria ação.<br />

Em tal perspectiva, o conceito <strong>de</strong> professor como prático reflexivo, assim<br />

<strong>de</strong>nominado por Schon (1997), é explicado por Gómez como uma forma própria<br />

<strong>de</strong> o professor analisar suas práticas em diversas situações cotidianas,<br />

relacionadas: à superação <strong>de</strong> problemas da vida escolar, à compreensão e ao<br />

modo <strong>de</strong> utilizar o conhecimento científico, à forma <strong>de</strong> resolver situações<br />

<strong>de</strong>sconhecidas, às maneiras <strong>de</strong> elaborar e modificar as rotinas. E, ainda, às<br />

práticas relacionadas à experimentação <strong>de</strong> hipóteses <strong>de</strong> trabalho e à recriação <strong>de</strong><br />

estratégias, procedimentos e recursos.<br />

Esse autor ressalta que a reflexão não é um processo psicológico<br />

individual. Para ele, “a reflexão implica a imersão consciente do homem no mundo<br />

da sua experiência, um mundo carregado <strong>de</strong> conotações, valores, intercâmbios<br />

simbólicos, correspondências afetivas, interesses sociais e cenários políticos.”<br />

(GÓMEZ, 1997, p. 103).<br />

Assim, consi<strong>de</strong>ra que o conhecimento acadêmico ou teórico servirá como<br />

instrumento dos processos <strong>de</strong> reflexão quando se integrar <strong>de</strong> forma significativa<br />

aos esquemas <strong>de</strong> pensamento mais genéricos, relacionados pelo sujeito na<br />

interpretação da sua realida<strong>de</strong> atual e na organização da sua própria experiência.<br />

Nesse sentido, afirma que “a reflexão não é um conhecimento puro, mas sim um<br />

conhecimento contaminado pelas contingências que ro<strong>de</strong>iam e impregnam a<br />

própria experiência vital.” (GÓMEZ, 1997, p.103).<br />

Com o mesmo enfoque da reflexão sobre a prática educativa, Schon (1997,<br />

p. 79-80) suscita <strong>de</strong>safios ao apresentar as seguintes proposições:<br />

32<br />

Quais as competências que os professores <strong>de</strong>veriam ajudar as<br />

crianças a <strong>de</strong>senvolver? [...] que tipos <strong>de</strong> conhecimento e <strong>de</strong><br />

saber-fazer permitem aos professores <strong>de</strong>sempenhar o seu<br />

trabalho eficazmente? [...] que tipos <strong>de</strong> formação serão mais<br />

viáveis para equipar os professores com as capacida<strong>de</strong>s<br />

necessárias ao <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> seu trabalho?<br />

Esse autor relaciona o conhecimento, a aprendizagem e o ensino à noção<br />

do saber escolar. Consi<strong>de</strong>ra que há duas formas diferentes do saber escolar: a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!