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TURISMO<br />
Antonio Carlos Coelho *<br />
Essa cidade histórica, citada na<br />
Bíblia, e que tem este nome devido<br />
a um tipo de cebola que era<br />
cultivada na região, a “ascalonia”,<br />
atrai visitantes pela beleza das suas<br />
praias e pelos achados arqueológicos<br />
que testemunham<br />
sua importância<br />
histórica.<br />
Entre os locais<br />
mais visitados está o<br />
Parque Nacional, com<br />
magníficas marcas<br />
deixadas pelos povos<br />
que por lá passaram.<br />
É, na verdade, o local<br />
da antiga Ashkelon.<br />
Lá, estão as muralhas<br />
do período canaanita<br />
e, também do cru-<br />
zado. Escavações próximas<br />
ao mar revelam<br />
as raízes bíblicas da<br />
cidade. Há um igreja bizantina e<br />
uma cruzada, além de estátuas romanas<br />
no Jardim das Esculturas.<br />
Na cidade encontram-se outros<br />
marcos históricos que merecem<br />
visita. Na Rua Hatayasim está<br />
a “Tumba Pintada”, do terceiro sé-<br />
Capitel romano remanescente<br />
em Ashkelon<br />
culo da era comum. A tumba está<br />
decorada com afrescos representando<br />
figuras da mitologia grega, como:<br />
ninfas, árvores e animais, além de<br />
Demeter (a deusa grega da colheita)<br />
acompanhada de crianças com cestas<br />
de uvas. Pan aparece com sua<br />
flauta, junto de gazelas e pássaros.<br />
No bairro de Barnea<br />
estão as ruínas de uma<br />
basílica bizantina do século<br />
quinto ou sexto, e<br />
ainda há um piso em<br />
mosaico, bastante conservado,<br />
provavelmente,<br />
parte da antiga igreja.<br />
Já no bairro de<br />
Afridar, próximo ao<br />
centro de informações<br />
turísticas, encontramse<br />
belíssimos exemplares<br />
de sarcófagos roma-<br />
nos descobertos em<br />
1972. Um deles apresenta<br />
uma cena de<br />
combate, outro representa o rapto<br />
de Perséfone, filha de Demeter.<br />
Ashkelon atualmente tem uma<br />
população aproximada de 90 mil<br />
habitantes. Muitos são imigrantes<br />
russos que se fixaram nos últimos<br />
anos. A cidade compreende vários<br />
Ashkelon - 2<br />
bairros, com destaque para Afridar,<br />
estabelecido em 1952 por iniciativa<br />
da Congregação <strong>Judaica</strong> Sulafricana.<br />
Este bairro possui uma<br />
área verde muito grande onde se<br />
situam os hotéis e locais de diversão<br />
da cidade. Há, também, o bairro<br />
Migdal, uma antiga povoação árabe<br />
que foi incorporada à cidade em<br />
1955. Nele existe um interessante<br />
comércio ao ar livre que funcionam<br />
no período da manhã.<br />
A poucos quilômetros ao sul de<br />
Ashkelon está o kibutz Yad Mordechai.<br />
O kibutz, fundado por membros<br />
do movimento “chalutziano”, tem o<br />
nome do líder do Levante do Gueto<br />
de Varsóvia, Mordechai Anilevich.<br />
No centro do kibutz há uma estátua<br />
desse herói judeu. Próximo está a<br />
torre da caixa d’água destruída pelos<br />
egípcios na Guerra da Independência.<br />
Há ainda um museu dedicado<br />
ao heroísmo judaico - desde o<br />
Levante do Gueto até a Guerra da<br />
Independência — e, é claro e justo,<br />
que os moradores não sejam esquecidos.<br />
Pois, em 1948, com heroísmo,<br />
contiveram um exército egípcio<br />
de 5 mil homens por seis dias, tempo<br />
suficiente para a Haganá reorganizar<br />
a sua defesa.<br />
VISÃO JUDAICA agosto de 2007 Elul 5767 / Tishrei 5768<br />
Usina de<br />
dessalinização<br />
da água<br />
do mar<br />
* Antonio Carlos Coelho é professor, diretor do Instituto Ciência e Fé, e colaborador do jornal <strong>Visão</strong> <strong>Judaica</strong>.<br />
Continua na página 14<br />
15<br />
Vista de uma<br />
praia em<br />
Ashkelon<br />
Marina<br />
moderna em<br />
Ashkelon