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Sem título-1 - Visão Judaica

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26<br />

VISÃO JUDAICA agosto de 2007 Elul 5767 / Tishrei 5768<br />

* David Harris é jornalista e<br />

este seu artigo foi<br />

publicado no The<br />

Jerusalem Post. Traduzido<br />

por Irene Walda<br />

Heynemann. Publicado no<br />

site De Olho na Mídia<br />

(www.deolhonamidia.org.br)<br />

em 04/6/2007.<br />

Dez modos em que o Estado<br />

de Israel é tratado de forma desigual<br />

David Harris *<br />

qui está a minha lista. Eu<br />

convido os leitores a sugeriram<br />

outros exemplos que<br />

particularmente os aflijam.<br />

Primeiro, Israel é o único<br />

estado membro da ONU, cujo<br />

próprio direito de existir está sob uma<br />

contínua contestação. Apesar do fato<br />

de Israel ter sido criado com a aprovação<br />

oficial da ONU e se tornado um<br />

país membro deste organismo mundial<br />

desde 1949, existe um coro implacável<br />

de nações, instituições e indivíduos<br />

que negam a própria legitimidade<br />

política de Israel. Ninguém<br />

ousaria questionar o direito de existir<br />

da Líbia, da Arábia Saudita ou da<br />

Síria. Por que então está aberta a estação<br />

de caça a Israel? Como se nós<br />

não soubéssemos a resposta.<br />

Segundo, Israel é o único país<br />

membro da ONU que é vítima de<br />

ameaças públicas de aniquilação por<br />

outro país membro da ONU. Pense<br />

nisto. O presidente iraniano clama<br />

para que Israel seja varrido do mapa.<br />

Há qualquer outro país que enfrenta<br />

tal clamor aberto por<br />

sua destruição genocida?<br />

Terceiro, Israel é a<br />

única nação cuja capital,<br />

Jerusalém, não é<br />

reconhecida pelas outras<br />

nações. Imagine o<br />

absurdo disto. Diplomatas<br />

estrangeiros vivem<br />

em Tel Aviv e ao<br />

mesmo tempo conduzem<br />

virtualmente todos o seus<br />

assuntos em Jerusalém. Embora<br />

nenhuma nação ocidental<br />

questione a presença de Israel na<br />

metade ocidental da cidade, onde<br />

estão localizados o gabinete do primeiro-ministro,<br />

o parlamento (Knes-<br />

Um agente do Hezbolá, entrevistado<br />

pelo Canal 10 da TV israelense<br />

afirmou que o grupo terrorista foi<br />

salvo pela decisão do governo Olmert<br />

de pedir um cessar-fogo.<br />

“O cessar-fogo [ao final da Segunda<br />

Guerra no Líbano] serviu<br />

como um colete salva-vidas para a<br />

organização”, disse o terrorista. Ele<br />

explicou que o grupo teria se rendido<br />

se as batalhas prosseguissem<br />

por mais 10 dias.<br />

Ele descreveu a condição do<br />

set) e o Ministério das Relações Exteriores,<br />

não há nenhuma embaixada<br />

lá. Na realidade, se você olhar<br />

listagens de cidades mundiais, inclusive<br />

locais de nascimento em<br />

passaportes, você verá freqüentemente<br />

algo espantoso - Paris, França;<br />

Tóquio, Japão; Pretória, África<br />

do Sul; Lima, Peru; e Jerusalém, sem<br />

país - órfão, se você quiser.<br />

Quarto, a ONU tem duas agências<br />

que tratam de refugiados. Uma, o<br />

Alto Comissariado das Nações Unidas<br />

para os Refugiados (UNHCR, em<br />

inglês), cujo foco são as populações<br />

de refugiados de todo o mundo,<br />

menos um. A outra, a Agência das<br />

Nações Unidas de Assistência aos<br />

Refugiados (UNRWA, em inglês), trata<br />

só dos palestinos. Mas a esquisitice<br />

vai além das duas estruturas e<br />

duas burocracias. Eles têm dois mandatos<br />

diferentes. A UNHCR busca reassentar<br />

os refugiados; a UNRWA não.<br />

Quando, em 1951, John Blanford, o<br />

diretor da UNRWA, propôs reassentar<br />

até 250.000 refugiados em países<br />

árabes, estes países recusaram,<br />

levando à sua renúncia. A mensagem<br />

terminou por aí. Nenhuma autoridade<br />

da ONU desde então pressionou<br />

pelo seu restabelecimento.<br />

Além disso, as definições de “refugiado”<br />

da UNRWA e da UNHCR diferem<br />

consideravelmente. Enquanto<br />

que a UNHCR objetiva aqueles que<br />

fugiram de suas pátrias, a definição<br />

da UNRWA cobre “os descendentes de<br />

pessoas que se tornaram refugiados<br />

em 1948”, sem qualquer limitação<br />

relativa à geração.<br />

Quinto, Israel é o único país<br />

que ganhou todas as guerras principais<br />

pela sua sobrevivência e autodefesa,<br />

e ainda assim é confrontado<br />

pelos adversários derrotados<br />

que teimam em ditar as condições<br />

da paz. Ao fazerem isso, ironicamente,<br />

eles são apoiados por muitos<br />

países que, vitoriosos nas<br />

guerras, exigiram — e conseguiram<br />

— ajustes de suas fronteiras.<br />

Sexto, Israel é o único país que<br />

foi censurado nominalmente — não<br />

uma, mas nove vezes — desde que o<br />

novo Conselho de Direitos Humanos<br />

da ONU foi estabelecido em junho<br />

de 2006. Incrivelmente, ou talvez<br />

não, este organismo da ONU não tem<br />

adotado uma única resolução criticando<br />

qualquer país que realmente<br />

abusa dos direitos humanos. Quando<br />

finalmente discutiu a situação de<br />

Darfur, o Conselho se recusou vergonhosamente<br />

a apontar um dedo sequer<br />

para o Sudão.<br />

Sétimo, Israel é o único país que,<br />

em violação ao espírito do Estatuto<br />

da ONU, não é membro efetivo de um<br />

dos cinco blocos políticos regionais<br />

— África, Ásia, Europa Oriental, América<br />

Latina, e Europa Ocidental e<br />

Outros (WEOG, em inglês) — o que<br />

determina a elegibilidade à candidatura<br />

aos postos principais da ONU.<br />

Embora Israel tenha conseguido uma<br />

brecha em 2000 e se unido ao WEOG,<br />

sua associação é limitada a Nova<br />

Iorque, e não a outros centros da<br />

ONU, além de ser tanto condicional<br />

quanto temporária.<br />

Oitavo, Israel é o único país que<br />

é diariamente alvo de três organismos<br />

da ONU, estabelecidos somente<br />

para fazer progredir a causa palestina<br />

e esmagar Israel — o Comitê para<br />

o Exercício dos Direitos Inalienáveis<br />

o Povo Palestino, o Comitê Especial<br />

para Investigar Práticas Israelenses<br />

que Afetam os Direitos Humanos do<br />

Povo Palestino, e a Divisão pelos<br />

Direitos Palestinos do Departamento<br />

de Assuntos Políticos da ONU.<br />

Nono, Israel é o único país que é<br />

Cessar-fogo salvou Hezbolá<br />

da derrota na guerra o Líbano<br />

equipamento e da moral do Hezbolá<br />

no final da luta, dizendo que eles<br />

estavam quase sem comida, bebida<br />

e munição.<br />

A ministra de relações exteriores,<br />

Tzipi Livni, orgulhou-se perante a<br />

Comissão Winograd de que o cessarfogo<br />

tenha sido uma idéia dela, com<br />

o primeiro-ministro Ehud Olmert afirmando<br />

que esta foi uma das maiores<br />

conquistas da guerra.<br />

O oficial também admitiu disparar<br />

mísseis de dentro de cen-<br />

tros urbanos, sabendo que isto<br />

levaria a vitimas civis no lado libanês.<br />

Ele explicou que atirar de<br />

áreas abertas simplesmente não<br />

era possível, pois rapidamente a<br />

Força Aérea israelense (IAF) iria<br />

atingir os disparadores que operassem<br />

nestas regiões.<br />

Por outro lado, Walid Jumblatt,<br />

o líder druso libanês, acusou o secretário-geral<br />

do Hezbolá, Hassan<br />

Nassrallah de estar preparando o terreno<br />

para uma nova guerra.<br />

objeto de um boicote do Sindicato<br />

Nacional de Jornalistas Britânicos.<br />

Um boicote britânico anterior contra<br />

instituições acadêmicas israelenses<br />

foi cancelado por um detalhe<br />

técnico, porque o sindicato que adotou<br />

a medida fundiu-se com outro.<br />

Há agora uma reivindicação<br />

incipiente da parte de alguns membros<br />

da Associação Médica Britânica<br />

para excluir sua contraparte israelense<br />

da Associação Médica Mundial.<br />

E décimo, Israel é o único país<br />

onde alguns membros da sua população<br />

majoritária, ou seja, judeus,<br />

clamam abertamente, por razões políticas<br />

ou religiosas, pelo desmantelamento<br />

do Estado. Não é comparável<br />

a situação em que vozes religiosas<br />

do Neturei Karta, por exemplo,<br />

viajaram para Teerã para se unir publicamente<br />

a um líder que busca a<br />

destruição de Israel, com a situação<br />

dos extremistas políticos que buscam<br />

deslegitimizar o Estado de Israel<br />

e clamam por uma solução de<br />

“um estado”? Falando de nossos próprios<br />

piores inimigos... Tentar lidar<br />

com qualquer um destes dez assuntos,<br />

ainda mais com todos eles juntos,<br />

é um desafio assustador, para<br />

declarar o dolorosamente óbvio. E,<br />

conforme propus inicialmente, esta<br />

lista está longe de ser completa. Mas<br />

dá uma idéia do que acontece além<br />

das manchetes diárias.<br />

Uma antiga propaganda dizia que<br />

você não tem que ser judeu para amar<br />

o pão de centeio judaico do Levy’s.<br />

Bem, seguramente, você não tem que<br />

ser um ardente ativista a favor de<br />

Israel para se afligir com o tratamento<br />

injusto que é dado a Israel. Tudo<br />

que precisa é uma capacidade para<br />

se indignar com o fato de que coisas<br />

como estas continuem a acontecer<br />

diante de nossos próprios olhos.<br />

Ele explicou que Nassrallah estaria<br />

agindo de acordo com os interesses<br />

do Irã e da Síria ao invés<br />

do Líbano, citando discursos recentes<br />

do chefe do Hezbolá nos<br />

quais ele se orgulha que seus mísseis<br />

podem atingir qualquer ponto<br />

em Israel. A declaração de Jumblatt<br />

foi citado pelo jornal libanês<br />

Al-Mustakbal. (Fonte: Arutz<br />

Sheva/Israel National New, Ezra<br />

HaLevi. Tradução: Daniel Benjamin<br />

Barenbein).

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