Comentários sobre o conto - Geia Plural

Por quê o “ O Duplo” de
Coelho Neto
Joaquim Gomes
S
abemos que não é fácil a escolha de
um autor, de um livro ou de uma narrativa,
por exemplo, para atender a uma determinada
linha de pesquisa, de publicação
de uma revista, por razões que envolvem aspectos
diversos, como o grau de afetividade com o autor, com
o gênero ou com a temática abordada. No entanto, coubenos
esta tarefa de apontar para a Revista Plural, do Instituto
Geia, um conto de autoria de um escritor maranhense,
para compor um número especial, evocando a escrita
de autores das “terras de Gonçalves Dias”. Evidentemente,
os participantes desse número especial reuniram, cada
um a seu modo, explicações para o critério de sua escolha,
embora tenhamos certeza de que não fora uma tarefa
fácil por razões já explicitadas acima.
Em nosso caso, partimos do desejo de trazer um autor
cujo trabalho ainda não tinha sido por nós examinado/
apontado, quer em publicação de artigos, quer em sala de
aula. Como a proposta da Plural, a análise não seria de
todo necessária, o que ainda não nos permitiu uma maior
profundidade com a obra; então, o que nos teria levado
Joaquim a Gomes escolher o conto “O Duplo”, de Coelho Neto, além do já
dito? A leitura rica e intrigante, que a narrativa oferece,
em que o leitor se encontra entre a dúvida e a certeza do
fato, permanecendo a visão do “duplo”, além de a obra
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atender a um viés de “comportamento”, enquadrando-se
Mestre em Teoria Literária pela Universidade Estadual Paulista de São José do Rio Preto-SP
e professor da Faculdade Atenas Maranhense.