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<strong>Comentários</strong> <strong>sobre</strong> o <strong>conto</strong><br />
“O Asa-Negra”<br />
Dino Cavalcante<br />
A<br />
rthur Azevedo, um dos mais fecundos comediógrafos<br />
da literatura brasileira, ajudou<br />
a popularizar um gênero teatral muito comum<br />
na França do século XIX: a revista de ano. Com<br />
essas obras – mais ainda com as comédias de<br />
costumes –, o autor de A Capital Federal escreveu<br />
uma das mais ricas páginas da literatura dramática nacional.<br />
Como contista, criou tipos inesquecíveis, como o Dr.<br />
Francelino Lopes, de Pobres Liberais, Epidauro Pamplona,<br />
de Um Capricho, Lima, de O Velho Lima, entre outros. São<br />
personagens que são expostas numa narrativa leve, com<br />
linguagem extremamente acessível a qualquer leitor, mesmo<br />
o menos experiente. Em O Asa-Negra, a personagem<br />
Raimundo é um alcantarense que, tanto no nascimento<br />
quanto na morte, sofre as angústias e as mazelas provocadas<br />
pelo seu conterrâneo e algoz Aureliano.<br />
Dino Cavalcante<br />
Doutor em Literatura Brasileira pela Universidade Estadual paulista e Professor do Departamento<br />
de Letras da Universidade Federal do Maranhão.<br />
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