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2º volume v.5 para impressão.pmd - União Neo-Teosófica

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Jacob Lorber<br />

234<br />

sitamos disto; a verdadeira adoração consiste no amor sincero ao Pai no<br />

Céu e ao próximo. O resto não tem valor diante de Deus e de Mim.<br />

3. Jeovah nunca ensinou as criaturas a adorarem-No com os lábios,<br />

deixando frios seus corações. O fato de terem Samuel e outros profetas<br />

orado em voz alta diante do povo, de ter David cantado seus salmos e<br />

Salomon seu Cântico, – levou o povo a imitá-los. Diante de Deus tais<br />

preces acompanhadas por oferendas e promessas são um horror! Quem<br />

não souber orar no coração que deixe de fazê-lo, a fim de não se tornar<br />

hipócrita! Deus não lhe deu pés, mãos, olhos, ouvidos e lábios <strong>para</strong> que<br />

externassem sua prece, mas unicamente o coração!<br />

4. A criatura, entretanto, poderá orar com os pés quando distribuir<br />

socorro e consolo aos necessitados; com as mãos, socorrendo aos enfermos;<br />

com os olhos, não se escandalizando com a miséria; com os ouvidos,<br />

pela maneira como ouve e aplica o Verbo Divino, não se fazendo de surdo<br />

aos rogos dos pobres e, finalmente, com os lábios, tomando a defesa das<br />

viúvas, órfãos e prisioneiros, tantas vezes injustamente condenados! Do<br />

mesmo modo, a criatura ora com os lábios, ensinando aos ignorantes,<br />

despertando-lhes a fé, o verdadeiro conhecimento de Deus e o desejo de<br />

aplicar as virtudes divinas. Sabeis agora o que quer dizer: Adorar a Deus em<br />

Espírito e Verdade.<br />

5. Bem consta que a criatura deva orar constantemente, não desejando<br />

cair em tentação. Que coisa ridícula! Pois neste caso deveria permanecer<br />

ajoelhada dia e noite, pronunciando preces vãs! E quando cumpriria seus<br />

deveres? Se, entretanto, orardes conforme vos ensinei acima, fá-lo-eis constantemente,<br />

recebendo as Bênçãos Divinas aqui e no Além! Tereis compreendido<br />

isto?” Respondem todos: “Perfeitamente, Senhor!” Digo Eu: “Muito<br />

Bem, Meus amigos, voltemos então à cidade!” – Aos oito marujos Ebahl<br />

ordena que alguns o acompanhem, pois quer provê-los de pão, vinho,<br />

peixes e frutos.

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