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2º volume v.5 para impressão.pmd - União Neo-Teosófica

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Jacob Lorber<br />

74<br />

é uma obrigação, não admitindo a liberdade, único campo fértil no qual a<br />

semente da Vida germina e frutifica!<br />

2. Se alimentares um pássaro recém-nascido a fim de que em breve<br />

possa levantar voo, mas, ao mesmo tempo lhe cortares as asas, dize-Me,<br />

qual o benefício do alimento, por melhor que seja? Ele vegetará sem poder<br />

fazer uso de suas asas enquanto as cortares.<br />

3. O mesmo acontece com o espírito do homem, se o imperativo da<br />

lei lhe corta as asas do conhecimento livre! O espírito, sem liberdade de<br />

ação, já é morto, porquanto lhe falta o que constitui sua vida intrínseca.<br />

4. O prejuízo será muito menor se deres centenas de leis <strong>para</strong> a vida<br />

da criatura, compelindo-a a uma obrigação, do que se sancionares uma<br />

Lei Divina.<br />

5. O que é do espírito precisa se manter dentro da liberdade, determinando<br />

a própria criatura a sua ação e, com isto, o possível julgamento. Só<br />

assim o espírito alcançará a perfeição na vida.<br />

6. O livre conhecimento do bem e da verdade é a luz da vida do<br />

espírito, donde este determina as leis que com ele condizem. Tais leis são<br />

livres e eternamente aplicáveis <strong>para</strong> uma vida independente. A vontade do<br />

espírito dentro do conhecimento da verdade é a lei espontânea, e a eterna<br />

necessidade de agir dentro desta vontade representa a eterna sanção, pela<br />

qual espírito nenhum poderá agir doutra maneira.<br />

7. Vê, eis também a Ordem Divina que determina a Si Mesma, porquanto<br />

Deus não tem legislador acima de Si.<br />

8. A Libérrima Vontade de Deus, portanto, determina dentro de Si a<br />

Lei, de acordo com os perfeitos Conhecimentos Eternos, sancionando-A<br />

pela própria necessidade. Eis a causa de todas as coisas e sua consistência<br />

imprescindível, enquanto esta for necessária <strong>para</strong> a formação e fixação e,<br />

finalmente, completa independência do espírito.<br />

9. O espírito do homem, porém, deve se tornar tão perfeito, em<br />

si e por si, como o Espírito de Deus; do contrário, seria a morte de<br />

sua individualidade.<br />

10. A fim de que o espírito do homem possa isto conseguir, é preciso<br />

que tenha oportunidades dentro do tempo, assim como o Espírito de

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