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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO PRÓ ... - Unicap

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120<br />

cursando uma faculdade... é muito mais fácil você achar um metaleiro<br />

na Universidade do que um pagodeiro.<br />

Nossos pais chamam nossa música de barulho... de música de<br />

tumbeiro... de doido; só porque saímos de preto para virar a noite<br />

pensam logo que vamos nos drogar... ou participar de alguma orgia<br />

sexual... ou coisas do tipo.<br />

(Antígona)<br />

Eu acredito que este é o maior e mais forte preconceito que sofremos...<br />

se você gosta de Heavy Metal você é burro! As pessoas pensam assim!<br />

(Teseu)<br />

As narrativas refletem uma realidade pré-concebida por parte das pessoas que<br />

desconhecem o que é inerente ao mundo do Metal, pois, contrariando o senso comum<br />

que diz que os metaleiros são burros, vagabundos, sem-futuro, desocupados,<br />

drogados, dentre outras colocações pejorativas e desprovidas de um autêntico contato<br />

com a realidade, os jovens metaleiros se preocupam com suas existências, com seu<br />

futuro e investem; cursam uma faculdade e trabalham.<br />

Em um sentido diametralmente oposto ao que é preconcebido, o Heavy Metal<br />

estimula a busca por um conhecimento mais amplo sobre outras culturas, outros modos<br />

de ser, faz com que alguns procurem aprender a tocar um instrumento musical e, ainda,<br />

os estimula a aprofundarem seus estudos, a falar outros idiomas para entender melhor<br />

a temática que as músicas abordam.<br />

Portanto ao contrário do que pensam, sua música não é barulho, pois barulho<br />

nada diz; concordando com Maffesoli (2005, p. 142, grifo nosso):<br />

A época então se torna musical. Não uma música separada, em lugares e<br />

tempos determinados, dos lazeres e das recreações programadas, mas uma<br />

melodia envolvente, feita de imperceptíveis modulações, de gestos cotidianos<br />

e de sons da vida corrente, coisas que constituem a verdadeira arquitetura<br />

social, dão pleno sentido ao que partilho com outros e, magicamente,<br />

destilam essa pequena música específica pela qual se reconhecem os<br />

que as habitam e nelas investiram afetivamente.<br />

Nessa direção a música abre as portas para um mundo repleto de sentido e de<br />

possibilidades, tal como os relatos ilustram:

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