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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO PRÓ ... - Unicap

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Becker (2003) acredita que, nos últimos tempos, a adolescência vem sofrendo<br />

um prolongamento, tornando-se um período mais extenso e de maior complexidade. No<br />

entanto, alguns adolescentes passam por esta etapa da vida sem crises existenciais<br />

relevantes ao seu desenvolvimento ou problemas. O que muitas vezes dificultaria a<br />

passagem do sujeito por esta fase seria a falta de uma delimitação clara que apontasse<br />

para o “ser adulto”, que indicasse a linha divisória entre a adolescência e a idade<br />

adulta. Tal fato intensificaria a crise que o indivíduo tende a viver, na adolescência,<br />

pois, muitas vezes, são cobradas atitudes do adolescente que ele ainda não está<br />

psiquicamente preparado para apresentá-las. Embora ele possa ter alcançado uma<br />

maturidade física, isto não implica, necessariamente, em um amadurecimento<br />

psicológico.<br />

Neste sentido, ainda que a pessoa já possa atender fisicamente às exigências do<br />

meio, pode não apresentar maturidade psicológica, uma vez que esta baseia-se num<br />

afastamento emocional das figuras parentais e na habilidade para poder identificar-se<br />

consigo mesmo de forma relativamente independente destas figuras internalizadas.<br />

Vale ressaltar que este tipo de maturidade independe da idade cronológica.<br />

Diante de tudo o que foi exposto é possível perceber que muitos outros<br />

estudiosos procederam ao "pai da psicologia da adolescência" G. Stanley Hall,<br />

contribuindo para o aprofundamento desta temática.<br />

Frente ao que foi abordado, pode-se perceber, também, que as transformações<br />

ocorridas na adolescência são universais, mas o modo como estas são vividas<br />

dependerá da cultura da qual o sujeito faz parte; assim, não se pode desconsiderar a<br />

singularidade que envolve a forma 'como' a adolescência é vivida, sendo esta<br />

permeada e construída a partir da cultura na qual o sujeito está inserido, pois como nos<br />

diz o antropólogo Laraia (2005, p. 45):<br />

O homem é o resultado do meio cultural em que foi socializado. Ele é herdeiro<br />

de um longo processo acumulativo, que reflete o conhecimento e a experiência<br />

adquirida pelas numerosas gerações que o antecederam. A manipulação<br />

adequada e criativa desse patrimônio cultural permite as inovações e as<br />

invenções.<br />

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