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Untitled - Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana

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92<br />

Nota-se que a maioria das adolescentes, 76, referiu que sexo <strong>de</strong>ve<br />

ser feito com amor, 3 que não, 20 que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> e 2 não respon<strong>de</strong>ram. As 22<br />

adolescentes que respon<strong>de</strong>ram que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> e s<strong>em</strong> resposta foram excluídas<br />

do teste.<br />

RIBEIRO (1990) (7) <strong>em</strong> seu trabalho A i<strong>de</strong>ologia reproduzida na<br />

abordag<strong>em</strong> da sexualida<strong>de</strong> humana: uma análise do discurso <strong>de</strong> estudantes<br />

<strong>de</strong> enfermag<strong>em</strong>, relata que “o binômio” sexo-afeto (ou amor)<br />

“foi apresentado como unida<strong>de</strong> e contrários, sendo unida<strong>de</strong> quando<br />

julgavam que a satisfação plena <strong>de</strong> um <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da manifestação do<br />

outro; sendo contrários, quando consi<strong>de</strong>ravam suas existências in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

uma da outra. Convencionalmente o contrário <strong>de</strong> amor é<br />

ódio. Deste modo, po<strong>de</strong>ríamos associar o sexo ao ódio, mas, conforme<br />

o discurso das estudantes, o sexo esta associado, <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminados<br />

momentos, ao sentimento <strong>de</strong> indiferença. Em outras palavras, po<strong>de</strong>mos<br />

amenizar o termo ódio significando indiferença, e ter<strong>em</strong>os assim o<br />

binômio ‘indiferença-afeto’. Como o t<strong>em</strong>a <strong>em</strong> discussão é a relação<br />

sexual, então, os opostos formados diz<strong>em</strong> respeito às práticas sexuais<br />

com ou s<strong>em</strong> afeto.<br />

Toda relação, seja ela sexual ou não, é dinâmica; portanto,<br />

<strong>de</strong>fini-la ‘o que é’, ou ‘como <strong>de</strong>ve ser’ <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das circunstâncias.<br />

Mas as estudantes, novamente, procuraram a verda<strong>de</strong> absoluta ao<br />

tentar<strong>em</strong> i<strong>de</strong>ntificar a forma i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> se relacionar. Ainda que a verda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> uma se diferencie da outra, não <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> ser verda<strong>de</strong>s isoladas<br />

do contexto social. Tal procura foi mais além quando tentaram<br />

<strong>de</strong>finir o que é natural ou cultural, e, ainda, fizeram algumas associações<br />

entre as relações humanas e o comportamento sexual <strong>de</strong> alguns<br />

animais “.<br />

CONCLUSÃO<br />

R.B.S.H. 9(1):1998<br />

Observando-se as tabelas <strong>de</strong> 1 a 83 i<strong>de</strong>ntifica-se o Perfil da Sexualida<strong>de</strong><br />

da Adolescente <strong>de</strong> Passo Fundo b<strong>em</strong> como o conhecimento da adolescente<br />

<strong>em</strong> relação a sua sexualida<strong>de</strong> nos seguintes fatores: Características<br />

das adolescentes entrevistadas; Expectativas <strong>de</strong> namoro; Expectativas <strong>de</strong><br />

casamento; Opinião das adolescentes sobre o amor; Conhecimento sobre<br />

reprodução humana; Início da ativida<strong>de</strong> sexual; Desejo sexual; Excitação a<br />

orgasmo; Sexo; Masturbação; Sexo oral; Homossexualismo; DST a AIDS;<br />

Drogas.

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