17.04.2013 Views

boletim tr/es 2012-110 - Justiça Federal

boletim tr/es 2012-110 - Justiça Federal

boletim tr/es 2012-110 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

DESASISTIDA DE ADVOGADO. RECURSO CONHECIDO E EM PARTE ACOLHIDO.<br />

Trata-se de embargos de declaração opostos pelo INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS em razão de<br />

acórdão que negou provimento ao recurso inominado. Alega o embargante que a decisão é con<strong>tr</strong>aditória vez que houve<br />

condenação ao pagamento de honorários advocatícios em favor da parte con<strong>tr</strong>ária ap<strong>es</strong>ar de não ter advogado constituído<br />

nos autos. Sustenta que o acórdão não se manif<strong>es</strong>tou sobre a legitimidade passiva exclusiva da União, nos termos do art.<br />

40, § 2º, da Constituição da República. Ademais, postula o embargante manif<strong>es</strong>tação acerca de potencial violação aos arts.<br />

37, caput e 40, § 2º, ambos da Constituição da República com o intuito de suprir a exigência de prequ<strong>es</strong>tionamento para<br />

eventual manejo de recurso para instância superior.<br />

Os embargos de declaração, nos termos do art. 535 do CPC, limitam-se a suprir omissõ<strong>es</strong>, aportar clareza ou retificar<br />

eventuais con<strong>tr</strong>adiçõ<strong>es</strong> existent<strong>es</strong> no bojo da decisão recorrida, bem como para sanar eventual erro material existente na<br />

decisão. In casu, pela leitura das argumentaçõ<strong>es</strong> do embargante, verifica-se que <strong>es</strong>te aponta a existência de omissão e<br />

con<strong>tr</strong>adição.<br />

Assiste razão ao embargante.<br />

Na sentença, assim como em sede recursal o embargante logrou-se vencido. Contudo, indevida a condenação em verba<br />

honorária n<strong>es</strong>te caso, vez que a autora encon<strong>tr</strong>a-se d<strong>es</strong>assistida de procurador.<br />

No tocante à alegação de ilegitimidade passiva cabe regis<strong>tr</strong>ar que é a União que detém a legitimidade para figurar no pólo<br />

passivo de demanda voltada à repetição do indébito, na qualidade de sujeito ativo do <strong>tr</strong>ibuto e por ter recebido os valor<strong>es</strong><br />

indevidamente retidos dos vencimentos do embargado (STJ, AGREsp 200900678780, T2, Rel. Min. MAURO CAMPBELL<br />

MARQUES, DJE 31.05.2010). Com efeito, deve a Autarquia-Previdenciária ser excluída do pólo passivo da pr<strong>es</strong>ente<br />

demanda.<br />

Não obstante, não se identifica no acórdão embargado t<strong>es</strong>e de direito apta a ensejar ofensa aos dispositivos constitucionais<br />

mencionados.<br />

Embargos de declaração conhecidos e em parte acolhidos.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, em que são part<strong>es</strong> as acima indicadas, decide a Turma Recursal do Juizado<br />

Especial <strong>Federal</strong> da Seção Judiciária do Espírito Santo, CONHECER E ACOLHER, EM PARTE OS EMBARGOS DE<br />

DECLARAÇÃO, na forma da ementa constante dos autos, que fica fazendo parte integrante do pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />

Boaventura João Andrade<br />

Juiz <strong>Federal</strong> Relator<br />

20 - 0000611-85.2010.4.02.5051/01 (2010.50.51.000611-6/01) INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS<br />

(PROCDOR: OLÍVIA BRAZ VIEIRA DE MELO.) x JOSE MARIA DE MOURA (ADVOGADO: SERGIO DE LIMA FREITAS<br />

JUNIOR.).<br />

Proc<strong>es</strong>so nº. 0000611-85.2010.4.02.5051/01 – Juízo de origem: 1ª VF Cachoeiro<br />

Recorrente: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS<br />

Recorrido : JOSE MARIA DE MOURA<br />

Relator : Juiz <strong>Federal</strong> BOAVENTURA JOÃO ANDRADE<br />

EMENTA<br />

RECURSO INOMINADO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. REQUISITOS LEGAIS NÃO<br />

PREENCHIDOS. RECURSO CONHECIDO E, NO MÉRITO, PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA EM<br />

PARTE.<br />

Trata-se de recurso inominado interposto pela Autarquia-Ré, ora recorrente, em razão de sentença que julgou procedente a<br />

pretensão de conc<strong>es</strong>são do benefício de auxílio-doença e sua conversão em aposentadoria por invalidez. Sustenta a<br />

recorrente, em suas razõ<strong>es</strong> recursais, que a perícia judicial concluiu pela incapacidade parcial, razão pela qual a recorrida<br />

não faz jus ao benefício de aposentadoria por invalidez. D<strong>es</strong>sa forma, requer seja conhecido e provido o recurso,<br />

julgando-se improcedente o pedido deduzido na inicial. As con<strong>tr</strong>arrazõ<strong>es</strong> encon<strong>tr</strong>am-se nas fls. 85-87.<br />

A aposentadoria por invalidez, por força do disposto no art. 42 da Lei nº 8.213/1991 legal, uma vez cumprida, quando for o<br />

caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, <strong>es</strong>tando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz<br />

e insusceptível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga<br />

enquanto permanecer n<strong>es</strong>ta condição.<br />

A condição de segurado e o período de carência são incon<strong>tr</strong>oversos nos autos. Assim, a qu<strong>es</strong>tão que reman<strong>es</strong>ce diz com a<br />

natureza e extensão da incapacidade laboral.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!