18.04.2013 Views

Álgebra I - Departamento de Matemática

Álgebra I - Departamento de Matemática

Álgebra I - Departamento de Matemática

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

26 Capítulo 1. Noções Básicas da <strong>Álgebra</strong><br />

(ii) Como<br />

concluímos que φ(g −1 ) = (φ(g)) −1 .<br />

Exemplos 1.4.4.<br />

φ(g) · φ(g −1 ) = φ(g ∗ g −1 ) = φ(e) = ˜e,<br />

1. Consi<strong>de</strong>rem-se os grupos (R, +) e (C∗ , ·), on<strong>de</strong> C∗ <strong>de</strong>signa o conjunto dos<br />

complexos não-nulos. Definimos φ : R → C∗ por φ(x) = e2πxi = cos(2πx) +<br />

i sen(2πx). A função φ é um homomorfismo (ez · ew = ez+w , mesmo quando<br />

z e w são complexos 12 ).<br />

É claro que φ não é sobrejectiva (porque φ(x) é um<br />

complexo <strong>de</strong> módulo 1), e não é injectiva (porque, se x = n é um inteiro, temos<br />

φ(n) = 1. Note que a função φ correspon<strong>de</strong> a “enrolar” a recta real sobre o<br />

círculo unitário. De acordo com a Proposição, o elemento neutro do grupo <strong>de</strong><br />

partida (o real 0), é transformado no elemento neutro do grupo <strong>de</strong> chegada (o<br />

complexo 1), e a imagem do simétrico do real x é o inverso do complexo φ(x).<br />

2. Consi<strong>de</strong>rem-se os grupos (Z, +) e (C ∗ , ·). Definimos φ : Z → C ∗ por φ(n) =<br />

i n . A função φ é mais uma vez um homomorfismo que não é sobrejectivo<br />

nem injectivo. O elemento neutro do grupo <strong>de</strong> partida, que é o inteiro 0, é<br />

transformado no elemento neutro do grupo <strong>de</strong> chegada, que é o complexo 1, e<br />

a imagem do simétrico do inteiro n é o inverso do complexo φ(n).<br />

3. O exemplo anterior po<strong>de</strong> ser generalizado: se (G, ∗) é um grupo arbitrário e<br />

g ∈ G, po<strong>de</strong>mos sempre <strong>de</strong>finir φ : Z → G por φ(n) = g n (notação multiplicativa).<br />

A função φ é um homomorfismo <strong>de</strong> (Z, +) para (G, ∗).<br />

Dado um homomorfismo <strong>de</strong> grupos φ : G → H, consi<strong>de</strong>ramos agora a<br />

equação φ(x) = y, on<strong>de</strong> supomos y ∈ H fixo, e x a incógnita a <strong>de</strong>terminar.<br />

Por analogia com a <strong>Álgebra</strong> Linear, a equação diz-se homogénea quando<br />

y = ˜e é a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> do grupo <strong>de</strong> chegada, e não-homogénea quando y = ˜e.<br />

O conjunto das soluções da equação homogénea diz-se núcleo do homomorfismo,<br />

<strong>de</strong>signado por N(φ), e o conjunto dos y ∈ H para os quais a<br />

equação φ(x) = y tem solução x ∈ G, <strong>de</strong>signado por φ(G) (ou ainda por<br />

Im(φ)) diz-se imagem do homomorfismo.<br />

Exemplos 1.4.5.<br />

1. Continuando os Exemplos 1.4.4, o núcleo <strong>de</strong> φ : R → C ∗ é precisamente o<br />

conjunto dos inteiros, e φ(R) é o conjunto S 1 dos complexos <strong>de</strong> módulo 1 (o<br />

círculo unitário).<br />

2. De igual modo, o núcleo <strong>de</strong> φ : Z → C ∗ é precisamente o conjunto dos inteiros<br />

que são múltiplos <strong>de</strong> 4, e φ(Z) é o conjunto {1, −1, i, −i}.<br />

A figura seguinte ilustra os conceitos <strong>de</strong> núcleo e imagem <strong>de</strong> um homomorfismo.<br />

12 Recor<strong>de</strong> que se z = x + iy é um complexo, com x, y ∈ R, <strong>de</strong>finimos e z = e x (cos(y) +<br />

i sen(y)).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!