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STF na Mídia - Para a pasta superior

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VALOR ECONÔMICO /SP - FINANÇAS - pág.: C08. Qua, 21 de Novembro de 2012<br />

MINISTRO MARCO AURÉLIO<br />

Quebra da Interbolsa impacta o quente<br />

mercado colombiano<br />

Por Matthew Bristow e Veronica Navarro Espinosa |<br />

Bloomberg<br />

Mauricio Cárde<strong>na</strong>s, ministro das Fi<strong>na</strong>nças colombiano:<br />

quebra da Interbolsa não reflete risco para o sistema<br />

O colapso da maior corretora <strong>na</strong> Colômbia está<br />

machucando os investidores estrangeiros que fizeram<br />

grandes apostas <strong>na</strong>quele que, até então, era um dos<br />

mais quentes mercados emergentes neste ano.<br />

Os rendimentos dos US$ 5 bilhões em títulos<br />

denomi<strong>na</strong>dos em dólar vendidos por bancos<br />

colombianos deram um salto depois que o governo foi<br />

obrigado a assumir o controle da corretora Interbolsa<br />

neste mês, elevando os custos de tomada de<br />

empréstimos em, <strong>na</strong> média, 26 pontos base, ou 0,26<br />

ponto percentual, em relação ao recorde de baixa do<br />

custo em 17 de outubro. Isso é cerca de cinco vezes o<br />

aumento médio dos rendimentos de títulos de<br />

instituições fi<strong>na</strong>nceiras em mercados emergentes no<br />

mesmo período, segundo o J. P. Morgan Chase.<br />

Mauricio Cárde<strong>na</strong>s, o ministro das Fi<strong>na</strong>nças da<br />

Colômbia e membro do conselho diretor do Banco de<br />

la Republica, disse numa entrevista em 5 de novembro<br />

que o colapso foi causado por "más" decisões de<br />

negócios que não refletem nenhum risco para o<br />

sistema como um todo.<br />

A implosão da Interbolsa deflagrou preocupações de<br />

que a agência reguladora não esteja conseguindo<br />

conter o risco fi<strong>na</strong>nceiro após o maior boom de<br />

empréstimos em quatro anos ter levado os bancos do<br />

país a emitirem US$ 3,6 bilhões de títulos no exterior<br />

neste ano, ou mais do que venderam em todos os<br />

últimos 12 anos, de acordo com dados compilados<br />

pela "Bloomberg". O mercado de títulos ficou<br />

congelado durante seis dias, após o colapso, e o<br />

índice do mercado de ações está a caminho de seu<br />

pior mês desde junho.<br />

"Se você começar a descascar a cebola, o que mais<br />

vai descobrir?", disse Raymond Zucaro, que participa<br />

da administração de cerca de US$ 240 milhões de<br />

dívida de mercados emergentes <strong>na</strong> SW Asset<br />

Ma<strong>na</strong>gement, em Newport Beach, Califórnia. "Não foi<br />

uma peque<strong>na</strong> corretora meio obscura lá no meio do<br />

<strong>na</strong>da. Foi a maior."<br />

Os rendimentos dos títulos de referência colombianos<br />

denomi<strong>na</strong>dos em pesos com vencimento em 2024<br />

subiram 18 pontos base ao longo do mês passado - <strong>na</strong><br />

pior onda de vendas em 30 dias desde maio -, para<br />

6,2%, ao passo que o custo do seguro contra calote da<br />

dívida do país subiu para o mais alto patamar em mais<br />

de um ano, em relação à do vizinho Peru. O índice de<br />

ações IGBC perdeu 4,25%, ao passo que o peso<br />

desvalorizou-se 1,1%, sua pior queda em três meses.<br />

As quedas aconteceram depois de uma alta que tinha<br />

provocado uma valorização do peso <strong>superior</strong> a 7,9%,<br />

neste ano, quando bancos repatriaram recursos de<br />

suas ofertas recorde de dívida no exterior. Os<br />

rendimentos dos títulos do governo denomi<strong>na</strong>dos em<br />

pesos com vencimento em 2024 haviam atingido um<br />

recorde de baixa de 6,01% em 19 de outubro.<br />

Os rendimentos dos títulos do país dispararam, a<br />

bolsa caiu e o peso colombiano desvalorizou-se<br />

A Corretora Interbolsa - uma das 10 formadoras de<br />

mercado autorizadas pelo governo para operar no<br />

mercado de dívida da Colômbia -, será liquidada. A<br />

agência competente entrou em ce<strong>na</strong> depois que, em 1<br />

de novembro, a Interbolsa informou que não poderia<br />

honrar um pagamento referente a um empréstimo de<br />

20 bilhões de pesos (US$ 11 milhões), porque estava<br />

sofrendo uma escassez "temporária" de liquidez.<br />

A assessoria de imprensa da Interbolsa, sediada em<br />

Bogotá, não retornou um telefonema nem um e-mail<br />

solicitando comentários.<br />

Como parte do esforço orquestrado pelo governo para<br />

evitar perturbações nos mercados fi<strong>na</strong>nceiros, o<br />

Bancolombia, maior banco no país, assumirá a carteira<br />

de mais de 1,6 trilhão de pesos da Interbolsa (US$ 880<br />

milhões) em títulos locais.<br />

As medidas, que também incluem permitir que as<br />

corretoras usem a janela de liquidez do banco central<br />

e a indicação do Bancolombia para assumir as<br />

operações da Interbolsa <strong>na</strong> bolsa, não conseguiram<br />

reverter uma liquidação de títulos fi<strong>na</strong>nceiros do país.<br />

"Sempre que esse tipo de problema acontece com<br />

uma instituição importante em qualquer mercado, gera<br />

um pouco de incerteza, de incerteza sistêmica", disse<br />

Marco Aurélio de Sá, chefe de operações da<br />

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