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STF na Mídia - Para a pasta superior

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Lewandowski afirma que será um vice-presidente "low<br />

profile<br />

O ministro do Supremo Tribu<strong>na</strong>l Federal (<strong>STF</strong>)<br />

Ricardo Lewandowski disse que as equipes de seu<br />

gabinete e a do futuro presidente, Joaquim Barbosa,<br />

estão conversando sobre o período em que estiverem<br />

à frente da Corte, mas afirmou que será um vicepresidente<br />

com "protagonismo mínimo, low profile".<br />

Barbosa e Lewandowski assumem, respectivamente, a<br />

presidência e a vice-presidência amanhã. Nos últimos<br />

três meses, a relação entre os dois ficou estremecida<br />

após diversos bate-bocas ao longo do julgamento do<br />

mensalão, uma vez que são revisor e relator,<br />

respectivamente, do processo.<br />

"Nossas equipes estão conversando para eventuais<br />

ausências, sobretudo em recesso. Estamos acertando<br />

as datas, vendo conveniências (de quem vai sair<br />

primeiro, em qual período). É praxe essa conversa. É<br />

praxe que o vice divida com o presidente a gestão da<br />

Corte, sobretudo as limi<strong>na</strong>res durante o<br />

recesso", disse. "Serei um vice-presidente bem<br />

tradicio<strong>na</strong>l e o mais colaborativo possível", completou.<br />

O futuro vice-presidente disse que não vai "sugerir<br />

absolutamente <strong>na</strong>da". "Eu vou ficar bem quietinho <strong>na</strong><br />

vice, bem vice, vou ser tipo assim um vice José<br />

Alencar (ex-vice-presidente da República no governo<br />

Lula)", disse, <strong>na</strong> entrada da reunião da Segunda<br />

Turma do <strong>STF</strong> ontem. A sessão foi suspensa por falta<br />

de quorum.<br />

Alencar, que morreu em março do ano passado,<br />

costumava dizer que vice "não manda <strong>na</strong>da", mas<br />

atuava fortemente pela redução dos juros no País.<br />

O ministro minimizou os desentendimentos com<br />

Joaquim Barbosa. "As divergências são sempre em<br />

torno de temas pontuais, ou jurídicos. Quando se trata<br />

da instituição, integrantes se unem pela instituição.<br />

Desavenças e divergências pessoais são circunscritas<br />

ao julgamento, mesmo no lanche, nos<br />

cumprimentamos, sentamos juntos", contou.<br />

BOA RELAÇÃO FORA DO <strong>STF</strong> Lewandowski disse<br />

ainda que fora do julgamento teve uma boa relação<br />

com Barbosa. "Eu sempre fui um dos que melhor me<br />

dei com Joaquim. Os que são casados sabem que há<br />

rusgas, mas a instituição do casamento é mais forte<br />

que eventuais rusgas. Comparando em termos de<br />

JORNAL DE BRASÍLIA / DF - POLÍTICA - pág.: 17. Qua, 21 de Novembro de 2012<br />

Sem chamar atenção<br />

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL<br />

instituição, acho que precisamos preservar as<br />

instituições", comparou.<br />

O ministro disse que Joaquim Barbosa terá que ser<br />

mais político <strong>na</strong> presidência do Conselho Nacio<strong>na</strong>l de<br />

Justiça (CNJ). "Eu diria que é mais político, porque<br />

coorde<strong>na</strong>r um colégio de iguais é uma coisa, de<br />

desiguais, em termos da proveniência profissio<strong>na</strong>l, não<br />

é fácil", afirmou.<br />

Sobre a parceria no comando do CNJ, Lewandowski<br />

disse que vai substituir Barbosa em eventuais<br />

necessidades. "As sessões são o dia inteiro, vocês<br />

podem tirar as conclusões. Não sei se (Joaquim<br />

Barbosa) terá condições de aguentar o dia inteiro, aí<br />

terei que estar preparado para substituir. O problema é<br />

que vice não tem equipe, só tem um assessor a mais.<br />

Não tenho que me preocupar com a pauta, preparar<br />

pauta", disse.<br />

Deputados terão pe<strong>na</strong>s definidas Já sob a presidência<br />

do ministro Joaquim Barbosa, o Supremo Tribu<strong>na</strong>l<br />

Federal retoma hoje o julgamento da ação pe<strong>na</strong>l do<br />

mensalão. Deve começar a definir as pe<strong>na</strong>s dos<br />

deputados e ex-deputados que receberam recursos do<br />

mensalão, como João Paulo Cunha (PT-SP),<br />

Valdemar Costa Neto (PR-SP) e o delator Roberto<br />

Jefferson.<br />

De acordo com ministros, o tema mais polêmico<br />

envolvendo os parlamentares deve ser definido<br />

ape<strong>na</strong>s ao fi<strong>na</strong>l do julgamento. O tribu<strong>na</strong>l precisará<br />

definir se os parlamentares conde<strong>na</strong>dos perdem o<br />

mandato automaticamente ou se essa decisão cabe à<br />

Câmara dos Deputados. Relator do processo e<br />

presidente interino, Barbosa deve conde<strong>na</strong>r os<br />

parlamentares também à perda do mandato. Se<br />

incluída essa sanção <strong>na</strong> pe<strong>na</strong>, o Congresso não teria<br />

alter<strong>na</strong>tiva senão cumprir a decisão do <strong>STF</strong>.<br />

De outro lado, parte dos ministros afirma que a<br />

Constituição é clara ao definir que os deputados<br />

federais e se<strong>na</strong>dores só perdem o mandato se houver<br />

decisão das respectivas Casas - Câmara ou Se<strong>na</strong>do.<br />

Assim, os deputados poderiam ser conde<strong>na</strong>dos pelo<br />

Supremo, mas manterem seus mandatos.<br />

Barbosa tentou antecipar a discussão desse ponto <strong>na</strong><br />

sema<strong>na</strong> passada, ainda <strong>na</strong> presidência de Ayres<br />

Britto. No entanto, a maioria dos ministros decidiu que<br />

esse assunto ficaria para o fi<strong>na</strong>l do julgamento<br />

Ponto de Vista<br />

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