Apostila do Curso de Atualização em Ovinocultura - Capril Virtual
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OVINOCULTURA CURSO DE ATUALIZAÇÃO<br />
Os animais infecta<strong>do</strong>s eliminam larvas através das fezes que irão contaminar<br />
as pastagens. Após um curto perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po, essas larvas se <strong>de</strong>senvolv<strong>em</strong> nas<br />
pastagens se tornan<strong>do</strong> infectantes para outros animais.<br />
Os animais contra<strong>em</strong> a verminose pulmonar através da ingestão <strong>de</strong> larvas<br />
infectantes juntamente com o alimento.<br />
Com relação à verminose gastrointestinal exist<strong>em</strong> vários gêneros <strong>de</strong> vermes<br />
que a provocam. Os mais comumente encontra<strong>do</strong>s no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo são o<br />
Ha<strong>em</strong>onchus, Trichostrongylus, Cooperia, Oesophagostomum e Strongyloi<strong>de</strong>s. Nos<br />
esta<strong>do</strong>s da Região Sul outros gêneros como Ostertagia e N<strong>em</strong>atodirus também<br />
ocorr<strong>em</strong>, sen<strong>do</strong> o primeiro extr<strong>em</strong>amente patogênico para os ovinos. Por enquanto a<br />
sua presença não t<strong>em</strong> si<strong>do</strong> relatada no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo.<br />
Raramente a verminose gastrointestinal é provocada por apenas um tipo <strong>de</strong><br />
verme. Geralmente as infecções são mistas haven<strong>do</strong> uma somatória <strong>do</strong>s efeitos<br />
<strong>de</strong>letérios que eles provocam nos animais parasita<strong>do</strong>s.<br />
Esses vermes são responsáveis por eleva<strong>do</strong>s prejuízos econômicos por<br />
provocar<strong>em</strong> retar<strong>do</strong> <strong>do</strong> crescimento, diminuição da produção <strong>de</strong> carne ou lã e<br />
aumento da taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong>, além <strong>do</strong> gasto com vermífugos e mão <strong>de</strong> obra.<br />
Embora cada tipo <strong>de</strong> verme apresente peculiarida<strong>de</strong>s próprias, <strong>de</strong> uma<br />
maneira geral po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar o ciclo biológico <strong>de</strong> Ha<strong>em</strong>onchus, Cooperia,<br />
Trichostrongylus e Oesophagostomum como se segue:<br />
A vida <strong>de</strong> um n<strong>em</strong>ató<strong>de</strong>o típico se inicia com a cópula entre machos e fêmeas<br />
adultas que estão no seu habitat. Depois <strong>de</strong> fertilizadas, as fêmeas realizam a<br />
postura <strong>de</strong> ovos que irão para o meio exterior com as fezes <strong>do</strong> animal.<br />
Esses ovos só são visíveis quan<strong>do</strong> se usa um microscópio e quan<strong>do</strong><br />
elimina<strong>do</strong>s, apresentam várias células <strong>em</strong> seu interior, que <strong>em</strong> conjunto t<strong>em</strong> um<br />
aspecto <strong>de</strong> amora. Possu<strong>em</strong> também um câmara <strong>de</strong> ar que permite que eles flutuam<br />
quan<strong>do</strong> coloca<strong>do</strong>s <strong>em</strong> uma solução mais <strong>de</strong>nsa. Essa proprieda<strong>de</strong> permite a sua<br />
visualização <strong>em</strong> laboratório através <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> flutuação.<br />
Esses ovos, encontran<strong>do</strong> condições propícias <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>, t<strong>em</strong>peratura,<br />
evolu<strong>em</strong> passan<strong>do</strong> a conter uma larva <strong>em</strong> seu interior (<strong>em</strong>brionamento). Quan<strong>do</strong><br />
completamente <strong>de</strong>senvolvida, essa larva eclo<strong>de</strong> e fica no meio ambiente se<br />
alimentan<strong>do</strong> <strong>de</strong> microorganismos e matéria orgânica presentes no solo e nas<br />
pastagens, cresce e evolui até atingir a forma infectante, chamada <strong>de</strong> L 3. Para<br />
prosseguir o seu <strong>de</strong>senvolvimento a L 3 necessita ser ingerida pelo animal. Essas<br />
larvas são bastante resistentes po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> permanecer por vários meses nas