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Apostila do Curso de Atualização em Ovinocultura - Capril Virtual

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OVINOCULTURA CURSO DE ATUALIZAÇÃO<br />

função da fixação <strong>do</strong> N2 atmosférico promovida pelas leguminosas. Todavia a<br />

consorciação exige a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> manejo específicas para a obtenção <strong>de</strong><br />

bons resulta<strong>do</strong>s, principalmente <strong>em</strong> razão da menor velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento da<br />

leguminosa <strong>em</strong> relação às gramíneas. A primeira consi<strong>de</strong>ração é quanto à<br />

a<strong>de</strong>quação entre as forrageiras a ser<strong>em</strong> consociadas, sen<strong>do</strong> que neste aspecto as<br />

gramíneas cespitosas são mais a<strong>de</strong>quadas que as estoloníferas por permitir<strong>em</strong>, <strong>em</strong><br />

função da arquitetura ereta, maior luminosida<strong>de</strong> e espaço para vegetação das<br />

leguminosas, inclusive servin<strong>do</strong>-lhe <strong>de</strong> suporte. Outro ponto a ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> é a<br />

reposição <strong>de</strong> nutrientes, que <strong>de</strong>ve favorecer principalmente a leguminosa, <strong>em</strong> função<br />

da sua maior taxa <strong>de</strong> vegetação.<br />

O manejo da pastag<strong>em</strong>, <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> ocupação e <strong>de</strong> repouso,<br />

taxa <strong>de</strong> lotação e altura mínima <strong>de</strong> pastejo, <strong>de</strong>ve ser a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> às duas forrageiras.<br />

Por variar para cada tipo <strong>de</strong> consorciação, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se caso a caso, o manejo<br />

<strong>de</strong>ve ser basea<strong>do</strong> na avaliação visual da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forrag<strong>em</strong> disponível e da<br />

proporção gramínea/ leguminosa, não haven<strong>do</strong> uma regra fixa <strong>de</strong> procedimento.<br />

Uma das práticas importantes para se garantir a persistência da leguminosa<br />

na pastag<strong>em</strong> é possibilitar, <strong>de</strong> t<strong>em</strong>pos <strong>em</strong> t<strong>em</strong>pos, o seu florescimento e<br />

s<strong>em</strong>enteação, o que garante a ress<strong>em</strong>eadura natural e pereniza a forrageira na<br />

pastag<strong>em</strong>. Para tanto, é necessário fazer o diferimento <strong>do</strong> pastejo <strong>de</strong> um ou <strong>do</strong>is<br />

piquetes a cada ano no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> florescimento e s<strong>em</strong>enteação da leguminosa.<br />

Aliás, igual providência <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada também com relação à gramínea.<br />

Nesse senti<strong>do</strong> é primordial, para que se obtenha sucesso na consorciação, a<br />

escolha <strong>de</strong> leguminosas precoces, ou seja, que apresent<strong>em</strong> florescimento entre<br />

março e maio, época <strong>do</strong> ano na qual ainda é possível vedar a área ao pastejo s<strong>em</strong><br />

prejuízo na alimentação <strong>do</strong>s animais.<br />

A consorciação com leguminosas tardias, com florescimento entre junho e<br />

agosto, impossibilita essa prática, pois o florescimento ocorre na época <strong>de</strong> menor<br />

disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forrag<strong>em</strong> <strong>em</strong> nossa região. Dessa maneira, s<strong>em</strong> a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ress<strong>em</strong>eadura natural, a tendência é o <strong>de</strong>saparecimento ou a diminuição<br />

acentuada da presença da leguminosa <strong>em</strong> <strong>do</strong>is ou três anos. Essa é,<br />

indubitavelmente, uma das principais causas da dificulda<strong>de</strong> verificada, pela maioria<br />

<strong>do</strong>s pecuaristas, na manutenção <strong>de</strong> pastagens consorciadas.<br />

Com relação a isso há uma certa parcela <strong>de</strong> culpa por parte <strong>do</strong>s técnicos<br />

envolvi<strong>do</strong>s nos processos <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> e seleção <strong>de</strong>ssas forrageiras, que muitas vezes,<br />

por levar <strong>em</strong> conta somente o potencial produtivo <strong>em</strong> termos quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>

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