Apostila do Curso de Atualização em Ovinocultura - Capril Virtual
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OVINOCULTURA CURSO DE ATUALIZAÇÃO<br />
O perío<strong>do</strong> <strong>em</strong> que a larva fica parasitan<strong>do</strong> o animal ou perío<strong>do</strong> larval é <strong>de</strong><br />
aproximadamente 25 dias, porém, po<strong>de</strong> se esten<strong>de</strong>r por até um ano nas regiões <strong>de</strong><br />
clima frio. Durante esse perío<strong>do</strong>, as larvas ficam exercen<strong>do</strong> a sua ação <strong>de</strong>letéria<br />
sobre os ovinos.<br />
Altas infestações po<strong>de</strong>m fazer com que o animal perca o apetite, <strong>em</strong>agreça,<br />
po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> mesmo morrer.<br />
Uma vez expelidas pelo animal, as larvas maduras vão ao solo e nele<br />
penetram nas suas camadas mais superficiais e passam para outra fase <strong>de</strong> sua vida<br />
que é a <strong>de</strong> pupa. Nessa fase, a mosca passa se <strong>de</strong>senvolver no interior da pupa,<br />
que t<strong>em</strong> a casca escura e imóvel. Nessa forma, o parasito permanece por um<br />
perío<strong>do</strong> variável <strong>de</strong> 21 a 42 dias. Passa<strong>do</strong> esse perío<strong>do</strong>, as moscas adultas<br />
<strong>em</strong>erg<strong>em</strong> <strong>do</strong> pupário.<br />
15 dias.<br />
As moscas adultas <strong>do</strong> gênero Oestrus não se alimentam e viv<strong>em</strong> por cerca <strong>de</strong><br />
Os animais acometi<strong>do</strong>s pelas larvas <strong>de</strong> Oestrus, ficam irrita<strong>do</strong>s, espirram com<br />
freqüência, balançam muito a cabeça e esfregam as narinas nas patas. Geralmente<br />
apresentam também, corrimentos nasais e dificulda<strong>de</strong> respiratória<br />
Esses sintomas ocorr<strong>em</strong> porque no perío<strong>do</strong> larval as larvas exerc<strong>em</strong> uma<br />
ação mecânica extr<strong>em</strong>amente irritativa, através <strong>do</strong>s seus ganchos orais e espinhos<br />
que provocam uma inflamação das m<strong>em</strong>branas mucosas nasais com secreção<br />
muco-purulenta ou mesmo sanguinolenta.<br />
O diagnóstico da oestrose po<strong>de</strong> ser feito através da observação <strong>do</strong>s sintomas<br />
apresenta<strong>do</strong>s, pela i<strong>de</strong>ntificação da larva expelida pelas <strong>de</strong>scargas nasais e espirros<br />
<strong>do</strong> animal e também por necropsia. O tratamento po<strong>de</strong>rá ser realiza<strong>do</strong> através da<br />
aplicação <strong>de</strong> drogas en<strong>de</strong>ctocidas, que atuam sobre parasitas internos e externos<br />
<strong>do</strong>s animais.<br />
As miíases conhecidas como "bicheiras" são provocadas por larvas <strong>de</strong><br />
moscas da espécie Cochliomyia hominivorax, também conhecida como "varejeira".<br />
As moscas <strong>de</strong>ssa espécie copulam apenas uma vez na vida. Essa<br />
peculiarida<strong>de</strong> biológica permitiu a sua erradicação nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América<br />
<strong>do</strong> Norte através da utilização <strong>de</strong> machos esteriliza<strong>do</strong>s por radiação.<br />
Normalmente elas <strong>de</strong>positam seus ovos <strong>em</strong> massas compactas conten<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
200 a 300 ovos que são coloca<strong>do</strong>s nas bordas <strong>de</strong> feridas recentes <strong>do</strong>s animais.<br />
Cada fêmea po<strong>de</strong> ovipor cerca <strong>de</strong> 1800 ovos.