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Apostila do Curso de Atualização em Ovinocultura - Capril Virtual

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OVINOCULTURA CURSO DE ATUALIZAÇÃO<br />

da carne ovina, mais especificamente pela carne <strong>de</strong> cor<strong>de</strong>iro. Em face disso os<br />

cria<strong>do</strong>res têm procura<strong>do</strong> direcionar a criação neste senti<strong>do</strong>.<br />

Em São Paulo, nos últimos anos t<strong>em</strong>-se verifica<strong>do</strong> não só um aumento no<br />

efetivo <strong>do</strong>s rebanhos, mas também no número <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s envolvidas nessa<br />

ativida<strong>de</strong>. Apesar <strong>de</strong> ainda não estar <strong>de</strong>finitivamente estabeleci<strong>do</strong>, n<strong>em</strong><br />

a<strong>de</strong>quadamente dimensiona<strong>do</strong>, o merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> carne ovina v<strong>em</strong> apresentan<strong>do</strong><br />

crescimento inconteste, o que se reflete nos preços relativamente altos observa<strong>do</strong>s<br />

<strong>em</strong> nível <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r. Essa maior <strong>de</strong>manda, todavia, é específica para<br />

carcaças <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>, ou seja, com peso médio <strong>de</strong> 12 a 13 kg, provenientes <strong>de</strong><br />

animais novos, com no máximo 120 dias <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Até essa ida<strong>de</strong>, os animais<br />

mostram alta velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento e maior eficiência no aproveitamento <strong>de</strong><br />

alimentos menos fibrosos que animais mais velhos, apresentan<strong>do</strong> uma proporção<br />

significativamente maior <strong>do</strong> corte traseiro <strong>em</strong> relação ao dianteiro e costilhar e, ainda<br />

um nível a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> <strong>de</strong> gordura corporal, suficiente para propiciar uma leve cobertura<br />

da carcaça, protegen<strong>do</strong>-a contra a perda excessiva <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> durante o processo<br />

<strong>de</strong> resfriamento e um mínimo <strong>de</strong> gordura intramuscular, a qual garante o paladar<br />

característico da carne ovina, o que alia<strong>do</strong> a pouca maturida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s feixes<br />

musculares <strong>do</strong> animal jov<strong>em</strong>, garante um bom nível <strong>de</strong> maciez.<br />

Mesmo na região Sul <strong>do</strong> país, on<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong>s planteis possui na lã o<br />

objetivo maior da criação, se t<strong>em</strong> verifica<strong>do</strong> uma maior preocupação na exploração<br />

mais intensiva da produção <strong>de</strong> carne. Para isso, utiliza-se reprodutores <strong>de</strong> raças com<br />

maior potencial para ganho <strong>de</strong> peso sobre os planteis já existentes <strong>de</strong> ovelhas <strong>de</strong><br />

raças lanígeras (Corriedale, I<strong>de</strong>al e Merino). Assim, busca-se a obtenção <strong>de</strong><br />

cor<strong>de</strong>iros mais precoces e com melhor caracterização <strong>de</strong> carcaça, manten<strong>do</strong>-se,<br />

ainda a produção <strong>de</strong> lã pelas matrizes.<br />

Na região su<strong>de</strong>ste t<strong>em</strong>-se torna<strong>do</strong> usual a utilização <strong>de</strong> matrizes comuns, s<strong>em</strong><br />

raça <strong>de</strong>finida, ou ainda <strong>de</strong> animais <strong>de</strong>slana<strong>do</strong>s, notadamente da raça Santa Inês,<br />

mantidas <strong>em</strong> pastagens e cruzadas com reprodutores <strong>de</strong> raças <strong>de</strong> corte, Suffolk e Ile<br />

<strong>de</strong> France. As crias são amamentadas <strong>em</strong> pastagens exclusivas para matrizes com<br />

crias ao pé, sen<strong>do</strong> confina<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>de</strong>smame ao abate. Em algumas criações a<strong>do</strong>ta-se<br />

o confinamento das mães e crias já a partir <strong>do</strong> nascimento, o que possibilita a<br />

a<strong>do</strong>ção <strong>do</strong> <strong>de</strong>smame precoce aos 45 dias, o que resulta <strong>em</strong> níveis <strong>de</strong> ganho <strong>de</strong> peso<br />

bastante eleva<strong>do</strong>s, além <strong>de</strong> menor mortalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crias.<br />

Através <strong>de</strong>sse sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> criação, consegue-se animais com peso vivo entre<br />

28 e 30 kg, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> i<strong>de</strong>al para abate, com ida<strong>de</strong>s inferiores aos 120 dias. Para

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