Artigo - Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral
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18 . É<br />
muito importante que sejam adotados métodos rotineiramente<br />
ciation<br />
for <strong>Parenteral</strong> and <strong>Enteral</strong> Nutrition (BAPEN) recomenda<br />
que todos os pacientes sejam avaliados na admissão hospitalar<br />
e em intervalos frequentes durante o período <strong>de</strong> internação 32 .<br />
A prescrição médica foi avaliada e comparada às recomendações<br />
energéticas dos pacientes. Na análise <strong>de</strong> energias, foi encon-<br />
<br />
<strong>de</strong>monstrando que realmente houve ina<strong>de</strong>quação na prescrição <strong>de</strong><br />
calorias. Gentona et al. 30 <br />
energética em comparação aos cálculos <strong>de</strong> recomendações e em<br />
diversos estudos esse fato também foi observado 19,20 .<br />
<br />
se por avaliar quantos pacientes tiveram óbito na internação, alta<br />
hospitalar com a alimentação por via enteral (NE) e também os que<br />
obtiveram alta com nutrição oral (NO). Os óbitos foram presentes<br />
em 30,55% dos indivíduos, sendo consi<strong>de</strong>rada uma mortalida<strong>de</strong><br />
<br />
al. 20 encontraram 29% , Silva et al. 21 30% e, em outro estudo, o<br />
índice <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> foi menor 21% 16 . Alta com <strong>Nutrição</strong> Oral<br />
neste estudo foram <strong>de</strong> 37,5% e em dois estudos <strong>de</strong>tectou-se 18% 20<br />
e 26,6% 21 . Alta com continuida<strong>de</strong> da terapia nutricional enteral foi<br />
20 .<br />
As prescrições <strong>de</strong> aporte calórico foram avaliadas entre os<br />
<br />
uma prescrição acima <strong>de</strong> 80% do GET, seguida do grupo <strong>de</strong> NO<br />
(47,8%). Adam et al. 33 <strong>de</strong>tectaram que 75% a 96% das prescrições<br />
dos pacientes estavam entre 76% a 102% <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação do GET.<br />
Outros <strong>de</strong>tectaram valores em torno <strong>de</strong> 78% a 90% do GET 34 .<br />
O percentual <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação da dieta infundida em relação<br />
<br />
NO teve o maior consumo <strong>de</strong> calorias em relação aos <strong>de</strong>mais<br />
grupos (> 90% do GET), <strong>de</strong>monstrando que provavelmente essa<br />
correta prescrição e administração das energias possibilitaram<br />
um prognóstico melhor. Em contrapartida, nenhum paciente do<br />
grupo <strong>de</strong> óbitos consumiu dieta com valores calóricos maiores<br />
que 90% do GET. Diversos estudos existem focando a infusão<br />
<strong>de</strong> calorias. Na maioria <strong>de</strong>stes observa-se consumo energético<br />
entre 65% a 80% do proposto 19,20,34 . Há bastante discussão<br />
em torno da quantida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> energias que <strong>de</strong>vem ser<br />
ofertadas ao paciente, principalmente o hospitalizado grave.<br />
Alguns autores seguem a linha <strong>de</strong> que po<strong>de</strong> ocorrer uma hiperalimentação<br />
e o prognóstico do paciente po<strong>de</strong> não ser o melhor.<br />
Outros estudos apontam que é necessário suprir as necessida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> energia, conforme calculado pelas equações propostas por<br />
Harris e Benedict 22 , Couto et al. 19 e McClave et al. 34 ou por 25<br />
20,34 . Uma das suposições para que se ofereça<br />
uma dieta normocalórica ou hipercalórica é para que se possa<br />
prevenir catabolismo protéico em pacientes graves 19 . Uma das<br />
consequências da baixa ingestão <strong>de</strong> calorias é a <strong>de</strong>snutrição e<br />
todas as implicações que a mesma possa acarretar ao hospitalizado<br />
6 . Entretanto, a teoria <strong>de</strong> que uma baixa oferta <strong>de</strong> energia<br />
seria necessária para evitar o aumento da termogênese e da<br />
35 . Po<strong>de</strong>-se supor, também, que o<br />
paciente não tolere consumir o total <strong>de</strong> energia proposto por<br />
diversas complicações clínicas 20 <br />
Rev Bras Nutr Clin 2009; 24 (3): 143-8<br />
147<br />
houve melhor prognóstico nos pacientes com consumo <strong>de</strong> 35%<br />
a 65% das recomendações 19 .<br />
As <strong>de</strong>ficiências nas prescrições <strong>de</strong> calorias po<strong>de</strong>m ser<br />
pelos motivos citados acima e também pela própria falta <strong>de</strong><br />
conhecimento das necessida<strong>de</strong>s reais <strong>de</strong> cada paciente e do<br />
estado nutricional dos mesmos 2 . Nesse caso, po<strong>de</strong>-se dizer que<br />
exista negligência nas prescrições nutricionais 19 . A falta <strong>de</strong><br />
conhecimento sobre as necessida<strong>de</strong>s nutricionais ocorre, pois<br />
<br />
nas disciplinas <strong>de</strong> <strong>Nutrição</strong> 15,36 . Spain et al. 37 <strong>de</strong>tectaram que a<br />
prescrição <strong>de</strong> energia aumentou <strong>de</strong> 66% para 82% do GET com<br />
<br />
<br />
médicas po<strong>de</strong> ocorrer por escassez <strong>de</strong> conhecimento e falta <strong>de</strong><br />
estabelecimento <strong>de</strong> rotinas nas instituições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
CONCLUSÃO<br />
<br />
maiorias das prescrições não estavam condizentes com os<br />
<br />
<br />
uma frequência <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição mostrou-se presente, principalmente<br />
em gordura corporal, avaliada por meio da PCT (em<br />
mulheres) e no gênero masculino na massa magra, analisada<br />
por meio da AMB.<br />
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