Artigo - Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral
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<strong>de</strong> <strong>de</strong>glutição, levando ao agravamento da doença 20 .<br />
TRATAMENTO<br />
<br />
disfagia e aos métodos <strong>de</strong> avaliação existentes têm proporcio-<br />
pêuticas,<br />
clínicas e/ou cirúrgicas frente ao paciente disfágico 20 .<br />
É fundamental a participação <strong>de</strong> uma equipe multidisciplinar<br />
no tratamento da disfagia, especialistas na área da saú<strong>de</strong>, como<br />
médicos <strong>de</strong> diferentes áreas, fonoaudiólogo, nutricionista, enfer-<br />
<br />
<br />
3,4 .<br />
A contribuição da fonoaudiologia busca ampliar as perspectivas<br />
prognósticas, com a redução do tempo <strong>de</strong> internação e a<br />
redução na taxa <strong>de</strong> re-internações por pneumonia aspirativa,<br />
<br />
<strong>de</strong> vida dos pacientes 21-23 .<br />
A dieta para disfagia orientada pelo nutricionista é <strong>de</strong>signada<br />
para facilitar a progressão <strong>de</strong> acordo com a tolerância individual,<br />
otimizar a ingestão nutricional e diminuir o risco <strong>de</strong> aspiração 24 .<br />
Para minimizar o risco <strong>de</strong> aspiração e acúmulo <strong>de</strong> alimentos,<br />
principalmente em valéculas, o tratamento da disfagia no adulto<br />
<br />
Os líquidos <strong>de</strong>vem ser espessados e os alimentos sólidos <strong>de</strong>vem<br />
ser subdivididos ou amassados 25,26 .<br />
Existem possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tratamento para o paciente<br />
disfágico, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> questões relacionadas à via alternativa <strong>de</strong><br />
alimentação (SNE, gastrostomia, jejunostomia), reabilitação<br />
fonoterápica e todo o seu universo <strong>de</strong> atuações: alterações<br />
dietéticas, manobras <strong>de</strong> proteção, terapias sensoriais, utilização<br />
<strong>de</strong> válvula <strong>de</strong> fala, entre outras. Até condutas clínicas, medi-<br />
<br />
gastroesofágico, aplicação <strong>de</strong> toxina botulínica em glândulas<br />
salivares e músculo cricofaríngeo.<br />
Há, ainda, uma gama <strong>de</strong> condutas cirúrgicas, propostas em<br />
uma minoria <strong>de</strong> casos em que o tratamento <strong>de</strong> reabilitação fono-<br />
ração,<br />
po<strong>de</strong>ndo-se citar: miotomia do músculo cricofaríngeo,<br />
<br />
ligadura dos ductos parotí<strong>de</strong>os, separação laringo-traqueal, até<br />
a laringectomia total, realizados por médicos especializados. É<br />
um campo novo <strong>de</strong> atuação, no qual a literatura ainda é relativamente<br />
escassa, a indicação cirúrgica é rara, os resultados ainda<br />
são mais qualitativos do que quantitativos, sendo necessários<br />
<br />
<strong>de</strong> tais propostas cirúrgicas. Tudo isso sem contar o respeito à<br />
vonta<strong>de</strong> dos pacientes e/ou familiares. Apesar <strong>de</strong> todas estas<br />
2 .<br />
INFLUÊNCIA DA VISCOSIDADE<br />
A viscosida<strong>de</strong> do alimento é uma das variáveis mais impor-<br />
<br />
<strong>de</strong> pacientes que apresentam controle laríngeo reduzido, pois<br />
Silva LBC et al.<br />
Rev Bras Nutr Clin 2009; 24 (3): 203-10<br />
206<br />
são <strong>de</strong>glutidos rapidamente e não mantêm sua forma <strong>de</strong>ntro da<br />
cavida<strong>de</strong> oral, po<strong>de</strong>ndo escorrer prematuramente para a faringe<br />
e, assim, penetrar nas vias aéreas ainda abertas. Para evitar esse<br />
efeito, <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>terminada a viscosida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al para a <strong>de</strong>glutição<br />
ocorrer <strong>de</strong> maneira segura 4 .<br />
<br />
<br />
centpoises (ctps ou cP) 26 .<br />
Existem diferentes tipos <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong> que po<strong>de</strong>m ser facilmente<br />
alcançadas utilizando espessantes comerciais. Estes tipos<br />
(cP) (Tabela<br />
1) em ralo (1-50 cP), néctar (51-350 cP), mel (351-1750 cP) e<br />
pudim (> 1750 cP) 27 .<br />
<br />
<br />
com disfagia.<br />
<br />
Ralo 1-50<br />
Néctar 51-350<br />
Mel 351-1750<br />
Pudim > 1750<br />
Fonte: ADA, 2002.<br />
TERAPIA NUTRICIONAL<br />
Os pacientes com sintomas <strong>de</strong> disfagia que limitam sua<br />
<br />
lares, <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rados aqueles com alto risco <strong>de</strong> sofrer<br />
<br />
tratados.<br />
<br />
baseiam em um complexo equilíbrio entre preparação, ingestão<br />
e absorção dos alimentos e bebidas 24 .Ao diagnosticar a causa e a<br />
<br />
<br />
mais segura do paciente disfágico, uma vez que a consistência da<br />
dieta <strong>de</strong>ve ser individualizada <strong>de</strong> acordo com o tipo e extensão<br />
da disfunção. Se a receita não é seguida, o indivíduo po<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>parar-se com consequências graves para a saú<strong>de</strong> 3,26 .<br />
No Quadro 1 está apresentado um exemplo <strong>de</strong> uma dieta<br />
<br />
para indivíduos com disfagia e comprometimento da <strong>de</strong>glutição.<br />
<br />
<br />
<br />
santes<br />
<strong>de</strong>vem interferir o mínimo possível nas proprieda<strong>de</strong>s<br />
sensoriais dos líquidos, ou por suas próprias características<br />
físicas e químicas ou evitar reprocessamento adicional 26-28 .<br />
Vários agentes po<strong>de</strong>m ser utilizados como espessantes <strong>de</strong><br />
alimentos. Tais espessantes são formados principalmente por