Appai aproxima a comunidade escolar do universo de livros e ...

Revista Appai Educar
De acordo com Felipe Eugênio dos
Santos Silva, coordenador pedagógico
do Peja-Manguinhos, o programa
busca integrar os saberes das disciplinas
escolares com estratégias que
alcancem resultados concretos no
cotidiano. “A experimentação, hoje
mais do que antes, torna-se para nós
a base para uma escola em movimento”,
defi niu Felipe Eugênio. Uma das ilustrações desta escola em movimento
foi o trabalho desenvolvido pelos alunos do Ensino Médio I, orientados pela
professora de Filosofi a do Peja I, Fernanda Siqueira Miguens, com a exposição
do Gibi Filosófi co, quadrinhos sobre a Prudência, um dos conceitos de Aristóteles
levado para a vida cotidiana e para o senso comum.
Material produzido
Nos dois polos, foram lançadas revistas produzidas pelos alunos, com apoio dos
professores, em que um dos objetivos é dar voz e visibilizar aspectos positivos do
território de Manguinhos e de sua população: Seja Manguinhos nº 3 e a PlanEJAndo
Saúde. A proposta das publicações é mostrar que há pessoas que trabalham,
estudam e são tão cidadãs como qualquer outro morador da cidade. Se
nas duas primeiras edições o peso era resgatar e evidenciar o “cidadão de
Manguinhos”, estereotipado pela mídia, a terceira edição prima pela renovação
e diversidade – “plural, democrática, lavadeira de uma realidade
perversa e excludente”. Os temas giram em torno de educação, esporte
(futebol e capoeira), cultura e música (forró e samba), culinária, moda e
textos literários, tendo como personagens principais os atores sociais de
Manguinhos. “Esse é o maior exemplo de integração entre os alunos e as
disciplinas porque a revista teve a participação de todos. A ideia é que ela
passe a ser produzida ao fi nal de cada semestre, sempre com um tema
diferente”, diz Karine.
Já a revista PlanEJAndo Saúde, além de abordar temas de educação
em saúde, áreas de atuação da EPSJV, trouxe também atuação e vivências
de alunos em diferentes espaços da cidade, como a ida ao CCBB,
demonstrando que ter acesso aos bens culturais da cidade é questão
de saúde. Segundo Karine Bastos, professora, que juntamente com
Michelle Oliveira coordena o Peja Polo II da EPSJV, a publicação buscou
mostrar a metodologia de produção de alguns trabalhos apresentados
na Feira.
Além dos materias ofi ciais de divulgação, também foi lançado o livreto “Mitifi
cando”, com textos produzidos pelos alunos, nos quais eles criam mitos para
explicar a origem de objetos e costumes da sociedade atual. “A Feira também é um
espaço de valorização de conhecimentos construídos pelos estudantes em espaços
extraescolares. A exemplo disso, vimos a aluna-artesã Joana, que nos encantou
com sua decoração de garrafas feitas com materiais reciclados. A feira também é
um espaço de encontro de amigos e familiares”, afi rmou Michelle Oliveira.