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Música
Lei sobre o ensino
de música traz novo
som às escolas
Marcela Figueiredo
Mais que descobrir uma voz bonita e afi nada ou um aluno que se destaca
no comando de algum instrumento, a aprovação da Lei nº 11.769, que
torna obrigatória a disciplina de música na grade curricular dos ensinos
Fundamental e Médio, trouxe um novo ritmo ao festival de música
do Colégio Estadual Doutor Mário Guimarães. O projeto Festival de Música – Descobrindo
Novos Talentos teve como um dos objetivos fazer da escola um espaço
de integração entre alunos, professores e funcionários, e começou a se consolidar
quando a coordenadoria de educação propôs um concurso de música entre as escolas.
Para decidir qual aluno ou banda representaria o colégio, professores e direção resolveram
promover um concurso interno. O vencedor iria defender a escola no festival regional.
De lá pra cá já se passaram três anos e dois festivais realizados. Este ano, a disputa recebeu
a inscrição de 23 cantores, e a escola descobriu talentos que reunidos seriam capazes de
formar duas bandas com guitarra, baixo, teclado e bateria. Já os que não se entendiam
muito bem com os instrumentos e não levavam muito jeito para cantar, descobriram um
talento para ornamentação e decoração. Outros apresentavam uma capacidade incrível
de liderança e organização. Tudo foi regido pela maestrina Sheila Soares, professora de
Química, que conduziu os alunos durante todo o processo.
Mas o trabalho não foi fácil e todos tiveram que se empenhar para que o festival acontecesse
conforme o planejado. “Houve momentos em que pensei que não íamos conseguir.
A gente luta com as difi culdades que toda escola tem, mas todo mundo se dedicou
muito e no dia do festival foi tudo muito legal”, conta a professora Sheila. Tanto os
alunos do Ensino Fundamental quanto os do Ensino Médio puderam participar, mas
concorreram com alunos do mesmo segmento.
Destaques do Festival
Iago Américo foi o campeão na disputa envolvendo os estudantes do Ensino
Médio e Flávia da Silva, no Fundamental. Discos de vinil e cartolinas pretas foram
os elementos base para a ornamentação. Estudantes e seus amigos emprestaram os
equipamentos e o júri foi formado por docentes e ex-alunos. A professora Carol Paiva
participou da comissão julgadora do festival e para ela este tipo de projeto “é capaz
de atrair os alunos que estão desanimados com os estudos, pois faz com que eles se
sintam bem e tenham prazer de estar na escola”.
Isabele Soares e Daiana Amaro estudaram no colégio, concorreram no festival
e este ano estiveram presentes como juradas. Ambas presenciaram os dois lados,
Revista Appai Educar