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Biologia
Desvendando
os mistérios do
nosso
“Ouro Negro”
Feira sobre petróleo e gás agita colégio durante dois dias
Marcela Figueiredo
Durante dois dias uma feira sobre petróleo
e gás deixou o Colégio Estadual André
Maurois ainda mais movimentado. Os
alunos apresentaram projetos, assistiram
a fi lmes e participaram de palestras onde o chamado
“ouro negro” e seus derivados era o assunto principal.
Disciplinas complexas como Química, Física, Biologia
e Matemática passaram a ser encaradas com naturalidade
e, no dia das apresentações, os alunos já
faziam planos para o futuro.
Uma parceria entre o Colégio e a Pontifícia Universidade
Católica do Rio foi ponto de largada para
que os estudantes do Ensino Médio da escola situada
na Gávea tivessem acesso ao mundo do petróleo e
do gás. O tema, muito badalado, mas ainda fora da
realidade de muitos adolescentes, foi incorporado
à rotina da escola no início do ano, quando a PUC
ofereceu um curso introdutório para cerca de 100
estudantes.
A ideia era ensinar noções básicas sobre as técnicas
que envolvem a extração, o manejo e a utilização
dos combustíveis. Ao fi nal do curso, os alunos que
participaram do projeto apresentaram para o restante
da escola uma feira sobre tudo o que aprenderam.
Mesmo tendo disciplinas tão complexas envolvidas,
muitas pessoas se perguntariam o que informações
sobre petróleo e gás acrescentam à rotina da escola
e dos estudantes. A resposta vem da própria professora
de Química, Eliana Wimmer: “Depois do curso e
quando começaram a preparar as apresentações eles
demonstraram sinais de mais maturidade e passaram
a ter mais interesse em aprender disciplinas da área
de exatas”, conta a professora. Os benefícios vão
para a escola, para a PUC e, principalmente, para os
alunos, que redescobrem o prazer de aprender.
O pátio do colégio, durante dois dias, fi cou repleto
de estudantes. O interesse foi tanto que, mesmo os
que não fi zeram o curso oferecido pela universidade,
se empenharam em estudar para poder participar.
Francisco Gustavo, aluno do 3º ano, diz que já gostava
do assunto, mas, como é atleta, não tinha tempo
disponível para fazer o curso. Mesmo assim quis
apresentar seu trabalho na feira. “Quando descobri
que poderia colaborar, resolvi estudar sobre radioatividade
e dividir com meus colegas um pouco do
que aprendi”, conta todo orgulhoso.
A escola também pode ser o espaço para descobertas
de carreiras que não faziam parte das expectativas.
Mesmo morando em um dos estados com
maior capacidade petrolífera no país, Mayra Tavares
nunca tinha pensado em ser engenheira. Durante a
exposição sobre Sistemas de Produção ela já vislum-
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