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Educação Ambiental
Coleta
Seletiva
Projeto aplica noções de
reciclagem
Claudia Sanches
Muitos desastres ambientais
têm sido
relacionados com
a ação do homem,
como a poluição do meio e o uso
indiscriminado dos recursos naturais.
Mostrar que o futuro do
planeta não está somente nas
mãos das autoridades foi uma
das mensagens do projeto Coleta
Seletiva, realizado com jovens do
5º ao 9º anos na Escola Estadual Desembargador
Ferreira Pinto, localizada em São Gonçalo.
Diariamente, uma grande quantidade de produtos
recicláveis, como garrafas pet, plásticos, isopores e
lixo orgânico, é descartada. Nem toda essa produção
tem o destino adequado, como um aterro sanitário
ou uma usina de reciclagem. Durante a culminância
estudantes mostraram destinos criativos para boa
parte desse lixo e descobriram muitos novos talentos.
Para contemplar a disciplina de Ciências e a
Educação Ambiental, a coordenadora pedagógica
Regina Codeço e a diretora da escola, Neusa Ribeiro,
sugeriram essa temática, com o enfoque na coleta
seletiva, que contribui diretamente para a diminuição
dos dejetos. Com a orientação dos professores de
Ciências, que distribuíram as tarefas e estratégias,
as equipes começaram a trabalhar.
Separando os materiais
Os jovens se dividiram pelos diversos tipos de materiais,
como plástico, vidro, metal e papel, e cada grupo
representava uma cor, segundo a padronização da coleta
seletiva. No dia da culminância os alunos decoraram seu
estande com as cores. A composteira, fabricação de adubo
orgânico a partir do lixo biodegradável, apresentada
pelo 7º ano, ganhou um destaque muito grande. Os
professores de Geografi a levaram a turma da cozinha
para assistir aos vídeos e participar das ofi cinas para
aprender a fabricação do adubo e até a sementeira.
Nos estandes todas as etapas da sua confecção foram
expostas, desde a separação dos restos, pelas transformações,
até a secagem e plantio das mudas.
Alguns pais estão fazendo a composteira em casa,
com ajuda dos fi lhos. Gabriel já está com a sua quase
pronta. De luvas, ele explica que todos os dias tem
que colocar a mão na terra para misturar: “Está
quase seca, já tem até minhoca. Eu e minha mãe
estamos nos mudando para uma casa maior e vamos
fazer uma horta”, explica o menino. O 6º ano, com
a cor amarela, valorizou a liberdade de expressão.
A garotada compôs e tocou o rap “Faça sua parte”,
confraternizando com os pais durante a culminância.
Outra equipe do 7º ano, com o slogan “Tempos de
compostagem, ajude a reciclar”, mostrava o retrato
do bairro. Os estudantes fotografaram vários locais
nas proximidades do colégio, em rios e ruas. “Essa é a
nossa realidade. Estamos falando para os alunos repro-
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