Appai aproxima a comunidade escolar do universo de livros e ...

Durante a I Mostra
Integrada, as equipes
expuseram o que produziram no
segundo bimestre. Lixo vira diversão,
arte, comida e forma de sobrevivência. O
6º ano, que tem várias turmas, decidiu falar sobre
o assunto de maneiras diversas. Com o slogan “O
lixo que vem da arte”, a aluna Viviane e seu grupo
tiveram a ideia de confeccionar um vaso de fl ores só
com pet, reaproveitando o máximo que o material
proporcionava. Eduardo construiu um puff em que
recebia amigos e responsáveis.
E isso é apenas um exemplo do que se pode
criar. Outro grupo do 6º ano investiu na reutilização
e aproveitamento dos alimentos. Bolo de laranja
com casca de cenoura, cocada com a parte branca
da melancia, bolo com casca de abóbora e doce de
casca de banana. Nada era jogado fora. Após muita
pesquisa – e testes de todas as receitas em casa – os
estudantes colocaram na exposição as iguarias que
deram certo. “A gente aproveitou cascas e caroços
que as pessoas jogam fora, as partes mais nutritivas
dos alimentos. Algumas mães não acreditavam que
as iguarias iriam fi car boas”, contava Raphael. “Ao
contrário das expectativas, houve muita procura
pelas receitas, impressas e distribuídas pelos próprios
estudantes”, confi rma a professora de Biologia
Claudine Helena.
Com o anúncio Brincando com o lixo, os alunos
confeccionaram barracas com jogos envolvendo
Revista Appai Educar
conceitos relacionados aos
resíduos. Para testar o conhecimento
do público sobre
coleta seletiva, o desafi o era a
separação de vários tipos de dejetos
por cores em caixas. Para o
planeta, qual é o seu alvo era um
jogo de tiro ao alvo. A proposta
era levar uma refl exão sobre o
que as pessoas desejam para o
futuro do meio ambiente. Um jogo
de trilha batizado de O caminho da
Reciclagem levava a hábitos e informações
preciosas que podem melhorar
a qualidade de vida no mundo. E muito mais:
boliche de garrafas pet e dama com potinhos
de iogurte. “E estamos com o projeto de doar
os brinquedos para a comunidade mais carente do
entorno”, diz a jovem Dandara, do 6º ano.
Através do slogan “Nosso lixo tem mais fl ores”,
Tainara e sua equipe mostravam como a embalagem
pet pode ganhar outra função, desta vez, bem ecológica.
Com uma tecnologia alternativa, eles criaram
uma horta vertical, que cabe dentro de qualquer
apartamento. As garrafas são amarradas nas grades
da janela, umas embaixo das outras. Assim, ao molhar
as plantas de cima, as de baixo já estão regadas.
“Não precisamos de muito espaço nem esforço; fi que
com uma parede bonita e salve o planeta”, dizia a
menina.
O sétimo ano contabilizou os números de resíduos
através de estatísticas. Os visitantes podiam conferir
a quantidade de lixo produzida no Rio de Janeiro e
o tempo de decomposição de cada material. Outra
equipe do mesmo ano também explorou o tema O seu
lixo mostra quem você é. A partir de um texto de Luís
Fernando Veríssimo, eles dramatizaram um diálogo
que mostrava duas pessoas que se conhecem através
do lixo. “Com o lixo o particular se torna público. Um
vizinho vasculha a lixeira do outro e descobre hábitos
e segredos”, explica a professora Daniele Ferreira.
Outra turma do 7º ano confeccionou sabão. O
pequeno Celso explicava como fi zeram a campanha
do recolhimento do óleo, muito prejudicial ao meio
ambiente por produzir o gás metano, um dos principais
causadores do efeito estufa. Cada aluno trouxe
um componente e teve uma função na fabricação. O
produto também era distribuído durante a feira para
uso doméstico. A ideia foi a de capacitar moradores