Appai aproxima a comunidade escolar do universo de livros e ...

que desatar em suas vidas, perguntando
se alguém os ajudou a
resolver o problema ou se resolveram
sozinhos.
7. Diga para escreverem outras
soluções para desatar “nós”.
Atividade “Nós e nós”
Objetivo
Evidenciar o papel identifi cador da
literatura com algumas questões
subjetivas.
Público-alvo
Atividade indicada a alunos do 4°
ano do Ensino Fundamental ao
Ensino Médio.
Materiais necessários
• Livro Nós, de Eva Furnari (Editora
Global, 1999);
• Papel;
• Lápis ou caneta.
Terceira prática
Outra proposta de prática de
leitura é a “Imaginando a história”,
que envolve os sentidos
auditivos e visuais dos alunos.
Uma sugestão interessante é o
professor desenvolver essa atividade
em um local diferente da
sala de aula.
Etapas:
1. Ponha uma música escolhida
por você.
2. Sugira aos estudantes que
fi quem na posição que for mais
confortável, e de olhos fechados.
3. Comece a descrever um local.
Exemplo: “Você está caminhando
em uma fl oresta. Existem
muitos tipos de árvores. Há
caminhos escuros e claros.
Você sente um pouco de medo,
mas não tem vontade de parar,
porque sabe que ali adiante encontrará
o seu lugar, com tudo
o que gosta. Pronto! Agora você
chegou diante de uma porta.
Você sabe que atrás dela está o
seu lugar. Você pega na maçaneta
e abre. Uma luz muito forte
lhe confunde a visão, mas logo
em seguida permite que você
enxergue tudo. Esse é o seu
lugar. O lugar com tudo o que
você sonhou.”
4. Peça para os alunos desenharem,
em silêncio, o lugar
narrado.
5. Sugira que escrevam a história
desse lugar ou façam uma lista
de todas as coisas que possam
estar presentes nesse espaço.
6. Com os alunos em roda, o
momento final é destinado a
que sejam compartilhadas as
diferentes imaginações.
Atividade
“Imaginando a história”
Objetivos
• Provocar a imaginação, por meio
das sensações;
• Evidenciar, para o estudante, o
seu poder criador;
• Incentivar o exercício da subjetividade
do estudante.
Público-alvo
Atividade indicada a alunos de
4° e 5° anos, não descartando a
possibilidade de atender a públicos
do Ensino Fundamental II, desde
que o mediador faça alterações no
texto inicial de provocação.
Materiais necessários
• Equipamento de som;
• CD de músicas suaves e relaxantes;
• Papel;
• Hidrocor, lápis de cor ou tintas.
Avaliação
Ao propor atividades de leitura
focando a arte, a literatura ou os
aspectos subjetivos trazidos por
elas, os educadores correm alguns
riscos. Um deles diz respeito à
avaliação das produções dos estudantes.
É possível observar, por
exemplo, como o aluno está se
comportando no desenvolvimento
de seus argumentos, na organização
da estrutura do texto ou na
utilização das palavras. Mas não
é recomendável que se faça isso
pautado em notas rígidas ou meramente
quantitativas. Antes de
qualquer coisa, a aposta inicial deverá
ser a de promover o encontro
do aluno-leitor com a palavra,
com o texto, com seu potencial
criador e com sua possibilidade
de expressão. Uma vez que isso
tenha sido assegurado, aí podemos
partir para nos preocupar em
quantifi car suas produções.
Lena Lais é psicóloga clínica,
mestre em Estudos de Linguagem,
consultora em projetos sociais e
em escolas, autora do livro Teoria
e prática da formação do leitor:
leitura e literatura na sala de aula
(Editora Artmed).
Fonte: Revista Profi ssão Mestre,
nº 142 – junho de 2011.
Ilustração: Luiz Cláudio de Oliveira
Revista Appai Educar