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Appai aproxima a comunidade escolar do universo de livros e ...

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Uma vez estan<strong>do</strong> os professores<br />

abertos a consi<strong>de</strong>rar conceitos<br />

e pré-conceitos acerca da leitura<br />

da literatura – já que exercitamos<br />

nos ver como leitores e com isso<br />

constatarmos as diferenças nos<br />

gostos <strong>de</strong> cada um –, po<strong>de</strong>mos<br />

partir, então, para pensar nas<br />

práticas <strong>de</strong> leitura.<br />

Qualquer ativida<strong>de</strong> envolven<strong>do</strong><br />

texto, produção escrita ou livro<br />

remete a uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leitura.<br />

Entretanto, quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>cidimos<br />

por <strong>de</strong>senvolver uma prática,<br />

com ou sem livro, mas cujo fi m<br />

<strong>de</strong>semboque na arte, sobretu<strong>do</strong><br />

na literatura, aí precisamos focar<br />

nosso olhar no aluno-leitor. Não<br />

no aluno simplesmente (aquele<br />

que precisa ser aprova<strong>do</strong>), mas<br />

naquele que lê, que gosta ou não<br />

<strong>do</strong> texto, que tem preferências,<br />

que possui um repertório e um<br />

pensamento próprio <strong>de</strong> sua ida<strong>de</strong>,<br />

que possui planos e <strong>de</strong>sejos e,<br />

sobretu<strong>do</strong>, uma subjetivida<strong>de</strong> que<br />

precisa vir à tona e ser escutada<br />

pelo professor-media<strong>do</strong>r. Isso<br />

mesmo: um professor-media<strong>do</strong>r<br />

e não simplesmente um <strong>do</strong>cente.<br />

Como <strong>de</strong>senvolver<br />

Selecionamos e <strong>de</strong>talhamos a<br />

seguir três ativida<strong>de</strong>s relacionadas<br />

à prática da formação <strong>do</strong> leitor.<br />

São possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> exercícios<br />

<strong>de</strong> leitura já realiza<strong>do</strong>s em sala<br />

<strong>de</strong> aula e que também estão divulga<strong>do</strong>s<br />

no livro Teoria e prática<br />

da formação <strong>do</strong> leitor: leitura e<br />

literatura na sala <strong>de</strong> aula (Editora<br />

Artmed).<br />

Primeira prática<br />

Denominada “A foto que conta<br />

uma história”, essa prática não<br />

<strong>de</strong>manda nenhum livro, apontan<strong>do</strong><br />

para o próprio texto <strong>do</strong><br />

aluno como um material rico em<br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> exploração,<br />

Revista <strong>Appai</strong> Educar<br />

criativida<strong>de</strong> e literatura, além<br />

<strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nciar o potencial imaginativo<br />

que o aluno-leitor possui.<br />

Na medida em que o principal<br />

material utiliza<strong>do</strong> são fotos <strong>do</strong>s<br />

estudantes – o que irá remeter às<br />

suas vidas pessoais –, os temas<br />

trabalha<strong>do</strong>s são to<strong>do</strong>s aqueles <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>m subjetiva: vida, família,<br />

arte etc.<br />

Etapas:<br />

1. Solicite aos alunos que levem para<br />

a aula fotos que tenham si<strong>do</strong> tiradas<br />

durante comemorações (como<br />

casamentos e aniversários). Eles<br />

<strong>de</strong>vem guardar segre<strong>do</strong> sobre as<br />

fotos até o momento <strong>do</strong> trabalho.<br />

2. No dia da ativida<strong>de</strong>, peça para<br />

os alunos trocarem as fotos entre<br />

si.<br />

3. Explique que cada estudante<br />

<strong>de</strong>ve escrever o que pensa que<br />

aconteceu antes e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> a<br />

foto ser tirada. Faça perguntas<br />

como: “Era um dia festivo?”,<br />

“Você acha que a pessoa estava<br />

feliz?” e “Aconteceu algo a ela<br />

antes <strong>de</strong> posar para a foto?”.<br />

4. Deixe que os educan<strong>do</strong>s leiam<br />

seus textos.<br />

5. Em seguida, o próprio <strong>do</strong>no da<br />

foto <strong>de</strong>verá contar o que aconteceu<br />

naquele dia.<br />

Ativida<strong>de</strong><br />

“A foto que conta uma história”<br />

Objetivos<br />

• Exercitar a imaginação e a criativida<strong>de</strong>;<br />

• Construir textos por meio <strong>de</strong><br />

imagens.<br />

Público-alvo<br />

Ativida<strong>de</strong> indicada a alunos <strong>do</strong><br />

Ensino Fundamental I ao Ensino<br />

Médio, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que as expectativas<br />

para cada faixa etária<br />

são diferentes.<br />

Materiais necessários<br />

• Fotos tiradas durante comemorações;<br />

• Ca<strong>de</strong>rno e lápis.<br />

Segunda prática<br />

O nome <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong> é “Nós<br />

e nós” e, mais uma vez, o apelo<br />

ao tema aqui proposto <strong>de</strong>semboca<br />

nos aspectos subjetivos: leitura<br />

da vida <strong>de</strong> cada um, relações<br />

interpessoais, amiza<strong>de</strong>s, famílias<br />

etc. Em experiências anteriores<br />

com essa prática, sobretu<strong>do</strong> em<br />

escolas públicas, constatei que as<br />

i<strong>de</strong>ntifi cações com a personagem<br />

<strong>de</strong>ssa história foram tão acentuadas<br />

que promoveram reflexões<br />

interessantes, comentários sobre o<br />

“estar no mun<strong>do</strong>” e manifestações<br />

<strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> pelo “nó” <strong>do</strong> colega.<br />

Todavia, vale consi<strong>de</strong>rar que<br />

para <strong>de</strong>senvolver essa ativida<strong>de</strong> é<br />

necessária uma escuta mais generosa<br />

por parte <strong>do</strong> professor. Fazer<br />

essa prática com pressa, horários<br />

marca<strong>do</strong>s ou tempos engessa<strong>do</strong>s é<br />

per<strong>de</strong>r aquilo que ela traz <strong>de</strong> mais<br />

bonito: a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer<br />

melhor o outro, suas fantasias,<br />

seus me<strong>do</strong>s, suas <strong>do</strong>res e suas<br />

chances <strong>de</strong> superação.<br />

Etapas:<br />

1. Pergunte para os alunos se eles<br />

se lembram <strong>de</strong> algo que os fez<br />

sentir raiva.<br />

2. Questione qual atitu<strong>de</strong> eles tomaram<br />

quan<strong>do</strong> isso aconteceu.<br />

3. Mostre a capa <strong>do</strong> livro Nós, <strong>de</strong><br />

Eva Furnari, e diga para tentarem<br />

adivinhar sobre o que a obra fala.<br />

4. Leia o livro com os educan<strong>do</strong>s.<br />

5. Em seguida, converse com os<br />

estudantes sobre as soluções<br />

para se “<strong>de</strong>satar os nós” causa<strong>do</strong>s<br />

pela vida.<br />

6. Solicite que escrevam sobre<br />

o pior “nó” que eles já tiveram

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