Appai aproxima a comunidade escolar do universo de livros e ...
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é para viver, se relacionar, conhecer o mun<strong>do</strong> e as<br />
pessoas, se apresentar, fazer coisas acontecerem em<br />
projetos, e assim por diante”, afi rma.<br />
Essa i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que a língua estrangeira não po<strong>de</strong><br />
estar dissociada <strong>do</strong> projeto pedagógico da escola<br />
é compartilhada pela professora Celina Fernan<strong>de</strong>s,<br />
mestre em Sociologia da Educação pela Universida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> São Paulo (USP), assessora educacional e coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra<br />
pedagógica da Escola Bialik, em São Paulo.<br />
“O processo <strong>de</strong> ensino e aprendizagem <strong>de</strong> línguas<br />
estrangeiras po<strong>de</strong> contribuir <strong>de</strong> maneira signifi cativa<br />
se estiver engaja<strong>do</strong> num projeto mais amplo <strong>de</strong> formação,<br />
ou seja, se não for reduzi<strong>do</strong> à aprendizagem<br />
<strong>de</strong> um código linguístico”, afi rma a educa<strong>do</strong>ra, acrescentan<strong>do</strong><br />
que “saber se expressar e se comunicar<br />
em uma língua estrangeira requer sensibilida<strong>de</strong> para<br />
compartilhar outros mun<strong>do</strong>s, outros valores, outros<br />
estilos <strong>de</strong> vida e estar disponível a ir ao encontro <strong>de</strong><br />
si mesmo, por meio <strong>de</strong>ssa relação com o estrangeiro”.<br />
Trabalhar com as diferenças também é um <strong>de</strong>safi o,<br />
tanto as <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> cada aluno, quanto <strong>do</strong><br />
interesse, já que, para alguns, a disciplina po<strong>de</strong> não<br />
ter a importância primordial da Língua Portuguesa ou<br />
da Matemática, por exemplo. Para Ton Pires, coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r<br />
<strong>de</strong> Língua Inglesa <strong>do</strong> Centro Educacional Sigma,<br />
em Brasília, o importante é perceber a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> cada aluno, aprimorar a preparação das aulas, a<br />
didática <strong>de</strong>senvolvida em sala e a atenção àqueles<br />
que apresentam difi culda<strong>de</strong>s. “Temos <strong>do</strong>is plantões<br />
semanais para o atendimento a esses alunos”, conta.<br />
Ele comenta que algumas escolas tratam a Língua<br />
Inglesa como uma matéria sem importância, aquela<br />
disciplina que <strong>de</strong> forma obrigatória tem que estar na<br />
gra<strong>de</strong> horária. “Se todas as escolas criassem mecanismos<br />
<strong>de</strong> motivação, <strong>de</strong> serieda<strong>de</strong> com a língua,<br />
é para viver, se relacionar, conhecer o mun<strong>do</strong> e as <strong>de</strong> cumprimento <strong>do</strong>s tópicos, <strong>de</strong> avaliações sérias,<br />
Revista <strong>Appai</strong> Educar<br />
<strong>de</strong> cumprimento <strong>do</strong>s tópicos, <strong>de</strong> avaliações sérias,<br />
<strong>de</strong> valorização <strong>do</strong> profi ssional, envolvimento numa<br />
interação mais próxima aluno-professor, com certeza<br />
a Língua Inglesa seria mais apreciada e prazerosa<br />
para os alunos”, afi rma.<br />
Diretrizes<br />
Afi nal, qual o objetivo das aulas <strong>de</strong> inglês na escola<br />
regular? Está nos Parâmetros Curriculares Nacionais<br />
para o Ensino Fundamental, os PCNs: “os temas<br />
centrais <strong>de</strong>sta proposta são a cidadania, a consciência<br />
crítica em relação à linguagem e os aspectos<br />
sociopolíticos da aprendizagem <strong>de</strong> língua estrangeira.<br />
Esses temas se articulam com os temas transversais<br />
<strong>do</strong>s Parâmetros Curriculares Nacionais, notadamente<br />
na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se usar a aprendizagem <strong>de</strong> língua<br />
como espaço para se compreen<strong>de</strong>r, na escola, as<br />
várias maneiras <strong>de</strong> se viver a experiência humana.<br />
E primordialmente objetiva-se restaurar o papel da<br />
língua estrangeira na formação educacional. A aprendizagem<br />
<strong>de</strong>ssa disciplina, juntamente com a língua<br />
materna, é um direito <strong>de</strong> to<strong>do</strong> cidadão, conforme<br />
expresso na Lei <strong>de</strong> Diretrizes e Bases e na Declaração<br />
Universal <strong>do</strong>s Direitos Linguísticos, publicada pelo<br />
Centro Internacional Escarré para Minorias Étnicas<br />
e Nações (Ciemen) e pelo PEN-Club Internacional.<br />
Sen<strong>do</strong> assim, a escola não po<strong>de</strong> mais se omitir em<br />
relação a essa aprendizagem”. Entretanto, será que<br />
esse direito vem sen<strong>do</strong> exerci<strong>do</strong>? Para Celina, as diretrizes<br />
<strong>do</strong>s PCNs são <strong>do</strong>cumentos que <strong>de</strong>veriam orientar<br />
a elaboração <strong>do</strong>s Projetos Políticos-Pedagógicos<br />
das escolas <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> geral, mas acabam orientan<strong>do</strong><br />
mais as instituições públicas, no caso da Língua<br />
Inglesa. Isso porque <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m a ênfase na leitura<br />
a partir da qual os conhecimentos linguísticos vão