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Anais do II Simpósio Nacional de Musicologia - EMAC - UFG

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consi<strong>de</strong>rações Finais<br />

Artigos<br />

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A música em Pirenópolis vem sen<strong>do</strong> estudada há tempos, com <strong>de</strong>staque para as obras <strong>de</strong><br />

Men<strong>do</strong>nça (1981), Souza (1998) e <strong>de</strong> Pina Filho (1986 e 2002) com <strong>de</strong>staque para “O Cancioneiro <strong>de</strong><br />

Armênia” (2004), um importante <strong>do</strong>cumento em que Maria Armênia <strong>de</strong> Pina Siqueira resgata modinhas<br />

e <strong>de</strong>mais lembranças que compuseram as paisagens sonoras que as acompanhou no transcorrer <strong>de</strong> quase<br />

uma centúria <strong>de</strong> sua existência.<br />

Acredita-se que os gran<strong>de</strong>s patrimônios <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong>, ou no caso específico <strong>de</strong> uma rua,<br />

está na composição cotidiana que seus mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> diferentes gerações executam no transcorrer da<br />

pauta existencial <strong>de</strong> cada um, possibilitan<strong>do</strong> assim estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> algumas partituras não transcritas ou que se<br />

restringem aos arquivos restritos a poucos, neste último caso sinto-me intensamente privilegia<strong>do</strong> <strong>de</strong> ter<br />

si<strong>do</strong> um expecta<strong>do</strong>r a partir da “Casa <strong>de</strong> Zizito” em que pu<strong>de</strong> vivenciar o que Schafer (2001) <strong>de</strong>nominou<br />

por “a afinação <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>”.<br />

Enfim, concordamos que diante <strong>do</strong> exposto “o tique-taque <strong>do</strong>s nossos relógios é tão grosseiro,<br />

tão mecanicamente sincopa<strong>do</strong> que já não temos o ouvi<strong>do</strong> bastante aguça<strong>do</strong> para escutar o tempo que se<br />

escoa” (BACHELARD, 1993, p. 173), <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> assim, muitas vezes <strong>de</strong> perceber as paisagens sonoras<br />

constitui<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> nossas memórias.<br />

Referências Bibliográficas<br />

BACHELARD, Gaston. A poética <strong>do</strong> espaço. Trad. Antonio <strong>de</strong> Pádua Danesi. São Paulo, Martins<br />

Fontes, 1993. 242p.<br />

CURADO, João Guilherme da Trinda<strong>de</strong>. As alterações ocorridas na paisagem por on<strong>de</strong> passam as<br />

procissões <strong>de</strong> Pirenópolis – Goiás: 1920 a 2005. Goiânia: IESA/<strong>UFG</strong>. 2006. 191f. (Mestra<strong>do</strong> em<br />

Geografia).<br />

FERNANDES, Anedmafer Mattos. Paisagem sonora e o ensino <strong>de</strong> geografia: quatro minutos e<br />

trinta e três segun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> leitura <strong>do</strong> espaço. In: Entre-Lugares. Doura<strong>do</strong>s/MS. Nº 1, ano1, 2010.<br />

pp. 113-132.<br />

FORTUNA, Carlos. Imagens da cida<strong>de</strong>: sonorida<strong>de</strong>s e ambientes sociais urbanos. In: Revista Crítica <strong>de</strong><br />

Ciências Sociais. Lisboa. nº 51, 1998. pp. 21-41.<br />

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. Trad. Laís Teles Benoir. São Paulo, Centauro, 2004.<br />

197p.<br />

JAYME, Jarbas. Esboço histórico <strong>de</strong> Pirenópolis. Goiânia: <strong>UFG</strong>, 1971. Vols. I e <strong>II</strong>. 624p.<br />

______. Famílias Pirenopolinas. Goiânia: <strong>UFG</strong>, 1973. Vol. I, 429p.<br />

JAYME, Jarbas; JAIME, José Sisenan<strong>do</strong>. Casas <strong>de</strong> Pirenópolis. Goiânia: UCG, 2002. Vol. <strong>II</strong> – Casas<br />

<strong>do</strong>s homens. 196p.<br />

LEAL, Oscar. Viagem às terra goyanas (Brazil Central). Goianas: <strong>UFG</strong>, 1980. (Edição em fac-simile –<br />

Coleção Documentos Goianos) 255p.<br />

MATUTINA MEIAPONTNESE. ed. Digital. Cd-Rom.<br />

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