Fevereiro 2008 - Inatel

Praça da República. Em baixo, a nova Biblioteca Municipal e vista da Beira-rio
18 TempoLivre Fevereiro 2008
HÁ MUITO que uma certa ideia de
Viana do Castelo como cidade mais
ou menos arrumada no canto de
um país periférico perdeu consistência.
O desenvolvimento de
vias de comunicação rápidas coloca
a cidade minhota bastante acessível,
mesmo ao viajante que vem de
longe. É possível fazer actualmente
todo o percurso desde Vila Real de
Santo António sempre por autoestrada,
como também com (quase)
a mesma comodidade ali podem
chegar visitantes de Madrid, Paris
ou Bruxelas. E não apenas por via
terrestre. Dois aeroportos internacionais
estão a pouco mais de meia
hora de distância, o de Vigo e o do
Porto.
Dito isto, convém acrescentar que
não é apenas pela via do desenvolvimento
das comunicações terrestres
ou aéreas que Viana do Castelo
merece ser colocada nas rotas
dos viajantes. A modernização da
cidade, a par da conservação do
centro histórico, o património monumental
e cultural, a hospitalidade
das suas gentes, as tradições festivas
e gastronómicas, entre outras,
fazem de Viana do Castelo um dos
destinos mais amáveis do território
nacional.
Instalada entre o centro histórico
e o rio Lima, a recém-inaugurada
Biblioteca Municipal, desenhada
por Siza Vieira, é um exemplo notável
de um feliz entendimento entre
o moderno e o antigo na requalificação
das cidades.
Os mais recentes folhetos turísticos
procuram promover a urbe com
uma velha e mais ou menos batida
frase. Marketing, evidentemente,
mas quem não será sensível à ponta
de verdade que pelo slogan perpassa,
quem não se deixará envolver
pela rejuvenescida beleza que nos
entra pelos olhos dentro logo ao