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Fevereiro 2008 - Inatel

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BOAVIDA<br />

No Palco<br />

Criança ensina adultos<br />

“Óscar e a Senhora Cor de Rosa”, em cena no Teatro Nacional D. Maria II até 9 de Março, fala-nos do<br />

mistério da Vida descoberto por uma criança, num luminoso e comovente monólogo escrito por Eric<br />

Emmanuel- Schmitt.<br />

Maria Mesquita<br />

Lídia Franco propôs a ideia<br />

de se fazer a encenação<br />

deste monólogo a Marcia<br />

Haufrecht, que já a tinha<br />

acompanhado noutras viagens<br />

teatrais (Frozen e Vidas Publicadas).<br />

A resposta é a representação de<br />

uma história muito humana sobre<br />

um menino, Óscar, doente terminal<br />

de leucemia, que, junto a uma voluntária<br />

de apoio a crianças na<br />

mesma condição, vai vivendo a<br />

vida ao passo de gigante. A Senhora<br />

Cor-de-Rosa, assim denominada<br />

por ser a cor das batas que<br />

estas voluntárias utilizam nas alas<br />

de Pediatria dos hospitais franceses,<br />

resolve por sua vez propor um jogo<br />

a Óscar. Por cada dia que passa, ele<br />

64 TempoLivre <strong>Fevereiro</strong> <strong>2008</strong><br />

vive 10 anos, e ele, como retribuição,<br />

aproveita esses 10 anos ao<br />

máximo. Para Óscar, cada dia/10<br />

anos, é vivido em desafio à morte,<br />

olhando de forma divertida para o<br />

mundo dos adultos (ao qual na<br />

realidade ele nunca chegará), para<br />

o mundo das outras crianças que<br />

também o rodeiam, para a Vida que<br />

em breve se irá esgotar. Lídia<br />

Franco afirma que esta é a peça<br />

mais bonita que leu nos últimos<br />

tempos (e que é um hino à felicidade,<br />

uma vez que é uma criança a<br />

ensinar aos adultos a forma de se<br />

viver cada momento, de forma a<br />

não nos lamentarmos por não termos<br />

tido tempo ou oportunidade<br />

de fazer o que queríamos ter feito.<br />

O monólogo, já representado em<br />

dezenas de países por grandes<br />

Lídia Franco<br />

actrizes, surge das cartas que Óscar<br />

escrevia a Deus todos os dias.<br />

Cartas narradas pela Sr.ª Cor-de-<br />

Rosa, cartas de um menino que<br />

viveu mais do que muitos adultos.<br />

A AFILHADA DE SANTO ANTÓNIO<br />

Um musical dedicado a Santo António,<br />

escrito por António Torrado<br />

ao estilo dos antigos autos, em cena<br />

no Teatro da Comuna, até meados<br />

de Março.<br />

Com encenação de João Mota, também<br />

ele devoto a Santo António, este<br />

musical é uma homenagem de forma<br />

muito criativa e divertida a um dos<br />

Santos que “mais trabalho tem” ao<br />

longo de todo o ano, nas “especialidades”<br />

amorosas e afins. Quando os<br />

pedidos são mais do que quem os<br />

pede, quando há tanto para fazer e<br />

tanto para dar, e quando se tem a<br />

imensa responsabilidade de andar<br />

com o Menino ao colo, nem Santo<br />

António aguenta tanta pressão!<br />

Assim lhe aparece em súplica<br />

uma devota afilhada que por acaso<br />

se chama Antónia. O Santo Padroeiro<br />

fica com o coração derretido ao<br />

ver a pobrezinha órfã pedir-lhe<br />

auxílio para a sua vida, mas, como<br />

não gosta de dar tudo de uma só<br />

vez, e acha que a felicidade total<br />

tem de ser ganha aos pouquinhos,<br />

acabamos por ver as aventuras e<br />

desventuras que Antónia passa até<br />

conseguir a Paz que procura. Para<br />

terminar em beleza, a jovem Antónia<br />

termina, qual Cinderela, nos<br />

braços de um amado, que é, quase<br />

por magia (ou fé? Ou milagre do<br />

Santo?), príncipe…

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