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Fevereiro 2008 - Inatel

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dois passos: a enumeração é um começo<br />

e um prenúncio. Temos ainda a<br />

Serra de Arga ou a da Peneda, ou a do<br />

Gerês, embora nestas duas últimas<br />

serranias estejamos a colocar a fasquia<br />

a uma distância mais larga; esses são,<br />

todavia, é bom reconhecer, destinos<br />

sempre à mão de passear e dos de<br />

maior valia na área do ecoturismo<br />

nacional. Mais perto temos, efectivamente,<br />

com que entretecer andanças e<br />

mergulhos na natureza. Actualizemos<br />

a informação, que a há e que faz parte<br />

dos mais recentes artifícios de sedução<br />

do concelho. Foram inauguradas há<br />

bem pouco tempo algumas rotas que<br />

proporcionam uma intimidade dos<br />

caminhantes com os espaços naturais<br />

deste recanto do Alto Minho. São sete<br />

os percursos pedestres sugeridos por<br />

este roteiro, cuja informação detalhada<br />

é possível obter no posto de turismo<br />

de Viana: Trilhos dos Moinhos de<br />

Água de Montaria, na Serra de Arga,<br />

Trilho do Monte de Santa Luzia, Trilho<br />

dos Canos de Água, Trilho dos Moinhos<br />

de Vento de Montedor, Trilho do<br />

Chão, Trilho do Monte Galeão e Trilho<br />

da Ribeira de Santo Simão.<br />

PERCURSOS URBANOS<br />

No que toca aos percursos urbanos,<br />

o centro histórico de Viana do<br />

Castelo é um dos mais agradáveis e<br />

bem conservados do norte português.<br />

É um espaço habitado e<br />

vivo, com algumas esplanadas<br />

estratégicas, como as que nos esperam<br />

na prazenteira Praça da República.<br />

Aí mesmo damos também<br />

com dois dos incontornáveis edifícios<br />

históricos da cidade, o dos antigos<br />

Paços do Concelho, com o seu<br />

recorte medieval e inconfundíveis<br />

arcos góticos, e o da renascentista<br />

Casa da Misericórdia, e respectiva<br />

igreja, que conserva um incomparável<br />

acervo de azulejaria. O<br />

Chafariz (mais ou menos) central é<br />

também de Quinhentos, desses<br />

tempos que viram partir do cais de<br />

Viana aventureiros e povoadores<br />

como Gonçalo Velho, rumo às ilhas<br />

atlânticas, Fernão Martins, explorador<br />

da costa africana, e João Álvares<br />

Fagundes, que terá ido fundar<br />

uma colónia vianense à Terra Nova.<br />

No outro extremo do largo temos<br />

uma mostra de um dos mais celebrados<br />

quinhões do património<br />

cultural local: o Museu do Traje. Da<br />

Praça da República irradiam várias<br />

artérias, a explorar em passos perdidos<br />

pelo emaranhado do centro<br />

histórico, até se descobrir a gótica<br />

(e eclética, por mor dos posteriores<br />

acrescentos) sé. O escriba gosta<br />

particularmente da que dá pelo<br />

nome de Gago Coutinho, ruela em<br />

arco, com sedutora perspectiva dos<br />

antigos Paços do Concelho e da<br />

Casa da Misericórdia. No lado<br />

oposto e no final do arco brilha a<br />

Capela de Malheiros, jóia representativa<br />

que ressalta à primeira vista<br />

o que é: um exemplar do melhor<br />

barroco que em Portugal o viajante<br />

pode encontrar. ■<br />

Humberto Lopes [texto e fotos]<br />

<strong>Fevereiro</strong> <strong>2008</strong> TempoLivre 21

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