1 - Rodriguésia - Jardim Botânico do Rio de Janeiro
1 - Rodriguésia - Jardim Botânico do Rio de Janeiro
1 - Rodriguésia - Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
— IO —<br />
<strong>de</strong>sse liqui<strong>do</strong> em caixas <strong>de</strong> Petri, conten<strong>do</strong> meio <strong>de</strong> cultura (agar-batatasaccharose,<br />
ph = 7), collocan<strong>do</strong>-as a 25°C. em estufa.<br />
CARACTERES MORPHOLOGICOS — A bactéria se apresenta<br />
na fôrma <strong>de</strong> bastonetes curtos que vistos ao microscópio em fun<strong>do</strong> negro,<br />
mostram mobilida<strong>de</strong>. Em culturas velhas <strong>de</strong> extracto <strong>de</strong> carne peptonada,<br />
as bactérias diminuem <strong>de</strong> tamanho, apresentan<strong>do</strong> a fôrma caracteristica<br />
<strong>de</strong> Coccus. Estes, reaviva<strong>do</strong>s, em meios novos voltam á fôrma primitiva<br />
<strong>de</strong> bastonetes. As bactérias são coraveis facilmente pela fuchsina <strong>de</strong><br />
Ziehl e pela violeta gentiana. Suas dimensões são, em média, <strong>de</strong> 0,4 por<br />
1,6 micra.<br />
CARACTERES CULTURAES — Nas caixas <strong>de</strong> Petri após 72 horas,<br />
notava-se o apparecimento <strong>de</strong> colônias bem <strong>de</strong>finidas, cárculares, <strong>de</strong><br />
coloração branco-acinzenta<strong>do</strong> e brilhante (Fig. 4).<br />
Tubo <strong>de</strong> cultura inclinada <strong>de</strong> meio agar-batata-saccharose. — Nesse<br />
meio fizemos uma resemeadura em estria, partin<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma das colônias<br />
das caixas <strong>de</strong> Petri, sen<strong>do</strong> o tubo colloca<strong>do</strong> á mesma temperatura. Revelou<br />
no <strong>de</strong>curso <strong>de</strong> 48 horas sobre a estria feita, uma colônia também branco-acinzenta<strong>do</strong><br />
e brilhante (Fig. n.° 5).<br />
SEMI-CYLINDRO <strong>de</strong> batatas em tubo <strong>de</strong> Roux — Nesse meio foram<br />
feitas resemeaduras da mesma procedência, sen<strong>do</strong> o aspecto das colônias<br />
<strong>de</strong> crescimento abundante, <strong>de</strong> coloração branca, fracamente acinzentada<br />
e brilhante.<br />
Meio liqui<strong>do</strong> <strong>de</strong> extracto <strong>de</strong> carne Liebig, peptona<strong>do</strong>, ph =r 7. O aspecto<br />
<strong>do</strong> liqui<strong>do</strong> se manifestou, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 24 horas, com ligeira turvação<br />
que aos poucos augmentou. As culturas, após 72 horas, <strong>de</strong>positaram no<br />
fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> tubo um precipita<strong>do</strong> branco acinzenta<strong>do</strong> que uma vez agita<strong>do</strong><br />
mostrava-se floconoso.<br />
As culturas em semi-cylindro <strong>de</strong> batatas ensaiadas com uma solução<br />
<strong>de</strong> io<strong>do</strong> em álcool a 50 o revelaram a coloração azul, caracteristica da reacção<br />
<strong>do</strong> ami<strong>do</strong> com o io<strong>do</strong>.<br />
O ensaio feito sobre tubos com gelatina <strong>de</strong>monstrou que a bactéria<br />
não a liqüefaz.<br />
Estas caracterisações <strong>de</strong>monstram tratar-se <strong>do</strong> Bacterium solanaccarum<br />
E. F. S., faltan<strong>do</strong>-nos ainda realização das provas <strong>de</strong> inoculação, em<br />
andamento.<br />
ETIOLOGIA — A <strong>do</strong>ença bacteriana foi pela primeira vez constatada<br />
na índia era 1891, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Bombay, mas, sua <strong>de</strong>scripção completa<br />
e methodica só'foi feita em 1896 nos EE. UU. (2). Em nosso<br />
meio é <strong>de</strong> crer que já exista ha muito tempo, entretanto a sua noticia data<br />
apenas <strong>de</strong> alguns annos. O agente causa<strong>do</strong>r <strong>de</strong>sta <strong>do</strong>ença, o Bacterium<br />
solanacearum E. F. Smith, segun<strong>do</strong> Miss Charlotte Elliot, (1) tem como<br />
synonymos as seguintes <strong>de</strong>nominações, <strong>de</strong>scriptas sobre varias plantas hospe<strong>de</strong>iras.