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1 - Rodriguésia - Jardim Botânico do Rio de Janeiro

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TRABALHOS DE DIVULGAÇÃO E NOTAS PRÉVIAS<br />

NOTAS SOBRE A GALHA LENHOSA DA<br />

GOIABEIRA<br />

FERNANDO ROMANO MILANEZ<br />

Assistente <strong>do</strong> I. B. V.<br />

O material estuda<strong>do</strong> no presente trabalho foi envia<strong>do</strong> pelo Sr. Josué<br />

Deslan<strong>de</strong>s que o collectou no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Minas Geraes. Constava <strong>de</strong> duas<br />

volumosas galhas, oriundas <strong>do</strong> entumescimento <strong>de</strong> um ramo <strong>de</strong> goiabeira<br />

(Psidium guayava ?) segui<strong>do</strong> <strong>de</strong> fusão a um segun<strong>do</strong> ramo <strong>de</strong> menor diâmetro.<br />

Na fig. i vê-se, ampliada <strong>de</strong> 1/5, a meta<strong>de</strong> superior <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>ssas<br />

galhas com os <strong>do</strong>is cita<strong>do</strong>s ramos. Da meta<strong>de</strong> inferior fiz numerosos<br />

cortes, usan<strong>do</strong> para tal fim a technida histologica commum para ma<strong>de</strong>iras<br />

por ser a galha inteiramente lenhosa; <strong>do</strong> ramo mais grosso também preparei<br />

cortes com o fito <strong>de</strong> compara-los aos primeiros: <strong>de</strong>sse confronto<br />

surgiu a presente contribuição. A fig. 2 mostra a mesma meta<strong>de</strong><br />

da fig. anterior, cortada longitudinalmente através <strong>do</strong> ramo que lhe <strong>de</strong>u<br />

origem: por ella se verifica que este se continua no interior da galha e<br />

que esta formação resultou, portanto, <strong>de</strong> uma activida<strong>de</strong> exaggerada e localizada<br />

no cambio, a partir <strong>de</strong> certa época. Num cérte transversal observa-se<br />

o cylindro lenhoso normal cerca<strong>do</strong> <strong>de</strong> lenho anormal, sen<strong>do</strong> possível<br />

na mesma preparação microscópica estudar as duas estructuras. Phenomenos<br />

eventuaes secundários, taes como <strong>de</strong>struição localizada <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s,<br />

fusão a ramos vizinhos, etc. não alteraram a architectura geral da galha.<br />

Cortes cora<strong>do</strong>s pelo azul lactico permittiram-me <strong>de</strong>scobrir um fungo<br />

ao qual attribuo o estimulo galigeno; infelizmente <strong>do</strong> material, com certeza<br />

já morto, não pu<strong>de</strong> obter cultura para sua i<strong>de</strong>ntificação. Os caracteres<br />

morphologicos <strong>do</strong> mycelio hialino, não septa<strong>do</strong>, apenas autorizam<br />

a inclusão nos Phycomycetos. Em todas as lâminas examinadas encontrei-o<br />

sempre estrictamente localiza<strong>do</strong> na camada gera<strong>do</strong>ra cambial, exten<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-se<br />

vertical e horizontalmente entre as cellulas, e na camada mais<br />

jovem <strong>do</strong> lenho, nas cavida<strong>de</strong>s cellulares, especialmente <strong>do</strong>s vasos. E' <strong>de</strong><br />

notar que esta localização <strong>do</strong> supposto agente galigeno concorda exactamente<br />

com o que se po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>sejar para a explicação da origem da galha:

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