06.11.2014 Views

ANÁLISE DOS INDICADORES DE DESEMPENHO ... - Ppga.com.br

ANÁLISE DOS INDICADORES DE DESEMPENHO ... - Ppga.com.br

ANÁLISE DOS INDICADORES DE DESEMPENHO ... - Ppga.com.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

UNIVERSIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> TAUBATÉ<<strong>br</strong> />

Sandra Aparecida Nogueira de Oliveira Boffi<<strong>br</strong> />

<strong>ANÁLISE</strong> <strong>DOS</strong> <strong>INDICADORES</strong> <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>SEMPENHO DAS METAS DA<<strong>br</strong> />

ADMINISTRAÇÃO CORPORATIVA:<<strong>br</strong> />

um estudo de caso<<strong>br</strong> />

Taubaté – SP<<strong>br</strong> />

2007


UNIVERSIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> TAUBATÉ<<strong>br</strong> />

Sandra Aparecida Nogueira de Oliveira Boffi<<strong>br</strong> />

<strong>ANÁLISE</strong> <strong>DOS</strong> <strong>INDICADORES</strong> <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>SEMPENHO DAS METAS DA<<strong>br</strong> />

ADMINISTRAÇÃO CORPORATIVA:<<strong>br</strong> />

um estudo de caso<<strong>br</strong> />

Dissertação apresentada para obtenção do<<strong>br</strong> />

Título de Mestre pelo Curso de Mestrado em<<strong>br</strong> />

Gestão e Desenvolvimento Regional do<<strong>br</strong> />

Departamento de Economia, Contabilidade e<<strong>br</strong> />

Administração da Universidade de Taubaté.<<strong>br</strong> />

Área de concentração: Planejamento, Decisão<<strong>br</strong> />

e Gestão<<strong>br</strong> />

Orientador: Prof. Dr. Edson Aparecida de<<strong>br</strong> />

....................Araújo Querido Oliveira<<strong>br</strong> />

Taubaté – SP<<strong>br</strong> />

2007


2<<strong>br</strong> />

SANDRA APARECIDA NOGUEIRA <strong>DE</strong> OLIVEIRA BOFFI<<strong>br</strong> />

<strong>ANÁLISE</strong> <strong>DOS</strong> <strong>INDICADORES</strong> <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>SEMPENHO DAS METAS DA<<strong>br</strong> />

ADMINISTRAÇÃO CORPORATIVA: um estudo de caso<<strong>br</strong> />

Dissertação apresentada para obtenção do<<strong>br</strong> />

Título de Mestre pelo curso de Mestrado em<<strong>br</strong> />

Gestão e Desenvolvimento Regional do<<strong>br</strong> />

Departamento de Economia, Contabilidade e<<strong>br</strong> />

Administração da Universidade de Taubaté.<<strong>br</strong> />

Área de concentração: Planejamento,<<strong>br</strong> />

Decisão e Gestão<<strong>br</strong> />

Data: __________________<<strong>br</strong> />

Resultado: ______________<<strong>br</strong> />

BANCA EXAMINADORA<<strong>br</strong> />

Prof. Dr.____________________________________<<strong>br</strong> />

Universidade de Taubaté<<strong>br</strong> />

Assinatura __________________________________<<strong>br</strong> />

Prof. Dr.____________________________________<<strong>br</strong> />

Universidade _________<<strong>br</strong> />

Assinatura __________________________________<<strong>br</strong> />

Prof. Dr.____________________________________<<strong>br</strong> />

Universidade _________<<strong>br</strong> />

Assinatura __________________________________


3<<strong>br</strong> />

Dedico este trabalho a meu amado<<strong>br</strong> />

esposo Luiz Fernando que caminha<<strong>br</strong> />

na estrada da vida ao meu lado,<<strong>br</strong> />

apoiando-me em todos os momentos.


4<<strong>br</strong> />

AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOS<<strong>br</strong> />

A Deus, por estar sempre guiando meus passos.<<strong>br</strong> />

Ao Prof. Dr. Edson Aparecida de Araújo Querido Oliveira, pela orientação e carinho<<strong>br</strong> />

dedicados à elaboração desta dissertação.<<strong>br</strong> />

Á Profª Dra. Isabel Cristina dos Santos, pelas contribuições, atenção e carinho.<<strong>br</strong> />

Á Profª Dra. Wanda Aparecida Machado Hoffmann, pelas valiosas contribuições.<<strong>br</strong> />

Á Profª Dra. Maria Júlia Ferreira Xavier Ribeiro, pela maneira <strong>com</strong>o sutilmente inseriu<<strong>br</strong> />

em nossos corações o reconhecimento da profundidade e importância de trabalhos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o este; e ao corpo docente do curso de Mestrado da UNITAU, pelos<<strong>br</strong> />

ensinamentos e paciência durante o curso.<<strong>br</strong> />

Ao amigo Antonio Carlos Tonini, pela oportunidade de aprendizado e incentivo.<<strong>br</strong> />

À amiga Márcia Regina de Oliveira, que me a<strong>com</strong>panhou durante todo o Mestrado e<<strong>br</strong> />

ao amigo Evandro Luiz de Oliveira, pelas valiosas sugestões e atenção dedicada.<<strong>br</strong> />

Aos meus amigos do Mestrado, pela amizade em nossos momentos de estudo.<<strong>br</strong> />

À minha amada mãe, por todos os ensinamentos e orações, e à minha irmã Silvia<<strong>br</strong> />

pela sincera amizade e carinho.


5<<strong>br</strong> />

“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o<<strong>br</strong> />

desperdício da vida está no amor que não damos, nas<<strong>br</strong> />

forças que não usamos, na prudência egoísta que nada<<strong>br</strong> />

arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos<<strong>br</strong> />

também a nossa felicidade.”<<strong>br</strong> />

Carlos Drummond de Andrade


RESUMO<<strong>br</strong> />

As organizações atuais são co<strong>br</strong>adas para terem o domínio da tecnologia,<<strong>br</strong> />

possuírem qualidade <strong>com</strong>provada pelos padrões mundiais e para serem<<strong>br</strong> />

empreendimentos que atendam às expectativas sempre mutáveis dos clientes, cada<<strong>br</strong> />

vez mais exigentes. Para so<strong>br</strong>eviver nesse ambiente <strong>com</strong>petitivo é necessário que<<strong>br</strong> />

desenvolvam ferramentas capazes de definir sua posição frente ao mercado, seus<<strong>br</strong> />

processos internos frente aos seus próprios objetivos e sua prospecção para o<<strong>br</strong> />

futuro. Tais ferramentas devem ser capazes de identificar seus pontos fortes e<<strong>br</strong> />

fracos, a fim de proporcionar o fortalecimento da sua posição e definição do melhor<<strong>br</strong> />

caminho a ser seguido, mesmo que represente a mudança total de direção. O<<strong>br</strong> />

objetivo deste trabalho é analisar e descrever as fases para o desenvolvimento de<<strong>br</strong> />

indicadores de desempenho integrados e baseados na estratégia global da<<strong>br</strong> />

empresa, segundo a metodologia Balanced Scorecard, focados na sustentabilidade<<strong>br</strong> />

da organização e em atingir as metas previamente estabelecidas pela administração<<strong>br</strong> />

corporativa. A presente pesquisa utiliza-se de dados bibliográficos referentes à<<strong>br</strong> />

Administração Corporativa, ao Controle, Mensuração de Desempenho e aos<<strong>br</strong> />

Modelos de Indicadores de Desempenho. Com a utilização do estudo de caso e<<strong>br</strong> />

análise documental, <strong>com</strong>o método de pesquisa, foram analisados os indicadores de<<strong>br</strong> />

desempenho de três departamentos de uma UEN e sugeridos um novo quadro de<<strong>br</strong> />

indicadores mais atuantes e estruturados, a fim de atender às diferentes<<strong>br</strong> />

perspectivas do negócio, de acordo <strong>com</strong> a estratégia global da empresa.<<strong>br</strong> />

Palavras-chave: Administração Corporativa. Indicadores de Desempenho. Balanced<<strong>br</strong> />

Scorecard.


ABSTRACT<<strong>br</strong> />

The present organizations are being pressured to develop the domain of technology,<<strong>br</strong> />

and also, they have to prove the quality in the worldwide standards, so that they can<<strong>br</strong> />

be <strong>com</strong>plex enterprises which always take care of the customers´ changeable<<strong>br</strong> />

expectations that are more and more demanding. In order to survive, in this<<strong>br</strong> />

extremely <strong>com</strong>petitive environment, it is necessary the develop tools which are able<<strong>br</strong> />

to define its own objectives and its prospective goals to the future. These tools must<<strong>br</strong> />

be capable to identify its strong and weak points, to fortify its position and to discover<<strong>br</strong> />

the best way to be followed, even though this represents the change of direction to<<strong>br</strong> />

follow. The objective of this work is to analyze and to describe the stages for the<<strong>br</strong> />

development of the integrated performance indicators and based on the enterprise<<strong>br</strong> />

global strategy, according to the Balanced Scorecard methodology focused in the<<strong>br</strong> />

sustentation of the organization, and, to reach the previous goals established by the<<strong>br</strong> />

corporative administration. The present research used bibliographic data which were<<strong>br</strong> />

referred to the corporative administration, the control, the performance measurement<<strong>br</strong> />

and the performance indicator models. And, the case study and the documental<<strong>br</strong> />

analysis were used as methodology in this study. The performance indicators were<<strong>br</strong> />

analyzed and, it was suggested a new schedule of these indicators – indicators<<strong>br</strong> />

which are vital tools and well structured, according to the enterprise global strategy to<<strong>br</strong> />

answer to the different perspective of business.<<strong>br</strong> />

Key words: Corporative Administration. Performance Indicators. Balanced Scorecard.


8<<strong>br</strong> />

LISTA <strong>DE</strong> TABELAS<<strong>br</strong> />

Tabela 1 - Composição Total da Amostra .................................................................84<<strong>br</strong> />

Tabela 2 - Indicador de Aquisição Fora do Prazo ...................................................133<<strong>br</strong> />

Tabela 3 - Indicador de Aquisição no País..............................................................134<<strong>br</strong> />

Tabela 4 - Indicador de Quantidade de RNC ..........................................................135<<strong>br</strong> />

Tabela 5 - Indicador de Valor de Pedidos de Compra.............................................138<<strong>br</strong> />

Tabela 6 - Indicador de Valor Médio dos PCs.........................................................139<<strong>br</strong> />

Tabela 7 - P7 Indicador de Incidência de Erro ........................................................157<<strong>br</strong> />

Tabela 8 - P10 Indicador de Treinamento da Equipe ..............................................162<<strong>br</strong> />

Tabela 9 - P11 Indicador de Valor de Mercado e Valor e Compra..........................165<<strong>br</strong> />

Tabela 10 - P12 Indicador de Perda da UEN ..........................................................167<<strong>br</strong> />

Tabela 11 - P13 Indicador RNC por Fornecedor.....................................................168


9<<strong>br</strong> />

LISTA <strong>DE</strong> QUADROS<<strong>br</strong> />

Quadro 1 - Elementos de um Sistema de Controle...................................................34<<strong>br</strong> />

Quadro 2 - Perspectivas de Controle ........................................................................37<<strong>br</strong> />

Quadro 3 - Síntese de Algumas Vantagens e Limitações dos Indicadores...............43<<strong>br</strong> />

Quadro 4 - Principais Modelos de SMDOs Identificados por Figueiredo...................53<<strong>br</strong> />

Quadro 5 - Medição de Temas Financeiros Estratégicos..........................................70<<strong>br</strong> />

Quadro 6 - Definição das Medidas Essenciais..........................................................72<<strong>br</strong> />

Quadro 7 - Tipos Básicos de Projeto para Estudo de Caso ......................................81<<strong>br</strong> />

Quadro 8 - Seis Fontes de Evidências: Pontos Fortes e Pontos Fracos...................85<<strong>br</strong> />

Quadro 9 - Amostra Total de Indicadores Analisados .............................................107<<strong>br</strong> />

Quadro 10 - Classificação dos Indicadores da Engenharia <strong>com</strong> o BSC..................149<<strong>br</strong> />

Quadro 11 - Proposta de um Novo Quadro de Indicadores para a Engenharia......153<<strong>br</strong> />

Quadro 12 - Classificação dos Indicadores da Qualidade <strong>com</strong> o BSC....................160<<strong>br</strong> />

Quadro 13 - Proposta de um Novo Quadro de Indicadores para a Qualidade........163<<strong>br</strong> />

Quadro 14 - Classificação dos Indicadores de Suprimentos <strong>com</strong> o BSC................170<<strong>br</strong> />

Quadro 15 - Proposta de um Novo Quadro de Indicadores para Suprimentos .......172<<strong>br</strong> />

Quadro 16 - Classificação do Total da Amostra nas Perspectivas do BSC ............173<<strong>br</strong> />

Quadro 17 - Representatividade do Total da Amostra em Relação ao BSC...........173<<strong>br</strong> />

Quadro 18 - Representatividade do Total da Amostra em Relação ao BSC...........174<<strong>br</strong> />

Quadro 19 - Representatividade do Total Sugerido em Relação ao BSC...............175


10<<strong>br</strong> />

LISTA <strong>DE</strong> EQUAÇÕES<<strong>br</strong> />

Equação 1 - Indicador de Eficiência da Engenharia................................................111<<strong>br</strong> />

Equação 2 - Indicador de Eficácia da Engenharia...................................................113<<strong>br</strong> />

Equação 3 - Indicador do Impacto do Retrabalho ...................................................115<<strong>br</strong> />

Equação 4 - Indicador de A<strong>com</strong>panhamento de Projeto .........................................116<<strong>br</strong> />

Equação 5 - Indicador de Eficiência da Engenharia da Qualidade..........................120<<strong>br</strong> />

Equação 6 - Indicador de Eficiência da Inspeção Externa ......................................122<<strong>br</strong> />

Equação 7 - Indicador de Eficácia da Engenharia da Qualidade ............................124<<strong>br</strong> />

Equação 8 - Indicador de Eficiência da Metrologia .................................................126<<strong>br</strong> />

Equação 9 - Indicador de Eficiência do Laboratório................................................128<<strong>br</strong> />

Equação 10 - Indicador de Eficiência da Garantia da Qualidade ............................129<<strong>br</strong> />

Equação 11 - Indicador do Valor Gasto em Relação ao Orçado.............................131<<strong>br</strong> />

Equação 12 - Indicador de Aquisição Fora do Prazo ..............................................132<<strong>br</strong> />

Equação 13 - Indicador de Aquisição no País.........................................................135<<strong>br</strong> />

Equação 14 - Indicador de Quantidade de RNC .....................................................136<<strong>br</strong> />

Equação 15 - Indicador de Quantidade de RNC Resolvida ....................................137<<strong>br</strong> />

Equação 16 - Indicador de Valor de Pedidos de Compra .......................................138<<strong>br</strong> />

Equação 17 - Indicador de Valor Médio dos PCs....................................................139<<strong>br</strong> />

Equação 18 - Indicador de Rotatividade no Trabalho .............................................141


11<<strong>br</strong> />

LISTA <strong>DE</strong> FIGURAS<<strong>br</strong> />

Figura 1 - Estruturação por Administração Corporativa ............................................29<<strong>br</strong> />

Figura 2 - Forma de Interação entre Administração Corporativa e UEN ...................30<<strong>br</strong> />

Figura 3 - O Processo da Administração...................................................................32<<strong>br</strong> />

Figura 4 - Foco no Controle Organizacional..............................................................35<<strong>br</strong> />

Figura 5 - Seqüência de Desenvolvimento de um Indicador .....................................42<<strong>br</strong> />

Figura 6 - A atuação dos Indicadores........................................................................44<<strong>br</strong> />

Figura 7 - A Pirâmide SMART...................................................................................55<<strong>br</strong> />

Figura 8 - As Medidas do BSC derivam da Visão e da Estratégia da Empresa ........63<<strong>br</strong> />

Figura 9 - O Balanced Scorecard <strong>com</strong>o Estrutura para a Ação Estratégica..............65<<strong>br</strong> />

Figura 10 - A Perspectiva do Cliente - Medidas Essenciais ......................................72<<strong>br</strong> />

Figura 11 - Cadeia de Valores para a Perspectiva dos Processos Internos .............74<<strong>br</strong> />

Figura 12 - Estrutura Geral da Organização e a Focalização da UEN ......................91<<strong>br</strong> />

Figura 13 - Organograma Geral da Organização......................................................93<<strong>br</strong> />

Figura 14 - Distribuição das Atividades nos Departamentos da Organização...........95<<strong>br</strong> />

Figura 15 - O Balanced Scorecard é uma Fase de um Processo Contínuo............100<<strong>br</strong> />

Figura 16 - Motivos Identificados pelas Organizações para Utilização do BSC ......103<<strong>br</strong> />

Figura 17 - Fases da Pesquisa................................................................................104<<strong>br</strong> />

Figura 18 - Indicador de Eficiência da Engenharia..................................................110<<strong>br</strong> />

Figura 19 - Indicador de Eficácia da Engenharia.....................................................112<<strong>br</strong> />

Figura 20 - Indicador do Impacto do Retrabalho .....................................................114<<strong>br</strong> />

Figura 21 - Indicador de A<strong>com</strong>panhamento de Projeto ...........................................115<<strong>br</strong> />

Figura 22 - Indicador de Eficiência da Engenharia da Qualidade............................119<<strong>br</strong> />

Figura 23 - Indicador de Eficiência da Inspeção Externa ........................................121<<strong>br</strong> />

Figura 24 - Indicador de Eficácia da Engenharia da Qualidade ..............................123


12<<strong>br</strong> />

Figura 25 - Indicador de Eficiência da Metrologia ...................................................125<<strong>br</strong> />

Figura 26 - Indicador de Eficiência do Laboratório..................................................127<<strong>br</strong> />

Figura 27 - Indicador de Eficiência da Garantia da Qualidade ................................128<<strong>br</strong> />

Figura 28 - Indicador do Valor Gasto em Relação ao Orçado.................................130<<strong>br</strong> />

Figura 29 - Indicador de Quantidade de RNC Resolvida ........................................137<<strong>br</strong> />

Figura 30 - Indicador de Rotatividade no Trabalho .................................................138<<strong>br</strong> />

Figura 31 - P1 Indicador de Atendimento ao Cliente...............................................145<<strong>br</strong> />

Figura 32 - P2 Indicador de Desenvolvimento de Melhorias ...................................146<<strong>br</strong> />

Figura 33 - Estrutura de Medição do Aprendizado e Crescimento..........................150<<strong>br</strong> />

Figura 34 - P3 Indicador de Gastos de Horas .........................................................151<<strong>br</strong> />

Figura 35 - P4 Indicador de Desenvolvimento de Modelo Paramétrico...................152<<strong>br</strong> />

Figura 36 - P5 Indicador de Motivação da Equipe...................................................152<<strong>br</strong> />

Figura 37 - P6 Indicador de Atendimento ao Cliente...............................................156<<strong>br</strong> />

Figura 38 - P9 Indicador de Motivação da Equipe...................................................161


13<<strong>br</strong> />

LISTA <strong>DE</strong> ABREVIATURAS E SIGLAS<<strong>br</strong> />

BSC - Balanced Scorecard<<strong>br</strong> />

CEO - (Chief Executive Officer) Principal Executivo de uma Organização<<strong>br</strong> />

ISO - (Internacional Organization for Standartization) Organização Internacional de<<strong>br</strong> />

Padronização<<strong>br</strong> />

PC - Pedido de Compra<<strong>br</strong> />

P & D - Pesquisa e Desenvolvimento<<strong>br</strong> />

RNC - Relatório de Não Conformidade<<strong>br</strong> />

SMD - Sistema de Medição do Desempenho<<strong>br</strong> />

SMDO - Sistema de Medição de Desempenho Operacional<<strong>br</strong> />

UEN - Unidade Estratégica de Negócios


14<<strong>br</strong> />

SUMÁRIO<<strong>br</strong> />

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................19<<strong>br</strong> />

1.1 O PROBLEMA .................................................................................................22<<strong>br</strong> />

1.2 OBJETIVOS.....................................................................................................24<<strong>br</strong> />

1.2.1 Objetivo Geral............................................................................................24<<strong>br</strong> />

1.2.2 Objetivos Específicos.................................................................................24<<strong>br</strong> />

1.3 <strong>DE</strong>LIMITAÇÃO DO ESTUDO ..........................................................................25<<strong>br</strong> />

1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO ............................................................................26<<strong>br</strong> />

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO....................................................................26<<strong>br</strong> />

2 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................28<<strong>br</strong> />

2.1 ADMINISTRAÇÃO CORPORATIVA ................................................................28<<strong>br</strong> />

2.1.1 Controle .....................................................................................................32<<strong>br</strong> />

2.2 MENSURAÇÃO DO <strong>DE</strong>SEMPENHO...............................................................37<<strong>br</strong> />

2.2.1 O Processo de Medição.............................................................................38<<strong>br</strong> />

2.2.2 Medidas e Padrões de Desempenho.........................................................40<<strong>br</strong> />

2.3 <strong>INDICADORES</strong> <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>SEMPENHO................................................................41<<strong>br</strong> />

2.3.1 Função e Características dos Indicadores.................................................45<<strong>br</strong> />

2.4 OS MO<strong>DE</strong>LOS <strong>DOS</strong> <strong>INDICADORES</strong> ..............................................................48<<strong>br</strong> />

2.4.1 Os Indicadores Tradicionais ......................................................................49<<strong>br</strong> />

2.4.2 Os Indicadores Atuais................................................................................52<<strong>br</strong> />

2.4.2.1 Performance Measure Questionnaire (PMQ) ......................................53<<strong>br</strong> />

2.4.2.2 Pirâmide SMART.................................................................................54<<strong>br</strong> />

2.4.2.3 Sete Critérios de Desempenho (SCD).................................................55<<strong>br</strong> />

2.5 BALANCED SCORECARD (BSC) ...................................................................57


15<<strong>br</strong> />

2.5.1 A Evolução do Balanced Scorecard...........................................................58<<strong>br</strong> />

2.5.2 Definição do Conceito do Balanced Scorecard..........................................61<<strong>br</strong> />

2.5.3 Os Objetivos do Balanced Scorecard ........................................................63<<strong>br</strong> />

2.5.4 As Perspectivas do Balanced Scorecard...................................................66<<strong>br</strong> />

2.5.4.1 Perspectiva Financeira ........................................................................66<<strong>br</strong> />

2.5.4.2 Perspectiva do Cliente.........................................................................71<<strong>br</strong> />

2.5.4.3 Perspectiva dos Processos Internos ...................................................74<<strong>br</strong> />

2.5.4.4 Perspectiva de Aprendizado e Crescimento........................................75<<strong>br</strong> />

3 MÉTODO................................................................................................................78<<strong>br</strong> />

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ...................................................................78<<strong>br</strong> />

3.1.1 Quanto aos Fins.........................................................................................79<<strong>br</strong> />

3.1.2 Quanto aos Meios......................................................................................79<<strong>br</strong> />

3.2 O ESTUDO <strong>DE</strong> CASO .....................................................................................80<<strong>br</strong> />

3.2.1 Seleção do Caso e Unidade de Caso........................................................81<<strong>br</strong> />

3.2.2 Universo e Amostra ...................................................................................82<<strong>br</strong> />

3.2.3 Coleta e Análise dos Dados.......................................................................84<<strong>br</strong> />

4 ESTUDO <strong>DE</strong> CASO ...............................................................................................87<<strong>br</strong> />

4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA.............................................................................87<<strong>br</strong> />

4.2 OS SETORES DA EMPRESA NO MUNDO ....................................................88<<strong>br</strong> />

4.3 A ESTRUTURA DA EMPRESA .......................................................................90<<strong>br</strong> />

4.4 A CARACTERIZAÇÃO DA UNIDA<strong>DE</strong>..............................................................92<<strong>br</strong> />

4.5 SÍNTESE DA OPERAÇÃO DA UNIDA<strong>DE</strong> E <strong>DOS</strong> <strong>DE</strong>PARTAMENTOS ..........94<<strong>br</strong> />

4.6 O ATUAL SISTEMA <strong>DE</strong> MEDIÇÃO DA EMPRESA.........................................97<<strong>br</strong> />

4.7 CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES RELACIONADAS À METODOLOGIA DA <strong>ANÁLISE</strong>........99<<strong>br</strong> />

4.8 PROPOSTA <strong>DE</strong> <strong>ANÁLISE</strong> APOIADA NO BSC..............................................101


16<<strong>br</strong> />

4.9 <strong>DE</strong>SCRIÇÃO <strong>DOS</strong> <strong>INDICADORES</strong> POR <strong>DE</strong>PARTAMENTO........................108<<strong>br</strong> />

4.9.1 O Sistema de Medição da Engenharia ....................................................109<<strong>br</strong> />

4.9.1.1 Modelo I1 - Indicador de Eficiência da Engenharia ...........................110<<strong>br</strong> />

4.9.1.2 Modelo I2 - Indicador de Eficácia da Engenharia ..............................111<<strong>br</strong> />

4.9.1.3 Modelo I3 - Indicador do Impacto do Retrabalho...............................113<<strong>br</strong> />

4.9.1.4 Modelo I4 - Indicador de A<strong>com</strong>panhamento de Projeto.....................115<<strong>br</strong> />

4.9.2 O Sistema de Medição da Qualidade ......................................................116<<strong>br</strong> />

4.9.2.1 Modelo I5 - Indicador de Eficiência da Engenharia da Qualidade .....117<<strong>br</strong> />

4.9.2.2 Modelo I6 - Indicador de Eficiência da Inspeção Externa..................120<<strong>br</strong> />

4.9.2.3 Modelo I7 - Indicador de Eficácia da Engenharia da Qualidade........122<<strong>br</strong> />

4.9.2.4 Modelo I8 - Indicador de Eficiência da Metrologia .............................124<<strong>br</strong> />

4.9.2.5 Modelo I9 - Indicador de Eficiência do Laboratório............................126<<strong>br</strong> />

4.9.2.6 Modelo I10 - Indicador de Eficiência Garantia da Qualidade.............128<<strong>br</strong> />

4.9.3 O Sistema de Medição de Suprimentos...................................................129<<strong>br</strong> />

4.9.3.1 Modelo I11 - Indicador do Valor Gasto em Relação ao Orçado ........130<<strong>br</strong> />

4.9.3.2 Modelo I12 - Indicador de Aquisição fora do Prazo ...........................131<<strong>br</strong> />

4.9.3.3 Modelo I13 - Indicador Aquisição no País .........................................133<<strong>br</strong> />

4.9.3.4 Modelo I14 - Indicador de Quantidade de RNC.................................135<<strong>br</strong> />

4.9.3.5 Modelo I15 - Indicador de Quantidade de RNC Resolvida ................136<<strong>br</strong> />

4.9.3.6 Modelo I16 - Indicador de Valor de Pedidos de Compra ...................137<<strong>br</strong> />

4.9.3.7 Modelo I17 - Indicador de Valor Médio do Pedido de Compra ..........138<<strong>br</strong> />

4.9.3.8 Modelo I18 - Indicador de Rotatividade de Trabalho .........................139<<strong>br</strong> />

5 RESULTA<strong>DOS</strong>.....................................................................................................142<<strong>br</strong> />

5.1 <strong>ANÁLISE</strong> DO SISTEMA <strong>DE</strong> MEDIÇÃO DA ENGENHARIA...........................144<<strong>br</strong> />

5.1.1 Análise do Indicador I1 ............................................................................144


17<<strong>br</strong> />

5.1.2 Análise do Indicador I2 ............................................................................146<<strong>br</strong> />

5.1.3 Análise do Indicador I3 ............................................................................147<<strong>br</strong> />

5.1.4 Análise do Indicador I4 ............................................................................147<<strong>br</strong> />

5.1.5 Análise Geral do Sistema de Medição da Engenharia.............................148<<strong>br</strong> />

5.2 <strong>ANÁLISE</strong> DO SISTEMA <strong>DE</strong> MEDIÇÃO DA QUALIDA<strong>DE</strong>..............................154<<strong>br</strong> />

5.2.1 Análise do Indicador I5 ............................................................................154<<strong>br</strong> />

5.2.2 Análise do Indicador I6 ............................................................................156<<strong>br</strong> />

5.2.3 Análise do Indicador I7 ............................................................................156<<strong>br</strong> />

5.2.4 Análise do Indicador I8 ............................................................................158<<strong>br</strong> />

5.2.5 Análise do Indicador I9 ............................................................................158<<strong>br</strong> />

5.2.6 Análise do Indicador I10 ..........................................................................159<<strong>br</strong> />

5.2.7 Análise Geral do Sistema de Medição da Qualidade...............................159<<strong>br</strong> />

5.3 <strong>ANÁLISE</strong> DO SISTEMA <strong>DE</strong> MEDIÇÃO <strong>DE</strong> SUPRIMENTOS ........................163<<strong>br</strong> />

5.3.1 Análise do Indicador I11 ..........................................................................164<<strong>br</strong> />

5.3.2 Análise do Indicador I12 ..........................................................................166<<strong>br</strong> />

5.3.3 Análise do Indicador I13 ..........................................................................166<<strong>br</strong> />

5.3.4 Análise do Indicador I14 ..........................................................................167<<strong>br</strong> />

5.3.5 Análise do Indicador I15 ..........................................................................168<<strong>br</strong> />

5.3.6 Análise do Indicador I16 ..........................................................................169<<strong>br</strong> />

5.3.7 Análise do Indicador I17 ..........................................................................169<<strong>br</strong> />

5.3.8 Análise do Indicador I18 ..........................................................................169<<strong>br</strong> />

5.3.9 Análise Geral do Sistema de Medição de Suprimentos...........................170<<strong>br</strong> />

5.4 <strong>ANÁLISE</strong> GERAL DA AMOSTRA ..................................................................172<<strong>br</strong> />

5.5 CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS DA PESQUISA..................................................175<<strong>br</strong> />

6 CONCLUSÃO ......................................................................................................180


REFERÊNCIAS.......................................................................................................186<<strong>br</strong> />

18<<strong>br</strong> />

GLOSSÁRIO E SIGLAS UTILIZADAS...................................................................190<<strong>br</strong> />

ANEXOS 1 - LISTA <strong>DOS</strong> AUTORES QUE CRITICARAM O ANTIGO MO<strong>DE</strong>LO <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

MEDIÇÃO DO <strong>DE</strong>SEMPENHO...............................................................................192<<strong>br</strong> />

ANEXOS 2 - NOVOS MO<strong>DE</strong>LOS <strong>DE</strong> <strong>INDICADORES</strong> <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>SEMPENHO...........193


19<<strong>br</strong> />

1 INTRODUÇÃO<<strong>br</strong> />

O campo da administração nesta época está passando por uma verdadeira<<strong>br</strong> />

revolução devido às rápidas mudanças no contexto mundial. As organizações<<strong>br</strong> />

públicas e privadas atuais necessitam constantemente se adaptar às novas<<strong>br</strong> />

exigências do mercado se quiserem so<strong>br</strong>eviver e prosperar em um novo local de<<strong>br</strong> />

trabalho dirigido pela tecnologia (DAFT, 2005).<<strong>br</strong> />

As organizações estão procurando desenvolver estratégias que interajam <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

os fatores do ambiente empresarial, so<strong>br</strong>e os quais não possuem controle, a fim de<<strong>br</strong> />

otimizar o processo administrativo, detectar as mudanças de mercado e suas<<strong>br</strong> />

respectivas implicações para o negócio e tomar decisões acertadas e oportunas.<<strong>br</strong> />

Surgem, então, novas formas de condução do negócio; a empresa se diversifica em<<strong>br</strong> />

Unidades Estratégicas de Negócios, organizações preparadas para atingir mercados<<strong>br</strong> />

específicos de forma individualizada. Nasce, assim, a Administração Corporativa<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o uma filosofia de estruturação da empresa, responsável pela consolidação dos<<strong>br</strong> />

negócios.<<strong>br</strong> />

A administração corporativa é a mais alta administração de um negócio; é<<strong>br</strong> />

responsável pela definição das diretrizes, estratégias e análise dos resultados<<strong>br</strong> />

globais e setoriais. Sua aplicação vem atingindo significativa evolução mundial,<<strong>br</strong> />

inclusive no Brasil, e seu foco é o “delineamento da vantagem <strong>com</strong>petitiva<<strong>br</strong> />

sustentada, real e duradoura da empresa” (REBOUÇAS, 2003, p. 41).<<strong>br</strong> />

Em resposta a essas alterações na forma de administrar é fundamental<<strong>br</strong> />

que as organizações estabeleçam uma hierarquia das ações que devem ser<<strong>br</strong> />

tomadas para o melhor a<strong>com</strong>panhamento dos negócios. A função Controle torna-se<<strong>br</strong> />

fator crítico a ser desenvolvido para a análise e avaliação da estratégia e do<<strong>br</strong> />

desempenho empresarial.


20<<strong>br</strong> />

O controle garante a gestão integrada do negócio quando utiliza-se de<<strong>br</strong> />

informações atualizadas das últimas averiguações disponíveis dos ambientes interno<<strong>br</strong> />

e externo à organização, assegurando o desenvolvimento de um único conjunto<<strong>br</strong> />

de prioridades.<<strong>br</strong> />

Nesse contexto, <strong>com</strong>o o controle necessita de ferramentas para focalizar a<<strong>br</strong> />

organização nos resultados, é indispensável a aplicação de Indicadores de<<strong>br</strong> />

Desempenho capazes de apresentar um sistema eficaz de medição e avaliação da<<strong>br</strong> />

empresa, a fim de propiciar à alta direção informações exatas referentes à situação<<strong>br</strong> />

do negócio, <strong>com</strong> seus pontos fortes e fracos em relação aos ambientes interno e<<strong>br</strong> />

externo, ao mesmo tempo em que forneça, também, subsídios confiáveis para o<<strong>br</strong> />

sistema de decisão funcionar de forma evolutiva e <strong>com</strong>patível <strong>com</strong> as necessidades<<strong>br</strong> />

e metas estabelecidas.<<strong>br</strong> />

Para a definição do melhor conjunto de indicadores de desempenho a serem<<strong>br</strong> />

utilizados é necessário o conhecimento de sua elaboração, aplicabilidade e dos<<strong>br</strong> />

principais modelos disponíveis, que estão divididos em modelos antigos, destinados<<strong>br</strong> />

ao controle estritamente financeiro das organizações, e os novos modelos, criados<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a finalidade de atender às diferentes necessidades de medição, <strong>com</strong>o o<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>portamento e expectativas dos clientes, o aperfeiçoamento dos processos<<strong>br</strong> />

internos, o aprendizado e crescimento e os ativos intangíveis, entre outros.<<strong>br</strong> />

Os indicadores de desempenho de forma evolutiva estão sendo aplicados<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o uma ferramenta de gestão que, quando bem estruturada e desenvolvida, além<<strong>br</strong> />

de aferir os resultados da organização, auxilia na implementação da estratégia<<strong>br</strong> />

empresarial, pois no momento de sua averiguação gera aos seus gestores e<<strong>br</strong> />

envolvidos subsídios à arbitragem das alternativas existentes, propiciando, assim,<<strong>br</strong> />

conhecimentos que resultam na aprendizagem organizacional.


21<<strong>br</strong> />

Diante da percepção de uma aparente dificuldade sistêmica das organizações<<strong>br</strong> />

em definirem indicadores de desempenho corporativos que possam ser cascateados<<strong>br</strong> />

a fim de integrar as várias dimensões de controle, o Balanced Scorecard (BSC)<<strong>br</strong> />

surge <strong>com</strong>o um tipo de ferramenta de mensuração indispensável à tomada de<<strong>br</strong> />

decisão, destacando-se, em relação aos demais modelos de medição de<<strong>br</strong> />

desempenho existentes, quando o objetivo é atingir metas estabelecidas pela alta<<strong>br</strong> />

administração na definição da estratégia.<<strong>br</strong> />

O Balanced Scorecard sugere a definição e construção de um conjunto de<<strong>br</strong> />

indicadores de desempenho baseados em quatro perspectivas: a perspectiva<<strong>br</strong> />

financeira, do cliente, dos processos internos e da aprendizagem e crescimento. Seu<<strong>br</strong> />

principal objetivo é traduzir a missão e a estratégia da organização em um conjunto<<strong>br</strong> />

de medidas e objetivos mensuráveis.<<strong>br</strong> />

Nesse cenário, esta pesquisa pretende apresentar a importância do controle,<<strong>br</strong> />

assim <strong>com</strong>o a escolha de uma ferramenta de medição ampla, que mapeie a<<strong>br</strong> />

organização <strong>com</strong>o um todo.<<strong>br</strong> />

A aplicabilidade dos conceitos estudados neste<<strong>br</strong> />

trabalho será investigada por meio da utilização de um estudo de caso referente à<<strong>br</strong> />

utilização de um sistema de indicadores de desempenho em uma empresa<<strong>br</strong> />

multinacional localizada do Estado de São Paulo, na região do Vale do Paraíba,<<strong>br</strong> />

visando dar uma contribuição às organizações na implantação de um sistema de<<strong>br</strong> />

medição de desempenho.<<strong>br</strong> />

A escolha dessa organização é atraente para o estudo devido a empresa se<<strong>br</strong> />

encontrar em processo de análise de seu atual sistema de medição e em busca de<<strong>br</strong> />

melhores formas de reportar os dados para a alta administração.<<strong>br</strong> />

A unidade de análise é uma Unidade Estratégica de Negócios (UEN) e este<<strong>br</strong> />

trabalho propõe-se a investigar, por meio de amostra não probabilística por


22<<strong>br</strong> />

acessibilidade ou conglomerado, <strong>com</strong>o os departamentos da Engenharia,<<strong>br</strong> />

Suprimentos e Qualidade definem, escolhem, implementam e mantém o sistema de<<strong>br</strong> />

medição de desempenho, verificando, também, se esse sistema é capaz de mostrar<<strong>br</strong> />

o resultado obtido até o momento da análise e as tendências de resultado futuro, a<<strong>br</strong> />

fim de proporcionar ao gestor a oportunidade de manter ou alterar os processos<<strong>br</strong> />

conforme os objetivos da missão da empresa a serem alcançados.<<strong>br</strong> />

Para alcançar os objetivos previstos para a concretização deste trabalho a<<strong>br</strong> />

pesquisa foi estruturada nas atividades seguintes:<<strong>br</strong> />

• revisão e síntese da literatura referentes aos conceitos da administração<<strong>br</strong> />

corporativa, controle, mensuração de desempenho, indicadores de<<strong>br</strong> />

desempenho e Balanced Scorecard;<<strong>br</strong> />

• identificação e apresentação da empresa objeto de estudo, onde será<<strong>br</strong> />

realizado o estudo de caso;<<strong>br</strong> />

• verificação dos indicadores de desempenho utilizados, periodicidade de<<strong>br</strong> />

medição e formas de a<strong>com</strong>panhamento e alterações de processos; e<<strong>br</strong> />

• análise do sistema de medição encontrado de acordo <strong>com</strong> o Balanced<<strong>br</strong> />

Scorecard.<<strong>br</strong> />

1.1 O PROBLEMA<<strong>br</strong> />

Na Era do Conhecimento, em que a <strong>com</strong>petição mundial cria regras cada vez<<strong>br</strong> />

mais difíceis de serem seguidas e a informação, o domínio das operações, o<<strong>br</strong> />

entendimento dos processos e a aproximação dos clientes se fazem necessários<<strong>br</strong> />

para o desenvolvimento de uma organização <strong>com</strong>petitiva, é fundamental, para


23<<strong>br</strong> />

garantir seu cumprimento na totalidade, estabelecer estratégias inovadoras e<<strong>br</strong> />

métodos de medição de desempenho do andamento dessas estratégias.<<strong>br</strong> />

Para so<strong>br</strong>eviver nesse ambiente, além de aferir permanentemente se o<<strong>br</strong> />

resultado está <strong>com</strong>patível <strong>com</strong> o planejamento estratégico estabelecido, a<<strong>br</strong> />

Administração Corporativa de qualquer tipo de organização precisa gerenciar seus<<strong>br</strong> />

processos supervisionando seus indicadores, a fim de evitar conseqüências<<strong>br</strong> />

negativas em seu desempenho. O problema desta pesquisa é, pois, responder às<<strong>br</strong> />

seguintes questões:<<strong>br</strong> />

• qual é ou quais são as ferramentas que melhor apresentam informações<<strong>br</strong> />

para representar os dados de cada Unidade Estratégica para a<<strong>br</strong> />

Administração Corporativa?<<strong>br</strong> />

• de que maneira um sistema de medição de desempenho de uma<<strong>br</strong> />

organização deve ser estruturado, subdividido e implementado, a fim de<<strong>br</strong> />

garantir a visão correta para a organização de sua posição atual e a<<strong>br</strong> />

focalização de onde devem ser disponibilizados os esforços no que é<<strong>br</strong> />

considerado crítico, para que sejam atingidos as metas e resultados<<strong>br</strong> />

futuros esperados?<<strong>br</strong> />

• os indicadores de desempenho analisados no estudo de caso foram<<strong>br</strong> />

elaborados em acordo <strong>com</strong> os objetivos estratégicos da organização?<<strong>br</strong> />

Para responder a essas indagações foram definidos os conceitos da<<strong>br</strong> />

Administração Corporativa, do controle, da mensuração do desempenho, e<<strong>br</strong> />

apresentados os principais modelos de indicadores de desempenho, entre os quais<<strong>br</strong> />

foi escolhido o modelo Balanced Scorecard para analisar, de forma qualitativa, os<<strong>br</strong> />

dados encontrados na empresa objeto de estudo.


24<<strong>br</strong> />

1.2 OBJETIVOS<<strong>br</strong> />

1.2.1 Objetivo Geral<<strong>br</strong> />

Esta pesquisa tem por objetivo realizar um estudo dos principais conceitos da<<strong>br</strong> />

Administração Corporativa utilizando, <strong>com</strong>o referência, tópicos referentes à sua<<strong>br</strong> />

formulação, necessidades e ferramentas de controle. Tem, também, por objetivo<<strong>br</strong> />

investigar, analisar e descrever as fases para o desenvolvimento de indicadores de<<strong>br</strong> />

desempenho alinhados <strong>com</strong> os objetivos da administração corporativa.<<strong>br</strong> />

Espera-se que este estudo sirva <strong>com</strong>o base para auxiliar na definição de um<<strong>br</strong> />

sistema de indicadores de desempenho integrados a serem utilizados em diferentes<<strong>br</strong> />

organizações, desde que sejam realizadas as devidas adaptações.<<strong>br</strong> />

Busca-se, <strong>com</strong> a utilização do estudo de caso, analisar um exemplo prático de<<strong>br</strong> />

utilização de indicadores de desempenho que se adaptem às necessidades da<<strong>br</strong> />

estrutura local e aos objetivos do negócio em âmbito global.<<strong>br</strong> />

1.2.2 Objetivos Específicos<<strong>br</strong> />

Este trabalho, <strong>com</strong> a utilização do estudo de caso, pretende avaliar um<<strong>br</strong> />

modelo de utilização de indicadores de desempenho formulados para o controle<<strong>br</strong> />

gerencial, buscando:<<strong>br</strong> />

• analisar <strong>com</strong>o o sistema de medição auxilia na definição das metas;<<strong>br</strong> />

• estabelecer quais são os critérios a serem utilizados na elaboração de um<<strong>br</strong> />

sistema de medição de desempenho integrado <strong>com</strong> as metas gerais da<<strong>br</strong> />

organização;


• <strong>com</strong>parar os indicadores de desempenho encontrados na empresa foco do<<strong>br</strong> />

estudo de caso <strong>com</strong> a metodologia do Balanced Scorecard; e<<strong>br</strong> />

25<<strong>br</strong> />

• analisar se a utilização de indicadores de desempenho é realmente<<strong>br</strong> />

eficiente.<<strong>br</strong> />

1.3 <strong>DE</strong>LIMITAÇÃO DO ESTUDO<<strong>br</strong> />

Esta pesquisa pretende ater-se ao estudo de indicadores de desempenho<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o principal ferramenta do controle gerencial das metas da Administração<<strong>br</strong> />

Corporativa e analisar, <strong>com</strong> a utilização do estudo de caso, os indicadores existentes<<strong>br</strong> />

nos departamentos focos do estudo, à luz do modelo escolhido.<<strong>br</strong> />

A contribuição deste trabalho não está na escolha ou proposta de um<<strong>br</strong> />

manual para definição de um conjunto único de indicadores de desempenho, pois<<strong>br</strong> />

devido à <strong>com</strong>plexidade do tema, tal sugestão não é aplicável às particularidades de<<strong>br</strong> />

cada empresa.<<strong>br</strong> />

A delimitação geográfica do trabalho consiste na análise qualitativa de partes<<strong>br</strong> />

de uma única organização, de potencial importância na região do Vale do Paraíba,<<strong>br</strong> />

no qual a pesquisa é executada.<<strong>br</strong> />

A delimitação teórica apresenta os principais conceitos relativos à<<strong>br</strong> />

Administração Corporativa e Ferramentas de Medição do Desempenho.<<strong>br</strong> />

Considerando-se o aspecto temporal, o estudo coleta os modelos de<<strong>br</strong> />

indicadores existentes e desenvolvidos em uma empresa de grande porte do setor<<strong>br</strong> />

metalúrgico, no período <strong>com</strong>preendido entre a<strong>br</strong>il de 2005 e março de 2006,<<strong>br</strong> />

correspondente ao seu último ano fiscal.


26<<strong>br</strong> />

1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO<<strong>br</strong> />

Este estudo vem ao encontro das dificuldades encontradas em âmbito<<strong>br</strong> />

mundial em todos os tipos de empresas: privadas, estatais, entidades do<<strong>br</strong> />

terceiro setor e instituições de ensino, por muitas vezes se distanciarem de<<strong>br</strong> />

seus objetivos e metas estratégicas, e não possuírem um sistema de medição capaz<<strong>br</strong> />

de oferecer os subsídios necessários para a tomada de decisão correta, ou,<<strong>br</strong> />

também, em razão de utilizarem um sistema de medição direcionado somente a<<strong>br</strong> />

controles operacionais que não convergem para o objetivo <strong>com</strong>um, gerando apenas<<strong>br</strong> />

melhorias locais, distanciamento da estratégia, ou, até mesmo, erros difíceis<<strong>br</strong> />

de serem corrigidos.<<strong>br</strong> />

O sistema de controle e a formulação de indicadores de desempenho vêm<<strong>br</strong> />

sendo destacados em uma vasta literatura que aborda as necessidades e<<strong>br</strong> />

vulnerabilidades das organizações em desenvolver ferramentas capazes de<<strong>br</strong> />

mensurar o desempenho, identificar as oportunidades e analisar o cumprimento da<<strong>br</strong> />

estratégia estabelecida.<<strong>br</strong> />

A relevância acadêmica da pesquisa está na análise da revisão bibliográfica e<<strong>br</strong> />

sua <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> um exemplo de prática utilizada no meio empresarial.<<strong>br</strong> />

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO<<strong>br</strong> />

Este trabalho está organizado em seis capítulos, assim distribuídos:<<strong>br</strong> />

No capítulo 1, referente à Introdução, são esclarecidos, em linhas gerais, os<<strong>br</strong> />

assuntos tratados na pesquisa; os objetivos do trabalho; a caracterização do<<strong>br</strong> />

problema, assim <strong>com</strong>o sua importância, limitação e estruturação; a metodologia<<strong>br</strong> />

utilizada e o tratamento das respostas obtidas.


27<<strong>br</strong> />

No capítulo 2, Referencial Teórico, é apresenta-se a revisão de literatura que<<strong>br</strong> />

busca a familiarização <strong>com</strong> os conceitos chaves do trabalho. São levantados os<<strong>br</strong> />

aspectos responsáveis pelo surgimento de um novo conceito de gestão por<<strong>br</strong> />

Administração Corporativa; identificam-se os indicadores de desempenho <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

ferramenta primordial para o controle, explorando suas principais características e<<strong>br</strong> />

investigando a evolução de seus conceitos até a apresentação dos principais<<strong>br</strong> />

modelos atuais disponíveis na literatura, o que favorece o entendimento da<<strong>br</strong> />

necessidade de medições mais amplas do que a medição somente financeira, foco<<strong>br</strong> />

dos antigos modelos. Enfatiza-se o modelo mais difundido na atualidade, o Balanced<<strong>br</strong> />

Scorecard - BSC, proposto pelos autores Robert Kaplan e David Norton.<<strong>br</strong> />

O capítulo 3, Método, destaca a metodologia adotada para a realização do<<strong>br</strong> />

trabalho, sua classificação, estratégia de pesquisa, seleção de unidade de caso,<<strong>br</strong> />

natureza, universo e amostras, forma de coleta de dados e tipo de análise.<<strong>br</strong> />

No capítulo 4, Estudo de Caso, identifica-se o tipo de empresa e sua estrutura<<strong>br</strong> />

de funcionamento, exibe-se o material pesquisado examinando os resultados<<strong>br</strong> />

obtidos em relação ao modelo escolhido para a análise, estabelecendo<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>parações e ressaltando informações consideradas relevantes para a escolha e<<strong>br</strong> />

definição dos indicadores de desempenho.<<strong>br</strong> />

No capítulo 5, referente aos Resultados, são apresentados os resultados<<strong>br</strong> />

obtidos na pesquisa <strong>com</strong> a utilização do estudo de caso.<<strong>br</strong> />

No capítulo 6, Conclusão, está disposta a conclusão obtida <strong>com</strong> a análise dos<<strong>br</strong> />

dados utilizados na pesquisa.


28<<strong>br</strong> />

2 REFERENCIAL TEÓRICO<<strong>br</strong> />

A revisão bibliográfica inicia-se <strong>com</strong> a apresentação de conceitos referentes à<<strong>br</strong> />

Administração Corporativa. Na seqüência traz a definição de controle, mensuração<<strong>br</strong> />

do desempenho e alguns modelos de indicadores de desempenho existentes,<<strong>br</strong> />

juntamente <strong>com</strong> seus conceitos gerais, importância e limitações. Dentre eles será<<strong>br</strong> />

apresentado em maiores detalhes o Balanced Scorecard, por ser o modelo escolhido<<strong>br</strong> />

para este estudo.<<strong>br</strong> />

O resultado da revisão foi o entendimento de que não existe, no campo do<<strong>br</strong> />

conhecimento acadêmico, um modelo único e <strong>com</strong>pleto de indicadores de<<strong>br</strong> />

desempenho capaz de alertar à alta administração de uma empresa todos os pontos<<strong>br</strong> />

falhos, e, sim, a necessidade da priorização de todas as atividades de acordo <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

missão e objetivos da organização.<<strong>br</strong> />

2.1 ADMINISTRAÇÃO CORPORATIVA<<strong>br</strong> />

A década de 1970 foi responsável pela origem dos conceitos referentes à<<strong>br</strong> />

utilização da Administração Corporativa, por ser considerada o início da utilização<<strong>br</strong> />

desse tipo de administração. Foi nessa época que se <strong>com</strong>eçou a implementar o<<strong>br</strong> />

processo de diversificação das empresas, que passaram a ser gerenciadas por<<strong>br</strong> />

Unidades Estratégicas de Negócios (UEN), tendo <strong>com</strong>o principal objetivo conseguir<<strong>br</strong> />

vantagem <strong>com</strong>petitiva por meio do desenvolvimento de negócios voltados para o<<strong>br</strong> />

atendimento de mercados específicos (REBOUÇAS, 2003).<<strong>br</strong> />

A Administração Corporativa é extremamente relevante quando se estrutura<<strong>br</strong> />

uma empresa <strong>com</strong> negócios diversificados, em que o processo administrativo deve<<strong>br</strong> />

ser consistente e capaz de gerenciar de maneira integradora.


29<<strong>br</strong> />

Conforme Rebouças (2003, p. 21), a administração corporativa é definida<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o “uma filosofia de atuação e de estruturação da empresa, pelas quais se<<strong>br</strong> />

consolida o processo de diversificação dos negócios e facilita a análise por<<strong>br</strong> />

resultados globais e setoriais”.<<strong>br</strong> />

Para Hitt, Ireland e Hoskisson (2002), a forma de administrar por UEN<<strong>br</strong> />

apresenta no mínimo três níveis. O nível mais alto desse modelo é a administração<<strong>br</strong> />

corporativa, seguida pelas Unidades Estratégicas de Negócios e, posteriormente,<<strong>br</strong> />

pela escolha da divisão por produtos direcionados a mercados específicos ou<<strong>br</strong> />

mercado geográfico, sendo que estes últimos cooperam entre si.<<strong>br</strong> />

A Figura 1 representa a estruturação de uma empresa que emprega a<<strong>br</strong> />

Administração Corporativa.<<strong>br</strong> />

Presidente<<strong>br</strong> />

P & D<<strong>br</strong> />

Finanças<<strong>br</strong> />

corporativas<<strong>br</strong> />

Planejamento<<strong>br</strong> />

Estratégico<<strong>br</strong> />

Marketing<<strong>br</strong> />

corporativo<<strong>br</strong> />

Recursos<<strong>br</strong> />

humanos<<strong>br</strong> />

corporativos<<strong>br</strong> />

Unidade<<strong>br</strong> />

Estratégica<<strong>br</strong> />

de Negócios<<strong>br</strong> />

Unidade<<strong>br</strong> />

Estratégica<<strong>br</strong> />

de Negócios<<strong>br</strong> />

Unidade<<strong>br</strong> />

Estratégica<<strong>br</strong> />

de Negócios<<strong>br</strong> />

Divisão Divisão Divisão Divisão<<strong>br</strong> />

Divisão<<strong>br</strong> />

Divisão<<strong>br</strong> />

Figura 1 - Estruturação por Administração Corporativa<<strong>br</strong> />

Fonte: Hitt, Ireland e Hoskisson (2002)<<strong>br</strong> />

O papel da administração corporativa é, portanto, consolidar, delinear,<<strong>br</strong> />

disseminar e a<strong>com</strong>panhar os objetivos estratégicos, as políticas e a estratégia


30<<strong>br</strong> />

estabelecida. Dessa forma, conforme Hitt, Ireland e Hoskisson (2002, p. 458) “cada<<strong>br</strong> />

UEN é um centro de lucro controlado pelo escritório central”.<<strong>br</strong> />

Em todos os processos administrativos é necessário o foco na visão<<strong>br</strong> />

estratégica, pois é ela que direciona a organização para o cumprimento das metas<<strong>br</strong> />

estabelecidas pelo planejamento estratégico.<<strong>br</strong> />

Nesse contexto, a administração corporativa é o agente responsável pelos<<strong>br</strong> />

resultados globais de uma organização e a parte mais interessada na utilização de<<strong>br</strong> />

ferramentas que sejam capazes de mensurar e apresentar os resultados, norteando<<strong>br</strong> />

a definição de decisões para que não se distanciem das metas estratégicas.<<strong>br</strong> />

A Figura 2 representa a interface entre a Administração Corporativa,<<strong>br</strong> />

responsável pela determinação dos objetivos, estratégias e políticas, e as Unidades<<strong>br</strong> />

Estratégias de Negócios.<<strong>br</strong> />

Administração<<strong>br</strong> />

Corporativa<<strong>br</strong> />

Políticas<<strong>br</strong> />

Projetos<<strong>br</strong> />

UEN<<strong>br</strong> />

UEN<<strong>br</strong> />

Figura 2 - Forma de Interação entre Administração Corporativa e UEN<<strong>br</strong> />

Fonte: Rebouças (2003)<<strong>br</strong> />

As metas e o padrão de propósitos de uma administração corporativa são<<strong>br</strong> />

denominados Estratégia Corporativa, que representa o que é possível de ser<<strong>br</strong> />

executado pela empresa de acordo <strong>com</strong> as oportunidades existentes, suas forças e<<strong>br</strong> />

desejos da alta administração, e o que considera <strong>com</strong>o ético, legal e moral.<<strong>br</strong> />

(MONTGOMERY e PORTER, 1998).


31<<strong>br</strong> />

Hitt, Ireland e Hoskisson (2002, p. 232) apresentam <strong>com</strong>o definição formal de<<strong>br</strong> />

uma estratégia de nível corporativo “uma ação posta em prática para ganhar uma<<strong>br</strong> />

vantagem <strong>com</strong>petitiva através da escolha e administração de um <strong>com</strong>posto de<<strong>br</strong> />

negócios que <strong>com</strong>petem em diversas indústrias ou mercados de produto”. Afirmam<<strong>br</strong> />

que a utilização da estratégia corporativa é destinada a analisar duas questões:<<strong>br</strong> />

determinar em quais negócios a organização irá trabalhar e <strong>com</strong>o será a<<strong>br</strong> />

administração corporativa desses negócios.<<strong>br</strong> />

A estratégia corporativa deve ser desenvolvida <strong>com</strong> o objetivo de evitar que<<strong>br</strong> />

as gerências utilizem metas intuitivas de seus gerentes, ou metas não analisadas<<strong>br</strong> />

que possam colocar em risco o futuro da organização.<<strong>br</strong> />

Para Montgomery e Porter (1998), a definição da estratégia corporativa é<<strong>br</strong> />

necessária para garantir que a gerência tenha um processo destinado a<<strong>br</strong> />

desenvolver, examinar e escolher as melhores alternativas para a empresa, e que<<strong>br</strong> />

entenda as características próprias do negócio para propiciar a análise das<<strong>br</strong> />

propostas apresentadas, seus impactos e objetividade, garantindo que a empresa<<strong>br</strong> />

não se desvie de seus propósitos, evite o conservadorismo e <strong>com</strong>prometa-se o <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

a avaliação contínua.<<strong>br</strong> />

A administração corporativa pode ser utilizada em empresas de<<strong>br</strong> />

grande, médio e pequeno portes, pois não está relacionada ao tamanho da<<strong>br</strong> />

organização e sim à subdivisão em negócios individuais e autônomos, que precisem<<strong>br</strong> />

de uma administração geral que analise os resultados dessas divisões de forma<<strong>br</strong> />

global, <strong>com</strong>o, por exemplo: por produto, serviço, por conjunto de produtos ou<<strong>br</strong> />

serviços homogêneos.<<strong>br</strong> />

Para Rebouças (2003), devido a diversificação dos negócios, a correta<<strong>br</strong> />

implantação de uma administração corporativa exige que a organização tenha pleno


32<<strong>br</strong> />

conhecimento de sua capacitação e de suas vantagens <strong>com</strong>petitivas em relação ao<<strong>br</strong> />

mercado segmentado.<<strong>br</strong> />

Conforme define Daft (2005), o objetivo da administração é alcançar <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

eficácia e eficiência as metas organizacionais estabelecidas, utilizando-se de quatros<<strong>br</strong> />

funções: planejamento, organização, liderança e controle dos recursos<<strong>br</strong> />

organizacionais, conforme apresenta a Figura 3.<<strong>br</strong> />

Funções Administrativas<<strong>br</strong> />

Planejamento<<strong>br</strong> />

Recursos<<strong>br</strong> />

• Humanos<<strong>br</strong> />

• Financeiros<<strong>br</strong> />

• Matérias-primas<<strong>br</strong> />

• Tecnológicos<<strong>br</strong> />

• Informação<<strong>br</strong> />

Controle<<strong>br</strong> />

Monitora as<<strong>br</strong> />

atividades e faz<<strong>br</strong> />

correções<<strong>br</strong> />

Seleciona metas<<strong>br</strong> />

e meios de<<strong>br</strong> />

obtê-las<<strong>br</strong> />

Liderança<<strong>br</strong> />

Organização<<strong>br</strong> />

Atribui<<strong>br</strong> />

responsabilidade<<strong>br</strong> />

pela realização da<<strong>br</strong> />

tarefa<<strong>br</strong> />

Desempenho<<strong>br</strong> />

• Alcance das<<strong>br</strong> />

metas<<strong>br</strong> />

• Produtos<<strong>br</strong> />

• Serviços<<strong>br</strong> />

• Eficiência<<strong>br</strong> />

• Eficácia<<strong>br</strong> />

Usa influência<<strong>br</strong> />

para motivar<<strong>br</strong> />

funcionários<<strong>br</strong> />

Figura 3 - O Processo da Administração<<strong>br</strong> />

Fonte: Adaptado de Daft (2005)<<strong>br</strong> />

Dentre as funções administrativas apresentadas, o foco deste trabalho se<<strong>br</strong> />

refere aos mecanismos utilizados pela função controle para o monitoramento e<<strong>br</strong> />

correções das atividades organizacionais.<<strong>br</strong> />

2.1.1 Controle<<strong>br</strong> />

O controle em qualquer tipo de organização é fundamental para garantir o<<strong>br</strong> />

cumprimento das atividades previamente estabelecidas no planejamento estratégico<<strong>br</strong> />

e auxiliar no processo de decisão e implantação da melhoria contínua.


33<<strong>br</strong> />

Conforme Gomes e Salas (2001), o conceito de controle vem sendo<<strong>br</strong> />

expandido a partir de 1950. Na década de 70 <strong>com</strong>eçaram a surgir novos enfoques,<<strong>br</strong> />

vindos de áreas <strong>com</strong>o a economia, a psicologia e a sociologia, entre outras. Em<<strong>br</strong> />

1980 o controle destacou-se devido à crise detectada na área de contabilidade de<<strong>br</strong> />

gestão, causada pelo seu uso impreciso <strong>com</strong>o ferramenta de apoio à tomada de<<strong>br</strong> />

decisão nas organizações.<<strong>br</strong> />

Para Falconi (1999, p. 17), o controle é “a essência do gerenciamento em<<strong>br</strong> />

todos os níveis hierárquicos da empresa, desde o presidente até os operadores”.<<strong>br</strong> />

Para o seu entendimento, é necessário perceber as relações de causa e<<strong>br</strong> />

efeito existentes, em que cada empregado visualize sua responsabilidade em<<strong>br</strong> />

relação ao sistema e atue a fim de auxiliar na criação das bases para o<<strong>br</strong> />

gerenciamento participativo.<<strong>br</strong> />

Conforme apresenta Daft (2005, p. 476), o controle organizacional é<<strong>br</strong> />

considerado o “processo sistemático pelo qual os gerentes regulam as atividades<<strong>br</strong> />

organizacionais para torná-las consistentes <strong>com</strong> as expectativas estabelecidas nos<<strong>br</strong> />

planos, metas e padrões de desempenho”. A existência da função controle é crucial<<strong>br</strong> />

para o desenvolvimento das organizações atuais.<<strong>br</strong> />

O controle é o processo utilizado por uma organização para garantir o<<strong>br</strong> />

monitoramento da regularidade de uma operação, possibilitando redesenhar<<strong>br</strong> />

processos, corrigir erros e ajustar o planejamento <strong>com</strong> um conjunto de ações.<<strong>br</strong> />

(SLACK et al., 1997).<<strong>br</strong> />

As avaliações de desempenho e do resultado obtido são indispensáveis para<<strong>br</strong> />

a realização do controle. Gomes e Salas (2001) afirmam que para a existência de<<strong>br</strong> />

um sistema de controle de gestão são necessários os seguintes elementos: a<<strong>br</strong> />

estrutura de controle e o processo de controle, conforme o Quadro 1.


34<<strong>br</strong> />

Sistema de Controle<<strong>br</strong> />

Estrutura de controle<<strong>br</strong> />

• Indicadores de controle<<strong>br</strong> />

• Sistema de informação<<strong>br</strong> />

Processo de controle<<strong>br</strong> />

• Planejamento<<strong>br</strong> />

• Avaliação do resultado<<strong>br</strong> />

• Decisões corretivas<<strong>br</strong> />

Quadro 1 - Elementos de um Sistema de Controle<<strong>br</strong> />

Fonte: Gomes e Salas (2001)<<strong>br</strong> />

Emery (1980, p. 139) afirma que o “sistema de controle deve apresentar uma<<strong>br</strong> />

hierarquia de respostas aos desvios constatados” e que a Administração<<strong>br</strong> />

Empresarial deve concentrar-se nos desvios significativos que fogem das tolerâncias<<strong>br</strong> />

estabelecidas.<<strong>br</strong> />

Conforme define Falconi (1999), para o controle de um processo são<<strong>br</strong> />

necessárias três ações:<<strong>br</strong> />

• o estabelecimento de uma diretriz de controle que funcione <strong>com</strong>o um<<strong>br</strong> />

planejamento responsável por definir padrões para atendimento das<<strong>br</strong> />

necessidades e que deve <strong>com</strong>por-se de uma meta, que represente o valor<<strong>br</strong> />

a ser atingido, e um método que defina os procedimentos a serem<<strong>br</strong> />

seguidos para o cumprimento da meta;<<strong>br</strong> />

• fazer a manutenção do nível de controle. Em caso de desvios pode-se<<strong>br</strong> />

escolher entre atuar no resultado, alterando o processo, ou atuar na<<strong>br</strong> />

causa, prevenindo a repetição de desvios; e<<strong>br</strong> />

• alteração da diretriz de controle <strong>com</strong> a adaptação de melhorias conforme<<strong>br</strong> />

as alterações das necessidades no decorrer do tempo e <strong>com</strong> foco na<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>evivência da organização. Tais alterações podem ocorrer durante a<<strong>br</strong> />

definição da meta ou no método.


35<<strong>br</strong> />

Daft (2005) afirma que existem três tipos de controle organizacional, cujo<<strong>br</strong> />

objetivo é focar os eventos antes, ou seja, na entrada, durante a realização ou<<strong>br</strong> />

depois de um processo, conforme apresenta a Figura 4.<<strong>br</strong> />

Controle pelo<<strong>br</strong> />

Adiantamento<<strong>br</strong> />

de Informações<<strong>br</strong> />

Antecipa os<<strong>br</strong> />

Problemas<<strong>br</strong> />

Controle Simultâneo<<strong>br</strong> />

Resolve os<<strong>br</strong> />

Problemas<<strong>br</strong> />

à Medida que<<strong>br</strong> />

Eles Ocorrem<<strong>br</strong> />

Controle pelo<<strong>br</strong> />

Feedback Resolve<<strong>br</strong> />

os Problemas<<strong>br</strong> />

Depois que<<strong>br</strong> />

Eles Ocorrem<<strong>br</strong> />

O foco está nas<<strong>br</strong> />

O foco está nos<<strong>br</strong> />

O foco está nas<<strong>br</strong> />

Entradas<<strong>br</strong> />

Entradas<<strong>br</strong> />

Figura 4 - Foco no Controle Organizacional<<strong>br</strong> />

Fonte: Adaptado de Draft (2005)<<strong>br</strong> />

Processos<<strong>br</strong> />

Processos<<strong>br</strong> />

Contínuos<<strong>br</strong> />

Contínuos<<strong>br</strong> />

Saídas<<strong>br</strong> />

Saídas<<strong>br</strong> />

• controle pelo adiantamento de informações: tem <strong>com</strong>o objetivo<<strong>br</strong> />

identificar possíveis desvios e preveni-los antes que ocorram, em vez de<<strong>br</strong> />

apenas monitorar o desempenho depois de concretizado. Esse controle<<strong>br</strong> />

também é denominado controle preliminar ou controle preventivo; seu foco<<strong>br</strong> />

está no controle dos recursos humanos, materiais e financeiros e é um tipo<<strong>br</strong> />

de controle interno da organização;<<strong>br</strong> />

• controle simultâneo: monitora as atividades durante sua execução,<<strong>br</strong> />

verificando se estão de acordo <strong>com</strong> os padrões de desempenho e regras<<strong>br</strong> />

estabelecidas; e<<strong>br</strong> />

• controle pelo feedback: também denominado controle pós-ação ou<<strong>br</strong> />

controle de saída, é focado nas saídas da organização, no produto ou<<strong>br</strong> />

serviço final. Para sua elaboração é necessário o desenvolvimento de


36<<strong>br</strong> />

quatro fases principais: estabelecimento de padrões de desempenho, que<<strong>br</strong> />

devem estar de acordo <strong>com</strong> o plano estratégico geral da organização;<<strong>br</strong> />

medição do desempenho real; <strong>com</strong>paração do desempenho real <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

desempenho previamente estabelecido; e apresentação de ações<<strong>br</strong> />

corretivas quando necessário.<<strong>br</strong> />

O controle de um determinado processo é possível <strong>com</strong> a medição dos itens<<strong>br</strong> />

de controle, também denominados Pontos de Controle, índices que medem<<strong>br</strong> />

parâmetros <strong>com</strong>o qualidade, custo, entrega, moral e segurança dos efeitos, ou fins<<strong>br</strong> />

resultantes do processo analisado. Para manter um processo sob controle é<<strong>br</strong> />

necessária a localização do problema, análise do processo, padronização e<<strong>br</strong> />

determinação de itens de controle que garantam que o problema encontrado não se<<strong>br</strong> />

repita. (FALCONI, 1999).<<strong>br</strong> />

Para Gomes e Salas (2001), o controle possui duas perspectivas: a primeira<<strong>br</strong> />

se refere a aspectos limitados da organização, geralmente a questões de<<strong>br</strong> />

curto prazo, baseadas em aspectos financeiros; e a segunda é voltada ao<<strong>br</strong> />

atendimento de aspectos mais amplos do contexto organizacional, <strong>com</strong>o os ligados<<strong>br</strong> />

às atividades, à estratégia, à estrutura do <strong>com</strong>portamento, da cultura e do contexto<<strong>br</strong> />

social da organização.<<strong>br</strong> />

Para os autores, na segunda perspectiva o controle é ferramenta de medição<<strong>br</strong> />

para todos os envolvidos e não somente para a gerência. Pode ser medido<<strong>br</strong> />

constantemente, é adequado para a medição tanto de aspectos técnicos <strong>com</strong>o da<<strong>br</strong> />

cultura organizacional e pode ser utilizado de forma flexível a fim de auxiliar na<<strong>br</strong> />

melhoria contínua dos processos e pessoas envolvidas na organização. Com esta<<strong>br</strong> />

ferramenta é possível auxiliar, de várias maneiras, a motivação, orientação e<<strong>br</strong> />

influência da organização e dos seus mem<strong>br</strong>os para o alcance dos objetivos.


37<<strong>br</strong> />

No Quadro 2 pode-se observar a atuação dessas perspectivas.<<strong>br</strong> />

Aspectos Perspectiva limitada Perspectiva ilimitada<<strong>br</strong> />

Filosofia<<strong>br</strong> />

Controle de cima para baixo<<strong>br</strong> />

Controle <strong>com</strong>o sistema<<strong>br</strong> />

Controle de cima para baixo<<strong>br</strong> />

Controle <strong>com</strong>o sistema<<strong>br</strong> />

Ênfase Cumprimento Motivação, autocontrole<<strong>br</strong> />

Conceito de controle<<strong>br</strong> />

Consideração do<<strong>br</strong> />

contexto social,<<strong>br</strong> />

organizacional e<<strong>br</strong> />

humano<<strong>br</strong> />

Medição de resultado baseado na<<strong>br</strong> />

análise de desvios e geração de<<strong>br</strong> />

relatórios<<strong>br</strong> />

Desenho, técnicas de gestão<<strong>br</strong> />

Limitado. Ênfase no desenho de<<strong>br</strong> />

aspectos técnicos<<strong>br</strong> />

Normas rígidas, padrões valores<<strong>br</strong> />

monetários<<strong>br</strong> />

Desenvolvimento de uma<<strong>br</strong> />

consciência estratégica<<strong>br</strong> />

orientada para o<<strong>br</strong> />

aperfeiçoamento contínuo<<strong>br</strong> />

Melhoria da posição <strong>com</strong>petitiva<<strong>br</strong> />

Amplo, contexto social,<<strong>br</strong> />

sociedade, cultura, emoções,<<strong>br</strong> />

valores<<strong>br</strong> />

Fundamento teórico<<strong>br</strong> />

Mecanismos de<<strong>br</strong> />

controle<<strong>br</strong> />

Economia, Engenharia<<strong>br</strong> />

Controle baseado no resultado da<<strong>br</strong> />

Contabilidade de Gestão<<strong>br</strong> />

Quadro 2 - Perspectivas de Controle<<strong>br</strong> />

Fonte: Amat apud Gomes e Salas (2001)<<strong>br</strong> />

Antropologia, Sociologia,<<strong>br</strong> />

Psicologia<<strong>br</strong> />

Formal e informal. Outras<<strong>br</strong> />

variáveis, aprendizado<<strong>br</strong> />

Para a realização eficaz da função controle de um processo, produto ou<<strong>br</strong> />

serviço, é indispensável a definição e utilização de formas de mensuração de<<strong>br</strong> />

desempenho que se adaptem às necessidades.<<strong>br</strong> />

2.2 MENSURAÇÃO DO <strong>DE</strong>SEMPENHO<<strong>br</strong> />

A medição do desempenho tem o objetivo de garantir que a organização<<strong>br</strong> />

consiga identificar se está na direção correta em relação ao planejado para seu<<strong>br</strong> />

desenvolvimento presente e futuro.<<strong>br</strong> />

Moreira (2002, p. 9), em sua tese, enfatiza que:<<strong>br</strong> />

Um desafio que se impõe no gerenciamento de uma empresa é<<strong>br</strong> />

supervisionar a implantação de um objetivo estratégico. No<<strong>br</strong> />

transcorrer das etapas de implantação é necessário diagnosticar o<<strong>br</strong> />

desvio, entender as causas deste desvio, identificar interações<<strong>br</strong> />

existentes e priorizar ações que maximizem a realização do objetivo<<strong>br</strong> />

proposto.


Martins e Costa Neto (1998), quando analisam a medição do desempenho<<strong>br</strong> />

tradicional, afirmam que a principal preocupação é a medição relacionada ao uso<<strong>br</strong> />

dos recursos, e que os indicadores de desempenho mais difundidos pela literatura<<strong>br</strong> />

são a produtividade, o retorno so<strong>br</strong>e os investimentos e o custo padrão, entre outros.<<strong>br</strong> />

Esses modelos se tornaram defasados em relação às necessidades empresarias<<strong>br</strong> />

atuais, tornando-se necessário o desenvolvimento de novos modelos mais amplos.<<strong>br</strong> />

As organizações atuais enfrentam uma sucessão de pressões ambientais,<<strong>br</strong> />

impossíveis de serem supostas há vinte anos. Devido a essas pressões as<<strong>br</strong> />

organizações se o<strong>br</strong>igam a desenvolver maior agilidade na direção dos negócios e a<<strong>br</strong> />

buscar constantemente a eficácia, tornando, assim, necessária a montagem de<<strong>br</strong> />

sistemas de medição de desempenho. (MOREIRA, 1996).<<strong>br</strong> />

Conforme a Norma NBR ISO 9001, versão 2000 (p. 11):<<strong>br</strong> />

A organização deve aplicar métodos adequados para monitoramento<<strong>br</strong> />

e, quando aplicável, para medição dos processos do sistema de<<strong>br</strong> />

gestão da qualidade. Esses métodos devem demonstrar a<<strong>br</strong> />

capacidade dos processos em alcançar os resultados planejados.<<strong>br</strong> />

Quando os resultados planejados não são alcançados, devem ser<<strong>br</strong> />

efetuadas as correções e executadas as ações corretivas, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

apropriado, para assegurar a conformidade do produto.<<strong>br</strong> />

38<<strong>br</strong> />

Para Gil (1997, p. 93), os Indicadores de Qualidade são “instrumentos de<<strong>br</strong> />

quantificação do nível de qualidade alcançado” e servem para avaliar o grau de<<strong>br</strong> />

efetividade de uma determinada ação.<<strong>br</strong> />

2.2.1 O Processo de Medição<<strong>br</strong> />

O sistema de medição de uma empresa deve refletir seus princípios básicos,<<strong>br</strong> />

além de identificar sua posição frente aos valores de todos os interessados. A falta<<strong>br</strong> />

de um processo de medição coerente resulta na dificuldade da implantação de<<strong>br</strong> />

melhorias (HARRINGTON, 1997).


Conforme menciona Kaplan e Norton (2000), em 1980 foi realizada uma<<strong>br</strong> />

pesquisa entre consultores gerenciais que revelou que menos de 10% das<<strong>br</strong> />

estratégias formuladas de maneira eficaz conseguiam ser implementadas <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

sucesso. Este resultado fez <strong>com</strong> que observadores, teóricos em gestão, consultores<<strong>br</strong> />

gerenciais e imprensa especializada concordassem que a maneira pela qual uma<<strong>br</strong> />

estratégia é implementada e seguida é mais importante do que apenas a formulação<<strong>br</strong> />

de estratégias eficazes. Segundo analisa Kaplan e Norton (2004a, p. 7), “o que é<<strong>br</strong> />

medido é conseguido”.<<strong>br</strong> />

Conforme Harrington (1997 p. 417):<<strong>br</strong> />

Medir é entender; entender é ganhar conhecimento; ter<<strong>br</strong> />

conhecimento é ter poder. Desde os primórdios dos tempos, o que<<strong>br</strong> />

distingue os seres humanos dos outros animais é a sua capacidade<<strong>br</strong> />

de observar, medir, analisar e usar essas informações para realizar<<strong>br</strong> />

mudança.<<strong>br</strong> />

39<<strong>br</strong> />

Existem principalmente três razões para as organizações medirem seu<<strong>br</strong> />

desempenho: fazer o correto alinhamento entre a missão, a estratégia, os valores e<<strong>br</strong> />

o <strong>com</strong>portamento; focalizar as oportunidades de melhorias e definir o significado do<<strong>br</strong> />

sucesso. (LAWTON, 2002).<<strong>br</strong> />

Harrington (1997) afirma que é possível identificar a personalidade de uma<<strong>br</strong> />

organização analisando o modo característico <strong>com</strong>o ela determina seu processo de<<strong>br</strong> />

medição e a forma <strong>com</strong>o mede o que considera <strong>com</strong>o prioridade em cada medição<<strong>br</strong> />

estabelecida. Para tal identificação é necessário analisar qual tipo de medição pode<<strong>br</strong> />

trazer benefícios para as diferentes gerências.<<strong>br</strong> />

Um exemplo dessa observação é que uma empresa preocupada <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

questão financeira tende a ter seu processo de medição concentrado nos custos dos<<strong>br</strong> />

serviços, da produção e do pós-venda, entre outros. Cada organização direciona seu<<strong>br</strong> />

sistema de medição às medidas que considera importante.


40<<strong>br</strong> />

Todo processo de medição de desempenho necessita de medidas<<strong>br</strong> />

de desempenho responsáveis pela avaliação dos processos e das ações<<strong>br</strong> />

tomadas pela administração. Conforme Slack et al. (1997), existem cinco objetivos<<strong>br</strong> />

para a aplicação das medidas de desempenho: a averiguação da qualidade,<<strong>br</strong> />

velocidade, confiabilidade, flexibilidade e custo, que são <strong>com</strong>postos por uma grande<<strong>br</strong> />

quantidade de medidas de desempenho capazes de traduzir as causas de um<<strong>br</strong> />

desempenho insuficiente.<<strong>br</strong> />

2.2.2 Medidas e Padrões de Desempenho<<strong>br</strong> />

Para Gomes e Salas (2001), um dos maiores problemas das organizações, no<<strong>br</strong> />

processo de medição do desempenho, é a utilização de medidas inadequadas às<<strong>br</strong> />

necessidades existentes.<<strong>br</strong> />

Na definição de Harrington (1997, p. 94, 96):<<strong>br</strong> />

As metas de desempenho são usadas para quantificar os resultados<<strong>br</strong> />

que serão obtidos se os objetivos forem satisfatoriamente<<strong>br</strong> />

atingidos[...]. As metas têm dois ingredientes-chaves. Primeiro, elas<<strong>br</strong> />

estabelecem especificamente o alvo de melhoria; segundo, dão o<<strong>br</strong> />

intervalo de tempo em que a melhoria será realizada.<<strong>br</strong> />

As metas de uma organização representam o que os acionistas e diretores<<strong>br</strong> />

esperam <strong>com</strong>o resultado organizacional a ser alcançado e são importantes<<strong>br</strong> />

para informar so<strong>br</strong>e o ritmo da empresa em <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> o mercado<<strong>br</strong> />

e concorrentes.<<strong>br</strong> />

Para Slack et al. (1997), após o processo de medição de desempenho<<strong>br</strong> />

em uma determinada operação é necessária a definição de padrões de<<strong>br</strong> />

desempenho, <strong>com</strong> a finalidade de identificar se o que foi medido se encaixa em um<<strong>br</strong> />

dos três padrões apresentados: bom, mau ou indiferente.<<strong>br</strong> />

Há quatro tipos de<<strong>br</strong> />

padrões principais:


41<<strong>br</strong> />

• padrões históricos – responsáveis pela <strong>com</strong>paração do desempenho atual<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> desempenhos anteriores e, <strong>com</strong> isto, a definição se o que está sendo<<strong>br</strong> />

medido apresenta evolução ou regressão;<<strong>br</strong> />

• padrões de desempenho alvos – <strong>com</strong>paração entre o desempenho<<strong>br</strong> />

encontrado <strong>com</strong> o desempenho estabelecido <strong>com</strong>o alvo a ser alcançado;<<strong>br</strong> />

• padrões de desempenho da concorrência – <strong>com</strong>paração entre os dados<<strong>br</strong> />

internos <strong>com</strong> os dados alcançados pela concorrência; e<<strong>br</strong> />

• padrões de desempenho absolutos – <strong>com</strong>paração entre o desempenho<<strong>br</strong> />

alcançado <strong>com</strong> os referenciais teóricos, <strong>com</strong>o, por exemplo, a busca de<<strong>br</strong> />

zero defeitos.<<strong>br</strong> />

Harrington (1997) analisa que algumas medidas tangíveis tradicionais <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

vendas, lucros e fluxo de caixa, entre outras, são <strong>com</strong>umente analisadas em todos<<strong>br</strong> />

os tipos de empresas, tanto perdedoras <strong>com</strong>o vencedoras, mas esta última atenta-se<<strong>br</strong> />

também a medidas relacionadas a sua <strong>com</strong>petitividade, a longo prazo, nas áreas de<<strong>br</strong> />

interesse estratégico.<<strong>br</strong> />

A mensuração do desempenho é <strong>com</strong>umente medida <strong>com</strong> a utilização de<<strong>br</strong> />

indicadores de desempenho, índices ou quantificadores, que traduzem os dados<<strong>br</strong> />

coletados em informações úteis para o processo de decisão.<<strong>br</strong> />

2.3 <strong>INDICADORES</strong> <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>SEMPENHO<<strong>br</strong> />

A palavra Indicador tem sua origem no Latin indicare, cujo significado é<<strong>br</strong> />

demonstrar ou revelar.<<strong>br</strong> />

Para Gomes, Marcellino e Espada (2000, p. 11), “os<<strong>br</strong> />

indicadores e os índices são projetados para simplificar a informação so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

fenômenos <strong>com</strong>plexos de modo a melhorar a <strong>com</strong>unicação”.


Os indicadores de desempenho representam o fator crítico determinante para<<strong>br</strong> />

o modo de ação de um sistema; atuam <strong>com</strong>o uma alavanca na alteração de<<strong>br</strong> />

processos e representam uma das formas mais eficazes de auxilio à mudança<<strong>br</strong> />

(MEADOWS, 1998).<<strong>br</strong> />

Quiroga (2001) afirma que os indicadores são variáveis de valores que<<strong>br</strong> />

assumem significados; são sinais para refletir as características, quantidades e<<strong>br</strong> />

qualidades do que está sendo medido para tornar possível o juízo das condições<<strong>br</strong> />

passadas, presentes e futuras e <strong>com</strong>parar a realidade <strong>com</strong> a meta estabelecida.<<strong>br</strong> />

Gomes, Marcellino e Espada (2000, p. 10) definem um Indicador <strong>com</strong>o:<<strong>br</strong> />

Indicador - parâmetros selecionados e considerados isoladamente ou<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>binados entre si, sendo de especial pertinência para refletir<<strong>br</strong> />

determinadas condições dos sistemas em análise (normalmente são<<strong>br</strong> />

utilizados <strong>com</strong> pré-tratamento, isto é, são efetuados tratamentos aos<<strong>br</strong> />

dados originais, tais <strong>com</strong>o médias aritméticas simples, percentagens,<<strong>br</strong> />

medianas, entre outros).<<strong>br</strong> />

42<<strong>br</strong> />

Possamai & Hansen (apud Moreira 2002) apresentam a seqüência que deve<<strong>br</strong> />

ser desenvolvida para a obtenção de um modelo de indicador a ser aplicado em<<strong>br</strong> />

todos os níveis de uma organização, conforme apresenta a Figura 5.<<strong>br</strong> />

FORMULAÇÃO <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

ESTRATÉGIAS<<strong>br</strong> />

AÇÃO E CORREÇÃO<<strong>br</strong> />

ESCOLHA <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

<strong>INDICADORES</strong><<strong>br</strong> />

MEDIÇÃO <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>SEMPENHO<<strong>br</strong> />

Indicadores em todos os níveis<<strong>br</strong> />

• Negócios<<strong>br</strong> />

• Empresas<<strong>br</strong> />

• Processos<<strong>br</strong> />

• Atividades<<strong>br</strong> />

Figura 5 - Seqüência de Desenvolvimento de um Indicador<<strong>br</strong> />

Fonte: Adaptado de Possamai & Hansen (apud Moreira, 2002)<<strong>br</strong> />

Os Indicadores de desempenho quanto a qualidade, segundo Moreira (1996),<<strong>br</strong> />

precisam apresentar: confiabilidade – <strong>com</strong>unicar <strong>com</strong> segurança a disposição do


43<<strong>br</strong> />

objeto de análise; validade – apresentar análise concludente; relevância – fornecer<<strong>br</strong> />

informações proveitosas para a análise; e consistência – apresentar informações<<strong>br</strong> />

coerentes e precisas em relação ao fato estudado.<<strong>br</strong> />

Quanto à aplicação, Gomes, Marcellino e Espada (2000) apresentam algumas<<strong>br</strong> />

limitações e vantagens da utilização de indicadores, conforme Quadro 3.<<strong>br</strong> />

Vantagens<<strong>br</strong> />

• Avaliação dos níveis de<<strong>br</strong> />

desenvolvimento sustentável.<<strong>br</strong> />

• Capacidade de sintetizar a informação<<strong>br</strong> />

de caráter técnico/científico;<<strong>br</strong> />

• Identificação das variáveis-chave do<<strong>br</strong> />

sistema;<<strong>br</strong> />

• Facilidade de transmitir a informação;<<strong>br</strong> />

• Bom instrumento de apoio à decisão e<<strong>br</strong> />

aos processos de gestão ambiental;<<strong>br</strong> />

• Destaque à existência de tendências;<<strong>br</strong> />

• Possibilidade de <strong>com</strong>paração <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

padrões e/ou metas pré-definidas.<<strong>br</strong> />

Limitações<<strong>br</strong> />

• Inexistência de informação base;<<strong>br</strong> />

• Dificuldades na definição de expressões<<strong>br</strong> />

matemáticas que melhor traduzam os<<strong>br</strong> />

parâmetros selecionados;<<strong>br</strong> />

• Perda de informação nos processos de<<strong>br</strong> />

agregação dos dados;<<strong>br</strong> />

• Diferentes critérios na definição dos<<strong>br</strong> />

limites de variação do índice em relação<<strong>br</strong> />

às imposições estabelecidas;<<strong>br</strong> />

• Ausência de critérios robustos para<<strong>br</strong> />

seleção de alguns indicadores;<<strong>br</strong> />

• Dificuldades na aplicação em<<strong>br</strong> />

determinadas áreas <strong>com</strong>o o ordenamento<<strong>br</strong> />

do território e a paisagem.<<strong>br</strong> />

Quadro 3 - Síntese de Algumas Vantagens e Limitações dos Indicadores<<strong>br</strong> />

Fonte: Gomes, Marcellino e Espada (2000)<<strong>br</strong> />

Os autores afirmam que para a definição de um conjunto de indicadores é<<strong>br</strong> />

necessário seguir os critérios: objetividade, verificável e exeqüível. Os indicadores<<strong>br</strong> />

escolhidos devem conseguir retratar os dados apurados sem distorções, garantindo<<strong>br</strong> />

a precisão e relevância dos resultados.<<strong>br</strong> />

Meadows (1998) afirma que a seleção e definição de indicadores de<<strong>br</strong> />

desempenho são fatores determinantes para o sucesso ou fracasso no<<strong>br</strong> />

gerenciamento das informações do sistema analisado, pois ao mesmo tempo em<<strong>br</strong> />

que são importantes também são perigosos, visto que caso sejam desenvolvidos


44<<strong>br</strong> />

erroneamente podem levar a falsas interpretações da real situação e,<<strong>br</strong> />

conseqüentemente, a decisões indevidas.<<strong>br</strong> />

A Figura 6 representa o encadeamento resultante da utilização dos<<strong>br</strong> />

indicadores. A situação percebida <strong>com</strong> a análise dos indicadores pode ser<<strong>br</strong> />

motivadora de ações corretivas a fim de garantir o resultado desejado, dependendo<<strong>br</strong> />

do nível de discrepância detectado <strong>com</strong> a <strong>com</strong>paração entre a meta desejada e a<<strong>br</strong> />

real situação encontrada no momento da análise.<<strong>br</strong> />

entrada do fluxo<<strong>br</strong> />

Situação do<<strong>br</strong> />

sistema<<strong>br</strong> />

saída do fluxo<<strong>br</strong> />

discrepância<<strong>br</strong> />

meta<<strong>br</strong> />

Situação<<strong>br</strong> />

percebida<<strong>br</strong> />

Figura 6 - A Atuação dos Indicadores<<strong>br</strong> />

Fonte: Meadows (1998)<<strong>br</strong> />

Para evitar a elaboração de indicadores in<strong>com</strong>pletos ou sua escolha<<strong>br</strong> />

indevida, a mesma autora apresenta alguns erros <strong>com</strong>umente <strong>com</strong>etidos<<strong>br</strong> />

na definição do processo de medição, considerados armadilhas que devem<<strong>br</strong> />

ser evitadas:<<strong>br</strong> />

• agregação exagerada: o excesso de dados em um único indicador pode<<strong>br</strong> />

prejudicar seu correto entendimento;<<strong>br</strong> />

• medir o que é mensurável: optar pela utilização de dados possíveis de<<strong>br</strong> />

serem medidos, concretos;<<strong>br</strong> />

• dependência de um falso modelo: ponderar para a escolha de dados<<strong>br</strong> />

corretos, fazer a análise das informações e não suposições. Por exemplo,<<strong>br</strong> />

pode-se interpretar que o alto preço do petróleo está relacionado <strong>com</strong> a


45<<strong>br</strong> />

sua escassez, quando analisado corretamente entende-se que a<<strong>br</strong> />

informação refere-se somente à capacidade dos poços em operação;<<strong>br</strong> />

• falsificação intencional: deve-se assumir os resultados para evitar<<strong>br</strong> />

problemas futuros irreparáveis. Atentar para a forma de atualização do<<strong>br</strong> />

indicador e seu responsável, pois os dados, mesmo negativos, não devem<<strong>br</strong> />

ser alterados ou atrasados;<<strong>br</strong> />

• desvio de atenção da informação: os dados devem ser interpretados<<strong>br</strong> />

juntamente <strong>com</strong> o contexto da situação, para evitar distorções da<<strong>br</strong> />

realidade;<<strong>br</strong> />

• excesso de confiança: analisar a autenticidade dos dados para não<<strong>br</strong> />

superestimar os investimentos; e<<strong>br</strong> />

• in<strong>com</strong>pletos: atentar para a análise, pois alguns indicadores não medem<<strong>br</strong> />

o sistema <strong>com</strong>o um todo, mas somente informações parciais.<<strong>br</strong> />

2.3.1 Função e Características dos Indicadores<<strong>br</strong> />

Os indicadores têm a função de servirem <strong>com</strong>o reflexo da realidade<<strong>br</strong> />

analisada, auxiliando no processo de tomada de decisão e planejamento de ações.<<strong>br</strong> />

Dentro de um contexto organizacional é possível encontrar, nas opiniões dos<<strong>br</strong> />

gestores, impasses quanto à melhor forma de atuação para determinada situação. A<<strong>br</strong> />

utilização de medições de desempenho visa estreitar a visão do objeto em análise e<<strong>br</strong> />

facilitar a tomada de decisão. (MEADOWS, 1998).<<strong>br</strong> />

Para Gomes e Salas (2001, p. 73):<<strong>br</strong> />

A apresentação da informação no quadro de indicadores permite<<strong>br</strong> />

avaliar de forma periódica e simplificada o desempenho dos<<strong>br</strong> />

responsáveis pelas unidades, por meio de análise dos desvios,<<strong>br</strong> />

medidas em termos absolutos ou em percentuais, resultantes da<<strong>br</strong> />

diferença entre os objetivos iniciais e os resultados alcançados.


46<<strong>br</strong> />

Conforme Meadows (1998), os indicadores podem ser representados de<<strong>br</strong> />

diversas formas, <strong>com</strong>o números, sinais, símbolos, figuras, cores, entre outras, e<<strong>br</strong> />

necessitam ser objetivos na representação do sistema de informação analisado. A<<strong>br</strong> />

autora estabelece uma lista <strong>com</strong> as características de qualidade ideais para o<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de um bom indicador, porém afirma que existe uma grande<<strong>br</strong> />

dificuldade de um mesmo indicador atender a toda a lista:<<strong>br</strong> />

• apresentar valores claros: identificar a direção correta e a errada;<<strong>br</strong> />

• ter conteúdo claro: <strong>com</strong> unidades de medidas coerentes;<<strong>br</strong> />

• ser atrativo: interessante e estimulante de ações efetivas;<<strong>br</strong> />

• relevância política: entre todos os envolvidos, inclusive a alta direção;<<strong>br</strong> />

• praticável: mensurável a um custo razoável;<<strong>br</strong> />

• suficiente: <strong>com</strong> as informações apropriadas para a análise que facilitem a<<strong>br</strong> />

visão real da situação;<<strong>br</strong> />

• oportuno: atualização sem atrasos;<<strong>br</strong> />

• utilização de escala apropriada: sem excesso ou falta de informações<<strong>br</strong> />

agregadas;<<strong>br</strong> />

• democrático: fácil acesso aos dados e resultados para todos os<<strong>br</strong> />

envolvidos;<<strong>br</strong> />

• suplementar: utilizar dados passíveis de serem medidos;<<strong>br</strong> />

• participativo: utilizar informações que possam ser atualizadas pelos<<strong>br</strong> />

envolvidos nos processos;<<strong>br</strong> />

• hierárquico: poder ser utilizado para fornecer uma visão mais macro ou<<strong>br</strong> />

detalhada, conforme os interesses específicos;<<strong>br</strong> />

• conducente: fornecer informações <strong>com</strong> tempo hábil para a tomada de<<strong>br</strong> />

ação;


47<<strong>br</strong> />

• físico: que possa ser medido em unidades físicas; e<<strong>br</strong> />

• tentativo: seja passível de discussão, aprendizado e mudança.<<strong>br</strong> />

Meadows (1998) apresenta algumas sugestões para o processo de definição<<strong>br</strong> />

e encadeamento dos indicadores e afirma que é necessário não somente a<<strong>br</strong> />

existência de indicadores, mas de um sistema de informação coerente. Segundo a<<strong>br</strong> />

autora é preciso:<<strong>br</strong> />

• hierarquia: deve existir coerência entre as informações nos diferentes<<strong>br</strong> />

níveis da organização. As informações podem ser ordenadas de forma<<strong>br</strong> />

crescente ou decrescente. Os indicadores, quando dispostos<<strong>br</strong> />

hierarquicamente, podem ser avaliados por todos os envolvidos em<<strong>br</strong> />

diferentes níveis;<<strong>br</strong> />

• processo de seleção dos indicadores: sugere-se envolver, nesta fase,<<strong>br</strong> />

especialistas e técnicos juntamente <strong>com</strong> os funcionários não especialistas<<strong>br</strong> />

pois o processo de desenvolvimento dos indicadores tem a mesma<<strong>br</strong> />

importância de seu processo de definição; e<<strong>br</strong> />

• sistemas: desenvolvimento de indicadores dinâmicos capazes de<<strong>br</strong> />

identificar caminhos críticos, tendências e que consigam atuar <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

alavanca para ações.<<strong>br</strong> />

Após a analise da função e aplicação do sistema de medição, torna-se<<strong>br</strong> />

necessário investigar os melhores modelos de indicadores de desempenho<<strong>br</strong> />

dispostos na literatura.<<strong>br</strong> />

Há vários modelos de indicadores de desempenho existentes que podem ser<<strong>br</strong> />

utilizados, mas para a identificação dos que mais se adaptam às diferentes<<strong>br</strong> />

necessidades das organizações é preciso, mais do que conhecer as técnicas para o<<strong>br</strong> />

seu desenvolvimento, identificar as razões de sua constante evolução.


48<<strong>br</strong> />

2.4 OS MO<strong>DE</strong>LOS <strong>DOS</strong> <strong>INDICADORES</strong><<strong>br</strong> />

Figueiredo (2003) sintetiza a evolução do Sistema de Medição de<<strong>br</strong> />

Desempenho Organizacional (SMDO), os modelos de medição de desempenho, em<<strong>br</strong> />

três fases distintas:<<strong>br</strong> />

• a primeira a<strong>br</strong>ange do século XIV até XIX, época em que se destaca o<<strong>br</strong> />

aparecimento das primeiras práticas de contabilidade e controle de<<strong>br</strong> />

produção;<<strong>br</strong> />

• a segunda <strong>com</strong>preende do início do século XX até meados da década de<<strong>br</strong> />

80, período em que predominou o modelo tradicional de medição do<<strong>br</strong> />

desempenho, <strong>com</strong> a utilização de indicadores financeiros que forneciam<<strong>br</strong> />

apenas informações históricas e de curto prazo referentes à organização.<<strong>br</strong> />

Esses modelos passaram a ser denominados inflexíveis, pois não<<strong>br</strong> />

permitiam a visão a longo prazo dificultando a implantação da melhoria<<strong>br</strong> />

contínua. À medida que o mundo caminhou da Era Industrial para a Era do<<strong>br</strong> />

Conhecimento muitos autores passaram a criticar as deficiências desses<<strong>br</strong> />

modelos; e,<<strong>br</strong> />

• a terceira fase consiste na atual; iniciou-se ainda na década de 80 e<<strong>br</strong> />

persiste até o momento. Foram desenvolvidos diversos modelos a fim de<<strong>br</strong> />

sanar as deficiências dos anteriores, mas ainda não possuem uma<<strong>br</strong> />

forma acabada, embora sejam mais <strong>com</strong>pletos e foquem diversas<<strong>br</strong> />

medidas além da medida financeira presente nos antigos modelos.<<strong>br</strong> />

Apresentam problemas no momento da implantação, <strong>com</strong>prometendo a<<strong>br</strong> />

sua utilização, e ainda despertam interesse para o estudo de seu<<strong>br</strong> />

aperfeiçoamento.


49<<strong>br</strong> />

Dos ciclos identificados, serão apresentados os principais problemas<<strong>br</strong> />

detectados na segunda fase: a dos modelos tradicionais de medição que<<strong>br</strong> />

impulsionaram o desenvolvimento de novos modelos de indicadores de desempenho<<strong>br</strong> />

mais amplos, na fase atual. Serão apresentados, também, alguns dos principais<<strong>br</strong> />

modelos utilizados nas organizações.<<strong>br</strong> />

2.4.1 Os Indicadores Tradicionais<<strong>br</strong> />

Existe um grande número de tipos de indicadores de desempenho na<<strong>br</strong> />

literatura. Os indicadores antigos ou tradicionais eram utilizados somente <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

enfoque de controle financeiro; situação que mudou <strong>com</strong> o passar dos anos quando<<strong>br</strong> />

tornaram-se obsoletos, exigindo o desenvolvimento de ferramentas mais amplas.<<strong>br</strong> />

Dentro desse contexto, Martins (1999, p. 74) faz a seguinte consideração em relação<<strong>br</strong> />

ao Sistema de Medição do Desempenho (SMD):<<strong>br</strong> />

Após a publicação dos primeiros artigos e livros alertando para<<strong>br</strong> />

a inadequação dos SMDs tradicionais, de uma maneira<<strong>br</strong> />

crescente, inicialmente lenta na década de 80 e mais rápida na<<strong>br</strong> />

década seguinte, novos modelos de SMDs <strong>com</strong>eçaram a ser<<strong>br</strong> />

propostos na literatura.<<strong>br</strong> />

A medição de desempenho advinda dos indicadores financeiros, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

índices de liquidez, rentabilidade, solvência, entre outros utilizados na<<strong>br</strong> />

contabilidade tradicional, podem causar prejuízos irreparáveis quando não são<<strong>br</strong> />

reconhecidas as limitações desses tipos de medições, pois dados do balanço<<strong>br</strong> />

representam informações do passado, faltando medidas a<strong>br</strong>angentes para<<strong>br</strong> />

representá-los em relação à continuidade da organização no futuro. (GOMES e<<strong>br</strong> />

SALAS, 2001).<<strong>br</strong> />

Para os mesmos autores, o uso predominante de sistemas contábeis que<<strong>br</strong> />

utilizam apenas perspectivas racionais e econômicas, que ignoram a perspectiva


50<<strong>br</strong> />

global, os valores das variáveis humanas e o contexto social no processo do<<strong>br</strong> />

controle, resulta em medidas parciais que podem dar aos dirigentes a falsa<<strong>br</strong> />

segurança de que a situação está sob controle.<<strong>br</strong> />

A fim de <strong>com</strong>provar que o sistema tradicional de medição não era mais<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>patível <strong>com</strong> as necessidades empresariais atuais, Figueiredo (2003) executou<<strong>br</strong> />

extensa pesquisa destacando os principais autores que abordavam os modelos de<<strong>br</strong> />

indicadores de desempenho, conforme ANEXO 1 Lista dos principais autores que<<strong>br</strong> />

criticavam o antigo modelo de medição do desempenho, demonstrando que algumas<<strong>br</strong> />

das principais deficiências dos antigos sistemas eram:<<strong>br</strong> />

• aplicação de indicadores fundamentados em sistemas de contabilidade<<strong>br</strong> />

gerencial, que evidenciavam o controle e a redução da mão-de-o<strong>br</strong>a direta<<strong>br</strong> />

e ainda insistiam somente na constante aplicação de objetivos de<<strong>br</strong> />

minimização de custos, melhoria da eficiência da mão-de-o<strong>br</strong>a e uso das<<strong>br</strong> />

máquinas, apoiados, muitas vezes, em indicadores financeiros<<strong>br</strong> />

desatualizados e de <strong>com</strong>plicada aplicabilidade no “chão de fá<strong>br</strong>ica”;<<strong>br</strong> />

• utilização de indicadores não convergentes <strong>com</strong> a estratégia da<<strong>br</strong> />

organização, que exigiam informações de difícil obtenção e sem<<strong>br</strong> />

importância prática para a quantificação real do desempenho, além de<<strong>br</strong> />

divergentes da filosofia de “melhoria contínua”, atuando <strong>com</strong>o normas e<<strong>br</strong> />

não <strong>com</strong>o incentivadores de melhorias;<<strong>br</strong> />

• medições direcionadas para análises de desempenho do passado, sem<<strong>br</strong> />

proposições para o futuro, ocasionando desestímulo à autonomia<<strong>br</strong> />

gerencial essencial para o aprimoramento dos processos, alcance dos<<strong>br</strong> />

objetivos da qualidade, e diminuição do lead time e custos;


51<<strong>br</strong> />

• análise isolada, dos indicadores de desempenho de produtividade e<<strong>br</strong> />

lucratividade que facilitavam a manipulação de dados locais insatisfatórios,<<strong>br</strong> />

ocasionando análises distorcidas e direcionando a organização para<<strong>br</strong> />

resultados globais aquém do planejado. Emprego unicamente de<<strong>br</strong> />

indicadores financeiros para avaliação do desempenho dos executivos e<<strong>br</strong> />

funcionários, reforçando o foco somente nas ações de curto prazo e<<strong>br</strong> />

esquecendo-se da definição de ações para o desenvolvimento do futuro<<strong>br</strong> />

da organização;<<strong>br</strong> />

• direcionamento para a eficiência do uso dos recursos e redução de custos,<<strong>br</strong> />

desprezando conseqüentemente, o investimento no desenvolvimento de<<strong>br</strong> />

novos produtos, essenciais ao futuro promissor da empresa;<<strong>br</strong> />

• utilização de indicadores de desempenho pré-estabalecidos e inflexíveis<<strong>br</strong> />

que incentivavam o aumento do estoque intermediário, <strong>com</strong> o objetivo<<strong>br</strong> />

de propiciar ganhos somente em centros de custos específicos,<<strong>br</strong> />

desvinculando-se do entendimento dos objetivos do planejamento global<<strong>br</strong> />

da organização; e<<strong>br</strong> />

• não desenvolvimento da produção enxuta, falta de estoque estratégico,<<strong>br</strong> />

medidas de desempenho desalinhadas <strong>com</strong> os processos reais,<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de relatórios excessivos e utilização de medições não<<strong>br</strong> />

definidas de forma clara; entre outras.<<strong>br</strong> />

A identificação dos problemas causados pelos antigos modelos e a sua não<<strong>br</strong> />

adaptação às necessidades das organizações exigiram o desenvolvimento de novos<<strong>br</strong> />

modelos, adaptados para diferentes processos de medições.<<strong>br</strong> />

As deficiências levantadas, referentes aos antigos sistemas de medição do<<strong>br</strong> />

desempenho ou indicadores tradicionais; as sugestões para definição de indicadores


52<<strong>br</strong> />

e a apresentação de suas qualidades ideais têm <strong>com</strong>o objetivo servir de base para o<<strong>br</strong> />

entendimento dos indicadores atuais, escolha do modelo proposto e auxílio na<<strong>br</strong> />

análise do estudo de caso.<<strong>br</strong> />

2.4.2 Os Indicadores Atuais<<strong>br</strong> />

Esta seção tem o objetivo de investigar e apresentar alguns aspectos<<strong>br</strong> />

referentes aos novos modelos e ferramentas utilizados na medição do desempenho.<<strong>br</strong> />

O assunto não será esgotado, pois não é pretensão deste trabalho analisar todos os<<strong>br</strong> />

modelos dispostos pela literatura, mas, sim, apresentar as razões que motivaram a<<strong>br</strong> />

escolha do modelo proposto. Revisões detalhadas dos modelos e sistemas de<<strong>br</strong> />

avaliação de desempenho existentes na literatura podem ser encontradas nos<<strong>br</strong> />

trabalhos de Martins (1999) e Figueiredo (2003).<<strong>br</strong> />

Para Gomes e Salas (2001), as organizações atuais destacam-se pela<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plexidade e pelo maior dinamismo do contexto social, fatores que desencadeiam<<strong>br</strong> />

situações de incertezas, difíceis de serem estruturadas e analisadas apenas em<<strong>br</strong> />

termos financeiros.<<strong>br</strong> />

Os novos modelos de medição de desempenho surgiram em meados<<strong>br</strong> />

da década de 1980 e <strong>com</strong>eçaram a ser apresentados, de forma acentuada, a partir<<strong>br</strong> />

da década de 1990. Figueiredo (2003) identificou 33 novos modelos dispostos<<strong>br</strong> />

na literatura, conforme demonstrado no ANEXO 2 - Novos modelos de Indicadores<<strong>br</strong> />

de Desempenho.<<strong>br</strong> />

Desses 33 tipos de indicadores de desempenho encontrados na literatura,<<strong>br</strong> />

Figueiredo (2003) destacou nove modelos principais, de acordo <strong>com</strong> a utilização dos<<strong>br</strong> />

seguintes critérios: citação na literatura, difusão e relevância.<<strong>br</strong> />

Os principais modelos de Indicadores estão dispostos no Quadro 4.


53<<strong>br</strong> />

SIGLA NOME AUTOR<<strong>br</strong> />

PMQ Performance Mesure Questionnarie Dixon, Nanni e Vollmann (1990);<<strong>br</strong> />

SMART<<strong>br</strong> />

Strategic Measurement and<<strong>br</strong> />

Reporting Technique<<strong>br</strong> />

Lynch e Cross (1991);<<strong>br</strong> />

SCD Sete Critérios de Desempenho Sink e Tutle (1993);<<strong>br</strong> />

MQMD<<strong>br</strong> />

IDPMSb<<strong>br</strong> />

Modelo Quantum de Medição de<<strong>br</strong> />

Desempenho<<strong>br</strong> />

Integrated and Dynamic Performance<<strong>br</strong> />

Measurement System<<strong>br</strong> />

Hronec (1994);<<strong>br</strong> />

Ghalayini e Noble (1996) e<<strong>br</strong> />

Ghalayini, Noble e Crowe (1997);<<strong>br</strong> />

IDPMSa<<strong>br</strong> />

Integrated and Dynamic Performance<<strong>br</strong> />

Measurement System<<strong>br</strong> />

Bititci, Carrie e McDevitt (1997),<<strong>br</strong> />

Bititci, Carrie e Turner (1998) e<<strong>br</strong> />

Bititci, Turner e Bergemann (2000);<<strong>br</strong> />

PP<<strong>br</strong> />

BSC<<strong>br</strong> />

SMDG<<strong>br</strong> />

Performance Prism<<strong>br</strong> />

Balanced Scorecard<<strong>br</strong> />

Sistema de Medição de desempenho<<strong>br</strong> />

Global<<strong>br</strong> />

Kenneley e Neely (2002), Neely,<<strong>br</strong> />

Adams e Crowe (2001);<<strong>br</strong> />

Kaplan e Norton (1992, 1993,<<strong>br</strong> />

1996a, 1996b, 2001);<<strong>br</strong> />

FNPQ (2001).<<strong>br</strong> />

Quadro 4 - Principais Modelos de SMDOs Identificados por Figueiredo<<strong>br</strong> />

Fonte: Figueiredo (2003)<<strong>br</strong> />

Para melhor entendimento dos modelos atuais optou-se, neste trabalho, pelo<<strong>br</strong> />

destaque de quatro dos principais modelos de indicadores de desempenho<<strong>br</strong> />

identificados na literatura por Figueiredo (2003).<<strong>br</strong> />

2.4.2.1 Performance Measure Questionnaire (PMQ)<<strong>br</strong> />

Conforme Figueiredo (2003), o propósito do PMQ é auxiliar os gestores a<<strong>br</strong> />

identificarem, em suas organizações, as necessidades de melhorias, a capacidade<<strong>br</strong> />

que as medidas de desempenho existentes possuem para apoiar a melhoria<<strong>br</strong> />

contínua e o estabelecimento de um plano de melhoria excepcional.<<strong>br</strong> />

É <strong>com</strong>posto, basicamente, de um questionário dividido em quatro partes<<strong>br</strong> />

específicas: a primeira consiste na coleta de dados; a segunda na avaliação das<<strong>br</strong> />

prioridades e do sistema de medição da organização; a terceira na avaliação dos


54<<strong>br</strong> />

fatores de desempenho, e a quarta e última parte na utilização de medidas de<<strong>br</strong> />

desempenho que se enquadrem às necessidades de avaliação da organização.<<strong>br</strong> />

As informações obtidas <strong>com</strong> a aplicação do questionário são avaliadas sob<<strong>br</strong> />

quatro aspectos: alinhamento – entre as ações e medidas da organização em<<strong>br</strong> />

relação à sua estratégia; convergência – se o sistema de medição sustenta as ações<<strong>br</strong> />

da organização; consenso – verifica se os dados foram reunidos por grupos de<<strong>br</strong> />

gestão ou por grupos funcionais; e confusion – analisa a variação entre as respostas<<strong>br</strong> />

obtidas (FIGUEIREDO, 2003).<<strong>br</strong> />

2.4.2.2 Pirâmide SMART<<strong>br</strong> />

A pirâmide SMART foi desenvolvida pelos autores Lynch e Cross do<<strong>br</strong> />

Laboratório Wang, em 1991. Seu objetivo é fazer <strong>com</strong> que a visão da organização<<strong>br</strong> />

seja traduzida em objetivos financeiros e de mercado até o nível dos sistemas<<strong>br</strong> />

operacionais do negócio, de modo que estes, por sua vez, sustentem a visão da<<strong>br</strong> />

organização. (FARMER, 2004).<<strong>br</strong> />

O primeiro nível da pirâmide SMART representa a visão da organização <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

a definição dos objetivos de cada unidade de negócio; no segundo nível os objetivos<<strong>br</strong> />

definidos anteriormente são traduzidos em termos financeiros e de mercado; no<<strong>br</strong> />

terceiro os objetivos e as prioridades são definidos “[...] em termos de satisfação dos<<strong>br</strong> />

clientes, flexibilidade e produtividade, e são representados por critérios operacionais<<strong>br</strong> />

específicos, tais <strong>com</strong>o, qualidade, entrega, tempo de processamento e custo”<<strong>br</strong> />

(FIGUEIREDO, 2003, p. 28-29).<<strong>br</strong> />

De acordo <strong>com</strong> Lynch e Cross (apud FARMER, 2004), a pirâmide de<<strong>br</strong> />

performance SMART representa a ligação <strong>com</strong> uma nova rede de informação, pois<<strong>br</strong> />

possui quatro níveis de objetivos e medidas que atuam a fim de assegurar uma


55<<strong>br</strong> />

ligação efetiva entre a estratégia e as operações, traduzindo os objetivos<<strong>br</strong> />

estratégicos da alta administração de maneira “top down” até os níveis mais baixos.<<strong>br</strong> />

Esses objetivos estratégicos são definidos <strong>com</strong> base nas prioridades dos clientes.<<strong>br</strong> />

A pirâmide SMART pode ser observada na Figura 7.<<strong>br</strong> />

Objetivos<<strong>br</strong> />

Visão /<<strong>br</strong> />

Estratégia<<strong>br</strong> />

Medidas<<strong>br</strong> />

Mercado<<strong>br</strong> />

Finanças<<strong>br</strong> />

Objetivos da Unidade de Negócios<<strong>br</strong> />

Satisfação<<strong>br</strong> />

dos<<strong>br</strong> />

Clientes<<strong>br</strong> />

Flexibilidade<<strong>br</strong> />

Sistema de Negócio Operacional<<strong>br</strong> />

Produtividade<<strong>br</strong> />

Qualidade<<strong>br</strong> />

Distribuição<<strong>br</strong> />

Tempo de<<strong>br</strong> />

Processo<<strong>br</strong> />

Custo<<strong>br</strong> />

Nível de Departamento<<strong>br</strong> />

Operações<<strong>br</strong> />

Eficiência Externa<<strong>br</strong> />

Capacidade Interna<<strong>br</strong> />

Figura 7 - A Pirâmide SMART<<strong>br</strong> />

Fonte: Lynch e Cross (apud FARMER, 2004)<<strong>br</strong> />

2.4.2.3 Sete Critérios de Desempenho (SCD)<<strong>br</strong> />

O modelo de medição elaborado por Sink e Tuttle, em 1993, estabelece sete<<strong>br</strong> />

critérios para a avaliação do desempenho organizacional: eficácia, eficiência,<<strong>br</strong> />

produtividade, qualidade, inovação e lucratividade ou orçamentalidade. Essas


56<<strong>br</strong> />

medidas podem ser utilizadas em qualquer tipo de organização, independente de<<strong>br</strong> />

sua natureza e tamanho:<<strong>br</strong> />

• eficácia: objetiva identificar a eficácia de um sistema em executar o<<strong>br</strong> />

projeto ao qual se <strong>com</strong>prometeu; significa colocar em prática o planejado<<strong>br</strong> />

dentro dos requisitos de qualidade e pontualidade previamente<<strong>br</strong> />

estabelecidos. Conforme sintetiza Figueiredo (2003, p. 33), eficácia é a<<strong>br</strong> />

“relação entre a saída obtida e a saída esperada, e é medida na saída do<<strong>br</strong> />

sistema organizacional”;<<strong>br</strong> />

• eficiência: é a relação entre o consumo planejado dos recursos a serem<<strong>br</strong> />

utilizados e os recursos realmente utilizados; em caso de resultado<<strong>br</strong> />

positivo afirma-se que o processo atingiu maior eficiência que o planejado,<<strong>br</strong> />

em caso negativo avalia-se novamente o processo;<<strong>br</strong> />

• produtividade: é a relação entre os resultados atingidos (saídas) e os<<strong>br</strong> />

recursos utilizados nos processos (entradas);<<strong>br</strong> />

• qualidade: resultado de produtos e serviços entregues de acordo <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

especificado, é considerado o conceito mais difuso entre os outros critérios<<strong>br</strong> />

devido a sua real importância em todos as fases da gestão de um sistema;<<strong>br</strong> />

• qualidade de vida no trabalho: a utilização correta dos recursos e o<<strong>br</strong> />

alcance dos objetivos estabelecidos é fruto do trabalho das pessoas<<strong>br</strong> />

envolvidas no processo. A organização tem <strong>com</strong>o o<strong>br</strong>igação proporcionar<<strong>br</strong> />

qualidade de vida no trabalho para todos os envolvidos, a fim de conseguir<<strong>br</strong> />

o melhor desempenho;<<strong>br</strong> />

• inovação: é o processo criativo necessário para o desenvolvimento e/ou<<strong>br</strong> />

aperfeiçoamento e mudanças positivas nos processos, métodos,<<strong>br</strong> />

procedimentos, políticas, novos produtos e serviços, entre outros; e


57<<strong>br</strong> />

• lucratividade ou orçamentalidade - é o resultado financeiro alcançado<<strong>br</strong> />

entre as receitas obtidas em relação aos custos e despesas do sistema<<strong>br</strong> />

organizacional.<<strong>br</strong> />

O quarto modelo é apresentado em maiores detalhes por ser o escolhido<<strong>br</strong> />

para esta pesquisa, visto que será o modelo a ser adotado pela organização<<strong>br</strong> />

objeto de estudo em futura implementação em todas as suas Unidades Estratégicas<<strong>br</strong> />

de Negócios.<<strong>br</strong> />

2.5 BALANCED SCORECARD (BSC)<<strong>br</strong> />

Neste item serão apresentados o histórico, os principais conceitos e as<<strong>br</strong> />

perspectivas do Balanced Scorecard, desenvolvido por Robert Kaplan e David<<strong>br</strong> />

Norton, impulsionados pelas limitações dos tradicionais sistemas de medição<<strong>br</strong> />

existentes até a época.<<strong>br</strong> />

O surgimento do BSC remonta-se a 1990, quando o Instituto Nolan Norton,<<strong>br</strong> />

unidade de pesquisa da KPMG, tinha <strong>com</strong>o principal executivo David Norton,<<strong>br</strong> />

responsável pela liderança de um projeto de pesquisa, juntamente <strong>com</strong> o consultor<<strong>br</strong> />

acadêmico Robert Kaplan.<<strong>br</strong> />

O estudo fora denominado “Measuring Performance in the Organization of the<<strong>br</strong> />

Future”, e foi realizado entre várias empresas de manufatura e serviços da<<strong>br</strong> />

indústria pesada e de alta tecnologia. Tinha <strong>com</strong>o objetivo desenvolver um novo<<strong>br</strong> />

modelo de medição do desempenho organizacional capaz de suprir as deficiências<<strong>br</strong> />

dos antigos modelos.<<strong>br</strong> />

Acreditava-se que os métodos de avaliação do desempenho empresarial<<strong>br</strong> />

existentes até o momento, baseados somente em dados financeiros, estavam se<<strong>br</strong> />

tornando obsoletos e prejudicando a criação de valor para as empresas.


58<<strong>br</strong> />

Segundo Kaplan e Norton (2004b, p. XII):<<strong>br</strong> />

Acreditávamos, na época, que os ativos baseados no conhecimento<<strong>br</strong> />

– so<strong>br</strong>etudo os colaborados e tecnologia da informação – tornavamse<<strong>br</strong> />

cada vez mais importantes para o sucesso <strong>com</strong>petitivo das<<strong>br</strong> />

empresas. Mas o principal sistema de avaliação das empresas ainda<<strong>br</strong> />

era o da contabilidade financeira, que tratava <strong>com</strong>o despesas do<<strong>br</strong> />

período em que foram efetuados todos os investimentos em<<strong>br</strong> />

capacidades dos empregados, em bancos de dados, em sistemas de<<strong>br</strong> />

informação, em relacionamentos <strong>com</strong> os clientes, em qualidade, em<<strong>br</strong> />

processos responsivos e em produtos e serviços inovadores. Os<<strong>br</strong> />

relatórios financeiros tradicionais não forneciam fundamentos para a<<strong>br</strong> />

mensuração e gestão do valor criado pelo aumento das habilidades<<strong>br</strong> />

dos ativos intangíveis da organização.<<strong>br</strong> />

Os autores afirmam que não era possível gerenciar eficazmente o que não<<strong>br</strong> />

era medido e que os executivos e funcionários das organizações tinham o costume<<strong>br</strong> />

de controlar unicamente o que era medido, e, por a esse motivo, a<strong>com</strong>panhavam de<<strong>br</strong> />

perto apenas os indicadores financeiros de curto prazo existentes até o momento,<<strong>br</strong> />

não se dedicando ao gerenciamento dos ativos intangíveis, responsáveis por<<strong>br</strong> />

garantir o sucesso financeiro no futuro.<<strong>br</strong> />

A conclusão do estudo, conforme apresenta Kaplan e Norton (1997), foi o<<strong>br</strong> />

desenvolvimento do “Balanced Scorecard” organizado a partir de quatro<<strong>br</strong> />

perspectivas <strong>com</strong>plementares e distintas que se equili<strong>br</strong>am entre os objetivos de<<strong>br</strong> />

curto e longo prazos, de medidas financeiras e não financeiras, de indicadores de<<strong>br</strong> />

tendência e ocorrência e de perspectivas internas e externas, são elas: a perspectiva<<strong>br</strong> />

financeira, do cliente, interna e da inovação e aprendizado.<<strong>br</strong> />

2.5.1 A Evolução do Balanced Scorecard<<strong>br</strong> />

O Balanced Scorecard não mantém uma mesma definição desde o seu<<strong>br</strong> />

surgimento. A evolução do estudo pode ser verificada na seqüência de quatro<<strong>br</strong> />

artigos, todos publicados pela Harvard Business Review, e em três livros publicados<<strong>br</strong> />

por Boston: Harvard Business School Press:


59<<strong>br</strong> />

• o primeiro artigo, publicado em janeiro-fevereiro de 1992 “The Balanced<<strong>br</strong> />

Scorecard: Measures that Drive Performance”, foi resultado da pesquisa<<strong>br</strong> />

inicial de um ano de estudo em 1990. Apresenta o conceito de um sistema<<strong>br</strong> />

balanceado de mensurações e re<strong>com</strong>enda que as organizações<<strong>br</strong> />

mantenham em uso os indicadores financeiros existentes, e, juntamente<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> estes, criem indicadores não-financeiros que representem as<<strong>br</strong> />

perspectivas dos clientes, processos internos e da aprendizagem e<<strong>br</strong> />

crescimento;<<strong>br</strong> />

A publicação desse artigo foi o marco inicial na alteração do sistema de<<strong>br</strong> />

avaliação do desempenho, até então dominado pelos relatórios financeiros<<strong>br</strong> />

tradicionais, limitados apenas à contabilidade financeira que considerava os<<strong>br</strong> />

investimentos nos colaboradores, em tecnologia, na qualidade e em processos <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

despesas do período. Kaplan e Norton (2004b) observaram que as organizações<<strong>br</strong> />

estavam aprovando o Balanced Scorecard <strong>com</strong>o uma ferramenta a<strong>br</strong>angente de<<strong>br</strong> />

avaliação do desempenho, contudo, também puderam perceber que os executivos já<<strong>br</strong> />

almejavam utilizá-lo na implementação de novas estratégias.<<strong>br</strong> />

Essa alteração deu-se, principalmente, devido ao deslocamento da criação de<<strong>br</strong> />

valor dos ativos tangíveis para os intangíveis, no mercado das empresas industriais,<<strong>br</strong> />

deixando de ser apenas recursos de produção, e nas características dos produtos,<<strong>br</strong> />

para oferecer valor aos clientes-alvo (KAPLAN e NORTON, 2004b).<<strong>br</strong> />

• no segundo artigo, publicado em setem<strong>br</strong>o-outu<strong>br</strong>o de 1993 “Putting the<<strong>br</strong> />

Balanced Scorecard to Work”, Kaplan e Norton descrevem os elementos<<strong>br</strong> />

de um novo sistema de gestão da estratégia;<<strong>br</strong> />

• no terceiro artigo, publicado em janeiro-fevereiro de 1996 “Using the<<strong>br</strong> />

Business Scorecard as a Strategic Management System”, os autores


60<<strong>br</strong> />

apresentaram <strong>com</strong>o os executivos poderiam utilizar o BSC na implantação<<strong>br</strong> />

e a<strong>com</strong>panhamento da eficácia da estratégia;<<strong>br</strong> />

• após o sucesso dos três primeiros artigos e atendendo a constantes<<strong>br</strong> />

solicitações de maiores informações e detalhes da aplicação do Balanced<<strong>br</strong> />

Scorecard, os autores publicaram, em 1996, o primeiro livro “The Balanced<<strong>br</strong> />

Scorecard: Translating Strategy into Action”, trabalhando o BSC em duas<<strong>br</strong> />

partes: na primeira descrevem <strong>com</strong>o o BSC podia atuar na medição da<<strong>br</strong> />

estratégia e na segunda parte apresentam o BSC <strong>com</strong>o ferramenta de<<strong>br</strong> />

gestão da estratégia;<<strong>br</strong> />

• no segundo livro, publicado em 2001, “The Strategy-Focused<<strong>br</strong> />

Organization: How Balanced Scorecard Companies Thrive in the New<<strong>br</strong> />

Business Environment”, os autores ampliaram os conceitos apresentados<<strong>br</strong> />

na segunda parte do livro anterior, referente à gestão da estratégia e<<strong>br</strong> />

apresentaram o resultado de uma pesquisa, feita em várias empresas,<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a utilização do BSC para nortear as organizações para a estratégia;<<strong>br</strong> />

• no quarto artigo, publicado em janeiro-fevereiro de 2001, “Having Trouble<<strong>br</strong> />

with Your Strategy? Then Map It”, Kaplan e Norton propunham um modelo<<strong>br</strong> />

de mapa estratégico básico que poderia ser utilizado em qualquer tipo de<<strong>br</strong> />

organização ou atividade, capaz de traduzir a estratégia em termos<<strong>br</strong> />

operacionais; e<<strong>br</strong> />

• no terceiro livro, publicado em 2004, “Strategy Maps”, os autores<<strong>br</strong> />

mostraram <strong>com</strong>o os mapas estratégicos deveriam ser utilizados pelas<<strong>br</strong> />

organizações para visualizarem a estratégia.<<strong>br</strong> />

Como visto, essa ferramenta sofreu várias alterações desde a sua criação; os<<strong>br</strong> />

autores interpretam as mudanças <strong>com</strong>o constantes adaptações às necessidades das


61<<strong>br</strong> />

organizações, <strong>com</strong>o evolução da sua forma de operação e alto nível de abertura em<<strong>br</strong> />

sua utilização.<<strong>br</strong> />

Para Kallás (2003, p. 25), esta “ausência de rigor” dos autores Robert Kaplan<<strong>br</strong> />

e David Norton, quando classificam o conceito do Balanced Scorecard, tem a<<strong>br</strong> />

intenção de “deixar o texto mais leve para a leitura”, tornando possível, então,<<strong>br</strong> />

encontrar diversas classificações <strong>com</strong>o: modelo, sistema, instrumento e ferramenta.<<strong>br</strong> />

O autor afirma que a evolução e o uso do Balanced Scorecard fizeram <strong>com</strong> que se<<strong>br</strong> />

tornasse uma importante ferramenta de gestão estratégica.<<strong>br</strong> />

Em resumo, após cada publicação é possível visualizar os <strong>com</strong>plementares<<strong>br</strong> />

desdo<strong>br</strong>amentos e aplicações do Balanced Scorecard. Em 1992 e 1993 foi<<strong>br</strong> />

entendido <strong>com</strong>o sistema balanceado de mensuração do desempenho; ainda em<<strong>br</strong> />

1993 abordou-se a respeito de sua concentração na estratégia da empresa, que,<<strong>br</strong> />

conforme Kaplan e Norton (2004b), é o fator mais importante a ser implementado<<strong>br</strong> />

pela organização.<<strong>br</strong> />

Em 1996 foi descrito <strong>com</strong>o um “novo sistema de gestão do desempenho<<strong>br</strong> />

estratégico”; em 2000, <strong>com</strong>o um sistema de gestão da estratégia.<<strong>br</strong> />

2.5.2 Definição do Conceito do Balanced Scorecard<<strong>br</strong> />

Conforme apresenta Telles (2003, p. 215), o Balanced Scorecard surgiu <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

“uma proposta de abordagem estruturada para a construção de indicadores,<<strong>br</strong> />

baseada numa perspectiva de negócio constituída por dimensões independentes,<<strong>br</strong> />

mas interagentes para o resultado de uma organização”.<<strong>br</strong> />

Sink (apud MARTINS e COSTA NETO, 1998, p. 304) explica que:<<strong>br</strong> />

As mudanças na tecnologia, <strong>com</strong>petição, ambientes (interno e<<strong>br</strong> />

externo) estão demandando que nós mudemos o que medimos,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o medimos e <strong>com</strong>o usamos a medição. Estas mudanças estão<<strong>br</strong> />

forçando-nos a reexaminarmos paradigmas relativos à medição.


Nesse contexto de inadequação dos tradicionais sistemas de medição de<<strong>br</strong> />

desempenho, Martins e Costa Neto (1998, p. 304) destacam que novas propostas<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o o Balanced Scorecard surgem a fim de “remediar este problema” relacionado<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> medições unilaterais. Pandolfi (2005, p. 50) afirma que o Balanced Scorecard,<<strong>br</strong> />

conforme proposto por Kaplan e Norton:<<strong>br</strong> />

Figura entre os mais importantes conceitos na área de administração<<strong>br</strong> />

de Empresas da década de 90. Seu objetivo é traduzir a visão e a<<strong>br</strong> />

estratégia das empresas num conjunto a<strong>br</strong>angente de medidas de<<strong>br</strong> />

desempenho, que servem de base para um sistema de medição e<<strong>br</strong> />

gestão estratégica.<<strong>br</strong> />

62<<strong>br</strong> />

Para Moreira (2002, p. 61) o Balanced Scorecard<<strong>br</strong> />

“busca traduzir a<<strong>br</strong> />

missão e a estratégia de uma organização em objetivos e medidas tangíveis”.<<strong>br</strong> />

Lawton (2002) sintetiza que o Balanced Scorecard tem a intenção de<<strong>br</strong> />

proporcionar uma ligação entre a estratégia da empresa e os indicadores<<strong>br</strong> />

operacionais de desempenho.<<strong>br</strong> />

Campos (1998, p. 11) define o Balanced Scorecard <strong>com</strong>o Cenário<<strong>br</strong> />

Balanceado e afirma que seu grande atrativo “reside no fato de conectar a visão de<<strong>br</strong> />

futuro das empresas <strong>com</strong> a formulação da estratégia e as medidas de avaliação de<<strong>br</strong> />

desempenho”.<<strong>br</strong> />

Costa (2001, p. iv), apoiando-se nos critérios extraídos dos textos dos<<strong>br</strong> />

professores Fernando Henrique Cardoso e Sérgio de Iudícibus, defende que o<<strong>br</strong> />

desenvolvimento do Balanced Scorecard gerou:<<strong>br</strong> />

Uma contribuição original à literatura da contabilidade gerencial, não<<strong>br</strong> />

porque trata de temas nunca antes tratados, mas porque repensa<<strong>br</strong> />

temas antigos, chamando a atenção para pontos que estavam<<strong>br</strong> />

esquecidos, ou mal <strong>com</strong>preendidos, mostrando a vinculação entre<<strong>br</strong> />

pontos vitais que não estavam claramente articulados.<<strong>br</strong> />

Kaplan e Norton (1997, p. 49) afirmam que “A elaboração do Balanced<<strong>br</strong> />

Scorecard deve ser um incentivo para que as unidades de negócios vinculem seus


objetivos financeiros à estratégia da empresa”. Conforme a definição dos autores<<strong>br</strong> />

(1997, p. 25):<<strong>br</strong> />

O Balanced Scorecard traduz missão e estratégia em objetivos e<<strong>br</strong> />

medidas, organizados segundo quatro perspectivas diferentes:<<strong>br</strong> />

financeira, do cliente, dos processos internos e do aprendizado e<<strong>br</strong> />

crescimento. O scorecard cria uma estrutura, uma linguagem, para<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicar a missão e a estratégia, e utiliza indicadores para informar<<strong>br</strong> />

os funcionários so<strong>br</strong>e os vetores do sucesso atual e futuro.<<strong>br</strong> />

63<<strong>br</strong> />

2.5.3 Os Objetivos do Balanced Scorecard<<strong>br</strong> />

Os objetivos e as medidas do Balanced Scorecard são derivados de um<<strong>br</strong> />

processo hierárquico (top-down) da missão e da estratégia da empresa, por isso<<strong>br</strong> />

conseguem traduzir a missão e a estratégia em objetivos e medidas tangíveis. A<<strong>br</strong> />

Figura 8 representa essa focalização.<<strong>br</strong> />

Figura 8 - As Medidas do BSC derivam da Visão e da Estratégia da Empresa<<strong>br</strong> />

Fonte: Kaplan e Norton (1997)


64<<strong>br</strong> />

Nesse processo as medidas representam o equilí<strong>br</strong>io entre os diversos<<strong>br</strong> />

indicadores externos – que representam os clientes e acionistas, e os indicadores<<strong>br</strong> />

internos – referentes aos processos internos, à inovação e ao aprendizado.<<strong>br</strong> />

Para Kaplan e Norton (1997), o scorecard busca sustentar-se entre algumas<<strong>br</strong> />

medidas de fácil quantificação e outras subjetivas. Os objetivos e as medidas são<<strong>br</strong> />

responsáveis por focalizar o desempenho organizacional sob quatro perspectivas:<<strong>br</strong> />

financeira, do cliente, dos processos internos e de aprendizado e crescimento, e têm<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o objetivo administrar a estratégia em longo prazo, funcionando <strong>com</strong>o um<<strong>br</strong> />

sistema de gestão estratégica e viabilizando processos gerenciais, <strong>com</strong>o:<<strong>br</strong> />

• tornar <strong>com</strong>preensível a visão e a estratégia de uma organização:<<strong>br</strong> />

inicialmente o processo do Balanced Scorecard <strong>com</strong>eçou a ser<<strong>br</strong> />

desenvolvido <strong>com</strong> um trabalho de equipe, em que a alta administração era<<strong>br</strong> />

responsável por traduzir a estratégia geral em objetivos estratégicos<<strong>br</strong> />

específicos. As metas financeiras deveriam apontar prioritariamente para a<<strong>br</strong> />

receita e crescimento de mercado; a lucratividade, ou a geração de fluxo<<strong>br</strong> />

de caixa, e as metas dos clientes deveriam estar alinhadas aos segmentos<<strong>br</strong> />

dos clientes e mercados. Em seguida, teriam que ser estabelecidas as<<strong>br</strong> />

metas dos processos internos e do aprendizado e crescimento, esta última<<strong>br</strong> />

deveria apresentar os motivos dos possíveis investimentos;<<strong>br</strong> />

• fazer <strong>com</strong> que os objetivos e medidas estratégicas sejam associados<<strong>br</strong> />

e <strong>com</strong>unicados: estes devem ser propagados para toda a organização e<<strong>br</strong> />

visualizados por todos, <strong>com</strong> o objetivo de apresentar os pontos críticos a<<strong>br</strong> />

serem perseguidos no alcance das metas estabelecidas. Em relação à<<strong>br</strong> />

transmissão das informações, pode-se utilizar meios <strong>com</strong>o quadros de<<strong>br</strong> />

avisos, vídeos, recursos eletrônicos e boletins informativos. O resultado


65<<strong>br</strong> />

esperado é que sejam elaboradas estratégias locais que unidas a outras<<strong>br</strong> />

contribuirão para a conquista dos objetivos estratégicos da organização;<<strong>br</strong> />

• planejar, estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas: devem<<strong>br</strong> />

ser estabelecidas, pela alta administração, metas para os objetivos <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

um período de antecedência de três a cinco anos. Esse processo<<strong>br</strong> />

gerencial de determinar e planejar metas garante à organização a<<strong>br</strong> />

possibilidade de quantificar os resultados almejados em longo prazo,<<strong>br</strong> />

identificar os recursos que serão necessários e estabelecer as medidas<<strong>br</strong> />

financeiras e não financeiras de curto prazo; e<<strong>br</strong> />

• melhorar o feedback e o aprendizado estratégico: este último visa<<strong>br</strong> />

desenvolver o aprendizado organizacional, pois permite o monitoramento e<<strong>br</strong> />

ajustes necessários para o alcance das metas estabelecidas. Esses<<strong>br</strong> />

processos podem ser observados na Figura 9.<<strong>br</strong> />

Comunicando e<<strong>br</strong> />

Estabelecendo Vinculações<<strong>br</strong> />

• Comunicando e educando<<strong>br</strong> />

• Estabelecendo metas<<strong>br</strong> />

• Vinculando re<strong>com</strong>pensas a<<strong>br</strong> />

medidas de desempenho<<strong>br</strong> />

Esclarecendo e Traduzindo<<strong>br</strong> />

a Visão e a Estratégia<<strong>br</strong> />

• Esclarecendo a visão<<strong>br</strong> />

• Estabelecendo o consenso<<strong>br</strong> />

Balanced<<strong>br</strong> />

Scorecard<<strong>br</strong> />

Planejamento e<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de Metas<<strong>br</strong> />

• Estabelecendo metas<<strong>br</strong> />

• Alinhando iniciativas<<strong>br</strong> />

estratégicas<<strong>br</strong> />

• Alocando recursos<<strong>br</strong> />

• Estabelecendo marcos de<<strong>br</strong> />

referência<<strong>br</strong> />

Feedback e Aprendizado<<strong>br</strong> />

Estratégico<<strong>br</strong> />

• Articulando a visão<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>partilhada<<strong>br</strong> />

Figura 9 - O Balanced Scorecard <strong>com</strong>o Estrutura para a Ação Estratégica<<strong>br</strong> />

Fonte: Kaplan e Norton (1997)<<strong>br</strong> />

• Fornecendo feedback<<strong>br</strong> />

estratégico<<strong>br</strong> />

• Facilitando a revisão e o<<strong>br</strong> />

aprendizado estratégico


66<<strong>br</strong> />

2.5.4 As Perspectivas do Balanced Scorecard<<strong>br</strong> />

O Balanced Scorecard é um conjunto de indicadores dispostos em quatro<<strong>br</strong> />

distintas e <strong>com</strong>plementares perspectivas: financeira, dos clientes, dos processos<<strong>br</strong> />

internos e aprendizagem e crescimento.<<strong>br</strong> />

Campos (1998, p. 25) conclui que:<<strong>br</strong> />

As perspectivas financeiras e não financeiras são analisadas sob a<<strong>br</strong> />

ótica de melhoria dos processo, crescimento da organização e dos<<strong>br</strong> />

colaboradores e criação de valor para os clientes, enfatizando-se,<<strong>br</strong> />

particularmente, que a medição do desempenho é um contínuo ato<<strong>br</strong> />

de saber balancear os indicadores contábeis e não contábeis e os<<strong>br</strong> />

ativos intangíveis, e que o retorno do investimento sempre passa<<strong>br</strong> />

pela qualidade do serviço e satisfação e retenção do cliente, seja ele<<strong>br</strong> />

interno ou externo.<<strong>br</strong> />

Daft (2005) aborda as perspectivas do BSC afirmando que são responsáveis<<strong>br</strong> />

por identificar para os gerentes as medidas-chaves de desempenho que devem ser<<strong>br</strong> />

analisadas e a melhor forma de serem <strong>com</strong>unicadas.<<strong>br</strong> />

As perspectivas do Balanced Scorecard, segundo Kaplan e Norton (2004a,<<strong>br</strong> />

p. 9), buscam respostas para quatro perguntas, cada qual representando uma<<strong>br</strong> />

vertente distinta. São elas:<<strong>br</strong> />

• Como os consumidores vêem a empresa? (perspectiva do<<strong>br</strong> />

consumidor)<<strong>br</strong> />

• Em que a empresa deve exceder? (perspectiva dos processos<<strong>br</strong> />

internos)<<strong>br</strong> />

• Como a empresa pode continuar a melhorar e criar valor?<<strong>br</strong> />

(perspectiva da aprendizagem e crescimento)<<strong>br</strong> />

• Como a empresa assiste seus acionistas? (perspectiva<<strong>br</strong> />

financeira)<<strong>br</strong> />

2.5.4.1 Perspectiva Financeira<<strong>br</strong> />

Quando é analisada a questão financeira analisa-se o lucro, mas, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

defendem Kaplan e Norton (1997, p. 53), “A gestão financeira eficaz deve abordar<<strong>br</strong> />

tanto o lucro quanto o risco”.


Para Montgomery e Porter (1998), em qualquer corporação um CEO (Chief<<strong>br</strong> />

Executive Officer), o principal executivo, tem <strong>com</strong>o uma de suas principais<<strong>br</strong> />

atribuições direcionar as metas financeiras da empresa focando a sua missão e<<strong>br</strong> />

estratégia de negócios.<<strong>br</strong> />

As organizações precisam a<strong>com</strong>panhar seu desenvolvimento financeiro, pois<<strong>br</strong> />

a correta análise dos controles financeiros da empresa, além de proporcionar a<<strong>br</strong> />

resposta em relação à sua posição econômica, também pode revelar outros tipos de<<strong>br</strong> />

problemas. Como exemplo, Daft (2005, p. 483) explica que “uma queda nas vendas<<strong>br</strong> />

sinaliza problemas <strong>com</strong> os produtos, <strong>com</strong> atendimento aos clientes ou <strong>com</strong> a eficácia<<strong>br</strong> />

da força de vendas”.<<strong>br</strong> />

Para Gomes e Salas (2001, p. 18), o controle baseado em medidas<<strong>br</strong> />

financeiras apresenta quatro limitações principais:<<strong>br</strong> />

• pouca confiabilidade dos modelos preditivos em função da<<strong>br</strong> />

instabilidade do meio ambiente;<<strong>br</strong> />

• alcance de curto prazo das medidas utilizadas;<<strong>br</strong> />

• desvinculação das medidas <strong>com</strong> o contexto social e cultural; e<<strong>br</strong> />

• utilização de medidas financeiras <strong>com</strong>o esquema de punição e<<strong>br</strong> />

não <strong>com</strong>o reforço de <strong>com</strong>portamento positivo e correção de<<strong>br</strong> />

desvios, no caso de <strong>com</strong>portamento desfavorável.<<strong>br</strong> />

67<<strong>br</strong> />

Kaplan e Norton (1997) entendem que as medidas financeiras devem atuar<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o estímulo para a unidade estratégia de negócios vincular seus objetivos<<strong>br</strong> />

financeiros à estratégia geral da organização e também para apresentar as<<strong>br</strong> />

conseqüências econômicas imediatas referentes às ações tomadas. A análise das<<strong>br</strong> />

medidas financeiras de desempenho indica se a estratégia adotada, assim <strong>com</strong>o sua<<strong>br</strong> />

implementação e execução, está gerando melhores resultados econômicos.<<strong>br</strong> />

Os objetivos financeiros devem servir de ponto de convergência para as<<strong>br</strong> />

demais perspectivas do BSC; toda medida escolhida deve, necessariamente, estar


68<<strong>br</strong> />

conectada a uma cadeia de relações de causa e efeito direcionados à melhoria do<<strong>br</strong> />

desempenho financeiro da organização.<<strong>br</strong> />

Kaplan e Norton (1997) <strong>com</strong>entam, também, que na maior parte das<<strong>br</strong> />

organizações os argumentos financeiros <strong>com</strong>o o aumento dos rendimentos, da<<strong>br</strong> />

produtividade, da utilização dos ativos e a redução dos custos e riscos servem <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

fundamento principal para integrar todas as quatro perspectivas do BSC.<<strong>br</strong> />

Os objetivos financeiros não são iguais em todas as organizações: podem<<strong>br</strong> />

mudar substancialmente dependendo de cada fase do ciclo de vida em que a<<strong>br</strong> />

empresa se encontra.<<strong>br</strong> />

Conforme mencionam Hofer e Schendel (apud Kaplan e Norton, 1997), a<<strong>br</strong> />

teoria da estratégia empresarial propõe que as unidades estratégicas utilizem<<strong>br</strong> />

estratégias diferenciadas nas fases <strong>com</strong>preendidas entre o crescimento na<<strong>br</strong> />

participação de mercado, na fase da consolidação, e na fase da saída e da<<strong>br</strong> />

liquidação. Drew (apud Kaplan e Norton, 1997) identifica três fases distintas do ciclo<<strong>br</strong> />

de vida de uma empresa, que necessita de três posturas diferenciadas:<<strong>br</strong> />

• crescimento;<<strong>br</strong> />

• sustentação; e<<strong>br</strong> />

• colheita.<<strong>br</strong> />

A fase de crescimento é caracterizada pelas empresas que estão nos<<strong>br</strong> />

estágios iniciais de seu ciclo de vida, apresentando produtos e serviços <strong>com</strong> elevado<<strong>br</strong> />

potencial de crescimento. A fim de aproveitar esse potencial, muitas vezes é<<strong>br</strong> />

necessário arriscar recursos consideráveis na busca do desenvolvimento da receita<<strong>br</strong> />

e aumento das vendas.<<strong>br</strong> />

Conforme afirmam (KAPLAN e NORTON, 1997), as empresas que se<<strong>br</strong> />

encontram nesse estágio concentrarão seus objetivos no aumento das vendas, no


69<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de novos mercados, consumidores, produtos, serviços, sistemas,<<strong>br</strong> />

canais de distribuição, marketing, vendas e na capacitação dos funcionários.<<strong>br</strong> />

A fase de sustentação é a mais <strong>com</strong>um entre as unidades estratégicas de<<strong>br</strong> />

negócios. Nessa fase, ainda para Kaplan e Norton (1997), é desejável que além de<<strong>br</strong> />

manterem sua participação no mercado, consigam aumentá-la gradativamente, a<<strong>br</strong> />

cada ano, e os objetivos certamente serão direcionados para as medidas financeiras<<strong>br</strong> />

tradicionais, <strong>com</strong>o o retorno so<strong>br</strong>e o capital investido, o lucro operacional e a<<strong>br</strong> />

margem <strong>br</strong>uta.<<strong>br</strong> />

A fase da colheita corresponde à fase da maturidade do ciclo de vida da<<strong>br</strong> />

empresa. Nesse período do ciclo é desejável obter o retorno dos investimentos feitos<<strong>br</strong> />

durante as fases anteriores, e não são feitos grandes investimentos, na medida em<<strong>br</strong> />

que o foco principal é a manutenção dos equipamentos e capacidades. Para Kaplan<<strong>br</strong> />

e Norton (1997), nessa fase os indicadores devem estar direcionados para a<<strong>br</strong> />

maximização do fluxo de caixa, pois é necessário que qualquer tipo de investimento<<strong>br</strong> />

tenha retorno rápido.<<strong>br</strong> />

É possível observar que cada fase necessita de estratégias totalmente<<strong>br</strong> />

diferentes, por isso a necessidade do vínculo entre a unidade de negócio e a<<strong>br</strong> />

administração corporativa.<<strong>br</strong> />

Para cada uma das estratégias de crescimento, sustentação e colheita Kaplan<<strong>br</strong> />

e Norton (1997) identificam temas financeiros para orientar a estratégia empresarial,<<strong>br</strong> />

conforme explicados a seguir e apresentados no Quadro 5.<<strong>br</strong> />

• Crescimento e mix da receita - a empresa concentra-se na busca de<<strong>br</strong> />

aumento da oferta de produtos e serviços, fidelidade de novos clientes e<<strong>br</strong> />

mercado, concentração do mix de produtos em itens de maior valor<<strong>br</strong> />

agregado, estratégias de redução de custos, aumento de produtividade e


70<<strong>br</strong> />

receitas. É a mais indicada para aumento da receita de uma empresa,<<strong>br</strong> />

tanto na fase de crescimento, <strong>com</strong>o na fase de colheita;<<strong>br</strong> />

• Redução de custo/ melhoria de produtividade - busca-se o aumento da<<strong>br</strong> />

produtividade da receita, a redução dos custos unitários, despesas<<strong>br</strong> />

operacionais e a melhoria dos canais de distribuição. Está direcionada a<<strong>br</strong> />

investigar e proporcionar melhoria do desempenho de custos e<<strong>br</strong> />

produtividade de uma organização; e<<strong>br</strong> />

• Utilização dos ativos/ estratégia de investimento - objetiva o retorno do<<strong>br</strong> />

capital investido, a melhoria do ciclo de caixa e o aumento da utilização<<strong>br</strong> />

dos ativos.<<strong>br</strong> />

Temas Estratégicos<<strong>br</strong> />

Aumento e Mix da Receita<<strong>br</strong> />

Redução de Custos/<<strong>br</strong> />

Utilização dos ativos<<strong>br</strong> />

Aumento de<<strong>br</strong> />

Produtividade<<strong>br</strong> />

Aumento da taxa de vendas por<<strong>br</strong> />

Receita/funcionário<<strong>br</strong> />

Investimento (percentual<<strong>br</strong> />

Estratégia da Unidade de Negócios<<strong>br</strong> />

Crescimento<<strong>br</strong> />

Sustentação<<strong>br</strong> />

Colheita<<strong>br</strong> />

segmento<<strong>br</strong> />

Percentual de receita gerado<<strong>br</strong> />

por novos produtos, serviços<<strong>br</strong> />

e clientes<<strong>br</strong> />

Fatias de clientes e contas-alvo<<strong>br</strong> />

Vendas cruzadas<<strong>br</strong> />

Percentual de receita gerado<<strong>br</strong> />

por novas aplicações<<strong>br</strong> />

Lucratividade por clientes e<<strong>br</strong> />

linhas de produtos<<strong>br</strong> />

Lucratividade por clientes e<<strong>br</strong> />

linhas de produtos<<strong>br</strong> />

Percentual de clientes nãolucrativos<<strong>br</strong> />

Custos versus custos<<strong>br</strong> />

dos concorrentes<<strong>br</strong> />

Taxas de redução de<<strong>br</strong> />

custos<<strong>br</strong> />

Despesas indiretas<<strong>br</strong> />

(percentual de<<strong>br</strong> />

vendas)<<strong>br</strong> />

Custos unitários (por<<strong>br</strong> />

unidade de<<strong>br</strong> />

produção, por<<strong>br</strong> />

transação)<<strong>br</strong> />

de vendas)<<strong>br</strong> />

P&D (percentual de<<strong>br</strong> />

vendas)<<strong>br</strong> />

Índices de capital de<<strong>br</strong> />

giro (ciclo de caixa a<<strong>br</strong> />

caixa)<<strong>br</strong> />

ROCE por categoriachave<<strong>br</strong> />

de ativo<<strong>br</strong> />

Taxas de utilização dos<<strong>br</strong> />

ativos<<strong>br</strong> />

Retorno<<strong>br</strong> />

Rendimento<<strong>br</strong> />

(throughput)<<strong>br</strong> />

Quadro 5 - Medição de Temas Financeiros Estratégicos<<strong>br</strong> />

Fonte: Kaplan e Norton (1997)


71<<strong>br</strong> />

Em suma, essa perspectiva pretende organizar os objetivos financeiros de<<strong>br</strong> />

uma organização e ajustá-los às necessidades das diferentes fases de seu ciclo<<strong>br</strong> />

de vida.<<strong>br</strong> />

2.5.4.2 Perspectiva do Cliente<<strong>br</strong> />

Para Harrington (1997), os clientes externos representam um papel único,<<strong>br</strong> />

pois aparecem no início e no término do processo, ou seja, as organizações existem<<strong>br</strong> />

para atender necessidades em potencial, assim, o ciclo se <strong>com</strong>pleta quando as<<strong>br</strong> />

necessidades são atendidas. Então, as medições relacionadas aos clientes devem<<strong>br</strong> />

ser analisadas criteriosamente durante o processo, a fim de garantir o engajamento<<strong>br</strong> />

de todos os envolvidos para a obtenção de um resultado satisfatório.<<strong>br</strong> />

Kaplan e Norton (1997) consideram que <strong>com</strong> a utilização da perspectiva<<strong>br</strong> />

do cliente é possível a identificação dos segmentos de clientes e mercados<<strong>br</strong> />

nos quais a empresa irá <strong>com</strong>petir, pois os clientes são as fontes de receita<<strong>br</strong> />

dos objetivos financeiros. Há dois tipos de clientes: os efetivos e os em potencial.<<strong>br</strong> />

Esses clientes não são homogêneos e privilegiam os atributos dos produtos de<<strong>br</strong> />

maneira distinta.<<strong>br</strong> />

É exatamente por isso que a empresa deve realizar pesquisas de mercado<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o objetivo de identificar os diferentes segmentos de mercados e clientes para os<<strong>br</strong> />

quais devem ser destinadas estratégias específicas.<<strong>br</strong> />

Após a focalização dos segmentos de mercado, as empresas devem atentar<<strong>br</strong> />

para os objetivos e indicadores específicos. Kaplan e Norton (1997) sugerem um<<strong>br</strong> />

grupo de cinco medidas essenciais de clientes, aplicáveis a qualquer tipo de<<strong>br</strong> />

empresa. Esse grupo é <strong>com</strong>posto por indicadores referentes à participação de


72<<strong>br</strong> />

mercado e retenção, captação, satisfação e lucratividade de clientes. Estão<<strong>br</strong> />

dispostos na Figura 10.<<strong>br</strong> />

Participação<<strong>br</strong> />

de Mercado<<strong>br</strong> />

Captação<<strong>br</strong> />

de Clientes<<strong>br</strong> />

Lucratividade<<strong>br</strong> />

dos clientes<<strong>br</strong> />

Retenção<<strong>br</strong> />

de Clientes<<strong>br</strong> />

Satisfação<<strong>br</strong> />

dos Clientes<<strong>br</strong> />

Figura 10 - A Perspectiva do Cliente - Medidas Essenciais<<strong>br</strong> />

Fonte: Kaplan e Norton (1997)<<strong>br</strong> />

O Quadro 6 sintetiza as definições das cinco medidas essenciais referentes à<<strong>br</strong> />

perspectiva dos clientes. Os autores afirmam que essas medidas podem ser<<strong>br</strong> />

agrupadas em uma relação de causa e efeito e devem ser customizadas para atingir<<strong>br</strong> />

os grupos de clientes considerados estratégicos.<<strong>br</strong> />

Participação<<strong>br</strong> />

de Mercado<<strong>br</strong> />

Captação de<<strong>br</strong> />

Clientes<<strong>br</strong> />

Retenção de<<strong>br</strong> />

Clientes<<strong>br</strong> />

Satisfação dos<<strong>br</strong> />

Clientes<<strong>br</strong> />

Lucratividade<<strong>br</strong> />

dos Clientes<<strong>br</strong> />

Reflete a proporção de negócios num determinado mercado (em<<strong>br</strong> />

termos de clientes, valores gastos ou volume unitário vendido).<<strong>br</strong> />

Mede, em termos absolutos ou relativos, a intensidade <strong>com</strong> que uma<<strong>br</strong> />

unidade de negócios atrai ou conquista novos clientes ou negócios.<<strong>br</strong> />

Controla, em termos absolutos ou relativos, a intensidade <strong>com</strong> que<<strong>br</strong> />

uma unidade de negócios retém ou mantém relacionamentos<<strong>br</strong> />

contínuos <strong>com</strong> seus clientes.<<strong>br</strong> />

Mede o nível de satisfação dos clientes de acordo <strong>com</strong> critérios<<strong>br</strong> />

específicos de desempenho dentro da proposta de valor.<<strong>br</strong> />

Mede o lucro líquido de cliente ou segmento, depois de deduzidas as<<strong>br</strong> />

despesas específicas necessárias para sustentá-lo.<<strong>br</strong> />

Quadro 6 - Definição das Medidas Essenciais<<strong>br</strong> />

Fonte: Kaplan e Norton (1997)


73<<strong>br</strong> />

Nas palavras de Daft (2005, p. 58), as empresas devem buscar<<strong>br</strong> />

constantemente atender às expectativas de seus clientes, pois estes são os<<strong>br</strong> />

“recebedores da produção da organização”, os responsáveis por determinar o<<strong>br</strong> />

sucesso ou não de uma organização.<<strong>br</strong> />

Harrington (1997), quando analisa o processo de satisfação dos clientes<<strong>br</strong> />

externos, afirma que eles procuram pelo valor agregado nos materiais e serviços<<strong>br</strong> />

adquiridos e sugere oito medidas a serem tomadas para a conquista de<<strong>br</strong> />

elevada classificação:<<strong>br</strong> />

• determine novos produtos ou serviços fundamentados nas necessidades<<strong>br</strong> />

ainda não claramente definidas pelos clientes;<<strong>br</strong> />

• forneça produtos e serviços que atendam em qualidade, durabilidade e<<strong>br</strong> />

desempenho;<<strong>br</strong> />

• escolha uma equipe técnica e <strong>com</strong>ercialmente <strong>com</strong>petente para o<<strong>br</strong> />

atendimento;<<strong>br</strong> />

• analise criteriosamente as sugestões dos clientes e colaboradores;<<strong>br</strong> />

• desenvolva uma variedade de produtos que se destaquem da concorrência<<strong>br</strong> />

em preço e desempenho;<<strong>br</strong> />

• reclamações requerem resposta rápida e não <strong>com</strong>portamento defensivo;<<strong>br</strong> />

• privilegie a melhoria contínua e assegure-se que toda a equipe receba retorno<<strong>br</strong> />

das re<strong>com</strong>endações dos clientes; e<<strong>br</strong> />

• os representantes de cada área devem ter contato direto <strong>com</strong> o cliente.<<strong>br</strong> />

A so<strong>br</strong>evivência no mercado atual não permite a escolha de uma estratégia<<strong>br</strong> />

genérica para todos os mercados e clientes de uma empresa, pois “A essência da<<strong>br</strong> />

estratégia não é apenas escolher o que fazer; ela exige também que se escolha o<<strong>br</strong> />

que não fazer” (KAPLAN e NORTON, 1997, p. 69).


74<<strong>br</strong> />

2.5.4.3 Perspectiva dos Processos Internos<<strong>br</strong> />

Para Daft (2005, p. 55), o ambiente interno é formado por elementos que<<strong>br</strong> />

estão dentro dos limites da organização; é “<strong>com</strong>posto por funcionários atuais,<<strong>br</strong> />

gerência e especialmente a cultura corporativa, que define o <strong>com</strong>portamento<<strong>br</strong> />

do funcionário no ambiente interno e quão bem a organização se adaptará ao<<strong>br</strong> />

ambiente externo”.<<strong>br</strong> />

Nessa perspectiva a principal ação é a identificação dos processos internos<<strong>br</strong> />

considerados críticos para que os objetivos dos clientes e acionistas sejam<<strong>br</strong> />

atendidos de maneira adequada.<<strong>br</strong> />

Kaplan e Norton (1997) afirmam que todas as empresas utilizam-se de<<strong>br</strong> />

processos específicos para a criação de valor para os clientes e produção de<<strong>br</strong> />

resultados financeiros. Entretanto, constataram que é possível usar uma cadeia de<<strong>br</strong> />

valor genérica, apoiada em três processos principais: Inovação, Operações e<<strong>br</strong> />

Serviço Pós-venda, conforme apresentado na Figura 11.<<strong>br</strong> />

Identificação<<strong>br</strong> />

das<<strong>br</strong> />

Necessidades<<strong>br</strong> />

dos Clientes<<strong>br</strong> />

Identificar<<strong>br</strong> />

o<<strong>br</strong> />

Mercado<<strong>br</strong> />

Processo de<<strong>br</strong> />

Inovação<<strong>br</strong> />

Idealizar<<strong>br</strong> />

Oferta de<<strong>br</strong> />

Produtos e<<strong>br</strong> />

Serviços<<strong>br</strong> />

Gerar<<strong>br</strong> />

Produtos<<strong>br</strong> />

e<<strong>br</strong> />

Serviços<<strong>br</strong> />

Processo de<<strong>br</strong> />

Operações<<strong>br</strong> />

Entregar<<strong>br</strong> />

Produtos/<<strong>br</strong> />

Prestar<<strong>br</strong> />

Serviços<<strong>br</strong> />

Processo de<<strong>br</strong> />

Serviço Pós-<<strong>br</strong> />

Venda<<strong>br</strong> />

Serviços<<strong>br</strong> />

aos<<strong>br</strong> />

Clientes<<strong>br</strong> />

Satisfação<<strong>br</strong> />

das<<strong>br</strong> />

Necessidades<<strong>br</strong> />

dos Clientes<<strong>br</strong> />

Figura 11 - Cadeia de Valores para a Perspectiva dos Processos Internos<<strong>br</strong> />

Fonte: Kaplan e Norton (1997)<<strong>br</strong> />

Harrington (1997) destaca que é essencial para o funcionamento de qualquer<<strong>br</strong> />

processo de melhoria informar o feedback do desempenho executado para todos os<<strong>br</strong> />

empregados dentro da organização.


Para Gomes e Salas (2001, p. 15) as atividades que não podem ser<<strong>br</strong> />

programadas, devido a dificuldade de definição de todas as tarefas e procedimentos<<strong>br</strong> />

necessários para sua execução, são mais difíceis de serem controladas. Dentro<<strong>br</strong> />

desse contexto existem três aspectos que dificultam a estruturação e mensuração do<<strong>br</strong> />

impacto monetário do procedimento organizacional e individual:<<strong>br</strong> />

• a incerteza so<strong>br</strong>e o impacto e influência das mudanças no<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>portamento e no resultado;<<strong>br</strong> />

• a influência da interação de diferentes e múltiplos aspectos<<strong>br</strong> />

organizacionais e externos (que são de difícil formalização e<<strong>br</strong> />

avaliação); e<<strong>br</strong> />

• a margem de autonomia (caráter discricional) que sempre<<strong>br</strong> />

possuem as pessoas na forma de orientar seus <strong>com</strong>portamentos,<<strong>br</strong> />

e cuja redução mediante uma formalização rígida pode produzir<<strong>br</strong> />

efeitos disfuncionais.<<strong>br</strong> />

Para os autores existem dois aspectos que afetam o contexto social de<<strong>br</strong> />

uma unidade organizacional. O primeiro refere-se à rapidez das mudanças, em<<strong>br</strong> />

que destacam-se as alterações na tecnologia dos materiais, nos processos e<<strong>br</strong> />

serviços; a internacionalização de mercados, e, <strong>com</strong> este, as fusões, incorporações<<strong>br</strong> />

e globalização na produção, entre outros; alteração nas necessidades dos<<strong>br</strong> />

clientes; mudanças nas atividades da administração pública e as exigências da<<strong>br</strong> />

sociedade. O segundo é resultante de uma maior hostilidade <strong>com</strong>petitiva relacionada<<strong>br</strong> />

à intensa concorrência.<<strong>br</strong> />

75<<strong>br</strong> />

2.5.4.4 Perspectiva de Aprendizado e Crescimento<<strong>br</strong> />

Segundo Kaplan e Norton (1997), nesta última perspectiva do BSC busca-se<<strong>br</strong> />

o desenvolvimento dos objetivos e medidas para o desenvolvimento da infraestrutura<<strong>br</strong> />

necessária para o processo de aprendizado e crescimento organizacional.<<strong>br</strong> />

Os objetivos das perspectivas anteriores se direcionavam para aos itens aos quais a<<strong>br</strong> />

empresa deveria orientar-se para a busca de um desempenho superior.


76<<strong>br</strong> />

Harrington (1997) afirma que para haver o fortalecimento das iniciativas da<<strong>br</strong> />

melhoria contínua dentro de uma organização, esta deve ser colocada em prática<<strong>br</strong> />

primeiramente pela alta administração.<<strong>br</strong> />

Para Daft (2005), a perspectiva do aprendizado e crescimento mostra<<strong>br</strong> />

claramente o nível em que estão sendo administrados os recursos e capital humano<<strong>br</strong> />

para o futuro da empresa.<<strong>br</strong> />

Conforme Senge (1999, p. 37 e 38), “As organizações que realmente terão<<strong>br</strong> />

sucesso no futuro serão aquelas que desco<strong>br</strong>irem <strong>com</strong>o cultivar nas pessoas o<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>prometimento e a capacidade de aprender em todos os níveis da organização”.<<strong>br</strong> />

Kaplan e Norton (1997) definem três categorias principais<<strong>br</strong> />

para o desenvolvimento da perspectiva de aprendizado e crescimento: a<<strong>br</strong> />

capacidade dos funcionários, dos sistemas de informação e a motivação,<<strong>br</strong> />

empowerment e alinhamento.<<strong>br</strong> />

O levantamento bibliográfico realizado neste trabalho, referente à<<strong>br</strong> />

funcionalidade do modelo de estruturação organizacional por meio da Administração<<strong>br</strong> />

Corporativa, e à apresentação dos tipos de controle e indicadores de desempenho,<<strong>br</strong> />

procurou demonstrar a importância da medição do desempenho para as<<strong>br</strong> />

organizações atuais, além de focalizar os processos para o desenvolvimento de<<strong>br</strong> />

indicadores eficazes, que consigam identificar a posição da empresa de forma<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>angente e agir <strong>com</strong>o facilitadores do processo de decisão.<<strong>br</strong> />

A revisão teórica também aponta que o caminho para a elaboração de<<strong>br</strong> />

sistemas de medição de desempenho eficazes está no entendimento dos objetivos<<strong>br</strong> />

da administração corporativa e em sua transposição em forma de indicadores, pois<<strong>br</strong> />

quando um sistema de medição é implementado de acordo <strong>com</strong> os objetivos<<strong>br</strong> />

estratégicos de uma organização age <strong>com</strong>o principal ferramenta de gestão


77<<strong>br</strong> />

empresarial, conseguindo cascatear as metas globais em metas individuais e tornar<<strong>br</strong> />

possível analisar as conseqüências das ações tomadas e seus respectivos impactos<<strong>br</strong> />

para as metas estabelecidas.<<strong>br</strong> />

Foi adotada a abordagem do Balanced Scorecard, desenvolvido por Robert<<strong>br</strong> />

Kaplan e David Norton, <strong>com</strong>o modelo para analisar o sistema de medição<<strong>br</strong> />

organizacional, por ser identificada <strong>com</strong>o uma ferramenta que permite à<<strong>br</strong> />

administração corporativa cascatear seus objetivos em um conjunto de indicadores<<strong>br</strong> />

de desempenho e por ser a ferramenta escolhida a ser implementada pela<<strong>br</strong> />

organização em estudo.<<strong>br</strong> />

Nos capítulos seguintes serão apresentados, respectivamente, a metodologia<<strong>br</strong> />

utilizada para a elaboração da pesquisa, o estudo de caso proposto e as conclusões<<strong>br</strong> />

obtidas <strong>com</strong> a análise.


78<<strong>br</strong> />

3 MÉTODO<<strong>br</strong> />

Neste capítulo será apresentada a metodologia adotada para o estudo, a<<strong>br</strong> />

natureza da pesquisa, os critérios para a investigação, os procedimentos e coleta de<<strong>br</strong> />

informações utilizados.<<strong>br</strong> />

O objetivo fundamental da ciência é alcançar a verdade dos fatos que estão<<strong>br</strong> />

sendo estudados e o objetivo do trabalho científico, conforme Severino (1998, p. 21),<<strong>br</strong> />

é ser um “texto que relata dissertivamente os resultados de uma pesquisa numa<<strong>br</strong> />

determinada área”.<<strong>br</strong> />

Rampazzo (2004, p. 49) afirma que “a pesquisa é um procedimento reflexivo,<<strong>br</strong> />

sistemático, controlado e crítico que permite desco<strong>br</strong>ir novos fatos ou dados,<<strong>br</strong> />

soluções ou leis, em qualquer área do conhecimento”.<<strong>br</strong> />

O método é a ordem de condução de uma pesquisa, é o conjunto de<<strong>br</strong> />

processos necessários para que seja possível atingir um determinado fim ou<<strong>br</strong> />

resultado desejado (CERVO E BERVIAN, 1996).<<strong>br</strong> />

A metodologia, para Dencker e Viá (2002, p. 49):<<strong>br</strong> />

É o estudo analítico e crítico dos métodos de investigação e de<<strong>br</strong> />

prova. A metodologia não é, senão, uma reflexão so<strong>br</strong>e a atividade<<strong>br</strong> />

científica que está sendo desenvolvida para obter, em determinado<<strong>br</strong> />

momento, um relato dessa atividade – retrato que diferirá de acordo<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a ciência so<strong>br</strong>e a qual estamos refletindo.<<strong>br</strong> />

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA<<strong>br</strong> />

Vergara (2005) propõe dois critérios básicos para a definição dos tipos<<strong>br</strong> />

de pesquisa a serem utilizados: quanto aos fins: exploratória, descritiva, explicativa,<<strong>br</strong> />

metodológica, aplicada e intervencionista; e quanto aos meios: pesquisa de campo,<<strong>br</strong> />

laboratório, documental, bibliográfica, experimental, ex post facto, pesquisa-ação e<<strong>br</strong> />

estudo de caso.


79<<strong>br</strong> />

3.1.1 Quanto aos Fins<<strong>br</strong> />

O objetivo da pesquisa exploratória é proporcionar ao pesquisador uma maior<<strong>br</strong> />

familiaridade <strong>com</strong> o problema proposto no estudo, tornando-o explícito, ou<<strong>br</strong> />

construindo hipóteses (GIL, 2002).<<strong>br</strong> />

Os estudos exploratórios, segundo Dencker e Viá (2002), são investigações<<strong>br</strong> />

empíricas, utilizados para o esclarecimento ou modificação de conceitos. Suas<<strong>br</strong> />

descrições podem ser qualitativas ou quantitativas e o método de coleta de<<strong>br</strong> />

dados varia entre pesquisa bibliográfica, documental, questionários, entrevistas<<strong>br</strong> />

e observações.<<strong>br</strong> />

Quanto aos fins, esta pesquisa é exploratória, porque embora a empresa<<strong>br</strong> />

estudada tenha uma grande quantidade de indicadores de desempenho distribuídos<<strong>br</strong> />

em todos os departamentos, não se verificou a existência de um estudo prévio, que<<strong>br</strong> />

abordasse o motivo da criação de cada indicador utilizado, sua ligação <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />

objetivos corporativos e a análise de sua real eficiência e aplicabilidade.<<strong>br</strong> />

3.1.2 Quanto aos Meios<<strong>br</strong> />

Quanto aos meios, a pesquisa é bibliográfica e de estudo de caso.<<strong>br</strong> />

Bibliográfica porque para a fundamentação teórico-metodológica do trabalho foi<<strong>br</strong> />

realizada investigação referente aos temas: Administração Corporativa e formas<<strong>br</strong> />

de controle, Mensuração de Desempenho e os principais modelos de Indicadores<<strong>br</strong> />

de Desempenho.<<strong>br</strong> />

Estudo de caso porque após a conceituação teórica dos temas propostos na<<strong>br</strong> />

revisão de literatura foi direcionada uma investigação dentro de um contexto real, em<<strong>br</strong> />

uma empresa do Vale do Paraíba.


80<<strong>br</strong> />

3.2 O ESTUDO <strong>DE</strong> CASO<<strong>br</strong> />

Yin (2005) aponta a tendência da utilização do estudo de caso<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o estratégia de pesquisa em muitas situações, principalmente para contribuir<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> os estudos organizacionais, gerenciais, sociais, políticos e de grupos,<<strong>br</strong> />

entre outros. Sua necessidade é derivada do desejo de <strong>com</strong>preensão dos<<strong>br</strong> />

fenômenos sociais <strong>com</strong>plexos.<<strong>br</strong> />

Roesch (2005, p. 199) enfatiza que a estratégia da utilização do estudo de<<strong>br</strong> />

caso “é especialmente adequada aos trabalhos de conclusão de curso e às<<strong>br</strong> />

dissertações de mestrado em Administração”.<<strong>br</strong> />

Para Martins (2006, p. 9) a utilização da técnica do estudo de caso:<<strong>br</strong> />

É própria para a construção de uma investigação empírica que<<strong>br</strong> />

pesquisa o fenômeno dentro de seu contexto real [...], busca-se,<<strong>br</strong> />

criativamente, aprender a totalidade de uma situação – identificar e<<strong>br</strong> />

analisar a multiplicidade de dimensões que envolvam o caso – e, de<<strong>br</strong> />

maneira engenhosa, descrever, discutir e analisar a <strong>com</strong>plexidade de<<strong>br</strong> />

um caso concreto, construindo uma teoria que possa explicá-lo e<<strong>br</strong> />

prevê-lo [...], o estudo de caso possibilita a penetração em uma<<strong>br</strong> />

realidade social, não conseguida plenamente por um levantamento<<strong>br</strong> />

amostral e avaliação exclusivamente quantitativa.<<strong>br</strong> />

A pesquisa documental é uma técnica de levantamento de dados para o<<strong>br</strong> />

estudo de caso e conforme Martins (2006, p. 46) essa técnica “é necessária para o<<strong>br</strong> />

melhor entendimento do caso e também para corroborar evidências coletadas por<<strong>br</strong> />

outros instrumentos e outras fontes [...]”.<<strong>br</strong> />

Segundo Rampazzo (2004), as fontes primárias ou dados primários são<<strong>br</strong> />

encontrados em arquivos, fontes estatísticas e fontes não-escritas. Os arquivos<<strong>br</strong> />

podem ser públicos - nacionais, estaduais e municipais - ou particulares, de<<strong>br</strong> />

instituições e órgãos privados, assim <strong>com</strong>o as fontes estatísticas.


81<<strong>br</strong> />

As fontes não-escritas são encontradas em fotografias, gravações, filmes,<<strong>br</strong> />

disquetes, testemunhos gráficos, entre outros, utilizadas geralmente em estudos<<strong>br</strong> />

arqueológicos e etnológicos.<<strong>br</strong> />

Nesse sentido, esta pesquisa caracteriza-se por ser um estudo de caso<<strong>br</strong> />

predominantemente exploratório, <strong>com</strong>posto em sua plataforma teórica pela pesquisa<<strong>br</strong> />

documental, em que o método para levantamento e exame de dados <strong>com</strong>põe-se de<<strong>br</strong> />

coleta de documentos de dados primários.<<strong>br</strong> />

3.2.1 Seleção do Caso e Unidade de Caso<<strong>br</strong> />

Para Yin (2005), para o delineamento da pesquisa realizada por estudo de<<strong>br</strong> />

caso é preciso conhecer seus tipos específicos, destinados à analise de diferentes<<strong>br</strong> />

situações contextuais. Esses tipos estão representados na matriz 2x2, no Quadro 7.<<strong>br</strong> />

Projetos de caso único Projetos de casos múltiplos<<strong>br</strong> />

Holístico (Unidade única de análise)<<strong>br</strong> />

Incorporados (Unidade de análise múltipla)<<strong>br</strong> />

Tipo 1<<strong>br</strong> />

Tipo 2<<strong>br</strong> />

Tipo 3<<strong>br</strong> />

Tipo 4<<strong>br</strong> />

Quadro 7 - Tipos Básicos de Projeto para Estudo de Caso<<strong>br</strong> />

Fonte: Cosmos Corporation (apud YIN, 2005)<<strong>br</strong> />

Yin (2005) define que a decisão por projetos de caso único ou casos múltiplos<<strong>br</strong> />

deve ser tomada pelo pesquisador antes da coleta de dados, e que o estudo de caso<<strong>br</strong> />

único, Tipo 1 ou 2, é apropriado em várias situações, das quais são apresentas cinco<<strong>br</strong> />

princípios lógicos para fundamentar a escolha:<<strong>br</strong> />

• quando é um caso representativo ou típico, que objetiva anotar as<<strong>br</strong> />

circunstâncias específicas de determinada situação, para que sirva de fonte<<strong>br</strong> />

de informação em relação a alguma experiência relacionada à pessoa<<strong>br</strong> />

ou instituição;


82<<strong>br</strong> />

• quando representa um caso decisivo, destinado a testar uma teoria bem<<strong>br</strong> />

formulada, em que as proposições são ditas <strong>com</strong>o verdadeiras e acontecem<<strong>br</strong> />

em circunstâncias específicas, para contestá-las, confirmá-las ou estendê-las;<<strong>br</strong> />

• representa um caso raro ou extremo, em que uma situação rara aconteça,<<strong>br</strong> />

digna de ser documentada, <strong>com</strong> foco na determinação e reconhecimento do<<strong>br</strong> />

problema;<<strong>br</strong> />

• representa um caso revelador, que ofereça a oportunidade de ser observado<<strong>br</strong> />

e analisado pelo pesquisador, e que anteriormente seria inacessível à<<strong>br</strong> />

investigação científica; e<<strong>br</strong> />

• quando representa um caso longitudinal, que possibilita estudar um mesmo<<strong>br</strong> />

caso em dois ou mais pontos diferentes no tempo.<<strong>br</strong> />

O mesmo autor afirma que o estudo de caso único, <strong>com</strong> unidades múltiplas<<strong>br</strong> />

de análise, é aplicável quando utiliza-se em um único caso mais de uma unidade de<<strong>br</strong> />

análise, ou seja, de<strong>com</strong>põem-se em subunidades.<<strong>br</strong> />

Uma unidade de caso, conforme Gil (2002), pode ser entendida <strong>com</strong>o uma<<strong>br</strong> />

organização, uma <strong>com</strong>unidade, uma nação, entre outras. Podendo ser, também,<<strong>br</strong> />

definida do ponto de vista espacial ou temporal.<<strong>br</strong> />

Esta pesquisa é caracterizada por um caso único incorporado, em que a<<strong>br</strong> />

unidade de caso é uma Unidade Estratégica de Negócios e serão feitas análises<<strong>br</strong> />

múltiplas nos três departamentos estudados: Departamento de Engenharia, de<<strong>br</strong> />

Qualidade e Suprimentos.<<strong>br</strong> />

3.2.2 Universo e Amostra<<strong>br</strong> />

Dencker e Viá (2002, p. 116) enfatizam que “sempre que observa-se algo<<strong>br</strong> />

fazemos uma espécie de seleção dos elementos so<strong>br</strong>e os quais dirigimos o foco de


83<<strong>br</strong> />

nossa atenção”. Ao escolher uma pesquisa, seleciona-se elementos <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

características passíveis de ser generalizadas.<<strong>br</strong> />

O universo de dados deste estudo de caso são as métricas de controle, os<<strong>br</strong> />

indicadores de desempenho, as planilhas, tabelas, dados estatísticos e os gráficos<<strong>br</strong> />

utilizados para a medição do desempenho de todos os departamentos de uma UEN.<<strong>br</strong> />

São eles: o departamento de Suprimentos, Qualidade, Engenharia, Planejamento,<<strong>br</strong> />

Gerência de Projetos, Manufatura, Financeiro e de Montagem Externa dos<<strong>br</strong> />

Equipamentos e/ou serviços nas O<strong>br</strong>as.<<strong>br</strong> />

A população amostral ou amostra é determinada <strong>com</strong>o um conjunto de<<strong>br</strong> />

elementos, tais <strong>com</strong>o: empresas, produtos e pessoas entre outros, que possuem as<<strong>br</strong> />

características para serem um objeto de estudo. Representa a parte do todo<<strong>br</strong> />

escolhida para ser analisada sob um critério de representatividade. Existem dois<<strong>br</strong> />

tipos de amostra: a probabilística, que baseia-se em métodos estatísticos que<<strong>br</strong> />

podem ser por método aleatório simples, estratificado ou conglomerado e a<<strong>br</strong> />

não probabilística, destacando-se o método por acessibilidade ou tipicidade<<strong>br</strong> />

(VERGARA, 2005).<<strong>br</strong> />

Para este trabalho foi escolhido a amostra não probabilística por<<strong>br</strong> />

acessibilidade ou conglomerado, <strong>com</strong>posta por todos os indicadores de<<strong>br</strong> />

desempenho utilizados pelos departamentos objeto do estudo. A amostra é<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>posta por 18 indicadores, dos quais quatro são referentes ao departamento de<<strong>br</strong> />

Engenharia, seis à área da Qualidade e oito referem-se ao departamento de<<strong>br</strong> />

Suprimentos. A amostra foi constituída de três maneiras conjugadas:<<strong>br</strong> />

• escolha dos departamentos foco do estudo;<<strong>br</strong> />

• seleção do material encontrado: foram considerados <strong>com</strong>o indicador de<<strong>br</strong> />

desempenho, portanto foco do estudo, os gráficos resultantes de planilhas


e tabelas e controles estatísticos oficiais dos departamentos que possuíam<<strong>br</strong> />

periodicidade de medição e foram apresentados em auditorias e ou<<strong>br</strong> />

reuniões corporativas, denominadas Comitê Executivo; e<<strong>br</strong> />

• determinação do prazo de utilização dos indicadores: foi estabelecido<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o indicador de desempenho todo gráfico em uso no período de a<strong>br</strong>il de<<strong>br</strong> />

2005 a março de 2006.<<strong>br</strong> />

A Tabela 1 representa a <strong>com</strong>posição total da amostra.<<strong>br</strong> />

Tabela 1 - Composição Total da Amostra<<strong>br</strong> />

Quantidade de Indicadores de Representatividade<<strong>br</strong> />

Departamentos<<strong>br</strong> />

Desempenho<<strong>br</strong> />

do total da amostra<<strong>br</strong> />

Engenharia 4 22,2%<<strong>br</strong> />

Qualidade 6 33,3%<<strong>br</strong> />

Suprimentos 8 44,4%<<strong>br</strong> />

Total 18 100%<<strong>br</strong> />

84<<strong>br</strong> />

3.2.3 Coleta e Análise dos Dados<<strong>br</strong> />

Segundo Yin (2005), o pesquisador pode coletar os dados para a pesquisa<<strong>br</strong> />

em várias fontes de evidências, entre as quais destacam-se seis fontes distintas:<<strong>br</strong> />

documentos, registros em arquivos, entrevistas, observação direta, observação<<strong>br</strong> />

participante e artefatos físicos.<<strong>br</strong> />

Para o emprego de cada uma destas fontes é necessária a utilização de<<strong>br</strong> />

habilidades e procedimentos metodológicos diferentes. Yin (2005) destaca a<<strong>br</strong> />

aplicação de alguns princípios essenciais para aumentar a qualidade no trabalho de<<strong>br</strong> />

coleta de dados: opção por duas ou mais fontes de evidências, desde que sejam<<strong>br</strong> />

convergentes ao mesmo conjunto de acontecimentos ou descobertas; reunião de<<strong>br</strong> />

evidências; elaboração de um banco de dados e o encadeamento, por meio de<<strong>br</strong> />

evidências, entre as questões feitas, os dados coletados e as respectivas


conclusões. As seis fontes de evidências da coleta de dados podem ser observadas<<strong>br</strong> />

no Quadro 8.<<strong>br</strong> />

85<<strong>br</strong> />

Fonte de<<strong>br</strong> />

evidências<<strong>br</strong> />

Documentação<<strong>br</strong> />

Registros em<<strong>br</strong> />

arquivos<<strong>br</strong> />

Entrevistas<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

diretas<<strong>br</strong> />

Observação<<strong>br</strong> />

participante<<strong>br</strong> />

Artefatos<<strong>br</strong> />

físicos<<strong>br</strong> />

Pontos fortes<<strong>br</strong> />

• estável - pode ser revistada<<strong>br</strong> />

inúmeras vezes<<strong>br</strong> />

• discreta – não foi criada <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

resultado do estudo de caso<<strong>br</strong> />

• exata – contém nomes, referências<<strong>br</strong> />

e detalhes exatos de um evento<<strong>br</strong> />

ampla cobertura – longo espaço de<<strong>br</strong> />

tempo, muitos eventos e muitos<<strong>br</strong> />

ambientes distintos<<strong>br</strong> />

• [Os mesmos mencionados para<<strong>br</strong> />

documentação]<<strong>br</strong> />

• precisos e quantitativos<<strong>br</strong> />

• direcionadas – enfocam<<strong>br</strong> />

diretamente o tópico do estudo de<<strong>br</strong> />

caso<<strong>br</strong> />

• perceptivas – fornecem inferências<<strong>br</strong> />

causais percebidas<<strong>br</strong> />

• realidade – tratam de<<strong>br</strong> />

acontecimentos em tempo real<<strong>br</strong> />

• contextuais – tratam do contexto do<<strong>br</strong> />

evento<<strong>br</strong> />

• [Os mesmos mencionados para<<strong>br</strong> />

observação direta]<<strong>br</strong> />

• perceptiva em relação a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>portamentos e razões<<strong>br</strong> />

interpessoais<<strong>br</strong> />

• capacidade de percepção em<<strong>br</strong> />

relação a aspectos culturais<<strong>br</strong> />

• capacidade de percepção em<<strong>br</strong> />

relação a operações técnicas<<strong>br</strong> />

Pontos fracos<<strong>br</strong> />

• capacidade de recuperação – pode<<strong>br</strong> />

ser baixa<<strong>br</strong> />

• seletividade tendenciosa, se a coleta<<strong>br</strong> />

não estiver <strong>com</strong>pleta<<strong>br</strong> />

• relato de vieses – reflete as idéias<<strong>br</strong> />

preconcebidas (desconhecidas) do<<strong>br</strong> />

autor<<strong>br</strong> />

• acesso – pode ser deliberadamente<<strong>br</strong> />

negado<<strong>br</strong> />

• [Os mesmos mencionados para<<strong>br</strong> />

documentação]<<strong>br</strong> />

• acessibilidade aos locais devido a<<strong>br</strong> />

razões particulares<<strong>br</strong> />

• vieses devido a questões malelaboradas<<strong>br</strong> />

• respostas viesadas<<strong>br</strong> />

• ocorrem imprecisões devido á<<strong>br</strong> />

memória fraca do entrevistado<<strong>br</strong> />

• reflexibilidade – o entrevistado dá ao<<strong>br</strong> />

entrevistador o que ele quer ouvir<<strong>br</strong> />

• consomem muito tempo<<strong>br</strong> />

• seletividade – salvo ampla cobertura<<strong>br</strong> />

• reflexibilidade – o acontecimento<<strong>br</strong> />

pode ocorrer de forma diferenciada<<strong>br</strong> />

porque está sendo observado<<strong>br</strong> />

• custo – horas necessárias pelos<<strong>br</strong> />

observadores humanos<<strong>br</strong> />

• [Os mesmos mencionados para<<strong>br</strong> />

observação direta]<<strong>br</strong> />

• vieses devido á manipulação dos<<strong>br</strong> />

eventos por parte do pesquisador<<strong>br</strong> />

• seletividade<<strong>br</strong> />

• disponibilidade<<strong>br</strong> />

Quadro 8 - Seis Fontes de Evidências: Pontos Fortes e Pontos Fracos<<strong>br</strong> />

Fonte: Yin (2005)<<strong>br</strong> />

Esta pesquisa utiliza-se das seguintes fontes de dados: documentação,<<strong>br</strong> />

pesquisada em relatórios escritos, documentos administrativos, atas de reuniões e<<strong>br</strong> />

registros em arquivo resultantes de registros operacionais, <strong>com</strong>o tabelas e gráficos.


A análise dos dados de um Estudo de Caso é predominantemente qualitativa,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o afirma Gil (2002).<<strong>br</strong> />

Godoy (1995, p. 58) explica que a pesquisa Qualitativa.<<strong>br</strong> />

[...] não procura enumerar ou medir os eventos estudados, nem<<strong>br</strong> />

emprega instrumentos estatísticos na análise dos dados. Parte de<<strong>br</strong> />

questões ou focos de interesse amplos, que vão se definindo à<<strong>br</strong> />

medida que o estudo se desenvolve. Envolve a obtenção de dados<<strong>br</strong> />

descritivos so<strong>br</strong>e pessoas, lugares e processos interativos pelo<<strong>br</strong> />

contato direto do pesquisador <strong>com</strong> a situação estudada, procurando<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>preender os fenômenos segundo as perspectivas dos sujeitos,<<strong>br</strong> />

ou seja, dos participantes da situação em estudo.<<strong>br</strong> />

86<<strong>br</strong> />

Esta pesquisa destina-se a investigar um fenômeno no local em que ele<<strong>br</strong> />

ocorre, os dados obtidos serão analisados de forma qualitativa, procura-se<<strong>br</strong> />

apresentar o contexto atual da organização e propor melhorias segundo a<<strong>br</strong> />

metodologia do BSC.<<strong>br</strong> />

Este capítulo procurou enfatizar o método escolhido para a condução da<<strong>br</strong> />

pesquisa. Entendeu-se que a aplicação do estudo de caso é o meio mais adequado<<strong>br</strong> />

para analisar as dificuldades encontradas em um ambiente real em <strong>com</strong>paração <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

a teoria desenvolvida a fim de evitar problemas <strong>com</strong>uns, que podem ser encontrados<<strong>br</strong> />

em todos os tipos de organizações.<<strong>br</strong> />

No próximo capítulo serão apresentados o estudo de caso e uma análise<<strong>br</strong> />

de um modelo de indicadores encontrados em uma empresa de grande porte,<<strong>br</strong> />

algumas considerações tornam-se possíveis à medida que se discute a sua<<strong>br</strong> />

funcionalidade atual para a empresa, em relação à implantação de um sistema<<strong>br</strong> />

balanceado de medição.


87<<strong>br</strong> />

4 ESTUDO <strong>DE</strong> CASO<<strong>br</strong> />

Em aspectos gerais, esta é uma pesquisa exploratória, realizada a partir de<<strong>br</strong> />

um estudo de caso único, <strong>com</strong> aplicação de unidade de análise múltipla. A coleta de<<strong>br</strong> />

dados foi efetuada por meio de análise documental e a análise de dados é<<strong>br</strong> />

qualitativa e baseada no modelo proposto Balanced Scorecad (BSC).<<strong>br</strong> />

A escolha pelo BSC foi feita segundo dois critérios: o primeiro se refere a sua<<strong>br</strong> />

grande aceitação no ambiente empresarial e grande disseminação na literatura, e o<<strong>br</strong> />

segundo por ser o modelo escolhido pela organização para ser implementado em<<strong>br</strong> />

todas as Unidades estratégicas de Negócios do grupo.<<strong>br</strong> />

Objetiva-se, neste capítulo, apresentar a organização foco da pesquisa, sua<<strong>br</strong> />

configuração interna, distribuição em Unidades Estratégicas de Negócios por tipo de<<strong>br</strong> />

produto e serviço <strong>com</strong>andada por Administração Corporativa, disposição de seus<<strong>br</strong> />

departamentos, atuação e análise de seu atual sistema de medição de desempenho.<<strong>br</strong> />

A empresa objeto do estudo de caso é uma multinacional de origem francesa,<<strong>br</strong> />

líder mundial nos setores de Energia e Transporte. Presente em 70 países, é cotada<<strong>br</strong> />

na Bolsa de Valores de Paris e possui aproximadamente 69.000 colaboradores, dos<<strong>br</strong> />

quais 2.900 estão no Brasil. Neste país, sua primeira unidade industrial foi<<strong>br</strong> />

inaugurada na cidade de Taubaté, interior do Estado de São Paulo, em 1956, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

resultado do primeiro investimento do Plano de Metas de Juscelino Kubitschek no<<strong>br</strong> />

setor de bens de capital.<<strong>br</strong> />

4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA<<strong>br</strong> />

O nascimento da organização ocorreu em 1823 quando os empresários<<strong>br</strong> />

Steverson e Hawthor juntamente <strong>com</strong> a Vulcan Fundição fundaram um


88<<strong>br</strong> />

empreendimento <strong>com</strong> a finalidade de construir a pioneira lo<strong>com</strong>otiva inglesa<<strong>br</strong> />

chamada “The Rocket”. Após algumas fusões e alterações, em 1898 aconteceu sua<<strong>br</strong> />

nova fundação na França e em 1899 destacou-se por sua reputação de ser a<<strong>br</strong> />

primeira empresa no setor de eletrificação.<<strong>br</strong> />

Em 1982 tornou-se uma empresa estatal, voltando à sua condição de<<strong>br</strong> />

empresa privada em 1987. Desde então, após aquisições e fusões, posicionou-se<<strong>br</strong> />

frente ao mercado mundial atual <strong>com</strong> seus negócios destinados à produção e<<strong>br</strong> />

conservação de energia; ao transporte de pessoas; a equipar indústrias; e ao<<strong>br</strong> />

fornecimento de serviços.<<strong>br</strong> />

No Brasil, em 1955, menos de 5% dos bens de capital eram fa<strong>br</strong>icados<<strong>br</strong> />

localmente, possuía aproximadamente 300 mil veículos de transporte, foi criada a<<strong>br</strong> />

primeira empresa do grupo na cidade de Taubaté, Estado de São Paulo, época em<<strong>br</strong> />

que a cidade possuía 35 mil habitantes, algumas fundições de pequeno porte, duas<<strong>br</strong> />

laminadoras e uma tecelagem, sendo as fazendas de café responsáveis pela maior<<strong>br</strong> />

parcela de sua economia.<<strong>br</strong> />

Em 1956, o Governador do Estado de São Paulo, Jânio Quadros, e o<<strong>br</strong> />

Presidente da República, Juscelino Kubitschek, participaram juntamente<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a direção da empresa, do lançamento da pedra fundamental da organização,<<strong>br</strong> />

que se destacava <strong>com</strong>o o primeiro investimento externo resultante do Plano<<strong>br</strong> />

de Metas do governo de Juscelino Kubitschek para o desenvolvimento industrial<<strong>br</strong> />

do Brasil.<<strong>br</strong> />

4.2 OS SETORES DA EMPRESA NO MUNDO<<strong>br</strong> />

A empresa, em âmbito mundial, é dividida em Unidades Estratégicas de<<strong>br</strong> />

Negócios, distribuídas nos cinco continentes e a Administração Corporativa de todo


89<<strong>br</strong> />

o grupo encontra-se na Europa. Atualmente está organizada por tipo de produto e<<strong>br</strong> />

serviços, nos setores Transporte e Power, este último <strong>com</strong>posto pelos seguimentos<<strong>br</strong> />

Power Environment, Power Turbo-Systems e Power Service:<<strong>br</strong> />

• Transporte: este setor é responsável pela fa<strong>br</strong>icação de trens de alta<<strong>br</strong> />

velocidade, também denominados “Trem Bala”, trens pendulares e<<strong>br</strong> />

sistemas de propulsão, sinalização e trens regionais;<<strong>br</strong> />

• Power Environment: segmento líder na fa<strong>br</strong>icação de caldeiras, sistemas<<strong>br</strong> />

de controle ambiental e turbinas para hidrelétricas e geradores; possui um<<strong>br</strong> />

grande portifólio de tecnologia;<<strong>br</strong> />

• Power Turbo-Systems: representa o número um na fa<strong>br</strong>icação de turbinas<<strong>br</strong> />

a vapor, geradores e plantas <strong>com</strong>pletas, ocupando o terceiro lugar nas<<strong>br</strong> />

vendas das grandes turbinas a gás; e<<strong>br</strong> />

• Power Service: esta ramificação é a número um na participação do<<strong>br</strong> />

mercado mundial em sua linha de atuação, é responsável por 20% da<<strong>br</strong> />

geração de energia mundial.<<strong>br</strong> />

O grupo possui um faturamento anual de aproximadamente 13,7 bilhões de<<strong>br</strong> />

Euros. Ocupa o primeiro lugar na fa<strong>br</strong>icação de turbinas a vapor, geradores, plantas<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pletas, sistemas de controle ambiental, turbinas para hidrelétricas e geradores,<<strong>br</strong> />

trens de alta velocidade, tens pendulares e sistemas de propulsão. O negócio da<<strong>br</strong> />

empresa destina-se à produção e conversão de energia, ao transporte de pessoas, a<<strong>br</strong> />

equipar indústrias e fornecer serviços.<<strong>br</strong> />

Caracteriza-se por ser uma empresa <strong>com</strong> tecnologia de ponta, cuja produção<<strong>br</strong> />

é baseada numa venda efetuada, o que significa que todos os projetos são iniciados<<strong>br</strong> />

somente após a venda. A empresa não possui estoques de produtos; todos os


projetos são desenvolvidos conforme a necessidade dos clientes, em sua maioria<<strong>br</strong> />

Órgãos Estatais.<<strong>br</strong> />

90<<strong>br</strong> />

4.3 A ESTRUTURA DA EMPRESA<<strong>br</strong> />

A unidade da empresa, foco do estudo, está localizada na região do Vale do<<strong>br</strong> />

Paraíba na cidade de Taubaté; é a maior unidade fa<strong>br</strong>il do setor Power Environment<<strong>br</strong> />

e o centro mundial de excelência em hidrogeração do grupo.<<strong>br</strong> />

Enquanto Unidade Estratégica de Negócios, possui uma direção local<<strong>br</strong> />

independente e autônoma, porém respeitando as estratégias, regras e objetivos do<<strong>br</strong> />

contexto global da organização, <strong>com</strong>andada por meio de Administração Corporativa,<<strong>br</strong> />

cuja função é catalisar e orientar cada negócio.<<strong>br</strong> />

Para sua atuação, anualmente é elaborado e aprovado um orçamento para<<strong>br</strong> />

toda a empresa, resultado do somatório dos orçamentos elaborados por todos os<<strong>br</strong> />

departamentos da unidade. Nesse orçamento, utilizado <strong>com</strong>o dispositivo de controle,<<strong>br</strong> />

estão a projeção e plano que definem o total de gastos planejados para um<<strong>br</strong> />

determinado período.<<strong>br</strong> />

Cada departamento prevê todos os custos anuais, <strong>com</strong>o: contratações,<<strong>br</strong> />

imobilizados, efetivos, treinamentos, viagens, maquinários e tecnologia, entre outros.<<strong>br</strong> />

A informação é consolidada por todos as unidades e enviada para a aprovação<<strong>br</strong> />

e a<strong>com</strong>panhamento da Administração Corporativa, e depois de validada<<strong>br</strong> />

deve<<strong>br</strong> />

ser seguida.<<strong>br</strong> />

Em cada unidade de negócio é feita, mensalmente, uma reunião entre o<<strong>br</strong> />

diretor da planta e os superintendentes dos departamentos denominada Comitê<<strong>br</strong> />

Executivo, quando objetiva-se analisar o cumprimento ou não das metas<<strong>br</strong> />

estabelecidas para a unidade, analisar os pontos críticos, e caso necessário,


91<<strong>br</strong> />

elaborar o plano de ação e reportar as informações consolidadas para a<<strong>br</strong> />

Diretoria do setor.<<strong>br</strong> />

A Figura 12 tem por objetivo apresentar a estrutura geral da organização<<strong>br</strong> />

e destacar a unidade estratégica de negócios objeto do estudo de caso, assim <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

as implicações de seu desempenho e resultados para a Administração Corporativa<<strong>br</strong> />

do grupo.<<strong>br</strong> />

PRESIDÊNCIA MUNDIAL<<strong>br</strong> />

PRESIDÊNCIA<<strong>br</strong> />

SETOR A<<strong>br</strong> />

PRESIDÊNCIA<<strong>br</strong> />

SETOR B<<strong>br</strong> />

PRESIDÊNCIA<<strong>br</strong> />

SETOR C<<strong>br</strong> />

PRESIDÊNCIA<<strong>br</strong> />

SETOR D<<strong>br</strong> />

PRESIDÊNCIA<<strong>br</strong> />

DO PAÍS<<strong>br</strong> />

DIRETORIA<<strong>br</strong> />

SETOR A<<strong>br</strong> />

DIRETORIA<<strong>br</strong> />

SETOR B<<strong>br</strong> />

DIRETORIA<<strong>br</strong> />

SETOR C<<strong>br</strong> />

DIRETORIA<<strong>br</strong> />

SETOR D<<strong>br</strong> />

DIRETORIA<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong> PLANTA<<strong>br</strong> />

DIRETORIA<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong> PLANTA<<strong>br</strong> />

DIRETORIA<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong> PLANTA<<strong>br</strong> />

DIRETORIA<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong> PLANTA<<strong>br</strong> />

Figura 12 - Estrutura Geral da Organização e a Focalização da UEN<<strong>br</strong> />

A Diretoria de Setor recebe as informações de todas as UENs pertencentes<<strong>br</strong> />

ao setor, consolida os dados, elabora estratégias específicas e reporta as<<strong>br</strong> />

informações para a Presidência do Setor Mundial, cuja função é elaborar estratégias<<strong>br</strong> />

para o tipo de produto ou serviço ao qual é responsável e, também, para a<<strong>br</strong> />

presidência do país, que responde por todas as unidades locais.<<strong>br</strong> />

Para a organização, a necessidade da existência da presidência do país<<strong>br</strong> />

destina-se a reportar à direção mundial as informações consolidadas de todos os<<strong>br</strong> />

setores da organização dentro desse país e definir as melhores estratégias em<<strong>br</strong> />

termos políticos e gerais para toda a organização.


92<<strong>br</strong> />

Assim, a presidência mundial, ou administração corporativa de todo o grupo,<<strong>br</strong> />

tem a oportunidade de elaborar dois tipos específicos de estratégia: a primeira<<strong>br</strong> />

direciona-se por setor, resultante das informações recebidas das respectivas<<strong>br</strong> />

presidências mundiais de cada setor; e a segunda é feita por país, escolhendo a<<strong>br</strong> />

melhor forma de atuação em relação às políticas internas, resultantes das<<strong>br</strong> />

informações consolidadas pela presidência de cada país.<<strong>br</strong> />

Cabe à presidência de cada setor <strong>com</strong>andar todas as diretorias distribuídas<<strong>br</strong> />

nos diversos países referentes ao grupo de negócio em questão, estabelecer<<strong>br</strong> />

as metas e definir as diretrizes de acordo <strong>com</strong> os objetivos estabelecidos<<strong>br</strong> />

pela presidência mundial, que é o mais alto nível da Administração Corporativa<<strong>br</strong> />

do grupo.<<strong>br</strong> />

Comparando-se a estrutura da organização analisada (conforme apresentada<<strong>br</strong> />

na Figura 12 na página anterior) <strong>com</strong> a teoria pesquisada referente à aplicação da<<strong>br</strong> />

Administração Corporativa, definida por Hitt, Ireland e Hoskisson em 2002,<<strong>br</strong> />

(representada na Figura 1, deste trabalho) é possível notar que além de cumprir os<<strong>br</strong> />

níveis estabelecidos por essa teoria, ainda acrescentou os níveis denominados<<strong>br</strong> />

Presidência do País e do Setor.<<strong>br</strong> />

4.4 A CARACTERIZAÇÃO DA UNIDA<strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

A unidade estudada se refere à direção de uma planta pertence ao segmento<<strong>br</strong> />

Power Environment, que destaca-se por ser a principal do setor Power na América<<strong>br</strong> />

Latina. Possui uma estrutura matricial, e seus profissionais estão dispostos de<<strong>br</strong> />

maneira funcional.<<strong>br</strong> />

Está dividida internamente em oito departamentos, denominados<<strong>br</strong> />

Superintendências, de Suprimentos, Qualidade, Engenharia, Planejamento,


93<<strong>br</strong> />

Gerência de Projetos, Manufatura, Controladoria e de Montagem Externa ou<<strong>br</strong> />

Montagem do equipamento na o<strong>br</strong>a.<<strong>br</strong> />

Possui, também, outros departamentos <strong>com</strong>o Comunicação, Recursos<<strong>br</strong> />

Humanos, Comercial, Legal, Financeiro e Administração de Instalações, que não<<strong>br</strong> />

foram considerados <strong>com</strong>o fonte de dados para a pesquisa, pois não são vinculados<<strong>br</strong> />

à direção da planta estudada; são funções corporativas, diretamente ligadas à<<strong>br</strong> />

Direção do Setor no país.<<strong>br</strong> />

A Figura 13 apresenta a organização geral da unidade <strong>com</strong> seus<<strong>br</strong> />

departamentos corporativos; enfatiza a planta objeto do estudo, sua configuração<<strong>br</strong> />

interna e demonstra as áreas escolhidas para a aplicação da pesquisa.<<strong>br</strong> />

DIRETORIA<<strong>br</strong> />

SETOR A<<strong>br</strong> />

REC. HUMANOS<<strong>br</strong> />

COMERCIAL<<strong>br</strong> />

LEGAL<<strong>br</strong> />

A. INSTALAÇÕES<<strong>br</strong> />

Superintendências<<strong>br</strong> />

COMUNICAÇÃO<<strong>br</strong> />

SUPRIMENTOS<<strong>br</strong> />

GERÊNCIA PROJ.<<strong>br</strong> />

DIRETORIA<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong> PLANTA<<strong>br</strong> />

QUALIDA<strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

ENGENHARIA<<strong>br</strong> />

MANUFATURA<<strong>br</strong> />

CONTROLADORIA<<strong>br</strong> />

PLANEJAMENTO<<strong>br</strong> />

MONTAGEM EXT.<<strong>br</strong> />

Figura 13 - Organograma Geral da Organização<<strong>br</strong> />

Devido ao tipo de produtos e serviços que produz e executa, a empresa é<<strong>br</strong> />

operacionalizada por projetos, o que significa que a cada nova venda é<<strong>br</strong> />

desenvolvido, fa<strong>br</strong>icado e montado um equipamento e/ou serviço diferenciado e<<strong>br</strong> />

específico, que atenda às diferentes necessidades do local onde o equipamento ou<<strong>br</strong> />

serviço é solicitado.


94<<strong>br</strong> />

Esse tipo de atuação exige que a organização desenvolva alto nível de<<strong>br</strong> />

tecnologia para atender às características únicas de cada projeto. No caso<<strong>br</strong> />

específico dessa empresa, os exemplos que se destacam são: tipo de solo (úmido,<<strong>br</strong> />

arenoso, irregular, entre outros), existência de abalos sísmicos, ambientes de alta<<strong>br</strong> />

corrosividade, submersos e grandes ou pequenos espaços físicos, entre outros.<<strong>br</strong> />

Para o funcionamento desse tipo de organização, os departamentos devem<<strong>br</strong> />

trabalhar em constante interação uns <strong>com</strong> os outros, principalmente os<<strong>br</strong> />

departamentos de Engenharia, Qualidade e Suprimentos, pois a cada novo<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de projeto da Engenharia os departamentos de Qualidade e<<strong>br</strong> />

Suprimentos necessitam se adaptar desenvolvendo novos fornecedores, avaliando<<strong>br</strong> />

diferentes processos de fa<strong>br</strong>icação e controle de qualidade.<<strong>br</strong> />

Dentro desse contexto, esta pesquisa optou por utilizar o tipo de amostra não<<strong>br</strong> />

probabilística, por acessibilidade ou conglomerado, nos três departamentos<<strong>br</strong> />

escolhidos para a análise, considerados o caminho crítico da organização. Ou seja,<<strong>br</strong> />

um atraso na fase de Engenharia acarreta, diretamente, a necessidade do<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de um plano de ação, pelas áreas de Qualidade e Suprimentos, a<<strong>br</strong> />

fim de minimizar ou recuperar o atraso. Isto ocorre devido o término da fase de<<strong>br</strong> />

Engenharia, também denominado “as saídas” do processo, serem “as entradas” para<<strong>br</strong> />

a o início das atividades de Qualidade e Suprimentos.<<strong>br</strong> />

Os demais departamentos e sua respectiva importância não estão aqui<<strong>br</strong> />

mencionados por não serem foco desta pesquisa.<<strong>br</strong> />

4.5 SÍNTESE DA OPERAÇÃO DA UNIDA<strong>DE</strong> E <strong>DOS</strong> <strong>DE</strong>PARTAMENTOS<<strong>br</strong> />

A organização divide a distribuição de suas Superintendências, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

mão-de-o<strong>br</strong>a direta, quando a ação está diretamente ligada ao desenvolvimento e


95<<strong>br</strong> />

conclusão dos produtos e serviços, <strong>com</strong>o a Superintendência de Engenharia,<<strong>br</strong> />

Manufatura, Qualidade e Montagem no Campo, e de atividades de<<strong>br</strong> />

suporte, ou seja, quando sua ação não altera de forma direta o produto ou serviço,<<strong>br</strong> />

mas são atividades que asseguram o correto funcionamento das áreas<<strong>br</strong> />

mencionadas, <strong>com</strong>o as Superintendências de Gerência de Projetos, Planejamento,<<strong>br</strong> />

Suprimentos e Financeira.<<strong>br</strong> />

Para o entendimento da escolha dos departamentos foco da análise e sua<<strong>br</strong> />

respectiva importância dentro do contexto desse tipo de organização, torna-se<<strong>br</strong> />

necessária uma <strong>br</strong>eve apresentação e contextualização da forma de atuação dessas<<strong>br</strong> />

áreas da empresa.<<strong>br</strong> />

A Figura 14 representa a distribuição das atividades referentes à mão-de-o<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />

direta e indireta, assim <strong>com</strong>o a distribuição e funcionamento dos departamentos<<strong>br</strong> />

da organização.<<strong>br</strong> />

Atividades de Suporte<<strong>br</strong> />

Atividades de mão-de-o<strong>br</strong>a direta<<strong>br</strong> />

PLANEJAMENTO<<strong>br</strong> />

ENGENHARIA<<strong>br</strong> />

GERÊNCIA <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

PROJETOS<<strong>br</strong> />

MANUFATURA<<strong>br</strong> />

QUALIDA<strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

SUPRIMENTOS<<strong>br</strong> />

FINANCEIRO<<strong>br</strong> />

MONTAGEM NO CAMPO<<strong>br</strong> />

Figura 14 - Distribuição das Atividades nos Departamentos da Organização<<strong>br</strong> />

No momento da elaboração de propostas de vendas, ou para participação em<<strong>br</strong> />

Licitações, a área primeiramente envolvida é a Comercial, responsável pelos


96<<strong>br</strong> />

contatos <strong>com</strong>erciais e elaboração de propostas e contratos. Esse departamento é<<strong>br</strong> />

auxiliado pelo Anteprojeto, área pertencente à Engenharia, responsável pelos<<strong>br</strong> />

cálculos nessa fase, que, por sua vez, quando necessário, envolve a área de<<strong>br</strong> />

Planejamento e Manufatura e Suprimentos para elaboração de cronogramas de<<strong>br</strong> />

fa<strong>br</strong>icação e cotações, entre outros.<<strong>br</strong> />

Quando da venda de um novo projeto, o departamento de Gerência de<<strong>br</strong> />

Projetos define um gerente responsável que será o representante da empresa<<strong>br</strong> />

perante o cliente; o elo entre o cliente e a organização por meio de um contrato.<<strong>br</strong> />

A primeira atividade do gerente escolhido consiste em elaborar o cronograma<<strong>br</strong> />

de execução do projeto. Nessa atividade é auxiliado pelo departamento de<<strong>br</strong> />

Planejamento e, posteriormente, pela área Financeira, que o assiste na distribuição<<strong>br</strong> />

e a<strong>com</strong>panhamento dos investimentos e gastos a serem executados.<<strong>br</strong> />

Como conclusão da primeira fase tem-se a reunião de início de en<strong>com</strong>enda,<<strong>br</strong> />

quando o gerente de projeto apresenta as características do produto ou serviço<<strong>br</strong> />

vendido, o cronograma de fa<strong>br</strong>icação, além de outros itens para todos os outros<<strong>br</strong> />

departamentos que irão trabalhar direta ou indiretamente no respectivo projeto.<<strong>br</strong> />

Desse modo, todos <strong>com</strong>eçam a se organizar internamente para desenvolver as<<strong>br</strong> />

atividades conforme as necessidades apresentadas para a execução do projeto.<<strong>br</strong> />

Nessa fase, o primeiro departamento a entrar em operação é o de<<strong>br</strong> />

Engenharia, que atua a fim de traduzir as características e necessidades solicitadas<<strong>br</strong> />

pelos clientes nos contratos em projetos específicos para atendimento<<strong>br</strong> />

dessas particularidades.<<strong>br</strong> />

Em seqüência, as áreas a entrarem em operação são: Manufatura,<<strong>br</strong> />

Suprimentos e da Qualidade, pois respectivamente necessitam planejar e adaptar a<<strong>br</strong> />

produção, a localização e desenvolvimento de novos fornecedores e definição das


97<<strong>br</strong> />

inspeções e qualificação dos novos processos e fornecedores para atenderem as<<strong>br</strong> />

especificidades solicitadas.<<strong>br</strong> />

Na conclusão dessas últimas atividades, as sub-áreas de Almoxarifado e<<strong>br</strong> />

Expedição, pertencentes ao departamento de Planejamento, em conjunto <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

área de Montagem de Campo, se encarregam da saída do material e preparação<<strong>br</strong> />

para início de funcionamento no campo.<<strong>br</strong> />

Dentro desse contexto, a empresa necessita desenvolver ferramentas de<<strong>br</strong> />

mensuração de desempenho capazes de controlar as diversas fases de seus<<strong>br</strong> />

processos, para a identificação de possíveis caminhos críticos, oportunidades de<<strong>br</strong> />

melhoria e verificação do processo.<<strong>br</strong> />

4.6 O ATUAL SISTEMA <strong>DE</strong> MEDIÇÃO DA EMPRESA<<strong>br</strong> />

O sistema de medição da empresa tem evoluído nos últimos anos e o<<strong>br</strong> />

conceito da importância da utilização de ferramentas de mensuração de<<strong>br</strong> />

desempenho, convergentes <strong>com</strong> as metas da administração corporativa, está<<strong>br</strong> />

intrínseco em todas as unidades da organização devido aos investimentos que estão<<strong>br</strong> />

sendo direcionados gradativamente, mas isso que não significa que já estejam<<strong>br</strong> />

operando de acordo <strong>com</strong> as metodologias atuais e que todas as unidades possuam<<strong>br</strong> />

a mesma ferramenta.<<strong>br</strong> />

Na unidade foco da pesquisa, até o momento da análise cada departamento<<strong>br</strong> />

da empresa desenvolvia e atualizava seu sistema de medição, formado, na maioria<<strong>br</strong> />

dos casos, por indicadores de desempenho apresentados em forma de planilhas e<<strong>br</strong> />

gráficos, <strong>com</strong> o objetivo de ser de fácil entendimento e identificação.<<strong>br</strong> />

Até o ano 2002 cada departamento escolhia a forma de elaboração e de<<strong>br</strong> />

divulgação dos dados. O departamento de Engenharia, por exemplo, afixava-os em


98<<strong>br</strong> />

um quadro próximo à porta de entrada da seção e eram analisados em reuniões<<strong>br</strong> />

semanais. Em outras áreas, a mesma metodologia não era aplicada; algumas não<<strong>br</strong> />

possuíam um sistema de medição analisado periodicamente, em outras os dados,<<strong>br</strong> />

quando analisados, muitas vezes ficavam centralizados somente <strong>com</strong> os respectivos<<strong>br</strong> />

superintendentes e diretoria, sem acesso a todos os colaboradores.<<strong>br</strong> />

Em todos os casos, o sistema de medição era impreciso, pois acabava tendo<<strong>br</strong> />

a função somente de apresentar informações do passado, não possibilitando a<<strong>br</strong> />

visualização da situação e possível ação de melhoria em tempo hábil.<<strong>br</strong> />

Não era in<strong>com</strong>um os departamentos <strong>com</strong>eterem erros que acabavam por<<strong>br</strong> />

prejudicar ou dificultar a visão conjunta da organização, pois não desenvolviam<<strong>br</strong> />

indicadores de desempenho suficientes para a análise ampla de cada contexto; não<<strong>br</strong> />

atentavam para a periodicidade de manutenção e atualização dos indicadores, e não<<strong>br</strong> />

estabeleciam metas coerentes e convergentes <strong>com</strong> o objetivo da empresa. Dessa<<strong>br</strong> />

forma, podia-se, também, observar problemas nas auditorias para a manutenção da<<strong>br</strong> />

certificação ISO na empresa.<<strong>br</strong> />

Em 2003, a empresa optou por desenvolver um software e foi escolhida a<<strong>br</strong> />

plataforma Lotus Notes, ferramenta utilizada principalmente no envio e recebimento<<strong>br</strong> />

de mensagens; para sua aplicação, a fim de centralizar os indicadores<<strong>br</strong> />

desenvolvidos em todos os departamentos em um único sistema; <strong>com</strong> a finalidade<<strong>br</strong> />

de facilitar a visão da empresa em relação à situação geral; conhecer a posição de<<strong>br</strong> />

cada departamento, garantir informações atualizadas para as auditorias do sistema<<strong>br</strong> />

de Gestão da Qualidade e incentivar a melhoria contínua nos processos.<<strong>br</strong> />

Essa alteração gerou resultados positivos para a organização, pois<<strong>br</strong> />

tornou possível uma análise geral da unidade, a partir da análise dos indicadores de<<strong>br</strong> />

cada departamento.


99<<strong>br</strong> />

No entanto, <strong>com</strong> o uso continuado dessa ferramenta nos anos seguintes, e<<strong>br</strong> />

também devido a observância de que o sistema de medição ainda necessitava de<<strong>br</strong> />

melhorias, foi possível verificar que ainda faltava controle em vários processos<<strong>br</strong> />

chaves da organização.<<strong>br</strong> />

No final do ano de 2005 e decorrer de 2006, a organização definiu que o<<strong>br</strong> />

Balanced Scorecard seria a ferramenta a ser utilizada para aperfeiçoamento de seu<<strong>br</strong> />

sistema de indicadores de desempenho. A Administração Corporativa iniciou, então,<<strong>br</strong> />

o processo de disseminação e treinamento para a utilização da ferramenta, e<<strong>br</strong> />

algumas unidades européias foram as pioneiras na utilização. A unidade objeto de<<strong>br</strong> />

estudo <strong>com</strong>eçou a receber informações referentes aos benefícios da definição de<<strong>br</strong> />

indicadores de desempenho conforme essa metodologia.<<strong>br</strong> />

Nesse ambiente de transição, a presente pesquisa foi aplicada. Como a<<strong>br</strong> />

unidade foco do estudo já possuía um sistema de indicadores de desempenho em<<strong>br</strong> />

uso, este estudo optou por analisar esse sistema, a fim de identificar o seu<<strong>br</strong> />

enquadramento dentro dos conceitos do Balanced Scorecard.<<strong>br</strong> />

4.7 CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES RELACIONADAS À METODOLOGIA DA <strong>ANÁLISE</strong><<strong>br</strong> />

Analisando a organização <strong>com</strong>o um todo, é possível notar que a<<strong>br</strong> />

Administração Corporativa do grupo não possui um mesmo sistema de medição<<strong>br</strong> />

implementado em todas as Unidades Estratégicas de Negócios, pois embora seja de<<strong>br</strong> />

conhecimento a opção pela utilização do BSC, esse sistema não está em<<strong>br</strong> />

andamento em todas as unidades.<<strong>br</strong> />

Como cada unidade está recebendo a diretriz corporativa para utilização<<strong>br</strong> />

dessa ferramenta, entende-se que a primeira fase é definir qual é a melhor proposta<<strong>br</strong> />

para a sua aplicação efetiva.


100<<strong>br</strong> />

A metodologia do BSC busca o sentido top-down, pois se destina a descrever<<strong>br</strong> />

e <strong>com</strong>unicar a estratégia do mais alto nível da organização até a execução do<<strong>br</strong> />

trabalho. Desse modo, para o desenvolvimento de um sistema de indicadores<<strong>br</strong> />

de desempenho coerente <strong>com</strong> essa metodologia, Kaplan e Norton (2004b) sugerem<<strong>br</strong> />

iniciar pela Alta Administração para a identificação das fases a serem seguidas,<<strong>br</strong> />

conforme Figura 15.<<strong>br</strong> />

Missão<<strong>br</strong> />

Por que existimos<<strong>br</strong> />

Valores<<strong>br</strong> />

O que é importante para nós<<strong>br</strong> />

Visão<<strong>br</strong> />

O que queremos ser<<strong>br</strong> />

Estratégia<<strong>br</strong> />

Nosso plano de jogo ou plano de vôo<<strong>br</strong> />

Mapa estratégico<<strong>br</strong> />

Traduz a Estratégia<<strong>br</strong> />

Balanced Scorecard<<strong>br</strong> />

Mensuração e foco<<strong>br</strong> />

Metas e iniciativas<<strong>br</strong> />

O que precisamos fazer<<strong>br</strong> />

Resultados estratégicos<<strong>br</strong> />

Acionistas<<strong>br</strong> />

satisfeitos<<strong>br</strong> />

Clientes<<strong>br</strong> />

encantados<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

Processos<<strong>br</strong> />

eficientes e<<strong>br</strong> />

eficazes<<strong>br</strong> />

Colaboradores<<strong>br</strong> />

motivados e<<strong>br</strong> />

preparados<<strong>br</strong> />

Figura 15 - O Balanced Scorecard é uma Fase de um Processo Contínuo<<strong>br</strong> />

Fonte: Kaplan e Norton (2004b)<<strong>br</strong> />

Para os mesmos autores, as empresas freqüentemente estão optando por<<strong>br</strong> />

utilizar 20 a 25 indicadores estratégicos distribuídos nas quatro perspectivas para a


aplicação do BSC, contudo, somente essas medidas não substituem a utilização de<<strong>br</strong> />

um sistema de medição em cada operação.<<strong>br</strong> />

101<<strong>br</strong> />

Kaplan e Norton (1997) afirmam que o BSC deve ser implementado <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

uma ferramenta de estratégia única, mas é necessário identificar a diferença entre a<<strong>br</strong> />

utilização de medidas estratégicas de uma organização e as medidas de<<strong>br</strong> />

diagnóstico. As medidas estratégicas visam ser suficientemente capazes de definir a<<strong>br</strong> />

estratégia da unidade de negócios, enquanto as medidas de diagnóstico são para<<strong>br</strong> />

monitorar se a unidade está <strong>com</strong> o controle da situação e avisar quando ocorrer<<strong>br</strong> />

acontecimentos que precisem de atenção.<<strong>br</strong> />

Dessa forma, a empresa precisa de um conjunto de medidas estratégicas<<strong>br</strong> />

para a análise da sua estratégia enquanto unidade de negócios, que devem ser<<strong>br</strong> />

suportadas pela quantidade de medidas de diagnóstico ideal para garantir o<<strong>br</strong> />

monitoramento dos processos.<<strong>br</strong> />

4.8 PROPOSTA <strong>DE</strong> <strong>ANÁLISE</strong> APOIADA NO BSC<<strong>br</strong> />

A metodologia do BSC prevê alguns pontos chaves para sua implantação,<<strong>br</strong> />

embora os autores também afirmem, em todas as suas publicações, a versatilidade<<strong>br</strong> />

do sistema em adaptar-se às necessidades particulares de cada empresa,<<strong>br</strong> />

apresentando alguns exemplos de utilização.<<strong>br</strong> />

No caso específico deste trabalho, os primeiros passos realizados foram o<<strong>br</strong> />

levantamento da condição da empresa no momento da análise, a verificação da<<strong>br</strong> />

disponibilidade e acessibilidade dos dados necessários para a viabilização da<<strong>br</strong> />

pesquisa e as informações necessárias para atingir o objetivo proposto.


102<<strong>br</strong> />

Foi considerada a necessidade de estabelecer alguns parâmetros que<<strong>br</strong> />

pudessem garantir a confiabilidade das informações coletadas, portanto, para a<<strong>br</strong> />

elaboração da proposta de implantação do BSC, na empresa foco do estudo, foram<<strong>br</strong> />

levantados três pontos julgados chaves:<<strong>br</strong> />

• levantamento da revisão bibliográfica necessária;<<strong>br</strong> />

• caracterização da unidade de caso, identificando sistema de medição de<<strong>br</strong> />

desempenho atual e suas necessidades futuras, segundo solicitação da<<strong>br</strong> />

Administração Corporativa; e<<strong>br</strong> />

• adaptação do modelo estudado à realidade da empresa, conforme<<strong>br</strong> />

considerações a seguir.<<strong>br</strong> />

Com base nos estudos utilizados até esta fase, identificou-se que o modelo<<strong>br</strong> />

BSC é uma ferramenta ampla a ser utilizada pela Administração Corporativa para a<<strong>br</strong> />

análise de suas respectivas Unidades Estratégicas de Negócios, mas, que também,<<strong>br</strong> />

pode ser utilizada pela diretoria de cada unidade, na elaboração de suas estratégias,<<strong>br</strong> />

e por departamentos, mesmo que não apresentem uma amplitude <strong>com</strong>plexa ao nível<<strong>br</strong> />

de uma unidade organizacional.<<strong>br</strong> />

Tal afirmação pode ser validada verificando-se algumas das considerações<<strong>br</strong> />

feitas pelos próprios autores da metodologia em relação à escolha da aplicabilidade<<strong>br</strong> />

do modelo em questão.<<strong>br</strong> />

Kaplan e Norton (1997, p. 37) discutem que “dada a diversidade da maioria<<strong>br</strong> />

das empresas, no entanto, a elaboração de um scorecard em nível corporativo<<strong>br</strong> />

talvez, não seja a maneira mais fácil de <strong>com</strong>eçar”.<<strong>br</strong> />

Ainda Kaplan e Norton (1997, p. 175) afirmam que “o Balanced Scorecard<<strong>br</strong> />

deve refletir a estrutura da organização para qual a estratégia é formulada”, porém,


103<<strong>br</strong> />

quando analisa-se o nível de <strong>com</strong>plexidade de sua aplicação inicial em nível<<strong>br</strong> />

corporativo, também indica-se sua aplicação para outras unidades organizacionais<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o, por exemplo, “departamentos de apoio empresas e unidades de negócios”.<<strong>br</strong> />

Para os autores (1997, p. 177), “As estratégias, os objetivos e as medidas das<<strong>br</strong> />

unidades operacionais individuais provavelmente são tão diversos que não podem<<strong>br</strong> />

ser facilmente agregados em um scorecard corporativo”.<<strong>br</strong> />

A fim de exemplificar as diferentes razões que levam as empresas a<<strong>br</strong> />

utilizarem o Balanced Scorecard, Kaplan e Norton (1997) apresentam alguns dos<<strong>br</strong> />

motivos mais <strong>com</strong>uns, apresentados na Figura 16.<<strong>br</strong> />

Obter Clareza e Consenso<<strong>br</strong> />

em Relação à Estratégia<<strong>br</strong> />

Alcançar Foco<<strong>br</strong> />

Desenvolver Liderança<<strong>br</strong> />

Construir<<strong>br</strong> />

um<<strong>br</strong> />

Balanced<<strong>br</strong> />

Scorecard<<strong>br</strong> />

Intervenção Estratégica<<strong>br</strong> />

Educar a Organização<<strong>br</strong> />

Criar um<<strong>br</strong> />

Novo<<strong>br</strong> />

Sistema<<strong>br</strong> />

Gerencial<<strong>br</strong> />

Estabelecer Metas<<strong>br</strong> />

Estratégicas<<strong>br</strong> />

Alinhar Programas e<<strong>br</strong> />

Investimentos<<strong>br</strong> />

Criar um Sistema de<<strong>br</strong> />

Feedback<<strong>br</strong> />

Figura 16 - Motivos Identificados pelas Organizações para Utilização do BSC<<strong>br</strong> />

Fonte: Adaptado de Kaplan e Norton (1997)


104<<strong>br</strong> />

Das razões apresentadas, o propósito inicial de implantação do BSC nos<<strong>br</strong> />

departamentos da organização objeto do estudo são a intervenção estratégica e o<<strong>br</strong> />

alinhamento de programas e investimentos. Desse modo, devido a <strong>com</strong>plexidade<<strong>br</strong> />

encontrada para a definição de um BSC no nível de Unidade Estratégica de<<strong>br</strong> />

Negócios e a existência da possibilidade de aplicar a metodologia em<<strong>br</strong> />

departamentos de apoio da organização, o objetivo principal desta pesquisa é<<strong>br</strong> />

analisar um exemplo prático de<<strong>br</strong> />

utilização de indicadores que auxiliem na<<strong>br</strong> />

focalização das metas e sua formulação conforme metodologia proposta.<<strong>br</strong> />

Este trabalho optou por analisar o sistema de medição de três departamentos<<strong>br</strong> />

considerados críticos dentro da empresa objeto do estudo. Nesse contexto, a<<strong>br</strong> />

proposta é analisar sentido inverso, ou seja, down-top, nas áreas escolhidas para<<strong>br</strong> />

a pesquisa. Serão apresentados todos os indicadores de desempenho encontrados<<strong>br</strong> />

e feito um estudo exploratório a fim de identificar possíveis melhorias para<<strong>br</strong> />

seu enquadramento, segundo critérios do BSC. Esta proposta pode ser visualizada<<strong>br</strong> />

na Figura 17.<<strong>br</strong> />

Fases da<<strong>br</strong> />

pesquisa<<strong>br</strong> />

Análise do sistema<<strong>br</strong> />

de medição do<<strong>br</strong> />

departamento<<strong>br</strong> />

Enquadramento<<strong>br</strong> />

nas perspectivas<<strong>br</strong> />

do BSC<<strong>br</strong> />

Para posterior<<strong>br</strong> />

suporte ao BSC da<<strong>br</strong> />

UEN<<strong>br</strong> />

Para posterior<<strong>br</strong> />

suporte ao BSC<<strong>br</strong> />

Administração<<strong>br</strong> />

Corporativa<<strong>br</strong> />

Figura 17 - Fases da Pesquisa


105<<strong>br</strong> />

Parte-se do pressuposto que cada departamento deve iniciar uma análise de<<strong>br</strong> />

seu atual sistema de medição e providenciar melhorias, quando aplicáveis para a<<strong>br</strong> />

estruturação apoiada na metodologia do BSC.<<strong>br</strong> />

Acredita-se que <strong>com</strong> essa análise a empresa conseguirá disseminar os<<strong>br</strong> />

benefícios da metodologia proposta, envolver um número maior de pessoas no<<strong>br</strong> />

processo e preparar toda a equipe para facilitar a implantação no nível da unidade.<<strong>br</strong> />

A fim de iniciar o processo de análise do atual sistema de medição do<<strong>br</strong> />

desempenho foi estabelecida a seguinte seqüência de tarefas:<<strong>br</strong> />

• definição das áreas foco do estudo: para a definição das áreas focos do<<strong>br</strong> />

estudo foram consideradas três áreas produtivas, ou seja, aquelas cujos<<strong>br</strong> />

resultados de suas atividades causam interferência direta umas nas outras<<strong>br</strong> />

e também nos produtos ou serviços oferecidos pela organização;<<strong>br</strong> />

• definição do período de medição: a Administração Corporativa<<strong>br</strong> />

determina, em todas as suas Unidades Estratégicas de Negócios, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

ano fiscal para a organização o período <strong>com</strong>preendido entre o mês de a<strong>br</strong>il<<strong>br</strong> />

de um ano até o mês de março do ano subseqüente. No final desse mês<<strong>br</strong> />

cada UEN executa o seu balanço, apresenta os resultados obtidos no<<strong>br</strong> />

período, e encaminha para a Administração Corporativa, que se encarrega<<strong>br</strong> />

de consolidar todos os resultados para a análise e informação so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

situação geral do grupo. Dentro desse contexto, para fins desta pesquisa,<<strong>br</strong> />

foram somente considerados os modelos de indicadores de desempenho<<strong>br</strong> />

utilizados e desenvolvidos durante o último período fiscal já encerrado, de<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>il de 2005 a março de 2006;<<strong>br</strong> />

• definição da coleta de dados: a organização possui uma ferramenta<<strong>br</strong> />

oficial para a colocação e análise de seu sistema de medição. Cada


106<<strong>br</strong> />

departamento é responsável pela inserção e atualização dos indicadores<<strong>br</strong> />

de desempenho chave de seus processos. Embora algumas vezes<<strong>br</strong> />

possam possuir outras ferramentas de medição em suas respectivas<<strong>br</strong> />

áreas, foram desconsiderados <strong>com</strong>o fonte de dados para este estudo por<<strong>br</strong> />

se tratarem de ferramentas específicas de cada área que podem ser<<strong>br</strong> />

utilizadas ou descontinuadas, dependendo da aprovação de seus<<strong>br</strong> />

gestores, não sendo indicadores chave para uma análise global. Dessa<<strong>br</strong> />

maneira, foram considerados somente os modelos dispostos na base de<<strong>br</strong> />

dados oficial da empresa;<<strong>br</strong> />

• definição do material utilizado: considera-se <strong>com</strong>o fonte de dados para<<strong>br</strong> />

a pesquisa somente os modelos de indicadores de desempenho utilizados<<strong>br</strong> />

para o controle das superintendências focos do estudo, pois não se<<strong>br</strong> />

pretende, neste trabalho, desenvolver um sistema de medição para a<<strong>br</strong> />

organização em estudo, portanto, todos os valores, metas, prazos e<<strong>br</strong> />

espaço de tempo apresentados foram alterados a fim de salvaguardar as<<strong>br</strong> />

informações oficiais da organização que optou por ficar anônima;<<strong>br</strong> />

• análise do processo de medição de cada departamento: cada<<strong>br</strong> />

departamento foi analisado de forma individualizada. Sua adequação ao<<strong>br</strong> />

modelo proposto tornou possível identificar possíveis oportunidades de<<strong>br</strong> />

melhorias; e<<strong>br</strong> />

• análise geral dos dados: a organização estudada possui oito<<strong>br</strong> />

superintendências, das quais três tiveram suas ferramentas de medição<<strong>br</strong> />

analisadas nesta pesquisa. Dessa forma, quando da análise geral dos<<strong>br</strong> />

dados, conforme metodologia do BSC, foi possível supor a tendência na<<strong>br</strong> />

escolha de seu sistema de medição e sugerir melhorias.


107<<strong>br</strong> />

Assim, a amostra considerada para esta pesquisa é de um total de 18<<strong>br</strong> />

indicadores de desempenho, dos quais quatro modelos são referentes<<strong>br</strong> />

ao departamento de Engenharia, seis são da área de Qualidade e oito são<<strong>br</strong> />

de Suprimentos.<<strong>br</strong> />

A fim de facilitar a análise geral dos indicadores de desempenho encontrados<<strong>br</strong> />

e sua distinção, esta pesquisa optou por definir a criação de uma ordenação<<strong>br</strong> />

seqüencial para cada modelo: I1, I2, I3 e assim sucessivamente. A amostra de<<strong>br</strong> />

estudo está representada no Quadro 9.<<strong>br</strong> />

Área Indicador Unidade de medida Medição<<strong>br</strong> />

Engenharia I1 - Eficiência da Engenharia Q. horas /grau avanço mensal<<strong>br</strong> />

Engenharia I2 - Eficácia da Engenharia Gasto em horas mensal<<strong>br</strong> />

Engenharia I3 - Impacto do Retrabalho Unidade monetária mensal<<strong>br</strong> />

Engenharia I4 - A<strong>com</strong>panhamento de Projeto Cumprimento marcos mensal<<strong>br</strong> />

Qualidade I5 - Eficiência Eng. Qualidade Horas gastas mensal<<strong>br</strong> />

Qualidade I6 - Eficiência Insp. Externa Unidade monetária mensal<<strong>br</strong> />

Qualidade I7 - Eficácia Eng. Qualidade Quantidade Não Conf. O<strong>br</strong>a mensal<<strong>br</strong> />

Qualidade I8 - Eficiência da Metrologia Cali<strong>br</strong>ação fora prazo mensal<<strong>br</strong> />

Qualidade I9 - Eficiência do Laboratório Ensaios fora prazo mensal<<strong>br</strong> />

Qualidade I10 - Eficiência da Garantia Qualid. Horas necessárias mensal<<strong>br</strong> />

Suprimentos I11 - V. Gasto Relação ao Orçado Unidade monetária mensal<<strong>br</strong> />

Suprimentos I12 - Aquisição Fora do Prazo Dias mensal<<strong>br</strong> />

Suprimentos I13 - Aquisição no País Total de aquisição mensal<<strong>br</strong> />

Suprimentos I14 - Quantidade de RNC Quantidade de RNC mensal<<strong>br</strong> />

Suprimentos<<strong>br</strong> />

I15 - Quantidade de RNC<<strong>br</strong> />

Resolvida<<strong>br</strong> />

Quantidade de RNC<<strong>br</strong> />

Resolvida<<strong>br</strong> />

mensal<<strong>br</strong> />

Suprimentos I16 - Valor de Pedidos de Compra Quantidade de pedidos mensal<<strong>br</strong> />

Suprimentos I17 - Valor Médio dos PCs Valor médio por pedido mensal<<strong>br</strong> />

Suprimentos I18 - Rotatividade de Trabalho Mudança colaborador mensal<<strong>br</strong> />

Quadro 9 - Amostra Total de Indicadores Analisados<<strong>br</strong> />

Foi analisado detalhadamente cada modelo de indicador de desempenho<<strong>br</strong> />

apresentado, a fim de identificar sua função para os departamentos e para a


108<<strong>br</strong> />

organização e assim, conseqüentemente, tornar possível a identificação em qual<<strong>br</strong> />

perspectiva do BSC se encaixa.<<strong>br</strong> />

Não se pretende que os indicadores a serem apresentados representem um<<strong>br</strong> />

conjunto decisivo e fechado; busca-se o contrário, abordar a elaboração de uma<<strong>br</strong> />

plataforma estruturada, que permita integrar novos controles ou alteração dos<<strong>br</strong> />

existentes em virtude da implantação da melhoria contínua, alteração de processos,<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de novos produtos e solicitação corporativa, entre outros, dada as<<strong>br</strong> />

necessidades específicas de cada realidade em questão.<<strong>br</strong> />

4.9 <strong>DE</strong>SCRIÇÃO <strong>DOS</strong> <strong>INDICADORES</strong> POR <strong>DE</strong>PARTAMENTO<<strong>br</strong> />

Para tornar possível o enquadramento dos indicadores existentes nas<<strong>br</strong> />

perspectivas sugeridas pelo Balanced Scorecard, esta pesquisa optou por<<strong>br</strong> />

estabelecer a verificação de alguns quesitos em cada modelo encontrado. São eles:<<strong>br</strong> />

• descrição sumária: visa apresentar sinteticamente o contexto ao qual se<<strong>br</strong> />

encontra o indicador;<<strong>br</strong> />

• identificação da unidade de medida: descrever as informações<<strong>br</strong> />

necessárias para a elaboração do indicador;<<strong>br</strong> />

• definição do objetivo do indicador: apresentar o motivo de seu<<strong>br</strong> />

desenvolvimento; a que se direciona;<<strong>br</strong> />

• classificação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC: identificar a que perspectiva do<<strong>br</strong> />

BSC pertence;<<strong>br</strong> />

• estabelecimento de metas;<<strong>br</strong> />

• metodologia do indicador: apresentar a forma utilizada para a coleta de<<strong>br</strong> />

dados; e<<strong>br</strong> />

• periodicidade: definir o período de medição.


109<<strong>br</strong> />

4.9.1 O Sistema de Medição da Engenharia<<strong>br</strong> />

Para a análise do sistema de medição da Engenharia, torna-se necessário<<strong>br</strong> />

entender a configuração desse departamento e a definição de suas principais<<strong>br</strong> />

atividades dentro da organização.<<strong>br</strong> />

Define-se <strong>com</strong>o atividades do departamento de Engenharia todas as ações<<strong>br</strong> />

desempenhadas na transformação das especificações do cliente; informações<<strong>br</strong> />

obtidas <strong>com</strong> a venda do produto ou serviço, consideradas <strong>com</strong>o os dados de entrada<<strong>br</strong> />

da Engenharia em projetos, desenhos e documentos técnicos; e os denominados<<strong>br</strong> />

dados de saída da Engenharia, destinados a fornecer todas as instruções técnicas<<strong>br</strong> />

para a fa<strong>br</strong>icação, <strong>com</strong>pra de materiais, tipo de embalagens, ao transporte e<<strong>br</strong> />

montagem do produto.<<strong>br</strong> />

Os dados de entrada, ou especificação do cliente, são todos os documentos<<strong>br</strong> />

recebidos quando da venda do produto e referentes a ele, <strong>com</strong>o: edital, contrato,<<strong>br</strong> />

orçamentos, proposta aprovada, registros estatutários, regulamentos, leis<<strong>br</strong> />

ambientais, normas e correspondências, entre outros.<<strong>br</strong> />

Os dados de saída da Engenharia são elaborados para atender as<<strong>br</strong> />

necessidades de cada projeto e podem variar, mas, em geral, referem-se à<<strong>br</strong> />

elaboração dos seguintes documentos: Memórias de Cálculo, Lista de Massa, Lista<<strong>br</strong> />

de Transporte, Especificação Técnica de Consulta, Especificação Técnica de<<strong>br</strong> />

Proposta, Folha de Informação de Horas de Engenharia, Resumo dos Requisitos<<strong>br</strong> />

para Fa<strong>br</strong>icação e Controle, Registro de Riscos Técnicos.<<strong>br</strong> />

No período foco do estudo foram encontrados quatro modelos de indicadores<<strong>br</strong> />

de desempenho utilizados <strong>com</strong> a finalidade de medir o desempenho da Engenharia,<<strong>br</strong> />

que verificavam o processo e permitiam a atuação corretiva quando necessário.<<strong>br</strong> />

Os modelos foram denominados: I1 - Indicador de Eficiência da Engenharia, I2 -


110<<strong>br</strong> />

Indicador de Eficácia da Engenharia, I3 - Indicador do Impacto do Retrabalho e I4 -<<strong>br</strong> />

Indicador de A<strong>com</strong>panhamento de Projeto. Esses modelos serão apresentados<<strong>br</strong> />

a seguir:<<strong>br</strong> />

4.9.1.1 Modelo I1 - Indicador de Eficiência da Engenharia<<strong>br</strong> />

Sua função é analisar a eficiência do departamento de Engenharia em relação<<strong>br</strong> />

às horas destinadas a determinado grau de avanço das atividades executadas,<<strong>br</strong> />

estabelecido durante a execução de cada projeto em andamento. Esse Indicador<<strong>br</strong> />

pode ser observado na Figura 18.<<strong>br</strong> />

1,60<<strong>br</strong> />

1,40<<strong>br</strong> />

1,20<<strong>br</strong> />

1,00<<strong>br</strong> />

0,80<<strong>br</strong> />

0,60<<strong>br</strong> />

0,40<<strong>br</strong> />

0,20<<strong>br</strong> />

-<<strong>br</strong> />

mês 1 mês 2 mês 3 mês 4 mês 5 mês 6<<strong>br</strong> />

MESES<<strong>br</strong> />

Projeto 1 Projeto 2 Projeto 3 META<<strong>br</strong> />

Nome: I1 - Indicador de Eficiência da Engenharia<<strong>br</strong> />

Setor: Engenharia<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Financeira<<strong>br</strong> />

Figura 18 - Indicador de Eficiência da Engenharia<<strong>br</strong> />

Descrição Sumária - quando da venda de um projeto, é estabelecido uma<<strong>br</strong> />

quantidade de horas a serem gastas e essas horas se referem ao montante vendido<<strong>br</strong> />

para cumprimento das atividades. Ultrapassar esse valor significa que o<<strong>br</strong> />

departamento não está sendo eficiente, ou seja, pode gerar dois tipos de perdas<<strong>br</strong> />

para a organização: a perda financeira, diretamente proporcional à quantidade de<<strong>br</strong> />

horas ultrapassadas em relação ao orçado, e a perda em prazo. Esta última pode


111<<strong>br</strong> />

ser ainda mais crítica, caso o cumprimento do respectivo cronograma esteja<<strong>br</strong> />

relacionado a um evento de faturamento, cuja demora possa representar perda do<<strong>br</strong> />

evento para a empresa ou a aplicação de multas devido ao atraso na entrega. Neste<<strong>br</strong> />

caso, somente não será problema para a organização se o atraso for absorvido em<<strong>br</strong> />

outra fase do projeto, <strong>com</strong>o na Manufatura, durante a fa<strong>br</strong>icação, ou em<<strong>br</strong> />

Suprimentos, caso se trate de um material a ser subcontratado.<<strong>br</strong> />

Identificação da unidade de medida - nome do projeto e respectivo coordenador<<strong>br</strong> />

responsável, quantidade de horas-homem orçadas e gastas no período e grau de<<strong>br</strong> />

avanço das atividades realizadas.<<strong>br</strong> />

Definição do objetivo do indicador - verificar se a quantidade de horas gastas<<strong>br</strong> />

para o respectivo grau de avanço está de acordo <strong>com</strong> o planejado em custos e<<strong>br</strong> />

escala de tempo.<<strong>br</strong> />

Classificação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC - financeira.<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de metas - deve ser menor ou igual a um, para garantir a<<strong>br</strong> />

realização das atividades conforme prazo e custo planejados.<<strong>br</strong> />

Metodologia do indicador - coletar o valor orçado para as atividades e verificar as<<strong>br</strong> />

tarefas já realizadas e avanço, calcular a diferença entre as horas gastas em relação<<strong>br</strong> />

as orçadas e após em relação ao respectivo grau de avanço, conforme Equação 1.<<strong>br</strong> />

Horas Gastas por Pr ojeto<<strong>br</strong> />

( )<<strong>br</strong> />

Horas Orçadas por Pr ojeto<<strong>br</strong> />

I1 = Grau de Avanço<<strong>br</strong> />

Equação 1<<strong>br</strong> />

Periodicidade - mensal.<<strong>br</strong> />

4.9.1.2 Modelo I2 - Indicador de Eficácia da Engenharia<<strong>br</strong> />

Sua função é analisar a eficácia da Engenharia na execução de suas<<strong>br</strong> />

atividades de projeto e, em caso de retrabalho, analisar o seu impacto para a área.


112<<strong>br</strong> />

Descrição Sumária - na execução de um projeto existem dois tipos de causa<<strong>br</strong> />

possíveis para a existência do retrabalho: uma positiva e uma negativa. Na primeira<<strong>br</strong> />

delas, o retrabalho é executado em uma determinada fase, <strong>com</strong> o objetivo de gerar<<strong>br</strong> />

lucro ou melhoria de processo em outra fase, <strong>com</strong>o, por exemplo, retrabalhar um<<strong>br</strong> />

projeto na Engenharia já finalizado, pois se desco<strong>br</strong>iu que tal alteração resultará em<<strong>br</strong> />

ganho de horas ou matéria-prima consideráveis no processo de manufatura ou maior<<strong>br</strong> />

facilidade na montagem do equipamento na o<strong>br</strong>a. Na segunda, o retrabalho é feito<<strong>br</strong> />

para a correção de um processo errôneo detectado, <strong>com</strong>o, por exemplo, erro de<<strong>br</strong> />

cálculo; neste caso busca-se identificar o agente causador para tornar possível a<<strong>br</strong> />

correção necessária. Está representado na Figura 19.<<strong>br</strong> />

RETRABALHO .. %<<strong>br</strong> />

20%<<strong>br</strong> />

18%<<strong>br</strong> />

16%<<strong>br</strong> />

14%<<strong>br</strong> />

12%<<strong>br</strong> />

10%<<strong>br</strong> />

8%<<strong>br</strong> />

6%<<strong>br</strong> />

4%<<strong>br</strong> />

2%<<strong>br</strong> />

0%<<strong>br</strong> />

12%<<strong>br</strong> />

8%<<strong>br</strong> />

9%<<strong>br</strong> />

9%<<strong>br</strong> />

7%<<strong>br</strong> />

3%<<strong>br</strong> />

mês 1 mês 2 mês 3 mês 4 mês 5 mês 6<<strong>br</strong> />

MESES<<strong>br</strong> />

Eng. Proc. 2 Proc. 3 Total Global META<<strong>br</strong> />

Nome: I2 - Indicador de Eficácia da Engenharia<<strong>br</strong> />

Setor: Engenharia<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Financeira<<strong>br</strong> />

Figura 19 - Indicador de Eficácia da Engenharia<<strong>br</strong> />

Identificação da unidade de medida - processos causadores de retrabalho,<<strong>br</strong> />

quantidade de retrabalho mensal referente a cada área em questão.<<strong>br</strong> />

Definição do objetivo do indicador - quantificar o valor gasto em retrabalho, apurar<<strong>br</strong> />

seus motivos e analisar seu impacto na área de Engenharia.


113<<strong>br</strong> />

Classificação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC - financeira.<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de metas - a Unidade Estratégica de Negócios estabelece um<<strong>br</strong> />

valor máximo a ser gasto devido a existência de retrabalho, dentro do qual deve ser<<strong>br</strong> />

apurado o valor referente à Engenharia.<<strong>br</strong> />

Metodologia do indicador - o processo de medição <strong>com</strong> foco nas atividades da<<strong>br</strong> />

Engenharia equivale ao cálculo do total de horas retrabalhadas, devido a existência<<strong>br</strong> />

de um erro causado pela Engenharia, ou possibilidade de aperfeiçoamento de<<strong>br</strong> />

processo, em relação à quantidade de horas totais trabalhadas no mesmo período,<<strong>br</strong> />

de acordo <strong>com</strong> a Equação 2.<<strong>br</strong> />

Total de Horas de Retrabalho<<strong>br</strong> />

I2 =<<strong>br</strong> />

Total de Horas Trabalhadas<<strong>br</strong> />

Equação 2<<strong>br</strong> />

Periodicidade - mensal.<<strong>br</strong> />

4.9.1.3 Modelo I3 - Indicador do Impacto do Retrabalho<<strong>br</strong> />

Sua função é analisar, em caso de existência de retrabalho causado pela<<strong>br</strong> />

Engenharia, o impacto em relação ao faturamento mensal da Unidade Estratégica<<strong>br</strong> />

de Negócios.<<strong>br</strong> />

Descrição Sumária - anualmente é definido um orçamento para a unidade<<strong>br</strong> />

estratégica de negócios, em que fica estabelecido o valor previsto para gastos <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

retrabalho, embora o objetivo seja a sua não ocorrência devido a processos<<strong>br</strong> />

errôneos. Com a utilização deste indicador é possível verificar de imediato o prejuízo<<strong>br</strong> />

financeiro causado no período da análise para a Unidade. Neste caso, será<<strong>br</strong> />

solicitado ao departamento de Engenharia um relatório so<strong>br</strong>e o ocorrido e um plano<<strong>br</strong> />

de ação que vise o aprimoramento do processo e, quando aplicável, a utilização de<<strong>br</strong> />

medidas que minimizem o prejuízo causado ou alterações para a recuperação nos<<strong>br</strong> />

períodos seguintes. Esse indicador pode ser observado na Figura 20.


114<<strong>br</strong> />

0,500%<<strong>br</strong> />

0,400%<<strong>br</strong> />

VALOR..<<strong>br</strong> />

0,300%<<strong>br</strong> />

0,200%<<strong>br</strong> />

0,100%<<strong>br</strong> />

0,000%<<strong>br</strong> />

mês 1 mês 2 mês 3 mês 4 mês 5 mês 6<<strong>br</strong> />

MESES<<strong>br</strong> />

Meta<<strong>br</strong> />

Índice<<strong>br</strong> />

Nome: I3 - Indicador do Impacto do Retrabalho<<strong>br</strong> />

Setor: Engenharia<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Financeira<<strong>br</strong> />

Figura 20 - Indicador do Impacto do Retrabalho<<strong>br</strong> />

Identificação da unidade de medida - valor gasto em retrabalho causado pela<<strong>br</strong> />

Engenharia e valor do faturamento mensal da unidade.<<strong>br</strong> />

Definição do objetivo do indicador - quantificar o valor total gasto em retrabalho,<<strong>br</strong> />

apurar seus motivos e analisar o impacto financeiro para a UEN no período<<strong>br</strong> />

da análise.<<strong>br</strong> />

Classificação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC - financeira.<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de metas - conforme estabelecido da Administração Corporativa.<<strong>br</strong> />

Metodologia do indicador - seu processo de medição acontece no mês<<strong>br</strong> />

subseqüente ao mês do fechamento do faturamento. É necessário analisar<<strong>br</strong> />

criticamente os dados coletados verificando se o erro já foi corrigido ou se será<<strong>br</strong> />

necessário um plano de ação para impedir grandes impactos. As informações<<strong>br</strong> />

utilizadas para este indicador referentes ao faturamento são coletadas no<<strong>br</strong> />

departamento Financeiro e o custo do retrabalho é oriundo da quantidade de horas


utilizadas na correção do processo, da alteração dos processos de fa<strong>br</strong>icação, entre<<strong>br</strong> />

outros. Analisa-se conforme Equação 3.<<strong>br</strong> />

115<<strong>br</strong> />

I3 =<<strong>br</strong> />

Custo de Retrabalho<<strong>br</strong> />

causado pela Engª<<strong>br</strong> />

Faturamento Mensal da Unidade<<strong>br</strong> />

Equação 3<<strong>br</strong> />

Periodicidade - mensal.<<strong>br</strong> />

4.9.1.4 Modelo I4 - Indicador de A<strong>com</strong>panhamento de Projeto<<strong>br</strong> />

Sua função é analisar o cumprimento dos marcos estabelecidos no<<strong>br</strong> />

cronograma de desenvolvimento de projeto e, quando aplicável, propiciar medidas<<strong>br</strong> />

corretivas a fim de recuperar os prazos perdidos nos períodos subseqüentes para a<<strong>br</strong> />

garantia da conclusão das atividades no tempo correto. O processo de medição é<<strong>br</strong> />

mensal, realizado pelo responsável do projeto no departamento. Esse modelo de<<strong>br</strong> />

Indicador pode ser observado na Figura 21.<<strong>br</strong> />

PORCENTAGEM ......<<strong>br</strong> />

120%<<strong>br</strong> />

100%<<strong>br</strong> />

80%<<strong>br</strong> />

60%<<strong>br</strong> />

40%<<strong>br</strong> />

20%<<strong>br</strong> />

0%<<strong>br</strong> />

(31 - 38) (37 - 20) (33 - 20) (28 - 15) (15 - 15) (16 - 16)<<strong>br</strong> />

mês 1 mês 2 mês 3 mês 4 mês 5 mês 6<<strong>br</strong> />

MESES<<strong>br</strong> />

% Programado % Realizado Meta<<strong>br</strong> />

Nome: I4 - Indicador de A<strong>com</strong>panhamento de Projeto<<strong>br</strong> />

Setor: Engenharia<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Processos Internos<<strong>br</strong> />

Figura 21 - Indicador de A<strong>com</strong>panhamento de Projeto<<strong>br</strong> />

Descrição Sumária - os marcos representam os prazos conforme cronograma para<<strong>br</strong> />

os dados de saída da Engenharia, ou seja, a conclusão de sua atividade de


116<<strong>br</strong> />

elaboração de projetos. São elaborados a fim de atender as necessidades dos<<strong>br</strong> />

outros departamentos na seqüência de suas fases, pois os dados de saída da<<strong>br</strong> />

engenharia são dos dados de entrada para outros departamentos.<<strong>br</strong> />

Identificação da unidade de medida - cronograma de todas as atividades por<<strong>br</strong> />

projeto e informação dos eventos realizados.<<strong>br</strong> />

Definição do objetivo do indicador - analisar o cumprimento dos prazos<<strong>br</strong> />

estabelecidos.<<strong>br</strong> />

Classificação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC - processos Internos.<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de metas - deve ser 100% dos eventos planejados.<<strong>br</strong> />

Metodologia do indicador - diferença entre os marcos planejados e os marcos<<strong>br</strong> />

cumpridos, conforme Equação 4.<<strong>br</strong> />

I4 =<<strong>br</strong> />

Quantidade de Mar cos Realizados<<strong>br</strong> />

Quantidade de Mar cos Planejados<<strong>br</strong> />

Equação 4<<strong>br</strong> />

Periodicidade - mensal.<<strong>br</strong> />

4.9.2 O Sistema de Medição da Qualidade<<strong>br</strong> />

O departamento da Qualidade, quanto à realização de suas atividades<<strong>br</strong> />

internas, está estruturado em duas subáreas <strong>com</strong>plementares: a Garantia<<strong>br</strong> />

da Qualidade e a Engenharia da Qualidade. A Garantia da Qualidade é<<strong>br</strong> />

responsável pela interface entre a empresa e o cliente e sua função é assegurar a<<strong>br</strong> />

garantia dos produtos os serviços especificados pelo cliente. A Engenharia<<strong>br</strong> />

da Qualidade é responsável pelo controle de qualidade durante a fase de<<strong>br</strong> />

manufatura ou subcontratação.<<strong>br</strong> />

A área de Qualidade atua a fim de executar a medição e monitoramento dos<<strong>br</strong> />

produtos e serviços oferecidos pela organização, efetuando os a<strong>com</strong>panhamentos e


117<<strong>br</strong> />

testes necessários para garantir resultados satisfatórios nas fases de recebimento e<<strong>br</strong> />

aprovação dos materiais e matérias-primas, durante e no final do processo de<<strong>br</strong> />

fa<strong>br</strong>icação, na expedição e nos fornecedores.<<strong>br</strong> />

O planejamento de suas atividades é feito <strong>com</strong> a utilização dos seguintes<<strong>br</strong> />

documentos: o Plano de Qualidade, o Plano de Inspeção e Testes e Ordem de<<strong>br</strong> />

Produção ou Instrução de Fornecimento. Em caso de medição e monitoramento<<strong>br</strong> />

dos produtos e serviços na o<strong>br</strong>a são elaborados Manuais de Montagem<<strong>br</strong> />

e Comissionamento.<<strong>br</strong> />

Durante o ano da aplicação da pesquisa, a área da Qualidade utilizou seis<<strong>br</strong> />

indicadores de desempenho, todos representados em formas gráficas e nomeados<<strong>br</strong> />

conforme a seguir: I5 - Indicador de Eficiência da Engenharia da Qualidade, I6 -<<strong>br</strong> />

Indicador de Eficiência da Inspeção Externa, I7 - Indicador de Eficácia da<<strong>br</strong> />

Engenharia da Qualidade, I8 - Indicador de Eficiência da Metrologia, I9 - Indicador<<strong>br</strong> />

de Eficiência do Laboratório e I10 - Indicador de Eficiência da Garantia<<strong>br</strong> />

da Qualidade.<<strong>br</strong> />

4.9.2.1 Modelo I5 - Indicador de Eficiência da Engenharia da Qualidade<<strong>br</strong> />

Sua função é analisar a eficiência da área de Engenharia da Qualidade<<strong>br</strong> />

em relação à realização da quantidade de horas produtivas trabalhadas no<<strong>br</strong> />

período analisado.<<strong>br</strong> />

Para cada equipamento vendido, dependendo do seu nível de <strong>com</strong>plexidade,<<strong>br</strong> />

é estabelecida uma quantidade de horas a serem gastas <strong>com</strong> inspeções<<strong>br</strong> />

de qualidade. A sua função é garantir que o equipamento está em conformidade<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> os requisitos técnicos especificados pelo cliente no contrato estabelecido<<strong>br</strong> />

entre as partes e garantir os níveis de qualidade necessários para liberação da<<strong>br</strong> />

entrega do produto.


118<<strong>br</strong> />

A empresa, para identificar e quantificar os gastos realizados <strong>com</strong> inspeções<<strong>br</strong> />

optou por caracterizá-las em dois tipos de inspeções de qualidade, em que cada<<strong>br</strong> />

uma é analisada individualmente devido as suas particularidade: a inspeção interna<<strong>br</strong> />

e a inspeção externa. A primeira é realizada dentro da planta da empresa durante o<<strong>br</strong> />

processo de fa<strong>br</strong>icação do produto, pelo departamento de manufatura da<<strong>br</strong> />

organização, e a outra é a inspeção externa, que é realizada durante o processo de<<strong>br</strong> />

fa<strong>br</strong>icação do produto na empresa subcontratada para o trabalho.<<strong>br</strong> />

A fim de proporcionar contenção de custos, as inspeções internas, por serem<<strong>br</strong> />

as mais freqüentes, são feitas quase em sua totalidade por funcionários treinados da<<strong>br</strong> />

própria organização, enquanto as inspeções externas são <strong>com</strong>umente executadas<<strong>br</strong> />

por inspetores contratados, cujos pagamentos são relativos à quantidade de<<strong>br</strong> />

inspeções realizadas no período <strong>com</strong>binado.<<strong>br</strong> />

A inspeção externa é necessária quando por decisão estratégica<<strong>br</strong> />

a organização opta por subcontratar a fa<strong>br</strong>icação de partes do produto<<strong>br</strong> />

ou equipamento de um fornecedor devidamente aprovado. Embora o material<<strong>br</strong> />

possa ser de fa<strong>br</strong>icação de terceiros, eles precisam ter a aprovação e garantia<<strong>br</strong> />

da organização.<<strong>br</strong> />

Descrição Sumária - o indicador de desempenho utilizado para a análise do<<strong>br</strong> />

andamento da inspeção interna é nomeado Indicador de medição da eficiência da<<strong>br</strong> />

Engenharia de qualidade.<<strong>br</strong> />

Identificação da unidade de medida - quantidade de horas produtivas utilizadas<<strong>br</strong> />

pelos funcionários durante o processo de inspeção, quantidade de horas<<strong>br</strong> />

improdutivas e o custo do departamento para a organização. Caracterizam-se <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

horas produtivas as horas-homem realizadas efetivamente em cada inspeção, e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o horas improdutivas as horas-homem utilizadas pelos funcionários em


119<<strong>br</strong> />

atividades diversas inerentes à profissão, mas não vinculadas diretamente à<<strong>br</strong> />

execução de inspeções, <strong>com</strong>o horas gastas em treinamento, reuniões, palestras e<<strong>br</strong> />

planejamento, entre outras. Modelo de indicador utilizado, pode ser observado na<<strong>br</strong> />

Figura 22.<<strong>br</strong> />

Meta: 3500 hs<<strong>br</strong> />

Média atual: 3496 hs<<strong>br</strong> />

HORAS..<<strong>br</strong> />

3900<<strong>br</strong> />

3800<<strong>br</strong> />

3700<<strong>br</strong> />

3600<<strong>br</strong> />

3500<<strong>br</strong> />

3400<<strong>br</strong> />

3300<<strong>br</strong> />

3200<<strong>br</strong> />

3100<<strong>br</strong> />

3000<<strong>br</strong> />

2900<<strong>br</strong> />

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Media<<strong>br</strong> />

300000<<strong>br</strong> />

250000<<strong>br</strong> />

200000<<strong>br</strong> />

150000<<strong>br</strong> />

100000<<strong>br</strong> />

50000<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

($)<<strong>br</strong> />

Débito<<strong>br</strong> />

Horas Improdutivas<<strong>br</strong> />

Horas Produtivas<<strong>br</strong> />

Objetivo Horas Produtivas<<strong>br</strong> />

Nome: I5 - Indicador da Eficiência da Engenharia da Qualidade<<strong>br</strong> />

Setor: Qualidade<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Financeira<<strong>br</strong> />

Figura 22 - Indicador de Eficiência da Engenharia da Qualidade<<strong>br</strong> />

Definição do objetivo do indicador - verificar se a quantidade de horas gastas de<<strong>br</strong> />

forma produtiva estão conforme cronograma estabelecido e se são suficientes para<<strong>br</strong> />

pagar os custos que o departamento representa para a unidade de negócio. Seu<<strong>br</strong> />

objetivo secundário é analisar a quantidade de horas improdutivas realizadas no<<strong>br</strong> />

período em questão.<<strong>br</strong> />

Classificação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC - financeira.<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de metas - 100% de realização conforme planejado.


120<<strong>br</strong> />

Metodologia do indicador - analisar a diferença entre a quantidade de horas<<strong>br</strong> />

produtivas realizadas pela engenharia da qualidade e as horas planejadas, ou<<strong>br</strong> />

necessárias mensais para a eficiência do departamento e a medição das horas<<strong>br</strong> />

improdutivas, conforme Equação 5.<<strong>br</strong> />

Quantidade de HorasPr<<strong>br</strong> />

odutivas<<strong>br</strong> />

I5 =<<strong>br</strong> />

Quantidade de Horas Planejadas<<strong>br</strong> />

Equação 5<<strong>br</strong> />

Periodicidade - mensal.<<strong>br</strong> />

4.9.2.2 Modelo I6 - Indicador de Eficiência da Inspeção Externa<<strong>br</strong> />

Sua função é verificar o valor médio gasto em inspeções externas produtivas<<strong>br</strong> />

realizadas pela área nos subfornecedores.<<strong>br</strong> />

Descrição Sumária - no caso da necessidade de inspeção externa, é feita pelo<<strong>br</strong> />

fornecedor responsável pela fa<strong>br</strong>icação do material subcontratado, parte do produto<<strong>br</strong> />

ou equipamento. O material pode vir a ser subcontratado dependendo da estratégia<<strong>br</strong> />

adotada pela empresa, devido, principalmente, a alguns motivos, tais <strong>com</strong>o: excesso<<strong>br</strong> />

de trabalho na fá<strong>br</strong>ica <strong>com</strong>o um todo ou em algumas de suas fases (oxicorte,<<strong>br</strong> />

caldeiraria pesada, leve, usinagem, tratamentos térmicos, pintura, entre outros),<<strong>br</strong> />

podendo gerar perdas de prazo; proximidade do fornecedor <strong>com</strong> a o<strong>br</strong>a, sendo<<strong>br</strong> />

viável em relação ao custo <strong>com</strong> transporte e menor custo; entre outros. Todos a fim<<strong>br</strong> />

de analisar a melhor logística para a execução dos trabalhos.<<strong>br</strong> />

A inspeção externa pode ser produtiva ou improdutiva; esta definição é<<strong>br</strong> />

necessária para que seja determinada a fonte pagadora das despesas. É<<strong>br</strong> />

caracterizada <strong>com</strong>o produtiva quando o inspetor responsável encontra no fornecedor<<strong>br</strong> />

as condições essenciais para a execução da inspeção de qualidade, <strong>com</strong>o o correto<<strong>br</strong> />

andamento do cronograma, preparação da peça para a análise, entre outros. Neste<<strong>br</strong> />

caso os custos são pagos pela contratante.


121<<strong>br</strong> />

É improdutiva quando o inspetor é impedido de executar sua função devido a<<strong>br</strong> />

peça ainda não estar disponível para a inspeção, ou quando apresenta não<<strong>br</strong> />

conformidade <strong>com</strong> o projeto, necessitando da programação de nova data. Neste,<<strong>br</strong> />

caso o fornecedor é responsabilizado pelos custos da ausência da inspeção e,<<strong>br</strong> />

quando necessário, ocorre a aplicação de multas por prejuízos causados à<<strong>br</strong> />

organização, em caso de <strong>com</strong>prometimento dos prazos, perda de eventos de<<strong>br</strong> />

pagamento, ou outros danos. Esse indicador é apresentado na Figura 23.<<strong>br</strong> />

Meta: < R$ 270,00<<strong>br</strong> />

Custo por inspeção (R$) $)<<strong>br</strong> />

400<<strong>br</strong> />

350<<strong>br</strong> />

300<<strong>br</strong> />

250<<strong>br</strong> />

200<<strong>br</strong> />

150<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

50<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Atual: R$ 213,50<<strong>br</strong> />

mês 1 mês 2 mês 3 mês 4 mês 5 mês 6<<strong>br</strong> />

Custo/QTD<<strong>br</strong> />

Objetivo<<strong>br</strong> />

Nome: I6 - Indicador da Eficiência da Inspeção Externa<<strong>br</strong> />

Setor: Qualidade<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Financeira<<strong>br</strong> />

Figura 23 - Indicador de Eficiência da Inspeção Externa<<strong>br</strong> />

Identificação da unidade de medida - valor financeiro gasto em cada inspeção<<strong>br</strong> />

externa produtiva.<<strong>br</strong> />

Definição do objetivo do indicador - analisar o valor gasto em inspeções de<<strong>br</strong> />

qualidade, analisar o valor médio e verificar a ocorrência de inspeções improdutivas<<strong>br</strong> />

e necessidade de retrabalho.


122<<strong>br</strong> />

Classificação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC - financeira.<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de metas - atingir o custo viável estimado pela organização.<<strong>br</strong> />

Metodologia do indicador - diferença entre o custo total obtido em cada inspeção<<strong>br</strong> />

em relação à quantidade de inspeções realizadas no período, conforme Equação 6.<<strong>br</strong> />

I6 =<<strong>br</strong> />

CustoTotal emcada Inspeção<<strong>br</strong> />

Quantidade de Inspeções Realizadas<<strong>br</strong> />

Equação 6<<strong>br</strong> />

Periodicidade - mensal.<<strong>br</strong> />

4.9.2.3 Modelo I7 - Indicador de Eficácia da Engenharia da Qualidade<<strong>br</strong> />

Sua função é evitar que o equipamento seja entregue para montagem na o<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> desvios (não conformidades) em relação ao especificado no contrato e fora dos<<strong>br</strong> />

padrões de qualidade necessários.<<strong>br</strong> />

Descrição Sumária - a liberação da qualidade para encaminhamento à o<strong>br</strong>a dos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>ponentes do produto e do equipamento subcontratado ou fa<strong>br</strong>icado na própria<<strong>br</strong> />

empresa são feitos <strong>com</strong> a sua aprovação no momento da inspeção de qualidade.<<strong>br</strong> />

As inspeções, tanto internas quanto externas, são realizadas durante as seguintes<<strong>br</strong> />

fases, de acordo <strong>com</strong> a necessidade: no recebimento de materiais, durante a<<strong>br</strong> />

fa<strong>br</strong>icação e na expedição do produto para a o<strong>br</strong>a, que visam averiguar se o<<strong>br</strong> />

equipamento está em conformidade <strong>com</strong> o especificado e pode ser enviado para a<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>a para sua respectiva montagem.<<strong>br</strong> />

Com a utilização desses pontos de verificação, em caso de ocorrência de<<strong>br</strong> />

desvio, a área faz o registro e inicia um plano de ação para retificar as não<<strong>br</strong> />

conformidades, garantindo que o equipamento somente saía da empresa após<<strong>br</strong> />

realizadas as devidas correções.<<strong>br</strong> />

Quando uma não conformidade é detectada dentro da empresa, os custos do<<strong>br</strong> />

reparo são pontuais, não se têm grande dispêndio monetário e perda de tempo, pois


123<<strong>br</strong> />

o equipamento pode ser facilmente corrigido, o que somente não é possível caso<<strong>br</strong> />

seja descoberto um grande desvio em sua estrutura.<<strong>br</strong> />

Em contrapartida, se a não conformidade for descoberta somente após<<strong>br</strong> />

entrega na o<strong>br</strong>a tem-se problemas, cuja resolução se torna desfavorável para a<<strong>br</strong> />

empresa, pois o custo do reparo é maior devido a algumas especificidades <strong>com</strong>o o<<strong>br</strong> />

elevado custo para o transporte de peças adicionais, ou, até mesmo, pela<<strong>br</strong> />

necessidade de o equipamento ser corrigido na fá<strong>br</strong>ica para ser retrabalhado, e,<<strong>br</strong> />

após correções, novo transporte de volta, envio de mão-de-o<strong>br</strong>a especializada,<<strong>br</strong> />

supervisão de montagem extra, e, principalmente, o desgaste da imagem da<<strong>br</strong> />

empresa perante o cliente. O indicador para controle das não conformidades é<<strong>br</strong> />

mostrado na Figura 24.<<strong>br</strong> />

Meta: < 20 %<<strong>br</strong> />

QTD RNC OBRA .....<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

90<<strong>br</strong> />

80<<strong>br</strong> />

70<<strong>br</strong> />

60<<strong>br</strong> />

50<<strong>br</strong> />

40<<strong>br</strong> />

30<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

40%<<strong>br</strong> />

30%<<strong>br</strong> />

30%<<strong>br</strong> />

26%<<strong>br</strong> />

26%<<strong>br</strong> />

22%<<strong>br</strong> />

21%<<strong>br</strong> />

20%<<strong>br</strong> />

16%<<strong>br</strong> />

14%<<strong>br</strong> />

10%<<strong>br</strong> />

0%<<strong>br</strong> />

mês 1 mês 2 mês 3 mês 4 mês 5 mês 6 Total geral<<strong>br</strong> />

RECEBIMENTO EXPEDIÇÃO CONTROLE<<strong>br</strong> />

INS. EXTERNA Ñ EVITÁVEL % EVITÁVEL<<strong>br</strong> />

% ACUMULADO OBJETIVO<<strong>br</strong> />

Nome: I7 - Indicador da Eficácia da Engenharia da Qualidade<<strong>br</strong> />

Setor: Qualidade<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Processos Internos<<strong>br</strong> />

Figura 24 - Indicador de Eficácia da Engenharia da Qualidade<<strong>br</strong> />

Identificação da unidade de medida - quantidade de não conformidades<<strong>br</strong> />

detectadas em inspeções internas ou externas durantes as fases de recebimento de


124<<strong>br</strong> />

materiais, fa<strong>br</strong>icação e expedição do produto e quantidade de não conformidades<<strong>br</strong> />

detectadas na o<strong>br</strong>a.<<strong>br</strong> />

Definição do objetivo do indicador - analisa caso a caso todas as não<<strong>br</strong> />

conformidades identificadas, <strong>com</strong> o objetivo de quantificar quais poderiam ter sido<<strong>br</strong> />

evitadas se fossem descobertas antes de seu transporte para a o<strong>br</strong>a, ou seja, se<<strong>br</strong> />

tivessem sido detectadas pelos inspetores nas fases de recebimento, inspeção<<strong>br</strong> />

interna, inspeção externa e expedição.<<strong>br</strong> />

Classificação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC - processos internos, pois após<<strong>br</strong> />

identificação da fase na qual a inspeção foi falha os envolvidos seriam capacitados<<strong>br</strong> />

para evitar uma nova ocorrência.<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de metas - é estabelecida pela área durante a análise crítica e<<strong>br</strong> />

objetivos de aprendizagem.<<strong>br</strong> />

Metodologia do indicador - interpretar todas as não conformidades detectadas na<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>a, relacionando a quantidade das não conformidades que poderiam ter sido<<strong>br</strong> />

evitadas antes da entrega do equipamento.<<strong>br</strong> />

Um exemplo típico de não conformidade que não pode ser identificada<<strong>br</strong> />

antecipadamente são as relacionadas <strong>com</strong> a montagem das partes do equipamento,<<strong>br</strong> />

que somente ocorrem na o<strong>br</strong>a, ou problemas durante o transporte, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

representado na Equação 7.<<strong>br</strong> />

I7 =<<strong>br</strong> />

Quantidade de Não −Conformidades<<strong>br</strong> />

Evitáveis<<strong>br</strong> />

Quantidade Total de Não − Conformidades<<strong>br</strong> />

Equação 7<<strong>br</strong> />

Periodicidade - mensal.<<strong>br</strong> />

4.9.2.4 Modelo I8 - Indicador de Eficiência da Metrologia<<strong>br</strong> />

Sua função é verificar o nível de atendimento dos prazos estabelecidos para<<strong>br</strong> />

as cali<strong>br</strong>ações dos instrumentos utilizados pelos departamentos da organização,


125<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o manufatura e montagem no campo e pelos inspetores de qualidade (ajuste<<strong>br</strong> />

dos equipamentos de medição). Esse modelo de Indicador de desempenho pode ser<<strong>br</strong> />

observado na Figura 25.<<strong>br</strong> />

Total Cali<strong>br</strong>ações ...<<strong>br</strong> />

Meta: < 10 %<<strong>br</strong> />

Atual: 21,9 %<<strong>br</strong> />

350<<strong>br</strong> />

320<<strong>br</strong> />

300<<strong>br</strong> />

250<<strong>br</strong> />

200<<strong>br</strong> />

169<<strong>br</strong> />

150<<strong>br</strong> />

114<<strong>br</strong> />

95<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

60 53<<strong>br</strong> />

50<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6<<strong>br</strong> />

Total Cali<strong>br</strong>ações<<strong>br</strong> />

% Acima do Prazo<<strong>br</strong> />

100,0<<strong>br</strong> />

80,0<<strong>br</strong> />

60,0<<strong>br</strong> />

40,0<<strong>br</strong> />

20,0<<strong>br</strong> />

0,0<<strong>br</strong> />

% Acima do Prazo Acumulada Cali<strong>br</strong>ações Acima do Prazo<<strong>br</strong> />

% Fora do Prazo (Prazo = 7 dias)<<strong>br</strong> />

Nome: I8 - Indicador de Eficiência da Metrologia<<strong>br</strong> />

Setor: Qualidade<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Processos Internos<<strong>br</strong> />

Figura 25 - Indicador de Eficiência da Metrologia<<strong>br</strong> />

Descrição Sumária - a organização adota uma norma interna que apresenta as<<strong>br</strong> />

regras para a aferição dos instrumentos. Nela estão estabelecidos a sistemática para<<strong>br</strong> />

a entrega do equipamento na metrologia, o prazo de conclusão dos trabalhos e a<<strong>br</strong> />

forma de empréstimo de instrumentos de terceiros, entre outros.<<strong>br</strong> />

O setor de manufatura necessita ter instrumentos cali<strong>br</strong>ados e certificados<<strong>br</strong> />

em todas as suas fases; é proibido o trabalho <strong>com</strong> instrumentos <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

prazos de cali<strong>br</strong>ação vencidos. A não cali<strong>br</strong>ação do instrumento, bem <strong>com</strong>o o<<strong>br</strong> />

seu atraso, pode implicar na parada na fá<strong>br</strong>ica, causar atrasos, custos<<strong>br</strong> />

extras no aluguel de instrumentos aferidos, erro na medição das peças,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>prometimento na montagem do equipamento e perda de tempo para empréstimo<<strong>br</strong> />

de instrumentos de outras áreas, <strong>com</strong>o, por exemplo: o setor de caldeiraria deixa o


126<<strong>br</strong> />

instrumento para ser cali<strong>br</strong>ado e tem que emprestar o da área de usinagem,<<strong>br</strong> />

causando o atraso desse setor.<<strong>br</strong> />

Identificação da unidade de medida - quantidade de cali<strong>br</strong>ações executadas pela<<strong>br</strong> />

área de metrologia.<<strong>br</strong> />

Definição do objetivo do indicador - identificar as cali<strong>br</strong>ações realizadas fora do<<strong>br</strong> />

prazo estabelecido e sanar suas causas para evitar que se repitam.<<strong>br</strong> />

Correlação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC - processos internos.<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de metas - é estabelecida pela área durante a análise crítica e<<strong>br</strong> />

objetivos de aprendizagem.<<strong>br</strong> />

Metodologia do indicador - é a relação entre a quantidade total de cali<strong>br</strong>ações e as<<strong>br</strong> />

cali<strong>br</strong>ações realizadas fora do prazo, conforme Equação 8.<<strong>br</strong> />

I8 =<<strong>br</strong> />

Quantidade Total de<<strong>br</strong> />

Quantidade Total de<<strong>br</strong> />

Cali<strong>br</strong>ações Realizadas<<strong>br</strong> />

Cali<strong>br</strong>ações Fora doPr<<strong>br</strong> />

azo<<strong>br</strong> />

Equação 8<<strong>br</strong> />

Periodicidade - mensal.<<strong>br</strong> />

4.9.2.5 Modelo I9 - Indicador de Eficiência do Laboratório<<strong>br</strong> />

Sua função é medir a quantidade de ensaios mecânicos destrutivos<<strong>br</strong> />

solicitados pelo departamento de manufatura, bem <strong>com</strong>o a quantidade atendida no<<strong>br</strong> />

período solicitado.<<strong>br</strong> />

Descrição Sumária - o ensaio destrutivo é um tipo de exame de experiência<<strong>br</strong> />

para a verificação se o material pesquisado atende ao fim que se destina. Na<<strong>br</strong> />

empresa foco da pesquisa os ensaios são divididos em três tipos, quanto a<<strong>br</strong> />

sua finalidade: um destina-se ao treinamento e aprovação de soldadores, o outro<<strong>br</strong> />

para qualificação dos diferentes tipos de chapas recebidas, caso seja necessário, e<<strong>br</strong> />

o último por solicitação do departamento de montagem externa, quando detectado<<strong>br</strong> />

algum tipo de anomalia ou que<strong>br</strong>a de parte de equipamento, para a análise do


127<<strong>br</strong> />

problema. Nesse caso é feito um relatório da análise e encaminhamento à área de<<strong>br</strong> />

engenharia, que será responsável pela entrega do laudo técnico referente às<<strong>br</strong> />

condições do material e da montagem.<<strong>br</strong> />

Quando o ensaio é utilizado para treinamento e certificação dos soldadores<<strong>br</strong> />

da empresa são utilizados pedaços do material, denominados corpos de prova,<<strong>br</strong> />

onde são simuladas situações em que são verificados os níveis de atendimento<<strong>br</strong> />

ao especificado.<<strong>br</strong> />

O objetivo principal da utilização de ensaios é verificar se o material que está<<strong>br</strong> />

sendo analisado está de acordo <strong>com</strong> o especificado pelo projeto em quesitos <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

dureza, resistência do material, tração, do<strong>br</strong>amento e impacto, entre outros.<<strong>br</strong> />

Os ensaios na empresa são necessários quando, por razões estratégicas, as<<strong>br</strong> />

chapas são adquiridas sem o certificado de sua realização, devido a alteração nos<<strong>br</strong> />

projetos ou para tipos específicos de testes.<<strong>br</strong> />

O modelo de Indicador utilizado para controle dos ensaios pode ser<<strong>br</strong> />

observado na Figura 26.<<strong>br</strong> />

Quantidade de Ensaios....<<strong>br</strong> />

200<<strong>br</strong> />

150<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

50<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Meta: < 20 %<<strong>br</strong> />

Atual: 20,8 %<<strong>br</strong> />

152<<strong>br</strong> />

141<<strong>br</strong> />

147<<strong>br</strong> />

136<<strong>br</strong> />

85<<strong>br</strong> />

85<<strong>br</strong> />

96<<strong>br</strong> />

94<<strong>br</strong> />

56<<strong>br</strong> />

32<<strong>br</strong> />

32<<strong>br</strong> />

12<<strong>br</strong> />

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6<<strong>br</strong> />

100,0<<strong>br</strong> />

80,0<<strong>br</strong> />

60,0<<strong>br</strong> />

40,0<<strong>br</strong> />

20,0<<strong>br</strong> />

0,0<<strong>br</strong> />

% Ensaios fora do prazo......<<strong>br</strong> />

(prazo = 10 dias)<<strong>br</strong> />

Ensaios Solicitados<<strong>br</strong> />

Ensaios Realizados<<strong>br</strong> />

% Acima de 10 dias % Fora do Prazo Acumulada<<strong>br</strong> />

Ensaios Acima de 10 dias<<strong>br</strong> />

Nome: I9 - Indicador de Eficiência do Laboratório<<strong>br</strong> />

Setor: Qualidade<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Processos Internos<<strong>br</strong> />

Figura 26 - Indicador de Eficiência do Laboratório


128<<strong>br</strong> />

Identificação da unidade de medida - quantidade de ensaios solicitados pelas<<strong>br</strong> />

áreas responsáveis e realizados no período.<<strong>br</strong> />

Definição do objetivo do indicador - verificar se o laboratório está executando<<strong>br</strong> />

todos os ensaios solicitados dentro do prazo estabelecido.<<strong>br</strong> />

Classificação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC - processos internos.<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de metas - 100% conforme planejado.<<strong>br</strong> />

Metodologia do indicador - diferença entre a quantidade de ensaios solicitados e<<strong>br</strong> />

realizados, conforme Equação 9.<<strong>br</strong> />

I9 =<<strong>br</strong> />

Quantidade de Ensaios Realizados<<strong>br</strong> />

Quantidade de Ensaios Solicitados<<strong>br</strong> />

Equação 9<<strong>br</strong> />

Periodicidade - mensal.<<strong>br</strong> />

4.9.2.6 Modelo I10 - Indicador de Eficiência Garantia da Qualidade<<strong>br</strong> />

Sua função é analisar a quantidade de horas produtivas ou seja trabalhadas<<strong>br</strong> />

em projetos, pela equipe, no período da análise. Esse modelo de Indicador pode ser<<strong>br</strong> />

observado na Figura 27.<<strong>br</strong> />

Horas..<<strong>br</strong> />

2.000<<strong>br</strong> />

1.800<<strong>br</strong> />

1.600<<strong>br</strong> />

1.400<<strong>br</strong> />

1.200<<strong>br</strong> />

1.000<<strong>br</strong> />

800<<strong>br</strong> />

600<<strong>br</strong> />

400<<strong>br</strong> />

200<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

980 h<<strong>br</strong> />

mês 1 mês 2 mês 3 mês 4 mês 5 mês 6 Média<<strong>br</strong> />

R$<<strong>br</strong> />

150.000<<strong>br</strong> />

100.000<<strong>br</strong> />

50.000<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Débito<<strong>br</strong> />

Horas Improdutivas<<strong>br</strong> />

Horas Produtivas<<strong>br</strong> />

Meta<<strong>br</strong> />

Nome: I10 - Indicador de Eficiência da Garantia da Qualidade<<strong>br</strong> />

Setor: Qualidade<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Financeira<<strong>br</strong> />

Figura 27 - Indicador de Eficiência da Garantia da Qualidade


129<<strong>br</strong> />

Descrição Sumária - a garantia da qualidade é responsável pela interface entre<<strong>br</strong> />

a empresa e o cliente, a fim de assegurar que o projeto está sendo desenvolvido<<strong>br</strong> />

conforme o especificado e dentro dos padrões de qualidade. É o departamento<<strong>br</strong> />

que gerencia a certificação de qualidade da unidade de negócio, <strong>com</strong>o: ISO 9001,<<strong>br</strong> />

ISO 14001, entre outras, e a<strong>com</strong>panha a aplicação dos itens das normas nas áreas<<strong>br</strong> />

da empresa.<<strong>br</strong> />

Identificação da unidade de medida - quantidade de horas produtivas e<<strong>br</strong> />

improdutivas realizadas no período.<<strong>br</strong> />

Definição do objetivo do indicador - verificar se a quantidade de horas gastas de<<strong>br</strong> />

forma produtiva estão conforme cronograma estabelecido e são suficientes para<<strong>br</strong> />

pagar os custos que o departamento representa para a unidade de negócio. Seu<<strong>br</strong> />

objetivo secundário é analisar a quantidade de horas improdutivas realizadas no<<strong>br</strong> />

período em questão.<<strong>br</strong> />

Correlação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC - financeira.<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de metas - 100% de realização conforme planejado.<<strong>br</strong> />

Metodologia do indicador - diferença entre a quantidade de horas produtivas e as<<strong>br</strong> />

horas planejadas, ou necessárias mensais e a medição das horas improdutivas,<<strong>br</strong> />

conforme Equação 10.<<strong>br</strong> />

I10 =<<strong>br</strong> />

Quantidade de Horas Pr odutivas<<strong>br</strong> />

Quantidade de Horas Planejadas<<strong>br</strong> />

Equação 10<<strong>br</strong> />

Periodicidade - mensal.<<strong>br</strong> />

4.9.3 O Sistema de Medição de Suprimentos<<strong>br</strong> />

A Superintendência de Suprimentos tem a função de melhorar a rentabilidade<<strong>br</strong> />

dos projetos na realização das <strong>com</strong>pras dos materiais solicitados pela área de


130<<strong>br</strong> />

Planejamento; garantir a entrega dos materiais no prazo estabelecido ou, quando<<strong>br</strong> />

isso não é possível, informar prazos factíveis; avaliar, juntamente <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />

departamentos de Qualidade e Engenharia, novos fornecedores e garantir a data de<<strong>br</strong> />

entrega dos materiais.<<strong>br</strong> />

Durante o período analisado esse departamento utilizou oito modelos de<<strong>br</strong> />

indicadores para monitoramento e análise da área: I11 - Indicador do Valor Gasto<<strong>br</strong> />

em Relação ao Orçado, I12 - Indicador de Medição da Aquisição Fora do Prazo, I13<<strong>br</strong> />

- Indicador de Aquisição no País, I14 - Indicador de Quantidade de RNC, I15 -<<strong>br</strong> />

Indicador de Quantidade de RNC Resolvida, I16 - Indicador de Valor de Pedido de<<strong>br</strong> />

Compras, I17 - Indicador de Valor Médio dos Pedidos de Compra e I18 - Indicador<<strong>br</strong> />

de Rotatividade de Trabalho.<<strong>br</strong> />

4.9.3.1 Modelo I11 - Indicador do Valor Gasto em Relação ao Orçado<<strong>br</strong> />

Sua função é verificar se o valor das <strong>com</strong>pras realizadas estão de acordo <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

o valor estimado durante o período da oferta, denominado orçado. Esse Indicador<<strong>br</strong> />

pode ser observado na Figura 28.<<strong>br</strong> />

Nome: Indicador do Valor Gasto em Relação ao Orçado<<strong>br</strong> />

Setor: Suprimentos<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Financeira<<strong>br</strong> />

Figura 28 - Indicador do Valor Gasto em Relação ao Orçado<<strong>br</strong> />

Descrição Sumária - para a elaboração das propostas a serem apresentadas para<<strong>br</strong> />

os futuros possíveis clientes é feita uma estimativa de acordo <strong>com</strong> o preço de


131<<strong>br</strong> />

mercado no momento dos valores a serem gastos na aquisição dos materiais<<strong>br</strong> />

necessários. Em caso de venda do projeto, esses custos tornam-se os valores<<strong>br</strong> />

orçados para a aquisição dos materiais, sofrendo alterações somente em relação à<<strong>br</strong> />

atualização da moeda para o momento de início do projeto ou em caso de<<strong>br</strong> />

alterações solicitadas pelos clientes.<<strong>br</strong> />

É responsabilidade do departamento de suprimentos efetuar a <strong>com</strong>pra dos materiais<<strong>br</strong> />

em conformidade <strong>com</strong> os orçamentos validados para o projeto e buscar que<<strong>br</strong> />

seja atingido o target, (objetivo) de ganho em relação ao valor orçado determinado<<strong>br</strong> />

pela empresa.<<strong>br</strong> />

Identificação da unidade de medida - valor orçado para o projeto e valores gastos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> as <strong>com</strong>pras efetivas.<<strong>br</strong> />

Definição do objetivo do indicador - verificar se as <strong>com</strong>pras efetuadas estão de<<strong>br</strong> />

acordo <strong>com</strong> seus respectivos valores orçados e dentro do target estabelecido pela<<strong>br</strong> />

organização para a respectiva aquisição.<<strong>br</strong> />

Classificação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC - financeira.<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de metas - atingir o objetivo da empresa.<<strong>br</strong> />

Metodologia do indicador - valor total orçado em relação ao valor total gasto na<<strong>br</strong> />

aquisição, conforme Equação 11.<<strong>br</strong> />

I11 =<<strong>br</strong> />

ValorTotal Orçado<<strong>br</strong> />

ValorTotal Gasto<<strong>br</strong> />

Equação 11<<strong>br</strong> />

Periodicidade - mensal.<<strong>br</strong> />

4.9.3.2 Modelo I12 - Indicador de Aquisição fora do Prazo<<strong>br</strong> />

Sua função é verificar o cumprimento dos prazos de <strong>com</strong>pras estabelecidos<<strong>br</strong> />

pelo departamento de planejamento, e caso necessário, verificar se é factível ao tipo<<strong>br</strong> />

de material a ser aprovisionado.


132<<strong>br</strong> />

Para cada tipo de material a ser adquirido é determinado um prazo<<strong>br</strong> />

necessário para o aprovisionamento. Assim, para a <strong>com</strong>pra de um determinado<<strong>br</strong> />

tipo de chapa de aço carbono é preciso 90 dias, para outras de menor porte<<strong>br</strong> />

15 dias, para materiais <strong>com</strong>erciais, 10 dias, para motores elétricos, conforme<<strong>br</strong> />

especificação, até 300 dias.<<strong>br</strong> />

Descrição Sumária - é responsabilidade do departamento de suprimentos cumprir<<strong>br</strong> />

os prazos estabelecidos para efetuar as <strong>com</strong>pras, assim <strong>com</strong>o garantir que sejam<<strong>br</strong> />

entregues nas datas acordadas.<<strong>br</strong> />

Identificação da unidade de medida - quantidade de itens adquiridos no período<<strong>br</strong> />

da análise.<<strong>br</strong> />

Definição do objetivo do indicador - verificar a eficácia da área de suprimentos em<<strong>br</strong> />

atingir os prazos estabelecidos.<<strong>br</strong> />

Classificação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC - financeira.<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de metas - cumprimento de 100% do prazo estabelecido.<<strong>br</strong> />

Metodologia do indicador - relação entre as aquisições ocorridas dentro do prazo e<<strong>br</strong> />

as que tiveram os prazos <strong>com</strong>prometidos, conforme Equação 12.<<strong>br</strong> />

I12 =<<strong>br</strong> />

( D5+<<strong>br</strong> />

D4)<<strong>br</strong> />

( D1+<<strong>br</strong> />

D2+<<strong>br</strong> />

D3)<<strong>br</strong> />

Equação 12<<strong>br</strong> />

Em que, conforme a necessidade de medição estabelecida <strong>com</strong>o objetivo, a<<strong>br</strong> />

nomenclatura D pode representar as seguintes datas de entrega do material:<<strong>br</strong> />

• D1 - 30 dias ou mais de antecedência da data de entrega;<<strong>br</strong> />

• D2 - 15 a 29 dias de antecedência da data de entrega;<<strong>br</strong> />

• D3 - mais ou menos de 15 dias da data de entrega;<<strong>br</strong> />

• D4 - 15 a 29 dias de atraso em relação a data de entrega; e,<<strong>br</strong> />

• D5 - 30 dias ou mais atraso em relação a data de entrega.<<strong>br</strong> />

Esse modelo de Indicador pode ser observado no Tabela 2.


133<<strong>br</strong> />

Tabela 2 - Indicador de Aquisição Fora do Prazo<<strong>br</strong> />

Mês<<strong>br</strong> />

D1<<strong>br</strong> />

D2<<strong>br</strong> />

D3<<strong>br</strong> />

D4<<strong>br</strong> />

D5<<strong>br</strong> />

%<<strong>br</strong> />

fora<<strong>br</strong> />

do<<strong>br</strong> />

prazo<<strong>br</strong> />

Total<<strong>br</strong> />

itens<<strong>br</strong> />

Total<<strong>br</strong> />

R$<<strong>br</strong> />

/1000<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

13<<strong>br</strong> />

101<<strong>br</strong> />

3.100<<strong>br</strong> />

9<<strong>br</strong> />

15<<strong>br</strong> />

1%<<strong>br</strong> />

3.238<<strong>br</strong> />

17.300<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

285<<strong>br</strong> />

900<<strong>br</strong> />

3.089<<strong>br</strong> />

115<<strong>br</strong> />

205<<strong>br</strong> />

7%<<strong>br</strong> />

4.594<<strong>br</strong> />

25.654<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

74<<strong>br</strong> />

785<<strong>br</strong> />

4.276<<strong>br</strong> />

69<<strong>br</strong> />

78<<strong>br</strong> />

3%<<strong>br</strong> />

5.282<<strong>br</strong> />

45.796<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

463<<strong>br</strong> />

147<<strong>br</strong> />

3.298<<strong>br</strong> />

406<<strong>br</strong> />

14<<strong>br</strong> />

11%<<strong>br</strong> />

4.328<<strong>br</strong> />

13.250<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

797<<strong>br</strong> />

155<<strong>br</strong> />

3.466<<strong>br</strong> />

101<<strong>br</strong> />

78<<strong>br</strong> />

4%<<strong>br</strong> />

4.597<<strong>br</strong> />

58.700<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

369<<strong>br</strong> />

315<<strong>br</strong> />

3.523<<strong>br</strong> />

85<<strong>br</strong> />

22<<strong>br</strong> />

3%<<strong>br</strong> />

4.314<<strong>br</strong> />

29.650<<strong>br</strong> />

Nome: I12 - Indicador de Aquisição Fora do Prazo<<strong>br</strong> />

Setor: Suprimentos<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Financeira<<strong>br</strong> />

Periodicidade - mensal.<<strong>br</strong> />

4.9.3.3 Modelo I13 - Indicador de Aquisição no País<<strong>br</strong> />

Sua função é verificar a quantidade de <strong>com</strong>pras efetuadas dentro do país<<strong>br</strong> />

onde está localizada a unidade estratégica e investigar a quantidade aprovisionada<<strong>br</strong> />

em países de baixo custo, advindos de acordos mundiais da organização.<<strong>br</strong> />

Descrição Sumária - analisando-se separadamente cada unidade estratégica<<strong>br</strong> />

de negócios, muitas vezes o custo advindo de <strong>com</strong>pras locais, ou seja,<<strong>br</strong> />

dentro do país onde se localiza a empresa, é mais vantajoso, pois os custos<<strong>br</strong> />

relacionados à importação acabam por influenciar negativamente a procura por<<strong>br</strong> />

materiais importados.<<strong>br</strong> />

Todavia, quando se analisa a organização <strong>com</strong>o um todo, é viável o<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de acordos <strong>com</strong>erciais em níveis corporativos, a fim de diminuir os


134<<strong>br</strong> />

custos dos produtos em âmbito mundial, tornando-se vantajosa a <strong>com</strong>pra,<<strong>br</strong> />

principalmente nos países considerados de alta tecnologia e de baixos custos. Essa<<strong>br</strong> />

classificação acontece quando <strong>com</strong>parados aos demais países desenvolvidos e de<<strong>br</strong> />

alta tecnologia, <strong>com</strong>o os europeus. Esses países recebem a denominação mundial<<strong>br</strong> />

de “Low Cost Countries”, são eles: China, Índia, Taiwan, Cingapura, Filipinas,<<strong>br</strong> />

Malásia, Rússia, Coréia, entre outros.<<strong>br</strong> />

Por definição da administração corporativa da organização foi definida uma<<strong>br</strong> />

função em nível corporativo, responsável pelo desenvolvimento de acordos mundiais<<strong>br</strong> />

para as principais <strong>com</strong>modities da organização. Os acordos são denominados<<strong>br</strong> />

Frame Agreement e, <strong>com</strong> a sua utilização, cada unidade de negócios tem maior<<strong>br</strong> />

poder de negociação.<<strong>br</strong> />

Esse modelo de Indicador pode ser observado no Tabela 3.<<strong>br</strong> />

Tabela 3 - Indicador de Aquisição no País<<strong>br</strong> />

Compra<<strong>br</strong> />

% de<<strong>br</strong> />

Total<<strong>br</strong> />

Mês<<strong>br</strong> />

no Brasil<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pras<<strong>br</strong> />

R$ /1000<<strong>br</strong> />

R$ /1000<<strong>br</strong> />

locais<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

11.022<<strong>br</strong> />

11.560<<strong>br</strong> />

95%<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

70.563<<strong>br</strong> />

70.563<<strong>br</strong> />

100%<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

29.842<<strong>br</strong> />

32.920<<strong>br</strong> />

91%<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

210.560<<strong>br</strong> />

211.955<<strong>br</strong> />

99%<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

45.630<<strong>br</strong> />

45.940<<strong>br</strong> />

99%<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

56.210<<strong>br</strong> />

59.477<<strong>br</strong> />

95%<<strong>br</strong> />

Nome: I13 - Indicador de Aquisição no País<<strong>br</strong> />

Setor: Suprimentos<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Financeira<<strong>br</strong> />

Identificação da unidade de medida - quantidade de materiais e seus respectivos<<strong>br</strong> />

custos em <strong>com</strong>pras locais e internacionais.<<strong>br</strong> />

Definição do objetivo do indicador - atingir meta estratégica estabelecida pela<<strong>br</strong> />

administração corporativa em volume e valores de <strong>com</strong>pras internacionais.


135<<strong>br</strong> />

Classificação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC - financeira.<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de metas - conforme estabelecido pela administração corporativa.<<strong>br</strong> />

Metodologia do indicador - relação entre as <strong>com</strong>pras internas e externa, conforme<<strong>br</strong> />

Equação 13.<<strong>br</strong> />

I13 =<<strong>br</strong> />

Quantidade de Itens Comprados Internamente<<strong>br</strong> />

Quantidade de de Itens Comprados no Exterior<<strong>br</strong> />

Equação 13<<strong>br</strong> />

Periodicidade - mensal.<<strong>br</strong> />

4.9.3.4 Modelo I14 - Indicador de Quantidade de RNC<<strong>br</strong> />

Sua função é analisar a quantidade de Relatório de Não Conformidades<<strong>br</strong> />

(RNCs) atribuídas ao departamento de Suprimentos e em fornecedores, assim <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

seu impacto para o departamento e para a unidade. Esse modelo pode ser<<strong>br</strong> />

observado no Tabela 4.<<strong>br</strong> />

Tabela 4 - Indicador de Quantidade de RNC<<strong>br</strong> />

Mês<<strong>br</strong> />

Total<<strong>br</strong> />

RNC<<strong>br</strong> />

criada<<strong>br</strong> />

RNC<<strong>br</strong> />

acumuladas<<strong>br</strong> />

no período<<strong>br</strong> />

Extrapolação<<strong>br</strong> />

de RNC por<<strong>br</strong> />

ano<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

590<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

620<<strong>br</strong> />

30<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

639<<strong>br</strong> />

19<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

703<<strong>br</strong> />

64<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

721<<strong>br</strong> />

18<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

722<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

264<<strong>br</strong> />

Nome: I14 - Indicador de Quantidade de RNC<<strong>br</strong> />

Setor: Suprimentos<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Processos Internos<<strong>br</strong> />

Descrição Sumária - a organização adota a nomenclatura Relatório de Não<<strong>br</strong> />

Conformidade ou RNC para todas as divergências encontradas entre o que foi<<strong>br</strong> />

especificado e o que foi realizado. É utilizada a mesma nomenclatura em toda


136<<strong>br</strong> />

empresa, <strong>com</strong> o objetivo de facilitar o entendimento de todos e obter maior agilidade<<strong>br</strong> />

quando detectados problemas.<<strong>br</strong> />

Identificação da unidade de medida - quantidade de RNCs criadas durante o<<strong>br</strong> />

período da análise.<<strong>br</strong> />

Definição do objetivo do indicador - identificar as RNCs criadas no período<<strong>br</strong> />

juntamente <strong>com</strong> os respectivos responsáveis a fim de propiciar a elaboração de um<<strong>br</strong> />

plano de ação para evitar novas ocorrências.<<strong>br</strong> />

Classificação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC - processos internos.<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de metas - nenhuma RNC.<<strong>br</strong> />

Metodologia do indicador - relação entre a quantidade de RNCs do mês anterior<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o mês atual, conforme Equação 14.<<strong>br</strong> />

I14 = Quantidade de RNC domês Atual − Quantidade de RNC domês Anterior Equação 14<<strong>br</strong> />

Periodicidade - mensal.<<strong>br</strong> />

4.9.3.5 Modelo I15 - Indicador de Quantidade de RNC Resolvida<<strong>br</strong> />

Sua função é verificar a quantidade de RNC resolvidas dentro do mesmo mês<<strong>br</strong> />

de sua abertura.<<strong>br</strong> />

Descrição Sumária - a abertura de RNC pode gerar perda financeira direta para a<<strong>br</strong> />

empresa, além de problemas <strong>com</strong> prazo, pois representa a realização de retrabalho<<strong>br</strong> />

na área onde ocorreu a divergência.<<strong>br</strong> />

Identificação da unidade de medida - quantidade de RNC abertas e encerradas<<strong>br</strong> />

dentro do mesmo mês de análise.<<strong>br</strong> />

Definição do objetivo do indicador - medir a <strong>br</strong>evidade na resolução das RNCs.<<strong>br</strong> />

Classificação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC - processos internos.<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de metas - conforme análise crítica da área.


137<<strong>br</strong> />

Esse modelo pode ser observado na Figura 29.<<strong>br</strong> />

Nome: I15 - Indicador de Quantidade de RNC Resolvida<<strong>br</strong> />

Setor: Suprimentos<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Processos Internos<<strong>br</strong> />

Figura 29 - Indicador de Quantidade de RNC Resolvida<<strong>br</strong> />

Metodologia do indicador - relação entre a quantidade de RNCs abertas e<<strong>br</strong> />

resolvidas, conforme Equação 15.<<strong>br</strong> />

I15 =<<strong>br</strong> />

Quantidade de RNC Re solvidas<<strong>br</strong> />

Quantidade de RNC Abertas<<strong>br</strong> />

Equação 15<<strong>br</strong> />

Periodicidade - mensal.<<strong>br</strong> />

4.9.3.6 Modelo I16 - Indicador de Valor de Pedidos de Compra<<strong>br</strong> />

Sua função é verificar a quantidade de pedidos de <strong>com</strong>pra <strong>com</strong> valores<<strong>br</strong> />

inferiores ao mínimo ideal para pagamento dos custos operacionais solicitado pela<<strong>br</strong> />

organização, neste caso R$10.000,00.<<strong>br</strong> />

Descrição Sumária - cada pedido de <strong>com</strong>pra criado e encaminhando ao fornecedor<<strong>br</strong> />

tem um custo operacional. Esse custo refere-se à logística necessária para a sua<<strong>br</strong> />

elaboração, <strong>com</strong>o gasto <strong>com</strong> efetivo, equipamentos, softwares, instalação e tempo<<strong>br</strong> />

necessário, entre outros.<<strong>br</strong> />

A fim de obter melhor controle so<strong>br</strong>e os pedidos<<strong>br</strong> />

colocados, a empresa estabelece um valor mínimo para a colocação de pedidos de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pra; essa regra auxilia o departamento de suprimentos na colocação de pedidos<<strong>br</strong> />

planejados e agrupados por projeto ou tipo de material obtendo, assim, melhor poder<<strong>br</strong> />

de negociação e menor tempo dispensado para recebimento de diversas notas


fiscais, menor número de inspeções a serem realizadas em diferentes fornecedores,<<strong>br</strong> />

entre outros. Esse indicador é apresentado no Tabela 5.<<strong>br</strong> />

138<<strong>br</strong> />

Tabela 5 - Indicador de Valor de Pedidos de Compra<<strong>br</strong> />

Percentual<<strong>br</strong> />

Total<<strong>br</strong> />

Mês<<strong>br</strong> />

de PC <<<strong>br</strong> />

Compras<<strong>br</strong> />

Qt PCs<<strong>br</strong> />

R$ 10.000<<strong>br</strong> />

R$<<strong>br</strong> />

Qt PC <<<strong>br</strong> />

R$ 10.000<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

22%<<strong>br</strong> />

680.000<<strong>br</strong> />

540<<strong>br</strong> />

118<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

20%<<strong>br</strong> />

750.455<<strong>br</strong> />

620<<strong>br</strong> />

127<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

11%<<strong>br</strong> />

480.200<<strong>br</strong> />

462<<strong>br</strong> />

51<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

5%<<strong>br</strong> />

398.562<<strong>br</strong> />

296<<strong>br</strong> />

14<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

6%<<strong>br</strong> />

810.365<<strong>br</strong> />

500<<strong>br</strong> />

29<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

4%<<strong>br</strong> />

490.620<<strong>br</strong> />

632<<strong>br</strong> />

23<<strong>br</strong> />

Nome: I16 - Indicador Valor de Pedidos de Compra<<strong>br</strong> />

Setor: Suprimentos<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Financeira<<strong>br</strong> />

Identificação da unidade de medida - valor total gasto no período em relação à<<strong>br</strong> />

quantidade de pedidos colocados no período e pedidos menores que R$10.000,00<<strong>br</strong> />

Definição do objetivo do indicador - verificar caso a caso quando da existência da<<strong>br</strong> />

colocação de pedido <strong>com</strong> valor menor que o objetivo estimado.<<strong>br</strong> />

Classificação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC - financeira.<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de metas - conforme metas estabelecidas pela organização<<strong>br</strong> />

Metodologia do indicador - diferença entre a quantidade de pedidos menor que<<strong>br</strong> />

R$10.000,00 e a quantidade total de pedidos, conforme Equação 16.<<strong>br</strong> />

Quantidade de PC Menor R$10.000,00<<strong>br</strong> />

I16 =<<strong>br</strong> />

Quantidade de Pedidos deCompra Realizados<<strong>br</strong> />

Equação 16<<strong>br</strong> />

Periodicidade - mensal.<<strong>br</strong> />

4.9.3.7 Modelo I17 - Indicador de Valor Médios do Pedidos de Compra<<strong>br</strong> />

Sua função é verificar os valores médios do pedidos de <strong>com</strong>pras<<strong>br</strong> />

encaminhados aos fornecedores. Pode ser verificado no Tabela 6.


139<<strong>br</strong> />

Tabela 6 - Indicador de Valor Médio dos PCs<<strong>br</strong> />

Qt total de<<strong>br</strong> />

Valor dos PCs<<strong>br</strong> />

De<<strong>br</strong> />

Até<<strong>br</strong> />

PCs<<strong>br</strong> />

( acumulado )<<strong>br</strong> />

emitidos<<strong>br</strong> />

01/2004<<strong>br</strong> />

12/2005<<strong>br</strong> />

85.900.230<<strong>br</strong> />

14.562<<strong>br</strong> />

Vlr<<strong>br</strong> />

Médio<<strong>br</strong> />

dos PCs<<strong>br</strong> />

5.899<<strong>br</strong> />

02/2004<<strong>br</strong> />

01/2006<<strong>br</strong> />

90.457.521<<strong>br</strong> />

15.890<<strong>br</strong> />

5.693<<strong>br</strong> />

03/2004<<strong>br</strong> />

02/2006<<strong>br</strong> />

104.250.897<<strong>br</strong> />

17.560<<strong>br</strong> />

5.937<<strong>br</strong> />

04/2004<<strong>br</strong> />

03/2006<<strong>br</strong> />

125.654.524<<strong>br</strong> />

17.960<<strong>br</strong> />

6.996<<strong>br</strong> />

05/2004<<strong>br</strong> />

04/2006<<strong>br</strong> />

136.687.236<<strong>br</strong> />

18.240<<strong>br</strong> />

7.494<<strong>br</strong> />

06/2004<<strong>br</strong> />

05/2006<<strong>br</strong> />

148.652.459<<strong>br</strong> />

19.420<<strong>br</strong> />

7.655<<strong>br</strong> />

Nome: I17 - Indicador de Valor médio dos PCs<<strong>br</strong> />

Setor: Suprimentos<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Financeira<<strong>br</strong> />

Descrição Sumária - o departamento de suprimentos tem o objetivo de analisar em<<strong>br</strong> />

contexto geral a situação dos pedidos de <strong>com</strong>pras colocados.<<strong>br</strong> />

Identificação da unidade de medida - valor médio dos pedidos de <strong>com</strong>pras<<strong>br</strong> />

colocados nos fornecedores.<<strong>br</strong> />

Definição do objetivo do indicador - verificar se o valor médio de cada pedido de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pras está de acordo <strong>com</strong> o estimado pela organização <strong>com</strong>o necessário para<<strong>br</strong> />

pagamentos dos custos operacionais envolvidos.<<strong>br</strong> />

Classificação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC - financeira.<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de metas - conforme metas estabelecidas pela organização.<<strong>br</strong> />

Metodologia do indicador - conforme Equação 17.<<strong>br</strong> />

I17 =<<strong>br</strong> />

ValorTotal Gasto<<strong>br</strong> />

Quantidade de Pedidos deCompra Realizados<<strong>br</strong> />

Equação 17<<strong>br</strong> />

Periodicidade - mensal.<<strong>br</strong> />

4.9.3.8 Modelo I18 - Indicador de Rotatividade de Trabalho<<strong>br</strong> />

Tem a função de medir o aprendizado da equipe de suprimentos <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

utilização da rotatividade de funções entre os mem<strong>br</strong>os da equipe.


140<<strong>br</strong> />

Descrição Sumária - o processo de <strong>com</strong>pras apresenta certas particularidades<<strong>br</strong> />

inerentes ao tipo de material a ser <strong>com</strong>prado, <strong>com</strong>o, por exemplo: as <strong>com</strong>pras de<<strong>br</strong> />

materiais <strong>com</strong>erciais não costumam exigir grande conhecimento técnico do<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>prador, porém, é um processo extremamente dinâmico que na maioria dos<<strong>br</strong> />

casos exige, principalmente, rapidez e conhecimento de uma grande variedade de<<strong>br</strong> />

itens. Por outro lado, para a <strong>com</strong>pra de materiais mais <strong>com</strong>plexos, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

equipamentos, é necessário conhecimento técnico.<<strong>br</strong> />

Desse modo, é interessante para o departamento de suprimentos possuir<<strong>br</strong> />

uma equipe <strong>com</strong> capacidade de entender o contexto de cada situação para<<strong>br</strong> />

conseguir agregar maior valor ao processo de <strong>com</strong>pras.<<strong>br</strong> />

Esse indicador pode ser observado na Figura 30.<<strong>br</strong> />

Nome: I18 - Indicador de Rotatividade de Trabalho<<strong>br</strong> />

Setor: Suprimentos<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Aprendizado e Crescimento<<strong>br</strong> />

Figura 30 - Indicador de Rotatividade no Trabalho<<strong>br</strong> />

Identificação da unidade de medida - quantidade de alterações de função em um<<strong>br</strong> />

determinado período.<<strong>br</strong> />

Definição do objetivo do indicador - analisar o treinamento e a vivência<<strong>br</strong> />

profissional nas diferentes funções.<<strong>br</strong> />

Classificação <strong>com</strong> a perspectiva do BSC - aprendizado e crescimento.<<strong>br</strong> />

Estabelecimento de metas - conforme análise do departamento.<<strong>br</strong> />

Metodologia do indicador - conforme Equação 18.


141<<strong>br</strong> />

I18 =<<strong>br</strong> />

QuantidadeTotal de Funcionários<<strong>br</strong> />

Quantidade de Alteraçãode Funções no Período<<strong>br</strong> />

Equação 18<<strong>br</strong> />

Periodicidade - mensal.<<strong>br</strong> />

Este capítulo procurou apresentar a organização foco do estudo, sintetizar a<<strong>br</strong> />

forma de operação da empresa necessária para a análise dos dados encontrados e<<strong>br</strong> />

contextualizar o sistema de medição existente os departamentos escolhidos <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

para a análise.<<strong>br</strong> />

No próximo capítulo estão apresentados os resultados obtidos <strong>com</strong> a análise<<strong>br</strong> />

dos dados coletados <strong>com</strong> a pesquisa.


142<<strong>br</strong> />

5 RESULTA<strong>DOS</strong><<strong>br</strong> />

O presente capítulo tem <strong>com</strong>o objetivo descrever e apresentar os resultados<<strong>br</strong> />

obtidos <strong>com</strong> a análise. Com os resultados busca-se apresentar as considerações<<strong>br</strong> />

obtidas por meio da <strong>com</strong>paração entre os modelos de indicadores de desempenho<<strong>br</strong> />

encontrados e a metodologia de medição de desempenho proposta, o modelo<<strong>br</strong> />

Balanced Scorecard.<<strong>br</strong> />

A fim de identificar a melhor maneira de sugerir ajustes para o sistema de<<strong>br</strong> />

medição encontrado, de acordo <strong>com</strong> os objetivos deste trabalho, foram adotados os<<strong>br</strong> />

seguintes passos:<<strong>br</strong> />

• identificação da missão e da visão da organização - <strong>com</strong> o objetivo de<<strong>br</strong> />

direcionar o sistema de medição para atingir essas perspectivas.<<strong>br</strong> />

Obedecendo à prerrogativa do BSC, a organização deve, a partir de sua<<strong>br</strong> />

visão e missão, desdo<strong>br</strong>ar suas estratégias e aperfeiçoar seu processo de<<strong>br</strong> />

medição de acordo <strong>com</strong> suas quatro perspectivas: financeira, dos clientes,<<strong>br</strong> />

processos internos e aprendizado e crescimento. Assim, seguem a Visão<<strong>br</strong> />

e a Missão a serem desdo<strong>br</strong>adas:<<strong>br</strong> />

Visão da empresa “Ser a empresa líder no fornecimento de<<strong>br</strong> />

equipamentos, serviços e soluções para a geração de energia,<<strong>br</strong> />

irrigação, saneamento e equipamentos industriais”.<<strong>br</strong> />

Missão da empresa: “Atuar na área de geração de energia, irrigação,<<strong>br</strong> />

saneamento e equipamentos industriais atendendo as expectativas de<<strong>br</strong> />

nossos clientes de forma a obter resultados duradouros que garantam<<strong>br</strong> />

o crescimento da empresa, a manutenção dos empregados, o<<strong>br</strong> />

relacionamento construtivo <strong>com</strong> os parceiros <strong>com</strong>erciais e o bem-estar<<strong>br</strong> />

da sociedade”.


143<<strong>br</strong> />

• definição de uma estratégia - que deve ser adotada pelos<<strong>br</strong> />

departamentos na busca de seus objetivos. Como este trabalho objetiva<<strong>br</strong> />

uma análise inicial do sistema de medição existente, a fim de facilitar<<strong>br</strong> />

posteriormente a implantação do BSC em nível de Unidade Estratégica de<<strong>br</strong> />

Negócios e em nível corporativo, não será estabelecida uma estratégia<<strong>br</strong> />

para cada departamento. Optou-se por adaptar as próprias perguntas<<strong>br</strong> />

chaves da metodologia para tornar possível a análise dos departamentos<<strong>br</strong> />

e sugestões de aperfeiçoamento:<<strong>br</strong> />

• (Cliente) Como os clientes devem conhecer o departamento?<<strong>br</strong> />

• (Processos Internos) Em que o departamento será excelente?<<strong>br</strong> />

• (Aprendizado e Crescimento) Como o departamento conseguirá<<strong>br</strong> />

criar valor?<<strong>br</strong> />

• (Financeira) Como o departamento pode ser atrativo<<strong>br</strong> />

financeiramente à organização?<<strong>br</strong> />

• análise dos modelos existentes - a análise foi dividida em duas partes<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> objetivos distintos: a primeira é individual, por indicador encontrado,<<strong>br</strong> />

em que objetiva-se um maior contato <strong>com</strong> as ferramentas medição; e a<<strong>br</strong> />

segunda por departamento analisado, seguida pela análise geral que<<strong>br</strong> />

pretende verificar se os modelos encontrados atendem ao propósito de<<strong>br</strong> />

serem ferramentas de auxilio à decisão.<<strong>br</strong> />

• sugestão de um novo quadro de indicadores apoiados na<<strong>br</strong> />

metodologia proposta - as propostas dos novos modelos são<<strong>br</strong> />

apresentadas por departamento e ordenadas seqüencialmente <strong>com</strong>o:<<strong>br</strong> />

Proposta 1, Proposta 2, denominada P1, P2, P3 em diante, para facilitar a<<strong>br</strong> />

análise do total da amostra.


144<<strong>br</strong> />

5.1 <strong>ANÁLISE</strong> DO SISTEMA <strong>DE</strong> MEDIÇÃO DA ENGENHARIA<<strong>br</strong> />

Para melhor entendimento do sistema de medição atual da Engenharia, cada<<strong>br</strong> />

indicador será analisado individualmente, em seguida será apresentado o conjunto<<strong>br</strong> />

de indicadores, sua representatividade para o processo decisório do departamento e<<strong>br</strong> />

as possíveis sugestões de melhorias.<<strong>br</strong> />

A fim de facilitar a interpretação das análises individuais de cada indicador<<strong>br</strong> />

sugere-se, quando necessário, a verificação do descritivo de suas respectivas<<strong>br</strong> />

funções exportas no capítulo anterior.<<strong>br</strong> />

5.1.1 Análise do Indicador I1<<strong>br</strong> />

O Modelo I1 (Indicador de Eficiência da Engenharia) é um modelo específico<<strong>br</strong> />

direcionado ao a<strong>com</strong>panhamento de cada projeto em andamento na engenharia e<<strong>br</strong> />

da situação da respectiva área em relação à quantidade de horas gastas.<<strong>br</strong> />

O departamento, <strong>com</strong>o um todo, está dividido por tipo de produto e<<strong>br</strong> />

atualmente possui cinco subáreas especializadas: Engenharia de Hidromecânicos,<<strong>br</strong> />

Elétrica e Regulação, Geradores, Turbinas e Small (destinada a pequenos<<strong>br</strong> />

equipamentos). Possui, então, 5 indicadores do modelo I1, pois cada um<<strong>br</strong> />

está relacionado a uma das áreas apresentadas. Neles, cada projeto é representado<<strong>br</strong> />

graficamente por uma linha, conforme modelo apresentado na (Figura 18, p. 110),<<strong>br</strong> />

tornando possível a visão geral da subárea quando analisa-se o conjunto das<<strong>br</strong> />

linhas referentes aos projetos, e à visão de cada projeto, quando analisa-se cada<<strong>br</strong> />

linha individualmente.<<strong>br</strong> />

Com esse tipo de indicador é possível avaliar o andamento de cada área de<<strong>br</strong> />

Engenharia analisada e verificar quais projetos necessitam de um plano de ação em


145<<strong>br</strong> />

caso de estar em desacordo <strong>com</strong> o planejado para propiciar as alterações em tempo<<strong>br</strong> />

hábil, sem maiores impactos para os projetos. Porém, o foco do indicador está na<<strong>br</strong> />

análise do conjunto para oferecer ao gestor uma posição do departamento.<<strong>br</strong> />

Contudo, além da utilização atual, empregando-se os mesmos dados,<<strong>br</strong> />

sugere-se elaborar um indicador por cliente, <strong>com</strong> o objetivo de a<strong>com</strong>panhar a sua<<strong>br</strong> />

satisfação em relação às atividades executadas, e, desse modo, incentivar a<<strong>br</strong> />

alteração do foco da medição da área para os reais impulsionadores do crescimento<<strong>br</strong> />

de uma organização.<<strong>br</strong> />

Esse modelo foi considerado necessário, pois embora o atraso por parte da<<strong>br</strong> />

Engenharia possa ser absorvido nas fases seguintes, <strong>com</strong>o a de manufatura,<<strong>br</strong> />

garantindo a entrega do equipamento no prazo, em muitos casos os clientes tomam<<strong>br</strong> />

conhecimento de problemas ocorridos na fase de Engenharia quando é acordado<<strong>br</strong> />

em contrato a sua validação nas fases de projeto. Considera-se que <strong>com</strong> a utilização<<strong>br</strong> />

desse modelo também será possível alterar a cultura atual do departamento,<<strong>br</strong> />

direcionada ao cumprimento de metas para a busca por satisfação dos clientes.<<strong>br</strong> />

A Figura 31 representa o modelo proposto, nomeado P1.<<strong>br</strong> />

1,40<<strong>br</strong> />

1,20<<strong>br</strong> />

1,00<<strong>br</strong> />

0,80<<strong>br</strong> />

0,60<<strong>br</strong> />

0,40<<strong>br</strong> />

0,20<<strong>br</strong> />

-<<strong>br</strong> />

mês 1 mês 2 mês 3 mês 4 mês 5 mês 6<<strong>br</strong> />

MESES<<strong>br</strong> />

Projeto 1 Projeto 2 Projeto 3 META<<strong>br</strong> />

Nome: Indicador de Atendimento ao Cliente<<strong>br</strong> />

Setor: Engenharia<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Cliente<<strong>br</strong> />

Figura 31 - P1 Indicador de Atendimento ao Cliente


146<<strong>br</strong> />

5.1.2 Análise do Indicador I2<<strong>br</strong> />

O Modelo I2 somente destina-se à apresentação de informações<<strong>br</strong> />

referentes ao prejuízo financeiro causado pela necessidade de retrabalhar um<<strong>br</strong> />

determinado processo devido a ocorrência de um erro e mostrar em qual fase do<<strong>br</strong> />

processo o erro foi detectado, a fim de propiciar a elaboração de um plano de ação<<strong>br</strong> />

para as devidas correções.<<strong>br</strong> />

No entanto, atua <strong>com</strong>o um indicador pontual, que embora seja necessário,<<strong>br</strong> />

não registra uma possível freqüência de um determinado tipo de erro em um mesmo<<strong>br</strong> />

equipamento ou fase do processo.<<strong>br</strong> />

A fim de sanar a deficiência do modelo atual, sugere-se a elaboração de um<<strong>br</strong> />

novo indicador que quantifique os processos errôneos por tipo de equipamento, para<<strong>br</strong> />

verificar se há ocorrência de um mesmo tipo de erro que necessite de correções e<<strong>br</strong> />

proporcionar o aprimoramento dos processos e treinamento dos envolvidos, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

foco na melhoria contínua.<<strong>br</strong> />

A Figura 32 exemplifica o modelo proposto, P2.<<strong>br</strong> />

(R$)<<strong>br</strong> />

10.000; 1%<<strong>br</strong> />

14.000; 2%<<strong>br</strong> />

7.000; 1%<<strong>br</strong> />

43.000; 5%<<strong>br</strong> />

1.000; 0%<<strong>br</strong> />

3.000; 0%<<strong>br</strong> />

250.000;<<strong>br</strong> />

29%<<strong>br</strong> />

25.000; 3%<<strong>br</strong> />

500.000;<<strong>br</strong> />

59%<<strong>br</strong> />

Válvula Turbina Tipo 1 Turbina Tipo 2<<strong>br</strong> />

Turbina Tipo 3 Grade Gerador<<strong>br</strong> />

Comporta Ponte Rolante Pórtico<<strong>br</strong> />

Nome: Indicador de Desenvolvimento de Melhoria<<strong>br</strong> />

Setor: Engenharia<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Aprendizado e Crescimento<<strong>br</strong> />

Figura 32 - P2 Indicador de Desenvolvimento de Melhorias


147<<strong>br</strong> />

Acredita-se que <strong>com</strong> a utilização do tipo de gráfico, conforme sugerido na<<strong>br</strong> />

Figura 31, é possível exibir a contribuição dos valores individuais para o montante<<strong>br</strong> />

total, e, <strong>com</strong> isto, em caso da existência de vários processos errôneos é possível<<strong>br</strong> />

identificar o mais significativo em termos de economia, tempo, entre outros, para<<strong>br</strong> />

facilitar a identificação dos processos mais críticos para a organização e,<<strong>br</strong> />

conseqüentemente, que têm prioridade de correção.<<strong>br</strong> />

5.1.3 Análise do Indicador I3<<strong>br</strong> />

Este indicador apenas pontua o prejuízo causado por erros do departamento<<strong>br</strong> />

de Engenharia a Unidade Estratégica de Negócios, não proporciona informações<<strong>br</strong> />

necessárias para possíveis correções. Pode ser considerado um modelo somente<<strong>br</strong> />

destinado ao controle gerencial, caso da escolha do gestor, porém não possui as<<strong>br</strong> />

características de um indicador estratégico.<<strong>br</strong> />

Nesse caso, considerando que o objetivo da organização é a análise<<strong>br</strong> />

e correção dos erros encontrados, e não somente a pontuação do percentual<<strong>br</strong> />

de erros, considera-se que o indicador não é necessário para o processo, podendo<<strong>br</strong> />

ser descontinuado.<<strong>br</strong> />

5.1.4 Análise do Indicador I4<<strong>br</strong> />

Este modelo pode ser considerado <strong>com</strong>o <strong>com</strong>plementar ao Indicador I1, pois<<strong>br</strong> />

o primeiro destina-se a verificar o cumprimento da quantidade de horas em relação<<strong>br</strong> />

ao grau de avanço planejado, e este o cumprimento dos prazos estabelecidos.<<strong>br</strong> />

Porém, por ser um indicador que analisa particularmente cada projeto, é mais<<strong>br</strong> />

útil para os respectivos coordenadores de Engenharia do que para uma análise<<strong>br</strong> />

gerencial do departamento <strong>com</strong>o um todo. Assim, em caso da existência de 100


148<<strong>br</strong> />

projetos seriam necessários 100 indicadores, dificultando uma análise macro em<<strong>br</strong> />

termos gerenciais.<<strong>br</strong> />

A fim de integrar a análise, sugere-se que esse modelo seja utilizado<<strong>br</strong> />

pelos respectivos coordenadores de engenharia, e que seja desenvolvido<<strong>br</strong> />

para análises gerenciais um novo indicador que apresente as informações, em<<strong>br</strong> />

conjunto, dos modelos atuais I1 e I4, ou seja, que verifique o cumprimento dos<<strong>br</strong> />

prazos para as respectivas horas planejadas e o grau de avanço para cada subárea<<strong>br</strong> />

de engenharia.<<strong>br</strong> />

5.1.5 Análise Geral do Sistema de Medição da Engenharia<<strong>br</strong> />

É possível perceber, <strong>com</strong> a análise dos indicadores encontrados na<<strong>br</strong> />

Engenharia, uma grande preocupação por parte da Superintendência <strong>com</strong> a análise<<strong>br</strong> />

da posição do departamento frente aos seus resultados para a Unidade Estratégica<<strong>br</strong> />

de Negócios, pois todos os indicadores de desempenho estão voltados ao<<strong>br</strong> />

posicionamento do gestor em relação ao cumprimento ou não dos marcos<<strong>br</strong> />

planejados, sempre <strong>com</strong>o foco a área em questão.<<strong>br</strong> />

Porém, quando são classificados <strong>com</strong> o BSC é possível perceber a<<strong>br</strong> />

inadequação ao modelo, dada a tendência em atingir somente o objetivo financeiro,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> foco em relatar o que já ocorreu, em um período anterior, para propiciar<<strong>br</strong> />

correção e evitar nova ocorrência, sem mostrar <strong>com</strong>o será possível aperfeiçoar o<<strong>br</strong> />

processo no momento seguinte.<<strong>br</strong> />

Pode-se observar que a Engenharia, para garantir seus processos, está<<strong>br</strong> />

utilizando <strong>com</strong>o principal ferramenta de informação do controle de suas atividades o<<strong>br</strong> />

Orçamento (para quantidade de horas e prazos).<<strong>br</strong> />

O Quadro 10 apresenta os modelos atuais existentes.


149<<strong>br</strong> />

Área Indicador Perspectiva BSC<<strong>br</strong> />

Engenharia I1 - Eficiência da Engenharia<<strong>br</strong> />

Engenharia I2 - Eficácia da Engenharia<<strong>br</strong> />

Engenharia I3 - Impacto do Retrabalho<<strong>br</strong> />

Engenharia I4 - A<strong>com</strong>panhamento de Projeto<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Processos Internos<<strong>br</strong> />

Quadro 10 - Classificação dos Indicadores da Engenharia <strong>com</strong> o BSC<<strong>br</strong> />

A fim de apoiar a proposta dos novos modelos de indicadores, será<<strong>br</strong> />

apresentada a síntese dos pontos considerados fracos, seguida das sugestões de<<strong>br</strong> />

melhorias identificadas.<<strong>br</strong> />

• Síntese dos principais pontos fracos considerados no departamento<<strong>br</strong> />

de Engenharia: foco somente nos resultados financeiros e falta modelo<<strong>br</strong> />

para uma análise gerencial mais ampla. Os modelos existentes são muito<<strong>br</strong> />

específicos e, em alguns casos, mais apropriados a análises pontuais em<<strong>br</strong> />

níveis de coordenação.<<strong>br</strong> />

• Sugestões de melhorias: além dos indicadores propostos em<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plemento aos Modelos I1 e I2, denominados P1 e P2, sugere-se a<<strong>br</strong> />

criação de medição para o incentivo e a<strong>com</strong>panhamento de melhorias no<<strong>br</strong> />

departamento, <strong>com</strong>o resultado principalmente da atuação dos<<strong>br</strong> />

funcionários, <strong>com</strong> diminuição de horas gastas, desenvolvimento de<<strong>br</strong> />

modelos paramétricos, treinamento e motivação da equipe.<<strong>br</strong> />

Para Kaplan e Norton (1997), a verificação da satisfação dos funcionários<<strong>br</strong> />

pode ser verificada <strong>com</strong> a utilização de três medidas de resultado,<<strong>br</strong> />

consideradas essenciais e apoiadas por vetores situacionais: satisfação,<<strong>br</strong> />

retenção e a produtividade.<<strong>br</strong> />

A Figura 33 tem o objetivo de apresentar a estrutura dessa medição.


150<<strong>br</strong> />

Indicadores Essenciais<<strong>br</strong> />

Resultados<<strong>br</strong> />

Retenção dos<<strong>br</strong> />

Funcionários<<strong>br</strong> />

Produtividade<<strong>br</strong> />

dos<<strong>br</strong> />

Funcionários<<strong>br</strong> />

Satisfação dos<<strong>br</strong> />

Funcionários<<strong>br</strong> />

Vetores<<strong>br</strong> />

Competências<<strong>br</strong> />

do Quadro de<<strong>br</strong> />

Funcionários<<strong>br</strong> />

Infra-estrutura<<strong>br</strong> />

Tecnológica<<strong>br</strong> />

Clima para a<<strong>br</strong> />

Ação<<strong>br</strong> />

Figura 33 - Estrutura de Medição do Aprendizado e Crescimento<<strong>br</strong> />

Fonte: Kaplan e Norton (1997)<<strong>br</strong> />

Assim, os próximos indicadores a serem sugeridos procuram atentar para<<strong>br</strong> />

essas três medidas essenciais, e, <strong>com</strong> o objetivo de promover o<<strong>br</strong> />

treinamento dentro da Engenharia, sugere-se que para as atividades de<<strong>br</strong> />

redução de horas e desenvolvimento paramétrico a equipe seja formada<<strong>br</strong> />

por profissionais experientes e profissionais em treinamento.<<strong>br</strong> />

P3 - Indicador de economia de horas: o custo do departamento de<<strong>br</strong> />

engenharia é calculado pela quantidade de horas-homem necessárias à<<strong>br</strong> />

realização de determinada atividade em projeto. A sua diminuição significa<<strong>br</strong> />

que o departamento está desenvolvendo tecnologia e sendo mais rentável<<strong>br</strong> />

à empresa. Portanto, a fim de incentivar a melhoria contínua sugere-se,<<strong>br</strong> />

primeiramente, a análise dos principais equipamentos da empresa para a


151<<strong>br</strong> />

escolha dos que apresentam oportunidades de aperfeiçoamento e, depois,<<strong>br</strong> />

que seja aplicado um indicador <strong>com</strong> o objetivo de diminuir as horas de<<strong>br</strong> />

projetos <strong>com</strong> metas estabelecidas pela organização para um determinado<<strong>br</strong> />

período de tempo.<<strong>br</strong> />

A Figura 34 exemplifica esse modelo.<<strong>br</strong> />

HORAS..<<strong>br</strong> />

17000<<strong>br</strong> />

16000<<strong>br</strong> />

15000<<strong>br</strong> />

14000<<strong>br</strong> />

13000<<strong>br</strong> />

12000<<strong>br</strong> />

11000<<strong>br</strong> />

10000<<strong>br</strong> />

2006 2007 2008 2009 2010 2011<<strong>br</strong> />

ESCALA <strong>DE</strong> TEMPO<<strong>br</strong> />

META 5% AO ANO<<strong>br</strong> />

REAL<<strong>br</strong> />

Nome: Indicador de Economia de Horas<<strong>br</strong> />

Setor: Engenharia<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Aprendizado e Crescimento<<strong>br</strong> />

Figura 34 - P3 Indicador de Gastos de Horas<<strong>br</strong> />

P4 - Indicador de Desenvolvimento de modelos Paramétricos: devido aos<<strong>br</strong> />

tipos de produtos vendidos, conforme já apresentado no estudo de caso, a<<strong>br</strong> />

cada nova venda são desenvolvidos projetos específicos, mas mesmo<<strong>br</strong> />

nesses casos é possível utilizar modelos paramétricos, ou seja, projetos<<strong>br</strong> />

base que possam ser utilizados <strong>com</strong>o base em todos os casos.<<strong>br</strong> />

Portanto, em <strong>com</strong>plemento ao P3, sugere-se a elaboração de<<strong>br</strong> />

modelos paramétricos para os principais equipamentos em determinado<<strong>br</strong> />

período de tempo.<<strong>br</strong> />

A Figura 35 exemplifica a sugestão.


152<<strong>br</strong> />

Nome: Indicador de Desenvolvimento de Modelo Paramétrico<<strong>br</strong> />

Setor: Engenharia<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Aprendizado e Crescimento<<strong>br</strong> />

Figura 35 - P4 Indicador de Desenvolvimento de Modelo Paramétrico<<strong>br</strong> />

P5 - Indicador de motivação da equipe: entende-se que a motivação dos<<strong>br</strong> />

funcionários proporciona melhores resultados para a empresa. Sugere-se<<strong>br</strong> />

a utilização de um indicador que atue <strong>com</strong>o um termômetro para analisar o<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>portamento da equipe, que possa, também, verificar a proporção entre<<strong>br</strong> />

horas presença e ausência e retenção dos funcionários.<<strong>br</strong> />

A Figura 36 apresenta o modelo proposto.<<strong>br</strong> />

8000<<strong>br</strong> />

11%<<strong>br</strong> />

8%<<strong>br</strong> />

6%<<strong>br</strong> />

3% 1%<<strong>br</strong> />

6%<<strong>br</strong> />

6000<<strong>br</strong> />

HORAS..<<strong>br</strong> />

4000<<strong>br</strong> />

2000<<strong>br</strong> />

7100 7400 7500 7800 7950 7550<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

mês 1 mês 2 mês 3 mês 4 mês 5 mês 6<<strong>br</strong> />

Horas Trabalhadas<<strong>br</strong> />

Horas Ausências<<strong>br</strong> />

% Ausência<<strong>br</strong> />

Efetivo Atual<<strong>br</strong> />

Nome: Indicador de Motivação da Equipe<<strong>br</strong> />

Setor: Engenharia<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Aprendizado e Crescimento<<strong>br</strong> />

Figura 36 - P5 Indicador de Motivação da Equipe


153<<strong>br</strong> />

Assim, será possível providenciar os investimentos necessários para a<<strong>br</strong> />

motivação constante da equipe e analisar possíveis insatisfações quanto<<strong>br</strong> />

ao clima organizacional, organização das atividade e sistema de<<strong>br</strong> />

remuneração, entre outros.<<strong>br</strong> />

Em resumo das propostas apresentadas individualmente para a<<strong>br</strong> />

elaboração de um novo quadro de indicadores para o departamento de<<strong>br</strong> />

engenharia, tem-se o seguinte resultado de indicadores balanceados,<<strong>br</strong> />

apresentado no Quadro 11.<<strong>br</strong> />

Indicador Sugestão Perspectiva BSC<<strong>br</strong> />

I1 - Eficiência da<<strong>br</strong> />

Engenharia<<strong>br</strong> />

I2 - Eficácia da<<strong>br</strong> />

Engenharia<<strong>br</strong> />

I3 - Impacto do<<strong>br</strong> />

Retrabalho<<strong>br</strong> />

I4 - A<strong>com</strong>panhamento<<strong>br</strong> />

de Projeto<<strong>br</strong> />

P1 - Atendimento ao<<strong>br</strong> />

cliente<<strong>br</strong> />

P2 - Desen. de<<strong>br</strong> />

Melhorias<<strong>br</strong> />

P3 - Economia de<<strong>br</strong> />

horas<<strong>br</strong> />

P4 - Desenv. de<<strong>br</strong> />

Modelos Paramétricos<<strong>br</strong> />

P5 - Motivação da<<strong>br</strong> />

Equipe<<strong>br</strong> />

manter<<strong>br</strong> />

manter<<strong>br</strong> />

descontinuar<<strong>br</strong> />

ser utilizado somente<<strong>br</strong> />

pelos coordenadores<<strong>br</strong> />

modelo proposto<<strong>br</strong> />

modelo proposto<<strong>br</strong> />

modelo proposto<<strong>br</strong> />

modelo proposto<<strong>br</strong> />

modelo proposto<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Processos Internos<<strong>br</strong> />

Cliente<<strong>br</strong> />

Aprendizado e<<strong>br</strong> />

Crescimento<<strong>br</strong> />

Aprendizado e<<strong>br</strong> />

Crescimento<<strong>br</strong> />

Aprendizado e<<strong>br</strong> />

Crescimento<<strong>br</strong> />

Aprendizado e<<strong>br</strong> />

Crescimento<<strong>br</strong> />

Quadro 11 - Proposta de um Novo Quadro de Indicadores para a Engenharia<<strong>br</strong> />

Observa-se que o novo quadro proposto apresenta maior<<strong>br</strong> />

proximidade <strong>com</strong> a metodologia do BSC, por induzir o departamento<<strong>br</strong> />

a elaborar um sistema de medição mais equili<strong>br</strong>ado, <strong>com</strong> as perspectivas<<strong>br</strong> />

entendidas <strong>com</strong>o essenciais, e por motivar o desenvolvimento<<strong>br</strong> />

de indicadores que realmente atuem para auxiliar no processo de decisão<<strong>br</strong> />

do departamento.


154<<strong>br</strong> />

5.2 <strong>ANÁLISE</strong> DO SISTEMA <strong>DE</strong> MEDIÇÃO DA QUALIDA<strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

A análise dos indicadores de desempenho encontrados no departamento da<<strong>br</strong> />

qualidade seguirá a mesma metodologia utilizada para o departamento de<<strong>br</strong> />

engenharia. Assim, cada amostra será analisada individualmente, e sua respectiva<<strong>br</strong> />

importância no contexto geral do departamento.<<strong>br</strong> />

Como mencionado no início da análise anterior, sugere-se, também, quando<<strong>br</strong> />

oportuno, para a melhor interpretação das observações realizadas, a verificação da<<strong>br</strong> />

descrição detalhada da funcionalidade de cada modelo de indicador apresentada no<<strong>br</strong> />

capítulo anterior deste trabalho, referente à apresentação do sistema de medição da<<strong>br</strong> />

área da Qualidade.<<strong>br</strong> />

5.2.1 Análise do Indicador I5<<strong>br</strong> />

Este modelo, embora seja nomeado “Indicador de Eficiência da Engenharia<<strong>br</strong> />

da Qualidade”, tem a função somente de verificar se a quantidade de horas<<strong>br</strong> />

produtivas, executadas em projetos pela área da engenharia da qualidade está de<<strong>br</strong> />

acordo <strong>com</strong> a quantidade necessária para o seu pagamento, ou seja, se o<<strong>br</strong> />

departamento está executando as horas produtivas cabíveis.<<strong>br</strong> />

Diz-se que as horas produtivas pagam um determinado departamento, pois<<strong>br</strong> />

conforme a estrutura da empresa, em todo início de ano fiscal é elaborado um<<strong>br</strong> />

orçamento, <strong>com</strong> o objetivo de calcular o valor operacional do respectivo<<strong>br</strong> />

departamento para a organização.<<strong>br</strong> />

Por exemplo, se um departamento possui 50 funcionários, o gasto anual para<<strong>br</strong> />

as suas despesas <strong>com</strong> salários, encargos sociais, manutenção predial,<<strong>br</strong> />

equipamentos, softwares, entre outros, é de R$ 3.000.000; logo, o departamento


155<<strong>br</strong> />

custa mensalmente para a organização R$ 250.000 e o valor hora-homem<<strong>br</strong> />

(considerando a média mensal de 180horas) é de R$ 27,80. Como a empresa é<<strong>br</strong> />

paga por projetos, é necessário serem trabalhadas em média 180 horas-homem<<strong>br</strong> />

mensais para cumprimento do orçamento da área e evitar a subliquidação do<<strong>br</strong> />

departamento, ou seja, que o custo operacional seja mais elevado que o previsto<<strong>br</strong> />

pela organização no início do ano fiscal.<<strong>br</strong> />

Neste sentido, este indicador, embora necessário para fins gerenciais das<<strong>br</strong> />

análises do departamento <strong>com</strong>o um todo, não calcula a eficiência relacionada ao<<strong>br</strong> />

cumprimento dos prazos e quantidade de horas orçadas por projeto em andamento<<strong>br</strong> />

na área da qualidade.<<strong>br</strong> />

Assim <strong>com</strong>o a área da engenharia, o departamento da qualidade também é<<strong>br</strong> />

produtivo, também possui uma quantidade de horas orçadas para cumprimento de<<strong>br</strong> />

suas atividades. Portanto, sugere-se a utilização de um indicador que verifique a<<strong>br</strong> />

quantidade de horas orçadas e gastas por projetos de um mesmo cliente, <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

função de focar a área de qualidade para atingir às expectativas dos clientes e não<<strong>br</strong> />

ultrapassar os custos estimados.<<strong>br</strong> />

Contudo, no caso da área de qualidade a quantidade de horas planejadas<<strong>br</strong> />

para inspeções somente são ultrapassadas se houver a ocorrência de determinado<<strong>br</strong> />

erro em alguma fase anterior, <strong>com</strong>o na fase de projetos, manufatura e montagem na<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>a, entre outros. Então, a utilização do modelo proposto visa pontuar a conclusão<<strong>br</strong> />

atividades executadas em conformidade <strong>com</strong> o planejado para cada projeto.<<strong>br</strong> />

Para facilitar a análise geral de toda a organização, propõe-se utilizar o<<strong>br</strong> />

mesmo modelo sugerido para o departamento de engenharia, apenas <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

as devidas adaptações para a área da qualidade. A Figura 37 apresenta a<<strong>br</strong> />

respectiva sugestão.


156<<strong>br</strong> />

1,40<<strong>br</strong> />

1,20<<strong>br</strong> />

1,00<<strong>br</strong> />

0,80<<strong>br</strong> />

0,60<<strong>br</strong> />

0,40<<strong>br</strong> />

0,20<<strong>br</strong> />

-<<strong>br</strong> />

mês 1 mês 2 mês 3 mês 4 mês 5 mês 6<<strong>br</strong> />

MESES<<strong>br</strong> />

Projeto 1 Projeto 2 Projeto 3 META<<strong>br</strong> />

Nome: Indicador de Atendimento ao Cliente<<strong>br</strong> />

Setor: Qualidade<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Cliente<<strong>br</strong> />

Figura 37 - P6 Indicador de Atendimento ao Cliente<<strong>br</strong> />

5.2.2 Análise do Indicador I6<<strong>br</strong> />

Este é um indicador de desempenho de função gerencial para controle dos<<strong>br</strong> />

custos logísticos necessários para o processo e execução da inspeção externa,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o deslocamento, hospedagem e alimentação do inspetor, verificando o total<<strong>br</strong> />

gasto em cada situação.<<strong>br</strong> />

Sua medição proporciona a possibilidade de algumas economias financeiras<<strong>br</strong> />

locais em relação à definição de uma melhor logística a ser utilizada pelo inspetor<<strong>br</strong> />

contratado na execução de suas atividades. Devido a sua finalidade, não é<<strong>br</strong> />

considerado um indicador de medição estratégica para o departamento, mas<<strong>br</strong> />

essencial para o controle dos gastos, dada a quantidade de inspeções realizadas.<<strong>br</strong> />

5.2.3 Análise do Indicador I7<<strong>br</strong> />

Este modelo de indicador busca identificar a porcentagem de erros<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>etidos pela área da engenharia da qualidade na liberação de peças,


157<<strong>br</strong> />

equipamentos, entre outros, <strong>com</strong> não conformidades passíveis de serem<<strong>br</strong> />

descobertas internamente, evitando, assim, maiores custos e desgaste da imagem<<strong>br</strong> />

da empresa frente ao cliente.<<strong>br</strong> />

Embora o departamento quantifique os erros <strong>com</strong>etidos e elabore medidas<<strong>br</strong> />

corretivas <strong>com</strong> o treinamento da equipe para não permitir que o mesmo erro de<<strong>br</strong> />

inobservância ocorra, não quantifica a incidência de um mesmo tipo de erro em<<strong>br</strong> />

determinado processo ou equipamento para o treinamento do agente causador da<<strong>br</strong> />

não conformidade.<<strong>br</strong> />

Sugere-se a elaboração de um indicador que verifique os tipos de erros<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>etidos por tipo de equipamento e agente causador, a fim de propiciar os<<strong>br</strong> />

treinamentos necessários para correção do processo errôneo e desenvolvimento da<<strong>br</strong> />

melhoria contínua.<<strong>br</strong> />

Dessa forma, a área de qualidade, além de garantir a conformidade dos<<strong>br</strong> />

equipamentos fa<strong>br</strong>icados, pode auxiliar a organização <strong>com</strong>o agente propulsor de<<strong>br</strong> />

correções em todas as áreas da empresa na busca de melhorias.<<strong>br</strong> />

A Tabela 7 apresenta o modelo proposto.<<strong>br</strong> />

Tabela 7 - P7 Indicador de Incidência de Erro<<strong>br</strong> />

Quant. de erros por equipamento<<strong>br</strong> />

Agente Causador<<strong>br</strong> />

Equip. 1<<strong>br</strong> />

Equip. 2<<strong>br</strong> />

Equip. 3<<strong>br</strong> />

Equip. 4<<strong>br</strong> />

Engenharia<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Suprimentos<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Manufatura<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Expedição<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Transporte<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Montagem no Campo<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Nome: Indicador Incidência de Erro<<strong>br</strong> />

Setor: Qualidade<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Aprendizagem e Crescimento


158<<strong>br</strong> />

5.2.4 Análise do Indicador I8<<strong>br</strong> />

Este modelo de indicador visa verificar o cumprimento dos prazos<<strong>br</strong> />

estabelecidos para a área de metrologia na cali<strong>br</strong>ação dos instrumentos necessários<<strong>br</strong> />

para o departamento de manufatura e inspeções internas e externas continuarem<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> suas atividades no prazo estimado.<<strong>br</strong> />

Embora tenha o objetivo de uma verificação pontual de andamento e correção<<strong>br</strong> />

de processos, é necessário para medir a eficiência do departamento na execução de<<strong>br</strong> />

suas atividades, dada a importância dos diferentes instrumentos corretamente<<strong>br</strong> />

aferidos para serem utilizados nos processos seguintes.<<strong>br</strong> />

Considera-se que a tolerância de atrasos para esta medição deve ser nula,<<strong>br</strong> />

para evitar paradas na fá<strong>br</strong>ica e atrasos de projetos que possam resultar em<<strong>br</strong> />

prejuízos financeiros para a organização.<<strong>br</strong> />

5.2.5 Análise do Indicador I9<<strong>br</strong> />

Este é um modelo de indicador de desempenho para verificação da eficiência<<strong>br</strong> />

da área do laboratório no cumprimento de suas atividades; na execução de ensaios<<strong>br</strong> />

mecânicos destrutivos solicitados pela área de manufatura; na qualificação das<<strong>br</strong> />

chapas recebidas, e também para analisar o ocorrido quando da detecção de<<strong>br</strong> />

anomalias no processo de montagem dos equipamentos, na o<strong>br</strong>a, para posterior<<strong>br</strong> />

laudo da engenharia.<<strong>br</strong> />

Assim <strong>com</strong>o o modelo I8, sua medição é extremamente importante para a<<strong>br</strong> />

garantir que as próximas fases possam ocorrer sem atrasos e tenham a aprovação<<strong>br</strong> />

necessária para evitar prejuízos <strong>com</strong> a utilização de material indevido, que não<<strong>br</strong> />

atenda ao especificado.


159<<strong>br</strong> />

5.2.6 Análise do Indicador I10<<strong>br</strong> />

Este indicador de desempenho tem o mesmo objetivo do Modelo I5, de<<strong>br</strong> />

verificação da eficiência do departamento, porém é destinado à medição da área de<<strong>br</strong> />

Garantia da Qualidade.<<strong>br</strong> />

Em <strong>com</strong>plemento às observações referentes ao Modelo I5, sugere-se a<<strong>br</strong> />

elaboração de um novo modelo de indicador, mas que ao invés de verificar a<<strong>br</strong> />

eficiência do departamento da Garantia da Qualidade em relação ao seu<<strong>br</strong> />

orçamento anual, verifique-a em termos de cumprimento de prazos e horas orçadas<<strong>br</strong> />

por projeto e por cliente.<<strong>br</strong> />

Sugere-se criar modelo P8 da mesma forma que o modelo proposto P6,<<strong>br</strong> />

alterando apenas a subárea de Engenharia da Qualidade para Garantia da<<strong>br</strong> />

Qualidade.<<strong>br</strong> />

5.2.7 Análise Geral do Sistema de Medição da Qualidade<<strong>br</strong> />

Com a análise do sistema de medição da qualidade é possível notar<<strong>br</strong> />

que, <strong>com</strong>o no departamento de engenharia, todos os seus indicadores<<strong>br</strong> />

estão voltados ao cumprimento ou não das atividades e horas planejadas em<<strong>br</strong> />

seus respectivos prazos. Da mesma forma, estão direcionados, em sua maioria,<<strong>br</strong> />

para os objetivos somente financeiros e de processos internos, <strong>com</strong> foco principal no<<strong>br</strong> />

relato do andamento das atividades e pouca preocupação em serem agentes<<strong>br</strong> />

propulsores de melhorias.<<strong>br</strong> />

Também pode-se observar que a Qualidade utiliza o orçamento <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

principal ferramenta de controle para garantir seus processos.<<strong>br</strong> />

O Quadro 12 demonstra os modelos atuais utilizados.


160<<strong>br</strong> />

Área Indicador Perspectiva BSC<<strong>br</strong> />

Qualidade I5 - Eficiência Eng. Qualidade<<strong>br</strong> />

Qualidade I6 - Eficiência Insp. Externa<<strong>br</strong> />

Qualidade I7 - Eficácia Eng. Qualidade<<strong>br</strong> />

Qualidade I8 - Eficiência da Metrologia<<strong>br</strong> />

Qualidade I9 - Eficiência do Laboratório<<strong>br</strong> />

Qualidade I10 - Eficiência da Garantia Qualid.<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Processos Internos<<strong>br</strong> />

Processos Internos<<strong>br</strong> />

Processos Internos<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Quadro 12 - Classificação dos Indicadores da Qualidade <strong>com</strong> o BSC<<strong>br</strong> />

Com o objetivo de apoiar a proposta de novos indicadores, será apresentada<<strong>br</strong> />

a síntese da análise dos pontos fracos do departamento da qualidade e as<<strong>br</strong> />

sugestões de melhorias.<<strong>br</strong> />

• Síntese dos principais pontos fracos considerados no departamento<<strong>br</strong> />

de Engenharia: foco somente nos resultados financeiros e na verificação<<strong>br</strong> />

dos processos internos, por ser uma área que tem a função de aprovar os<<strong>br</strong> />

equipamentos e serviços oferecidos pela empresa. Necessita de<<strong>br</strong> />

ferramentas de medição propulsoras de melhorias para todas as áreas da<<strong>br</strong> />

organização, que tenham atuação direta nos projetos.<<strong>br</strong> />

Embora as metas dispostas nos modelos de indicadores apresentados<<strong>br</strong> />

tenham sido alteradas para salvaguardar as informações oficiais e<<strong>br</strong> />

sigilosas da empresa foco do estudo, que optou por ficar anônima,<<strong>br</strong> />

observou-se que as metas utilizadas pela área da qualidade<<strong>br</strong> />

eram diferentes de zero, mas entende-se que deveriam ter “zero defeitos”<<strong>br</strong> />

a fim de garantir todos os produtos e equipamentos oferecidos<<strong>br</strong> />

pela organização.


161<<strong>br</strong> />

• Sugestões de melhorias: além dos modelos sugeridos em <strong>com</strong>plemento<<strong>br</strong> />

aos Indicadores I5, I7 e I8, respectivamente, os modelos P6, P7 e P8,<<strong>br</strong> />

sugere-se a criação de medição para treinamento e motivação da equipe.<<strong>br</strong> />

P9 - Indicador de Motivação da Equipe: para facilitar a análise geral da<<strong>br</strong> />

organização quanto à implantação do BSC, o ideal seria utilizar, em caso<<strong>br</strong> />

aplicável, o mesmo modelo de indicador para facilitar a análise estratégica<<strong>br</strong> />

do conjunto. Portanto, propõe-se o mesmo indicador sugerido para a<<strong>br</strong> />

Engenharia, o modelo P5, conforme apresentado na Figura 38.<<strong>br</strong> />

8000<<strong>br</strong> />

11%<<strong>br</strong> />

8%<<strong>br</strong> />

6%<<strong>br</strong> />

3% 1%<<strong>br</strong> />

6%<<strong>br</strong> />

6000<<strong>br</strong> />

HORAS..<<strong>br</strong> />

4000<<strong>br</strong> />

2000<<strong>br</strong> />

7100 7400 7500 7800 7950 7550<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

mês 1 mês 2 mês 3 mês 4 mês 5 mês 6<<strong>br</strong> />

Horas Trabalhadas<<strong>br</strong> />

Horas Ausências<<strong>br</strong> />

% Ausência<<strong>br</strong> />

Efetivo Atual<<strong>br</strong> />

Nome: Indicador de Motivação da Equipe<<strong>br</strong> />

Setor: Qualidade<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Aprendizado e Crescimento<<strong>br</strong> />

Figura 38 - P9 Indicador de Motivação da Equipe<<strong>br</strong> />

P10 - Indicador de Treinamento da Equipe: no caso da área da qualidade,<<strong>br</strong> />

por se tratar de uma área responsável por aprovar, <strong>com</strong> inspeções, todos<<strong>br</strong> />

os processos e equipamentos da empresa, considera-se importante a<<strong>br</strong> />

formação de especialistas em equipamentos e processos, <strong>com</strong> o objetivo<<strong>br</strong> />

de propiciar uma maior oportunidade de sugestões de melhorias e maior<<strong>br</strong> />

assertividade nas aprovações.


162<<strong>br</strong> />

Deve ser definido um indicador que estabeleça diferentes treinamentos<<strong>br</strong> />

para os mem<strong>br</strong>os da equipe da qualidade, conforme a necessidade<<strong>br</strong> />

detectada. Pode-se optar por verificar o conhecimento atual da equipe e<<strong>br</strong> />

identificar os processos mais <strong>com</strong>plexos para melhor direcionar os<<strong>br</strong> />

treinamentos. A Tabela 8 tem o objetivo de apresentar essa sugestão.<<strong>br</strong> />

Tabela 8 - P10 Indicador de Treinamento da Equipe<<strong>br</strong> />

Estratégia de Treinamento mensal<<strong>br</strong> />

Tipo de<<strong>br</strong> />

Equipamento<<strong>br</strong> />

Inspetor<<strong>br</strong> />

Inspetor<<strong>br</strong> />

Inspetor<<strong>br</strong> />

Técnico em<<strong>br</strong> />

nível 1<<strong>br</strong> />

nível 2<<strong>br</strong> />

Externo<<strong>br</strong> />

Manuais<<strong>br</strong> />

Equip. 1<<strong>br</strong> />

4 horas<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Equip. 2<<strong>br</strong> />

2 horas<<strong>br</strong> />

3 horas<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Equip. 3<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

3 horas<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Equip. 4<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

10 horas<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Equip. 5<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

10 horas<<strong>br</strong> />

Equip. 6<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

15 horas<<strong>br</strong> />

Nome: Indicador de Treinamento da Equipe<<strong>br</strong> />

Setor: Qualidade<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Aprendizagem e Crescimento<<strong>br</strong> />

Em síntese, das propostas elaboradas para o departamento, a fim de<<strong>br</strong> />

construir um sistema de medição balanceado de acordo <strong>com</strong> o modelo<<strong>br</strong> />

proposto BSC, afirma-se que a área de qualidade deve possuir um<<strong>br</strong> />

sistema de medição que incentive melhorias para toda a organização.<<strong>br</strong> />

Como a área é a responsável pela provação de todos os equipamentos e<<strong>br</strong> />

produtos oferecidos pela empresa, este departamento deve verificar a<<strong>br</strong> />

correta utilização e atualização dos indicadores de desempenho de toda<<strong>br</strong> />

organização no prazo estabelecido e de acordo <strong>com</strong> métodos escolhidos<<strong>br</strong> />

para sua disseminação e <strong>com</strong>preensão.<<strong>br</strong> />

Quanto à implantação do BSC no nível de Unidade Estratégica de<<strong>br</strong> />

Negócios, a área deveria atuar no a<strong>com</strong>panhamento da evolução dessa


163<<strong>br</strong> />

aplicação, para se especializar e preparar treinamentos quando<<strong>br</strong> />

necessários e oportunos aos processos.<<strong>br</strong> />

Porém, analisando somente o sistema de medição da área, segue o novo<<strong>br</strong> />

quadro de indicadores sugerido para utilização da qualidade, conforme<<strong>br</strong> />

apresentado no Quadro 13.<<strong>br</strong> />

Indicador Sugestão Perspectiva BSC<<strong>br</strong> />

I5 - Eficiência Eng. Qualidade manter Financeira<<strong>br</strong> />

I6 - Eficiência Insp. Externa manter Financeira<<strong>br</strong> />

I7 - Eficácia Eng. Qualidade manter Processos Internos<<strong>br</strong> />

I8 - Eficiência da Metrologia manter Processos Internos<<strong>br</strong> />

I9 - Eficiência do Laboratório manter Processos Internos<<strong>br</strong> />

I10 - Eficiência da Garantia da<<strong>br</strong> />

manter<<strong>br</strong> />

Qualidade<<strong>br</strong> />

P6 - Atendimento ao Cliente<<strong>br</strong> />

Modelo proposto<<strong>br</strong> />

(área - Engenharia da Qualidade) Cliente<<strong>br</strong> />

P7 - Incidência de Erro<<strong>br</strong> />

P8 - Atendimento ao Cliente<<strong>br</strong> />

(área - Garantia da Qualidade)<<strong>br</strong> />

Modelo proposto<<strong>br</strong> />

Modelo proposto<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Aprendizado e<<strong>br</strong> />

Crescimento<<strong>br</strong> />

Cliente<<strong>br</strong> />

P9 - Motivação da Equipe Modelo proposto<<strong>br</strong> />

Aprendizado e<<strong>br</strong> />

Crescimento<<strong>br</strong> />

P10 - Treinamento da Equipe Modelo proposto<<strong>br</strong> />

Aprendizado e<<strong>br</strong> />

Crescimento<<strong>br</strong> />

Quadro 13 - Proposta de um Novo Quadro de Indicadores para a Qualidade<<strong>br</strong> />

Observa-se que o novo quadro procura equili<strong>br</strong>ar a elaboração de<<strong>br</strong> />

indicadores de desempenho nas perspectivas propostas pelo BSC,<<strong>br</strong> />

aperfeiçoando o quadro mais restrito anterior à análise.<<strong>br</strong> />

5.3 <strong>ANÁLISE</strong> DO SISTEMA <strong>DE</strong> MEDIÇÃO <strong>DE</strong> SUPRIMENTOS<<strong>br</strong> />

Seguindo os mesmos critérios utilizados para as análises dos departamentos<<strong>br</strong> />

anteriores, os indicadores de desempenho encontrados na área de Suprimentos


164<<strong>br</strong> />

serão examinados em detalhes, para verificar as possíveis melhorias para seu<<strong>br</strong> />

aperfeiçoamento e adequação em relação à metodologia e às perspectivas<<strong>br</strong> />

propostas pela ferramenta BSC.<<strong>br</strong> />

Por ser o último departamento a ser estudado, após sua análise será possível<<strong>br</strong> />

a crítica do total da amostra pesquisada e as considerações finais obtidas <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

aplicação da pesquisa.<<strong>br</strong> />

5.3.1 Análise do Indicador I11<<strong>br</strong> />

Este indicador é útil para verificar de forma indireta o desempenho de cada<<strong>br</strong> />

projeto em andamento na área, pois avalia se o departamento de suprimentos está<<strong>br</strong> />

conseguindo aprovisionar os produtos dentro do valor estimado, ou valor vendido e<<strong>br</strong> />

tempo planejado.<<strong>br</strong> />

No entanto, não é eficiente para verificar o desempenho do departamento<<strong>br</strong> />

em relação às negociações realizadas e às <strong>com</strong>pras executadas, pois para essa<<strong>br</strong> />

análise é necessária a <strong>com</strong>paração da média de custos encontrada no mercado<<strong>br</strong> />

no momento da <strong>com</strong>pra <strong>com</strong> o valor gasto para adquirir o mesmo bem ou serviço<<strong>br</strong> />

para o projeto.<<strong>br</strong> />

No caso da empresa em questão, devido aos serviços que oferece, na<<strong>br</strong> />

maioria dos projetos vendidos tem-se um tempo longo entre o orçamento<<strong>br</strong> />

realizado para o fechamento do preço utilizado na proposta e a necessidade de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pra para fa<strong>br</strong>icação. Isto ocorre devido, principalmente, a duas razões principais:<<strong>br</strong> />

tipo de cliente, <strong>com</strong>o grandes consórcios ou estatais, e tipo de produto e serviço<<strong>br</strong> />

vendido, quando o longo tempo é necessário para atender características peculiares<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o duração da licitação, desenvolvimento do contrato de venda e demora no<<strong>br</strong> />

início da fa<strong>br</strong>icação.


165<<strong>br</strong> />

Assim, em casos de necessidade de equipamentos <strong>com</strong>o <strong>com</strong>portas,<<strong>br</strong> />

turbinas, entre outros, tem-se primeiro a construção da infra-estrutura da parte civil,<<strong>br</strong> />

fase de planejamento, projeto na engenharia, para; então; serem geradas as<<strong>br</strong> />

necessidades de <strong>com</strong>pras.<<strong>br</strong> />

Em muitos casos é possível observar um período de até dois anos, ou mais,<<strong>br</strong> />

para iniciar o processo de <strong>com</strong>pras, <strong>com</strong>o, por exemplo, na construção de grandes<<strong>br</strong> />

centrais hidrelétricas.<<strong>br</strong> />

No decorrer desse tempo, muitas vezes pode-se encontrar uma grande<<strong>br</strong> />

variação e oscilação nos preços de mercado; os valores podem aumentar ou<<strong>br</strong> />

diminuir consideravelmente e essa oscilação não permite a verificação da eficiência<<strong>br</strong> />

pelo preço orçado, e sim pelo valor de mercado.<<strong>br</strong> />

Sugere-se, então, um indicador que <strong>com</strong>pare a eficiência do departamento na<<strong>br</strong> />

efetuação de suas <strong>com</strong>pras em relação ao preço de mercado. Esse modelo pode ser<<strong>br</strong> />

direcionado principalmente para as <strong>com</strong>pras estratégicas, por tipo de material e seu<<strong>br</strong> />

alto custo para organização. A Tabela 9 apresenta o modelo proposto P11 para a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>paração <strong>com</strong> o valor de mercado.<<strong>br</strong> />

Tabela 9 - P11 Indicador de Valor de Mercado e Valor e Compra<<strong>br</strong> />

mês 1<<strong>br</strong> />

mês 2<<strong>br</strong> />

Produto<<strong>br</strong> />

R$<<strong>br</strong> />

R$<<strong>br</strong> />

R$<<strong>br</strong> />

R$<<strong>br</strong> />

%<<strong>br</strong> />

Mercado<<strong>br</strong> />

Compra<<strong>br</strong> />

Mercado<<strong>br</strong> />

Compra<<strong>br</strong> />

%<<strong>br</strong> />

Equip. 1<<strong>br</strong> />

150.000<<strong>br</strong> />

170.000<<strong>br</strong> />

-13%<<strong>br</strong> />

155.000<<strong>br</strong> />

170.000<<strong>br</strong> />

-10%<<strong>br</strong> />

Equip. 2<<strong>br</strong> />

200.000<<strong>br</strong> />

180.000<<strong>br</strong> />

10%<<strong>br</strong> />

180.000<<strong>br</strong> />

180.000<<strong>br</strong> />

0%<<strong>br</strong> />

Equip. 3<<strong>br</strong> />

90.000<<strong>br</strong> />

85.000<<strong>br</strong> />

6%<<strong>br</strong> />

100.000<<strong>br</strong> />

101.000<<strong>br</strong> />

-1%<<strong>br</strong> />

Equip. 4<<strong>br</strong> />

500.000<<strong>br</strong> />

505.000<<strong>br</strong> />

-1%<<strong>br</strong> />

500.000<<strong>br</strong> />

505.000<<strong>br</strong> />

-1%<<strong>br</strong> />

Equip. 5<<strong>br</strong> />

320.000<<strong>br</strong> />

320.000<<strong>br</strong> />

0%<<strong>br</strong> />

320.000<<strong>br</strong> />

320.000<<strong>br</strong> />

0%<<strong>br</strong> />

Equip. 6<<strong>br</strong> />

600.000<<strong>br</strong> />

550.000<<strong>br</strong> />

8%<<strong>br</strong> />

600.000<<strong>br</strong> />

550.000<<strong>br</strong> />

8%<<strong>br</strong> />

Nome: Indicador de Valor de Mercado X Compra<<strong>br</strong> />

Setor: Suprimentos<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Financeira


166<<strong>br</strong> />

5.3.2 Análise do Indicador I12<<strong>br</strong> />

Este modelo de indicador tem <strong>com</strong>o objetivo verificar o cumprimento dos<<strong>br</strong> />

prazos estabelecidos <strong>com</strong>o necessários para o aprovisionamento dos materiais<<strong>br</strong> />

solicitados conforme as necessidades de cada projeto em andamento. Porém,<<strong>br</strong> />

observa-se uma certa tolerância em relação aos tipos de demora quando se verifica<<strong>br</strong> />

que no modelo de indicador utilizado as carências são classificadas conforme a<<strong>br</strong> />

quantidade de dias em atraso.<<strong>br</strong> />

Da maneira <strong>com</strong>o o indicador está sendo apresentado e mensurado,<<strong>br</strong> />

os atrasos que estão em foco <strong>com</strong>o críticos são os que se referem ao D4 e D5,<<strong>br</strong> />

que representam, respectivamente, de 15 a 29 dias em atraso e mais que 30 dias<<strong>br</strong> />

em atraso.<<strong>br</strong> />

Acredita-se que este modelo deve ser refeito, a fim de apresentar somente as<<strong>br</strong> />

informações, cumpridas no prazo e não cumprido o prazo; deve-se fazer um trabalho<<strong>br</strong> />

de conscientização de toda a equipe e dos fornecedores que não importa o nível de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plexidade do material aprovisionado, pois um dia de atraso pode gerar impactos<<strong>br</strong> />

substanciais aos processos.<<strong>br</strong> />

5.3.3 Análise do Indicador I13<<strong>br</strong> />

Este indicador é estabelecido pela Administração Corporativa para verificar a<<strong>br</strong> />

quantidade de <strong>com</strong>pras efetuadas em países considerados de baixo custo, mas<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> alta tecnologia. Para este modelo observa-se a falta da identificação da meta a<<strong>br</strong> />

ser atingida.<<strong>br</strong> />

Para identificá-la em nível de Unidade Estratégica de Negócios, se está sendo<<strong>br</strong> />

rentável para a organização local, sugere-se elaborar um indicador de desempenho


167<<strong>br</strong> />

que quantifique o ganho ou perda decorrentes de <strong>com</strong>pras em países de baixo<<strong>br</strong> />

custo, <strong>com</strong>parados <strong>com</strong> a opção de custos ofertados pelos fornecedores em<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pras no próprio país.<<strong>br</strong> />

Se todas as unidades adotarem a utilização desse modelo de indicador, as<<strong>br</strong> />

informações obtidas podem servir de análise <strong>com</strong>parativa em nível corporativo se a<<strong>br</strong> />

estratégia é rentável em nível mundial.<<strong>br</strong> />

Esse modelo proposto pode ser observado na Tabela 10.<<strong>br</strong> />

Tabela 10 - P12 Indicador de Perda da UEN<<strong>br</strong> />

mês 1<<strong>br</strong> />

mês 2<<strong>br</strong> />

Produto<<strong>br</strong> />

R$<<strong>br</strong> />

Compra<<strong>br</strong> />

Local<<strong>br</strong> />

R$<<strong>br</strong> />

Paises B.<<strong>br</strong> />

Custo<<strong>br</strong> />

Perda<<strong>br</strong> />

da UEN<<strong>br</strong> />

R$<<strong>br</strong> />

Mercado<<strong>br</strong> />

R$<<strong>br</strong> />

Compra<<strong>br</strong> />

Perda<<strong>br</strong> />

da UEN<<strong>br</strong> />

Equip. 1<<strong>br</strong> />

200.000<<strong>br</strong> />

170.000<<strong>br</strong> />

30.000<<strong>br</strong> />

155.000<<strong>br</strong> />

170.000<<strong>br</strong> />

-15.000<<strong>br</strong> />

Equip. 2<<strong>br</strong> />

300.000<<strong>br</strong> />

360.000<<strong>br</strong> />

-60.000<<strong>br</strong> />

180.000<<strong>br</strong> />

180.000<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Equip. 3<<strong>br</strong> />

400.000<<strong>br</strong> />

290.000<<strong>br</strong> />

110.000<<strong>br</strong> />

100.000<<strong>br</strong> />

101.000<<strong>br</strong> />

-1.000<<strong>br</strong> />

Equip. 4<<strong>br</strong> />

990.000<<strong>br</strong> />

987.000<<strong>br</strong> />

3.000<<strong>br</strong> />

500.000<<strong>br</strong> />

505.000<<strong>br</strong> />

-5.000<<strong>br</strong> />

Equip. 5<<strong>br</strong> />

760.000<<strong>br</strong> />

930.000<<strong>br</strong> />

-170.000<<strong>br</strong> />

320.000<<strong>br</strong> />

320.000<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Equip. 6<<strong>br</strong> />

600.000<<strong>br</strong> />

550.000<<strong>br</strong> />

50.000<<strong>br</strong> />

600.000<<strong>br</strong> />

550.000<<strong>br</strong> />

50.000<<strong>br</strong> />

Nome: Indicador de Perda da UEN<<strong>br</strong> />

Setor: Suprimentos<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Financeira<<strong>br</strong> />

5.3.4 Análise do Indicador I14<<strong>br</strong> />

Este modelo apenas apresenta a quantidade de relatórios de não<<strong>br</strong> />

conformidade atribuídas em um determinado período; atua <strong>com</strong> a finalidade de<<strong>br</strong> />

verificar a posição do departamento frente aos problemas encontrados quantificando<<strong>br</strong> />

os que ainda faltam ser resolvidos, porém não verifica a incidência de várias RNCs<<strong>br</strong> />

abertas para um mesmo fornecedor <strong>com</strong> o objetivo de elaborar plano de ação para<<strong>br</strong> />

a correção, ou, dependendo do caso, a sua desqualificação.


168<<strong>br</strong> />

Por este ser um modelo de medição somente informativo, que não apresenta<<strong>br</strong> />

informações suficientes para a tomada de decisão, sugere-se que seja substituído<<strong>br</strong> />

por outro indicador que pontue as RNCs por fornecedor. Essa proposta pode ser<<strong>br</strong> />

observada na Tabela 11.<<strong>br</strong> />

Tabela 11 - P13 Indicador RNC por Fornecedor<<strong>br</strong> />

Quant.<<strong>br</strong> />

Quant.<<strong>br</strong> />

Tempo<<strong>br</strong> />

Fornecedor<<strong>br</strong> />

de<<strong>br</strong> />

de RNC<<strong>br</strong> />

médio<<strong>br</strong> />

RNC<<strong>br</strong> />

finaliza<<strong>br</strong> />

para<<strong>br</strong> />

aberta<<strong>br</strong> />

da<<strong>br</strong> />

resolução<<strong>br</strong> />

Fornec. 1<<strong>br</strong> />

15<<strong>br</strong> />

35<<strong>br</strong> />

20 dias<<strong>br</strong> />

Fornec. 2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

5 dias<<strong>br</strong> />

Fornec. 3<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

15 dias<<strong>br</strong> />

Fornec. 4<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

9<<strong>br</strong> />

3 dias<<strong>br</strong> />

Fornec. 5<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

6 dias<<strong>br</strong> />

Fornec. 6<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

1 dia<<strong>br</strong> />

Total Geral<<strong>br</strong> />

42<<strong>br</strong> />

53<<strong>br</strong> />

8 dias<<strong>br</strong> />

Nome: Indicador de RNC por Fornecedor<<strong>br</strong> />

Setor: Suprimentos<<strong>br</strong> />

Perspectiva BSC: Processos Internos<<strong>br</strong> />

5.3.5 Análise do Indicador I15<<strong>br</strong> />

Este indicador de desempenho tem <strong>com</strong>o objetivo somente apresentar a<<strong>br</strong> />

quantidade de relatórios de não conformidades abertos devido a erros causados<<strong>br</strong> />

pelo departamento de suprimentos, fornecedores e subfornecedores e resolvidas<<strong>br</strong> />

dentro do mesmo mês de sua abertura.<<strong>br</strong> />

Portanto, não fornece subsídios necessários para a análise e apuração dos<<strong>br</strong> />

erros que possam auxiliar o processo de decisão. Neste caso o ideal é cancelar a<<strong>br</strong> />

sua utilização, pois além de ser um indicador <strong>com</strong> informações in<strong>com</strong>pletas, foi<<strong>br</strong> />

proposto o modelo P10 para uma análise mais <strong>com</strong>pleta que também apresenta a<<strong>br</strong> />

informação referente a quantidade média de dias para a resolução de cada RNC.


169<<strong>br</strong> />

5.3.6 Análise do Indicador I16<<strong>br</strong> />

Este indicador pretende verificar a quantidade de pedidos de <strong>com</strong>pra <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

valores baixos, que atrapalham o fluxo de trabalho, geram perda de tempo e<<strong>br</strong> />

dificultam a logística, além de estarem abaixo do valor estimado pela organização<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o o mínimo ideal.<<strong>br</strong> />

Embora quantifique a quantidade de pedidos fora do padrão desejável, não<<strong>br</strong> />

fornece a informação de uma meta a ser seguida <strong>com</strong> a quantidade permitida para<<strong>br</strong> />

as possíveis exceções a esta metodologia. Sugere-se a definição de uma meta para<<strong>br</strong> />

esse indicador.<<strong>br</strong> />

5.3.7 Análise do Indicador I17<<strong>br</strong> />

Este indicador objetiva verificar o valor médio aprovisionado dos pedidos de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pras realizados pela equipe, porém não apresenta informação estratégia a ser<<strong>br</strong> />

utilizada para aperfeiçoamento do processo e sua medição. É questionável, por<<strong>br</strong> />

exemplo, a existência de um pedido de R$3.000.000,00 e 200 pedidos de<<strong>br</strong> />

R$1.000,00 que equivale a um valor médio de R$15.920,40 por pedido de <strong>com</strong>pra.<<strong>br</strong> />

Sugere-se que o indicador seja cancelado.<<strong>br</strong> />

5.3.8 Análise do Indicador I18<<strong>br</strong> />

Este é um modelo de indicador de desempenho de análise gerencial para<<strong>br</strong> />

verificação da quantidade de treinamento possibilitada <strong>com</strong> a utilização da<<strong>br</strong> />

rotatividade de trabalho.<<strong>br</strong> />

Uma das possibilidades de aprendizado organizacional voltada ao<<strong>br</strong> />

atendimento das necessidades específicas de cada empresa ou departamento e


170<<strong>br</strong> />

multiplicação dos conhecimentos gerando reais possibilidades de melhorias é a<<strong>br</strong> />

utilização da rotatividade de atividades executadas pelos próprios mem<strong>br</strong>os da<<strong>br</strong> />

equipe. A utilização desse tipo de medição é interessante para disseminar os<<strong>br</strong> />

conhecimentos entre os envolvidos e aprimorar os processos<<strong>br</strong> />

5.3.9 Análise Geral do Sistema de Medição de Suprimentos<<strong>br</strong> />

Com a análise do sistema de medição da área de suprimentos é<<strong>br</strong> />

possível verificar a tendência do departamento em utilizar medições focadas<<strong>br</strong> />

em resultados financeiros, na sua maioria, e também nos processos internos,<<strong>br</strong> />

conforme tendência observada anteriormente na análise dos departamentos de<<strong>br</strong> />

engenharia e qualidade.<<strong>br</strong> />

Assim <strong>com</strong>o nos outros departamentos estudados, seu foco principal está em<<strong>br</strong> />

relatar o andamento das atividades <strong>com</strong> pouca preocupação no desenvolvimento de<<strong>br</strong> />

melhorias e no atendimento as expectativas dos clientes.<<strong>br</strong> />

O Quadro 14 demonstra os modelos atuais utilizados.<<strong>br</strong> />

Área Indicador Perspectiva BSC<<strong>br</strong> />

Suprimentos I11 - V. Gasto Relação ao Orçado<<strong>br</strong> />

Suprimentos I12 - Aquisição Fora do Prazo<<strong>br</strong> />

Suprimentos I13 - Aquisição no País<<strong>br</strong> />

Suprimentos I14 - Quantidade de RNC<<strong>br</strong> />

Suprimentos I15 - Quantidade RNC Resolvida<<strong>br</strong> />

Suprimentos I16 - Valor de Pedidos de Compra<<strong>br</strong> />

Suprimentos I17 - Valor Médio dos PCs<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Processos Internos<<strong>br</strong> />

Processos Internos<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Aprendizado e<<strong>br</strong> />

Suprimentos I18 - Rotatividade de Trabalho<<strong>br</strong> />

Crescimento<<strong>br</strong> />

Quadro 14 - Classificação dos Indicadores de Suprimentos <strong>com</strong> o BSC


171<<strong>br</strong> />

Com o objetivo de apoiar as sugestões de novos indicadores, será<<strong>br</strong> />

apresentada a síntese da análise do departamento de Suprimentos em relação a<<strong>br</strong> />

seus pontos fracos.<<strong>br</strong> />

• Síntese dos principais pontos fracos considerados no departamento<<strong>br</strong> />

de Suprimentos: falta de utilização de metas em alguns modelos de<<strong>br</strong> />

indicadores. Os modelos são apresentados <strong>com</strong> a visão somente nos<<strong>br</strong> />

últimos dois meses, o que dificulta a verificação de uma tendência<<strong>br</strong> />

desfavorável que necessite ser avaliada particularmente; utilização de<<strong>br</strong> />

indicadores apenas informativos, que não possuem objetivos estratégicos<<strong>br</strong> />

e podem ser descartados.<<strong>br</strong> />

• Sugestões de melhorias: além dos modelos sugeridos em <strong>com</strong>plemento<<strong>br</strong> />

aos Indicadores I11, I13 e I14, respectivamente os modelos P11, P12 e<<strong>br</strong> />

P13, sugere-se a criação de medição para o monitoramento da motivação<<strong>br</strong> />

da equipe.<<strong>br</strong> />

P14 - Indicador de Motivação da Equipe: sugere-se utilizar o mesmo<<strong>br</strong> />

modelo de indicador proposto para os departamentos de engenharia e<<strong>br</strong> />

qualidade para facilitar a análise geral da organização.<<strong>br</strong> />

Em suma, pretende-se a elaboração de um quadro de indicadores de<<strong>br</strong> />

desempenho coerentes <strong>com</strong> as necessidades do departamento, mas de<<strong>br</strong> />

acordo <strong>com</strong> as prerrogativas do BSC em relação à distribuição da<<strong>br</strong> />

medição nas quatro perspectivas necessárias.<<strong>br</strong> />

Segue o novo quadro de indicadores sugeridos para utilização de<<strong>br</strong> />

Suprimentos, conforme apresentado no Quadro 15.


172<<strong>br</strong> />

Indicador Sugestão Perspectiva BSC<<strong>br</strong> />

I11 - V. Gasto Relação ao Orçado manter Financeira<<strong>br</strong> />

I12 - Aquisição Fora do Prazo manter Financeira<<strong>br</strong> />

I13 - Aquisição no País manter Financeira<<strong>br</strong> />

I14 - Quantidade de RNC descontinuar Processos Internos<<strong>br</strong> />

I15 - Quantidade RNC Resolvida descontinuar Processos Internos<<strong>br</strong> />

I16 - Valor de Pedidos de<<strong>br</strong> />

Compra<<strong>br</strong> />

manter<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

I17 - Valor Médio dos PCs descontinuar Financeira<<strong>br</strong> />

I18 - Rotatividade de Trabalho<<strong>br</strong> />

P11 - Valor de Mercado e Valor<<strong>br</strong> />

de Compra<<strong>br</strong> />

manter<<strong>br</strong> />

Modelo proposto<<strong>br</strong> />

Aprendizado e<<strong>br</strong> />

Crescimento<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

P12 - Perda da UEN Modelo proposto Financeira<<strong>br</strong> />

P13 - RNC por Fornecedor Modelo proposto Processos Internos<<strong>br</strong> />

Aprendizado e<<strong>br</strong> />

P14 - Motivação da Equipe Modelo proposto<<strong>br</strong> />

Crescimento<<strong>br</strong> />

Quadro 15 - Proposta de um Novo Quadro de Indicadores para Suprimentos<<strong>br</strong> />

Pode-se observar uma melhor distribuição dos indicadores de<<strong>br</strong> />

desempenho nas perspectivas indicadas pelo BSC.<<strong>br</strong> />

Com esta última análise apresentada conclui-se as considerações feitas<<strong>br</strong> />

por departamento estudado; a seguir, será apresentada a análise geral do total<<strong>br</strong> />

da amostra.<<strong>br</strong> />

5.4 <strong>ANÁLISE</strong> GERAL DA AMOSTRA<<strong>br</strong> />

Após analisar individualmente o sistema de medição encontrado nos<<strong>br</strong> />

departamentos da Engenharia, Qualidade e Suprimentos, da Unidade Estratégica de<<strong>br</strong> />

Negócios objeto da pesquisa, é possível verificar a sua inadequação em relação à


metodologia proposta do Balanced Sorecard. O Quadro 16 tem o objetivo<<strong>br</strong> />

de apresentar a classificação do total da amostra pesquisada em relação ao<<strong>br</strong> />

modelo proposto.<<strong>br</strong> />

Área Indicador Perspectiva BSC<<strong>br</strong> />

Engenharia I1 - Eficiência da Engenharia Financeira<<strong>br</strong> />

Engenharia I2 - Eficácia da Engenharia Financeira<<strong>br</strong> />

Engenharia I3 - Impacto do Retrabalho Financeira<<strong>br</strong> />

Engenharia I4 - A<strong>com</strong>panhamento de Projeto Processos Internos<<strong>br</strong> />

Qualidade I5 - Eficiência Eng. Qualidade Financeira<<strong>br</strong> />

Qualidade I6 - Eficiência Insp. Externa Financeira<<strong>br</strong> />

Qualidade I7 - Eficácia Eng. Qualidade Processos Internos<<strong>br</strong> />

Qualidade I8 - Eficiência da Metrologia Processos Internos<<strong>br</strong> />

Qualidade I9 - Eficiência do Laboratório Processos Internos<<strong>br</strong> />

Qualidade I10 - Eficiência da Garantia Qualid. Financeira<<strong>br</strong> />

Suprimentos I11 - V. Gasto Relação ao Orçado Financeira<<strong>br</strong> />

Suprimentos I12 - Aquisição Fora do Prazo Financeira<<strong>br</strong> />

Suprimentos I13 - Aquisição no País Financeira<<strong>br</strong> />

Suprimentos I14 - Quantidade de RNC Processos Internos<<strong>br</strong> />

Suprimentos I15 - Quantidade RNC Resolvida Processos Internos<<strong>br</strong> />

Suprimentos I16 - Valor de Pedidos de Compra Financeira<<strong>br</strong> />

Suprimentos I17 - Valor Médio dos PCs Financeira<<strong>br</strong> />

Suprimentos I18 - Rotatividade de Trabalho Aprendizado e Crescimento<<strong>br</strong> />

Quadro 16 - Classificação do Total da Amostra nas Perspectivas do BSC<<strong>br</strong> />

Existe uma tendência dos departamentos pela escolha de indicadores <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

foco principalmente nos objetivos financeiros da organização, <strong>com</strong>o pode ser<<strong>br</strong> />

observado no Quadro 17.<<strong>br</strong> />

Perspectiva Quantidade Representatividade<<strong>br</strong> />

Perspectiva Financeira 11 61%<<strong>br</strong> />

Perspectiva Interna 6 33%<<strong>br</strong> />

Perspectiva Aprendizado 1 6%<<strong>br</strong> />

Total da amostra = 18 indicadores<<strong>br</strong> />

Quadro 17 - Representatividade do Total da Amostra em Relação ao BSC<<strong>br</strong> />

Utilizando <strong>com</strong>o critério as perguntas propostas pela metodologia do BSC,<<strong>br</strong> />

sugere-se um novo quadro de indicadores, mais equili<strong>br</strong>ado, a ser implementado<<strong>br</strong> />

pela organização. O novo sistema proposto está representado no Quadro 18, no<<strong>br</strong> />

173


174<<strong>br</strong> />

qual estão acrescentados os novos modelos sugeridos, os modelos cuja análise<<strong>br</strong> />

considerou pertinente sua continuação e estão ausentes os modelos cuja análise<<strong>br</strong> />

sugere que sejam descontinuados.<<strong>br</strong> />

Área Indicador Perspectiva BSC<<strong>br</strong> />

Engenharia I1 - Eficiência da Engenharia<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Engenharia I2 - Eficácia da Engenharia<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Engenharia I4 - A<strong>com</strong>panhamento de Projeto<<strong>br</strong> />

Processos Internos<<strong>br</strong> />

Engenharia P1 - Atendimento ao cliente<<strong>br</strong> />

Cliente<<strong>br</strong> />

Engenharia P2 - Desenv. de Melhorias<<strong>br</strong> />

Aprendizado e Crescimento<<strong>br</strong> />

Engenharia P3 - Economia de horas<<strong>br</strong> />

Aprendizado e Crescimento<<strong>br</strong> />

Engenharia P4 - Desenv. de Modelos Paramétricos Aprendizado e Crescimento<<strong>br</strong> />

Engenharia P5 - Motivação da Equipe<<strong>br</strong> />

Aprendizado e Crescimento<<strong>br</strong> />

Qualidade I5 - Eficiência Eng. Qualidade Financeira<<strong>br</strong> />

Qualidade I6 - Eficiência Insp. Externa Financeira<<strong>br</strong> />

Qualidade I7 - Eficácia Eng. Qualidade Processos Internos<<strong>br</strong> />

Qualidade I8 - Eficiência da Metrologia Processos Internos<<strong>br</strong> />

Qualidade I9 - Eficiência do Laboratório Processos Internos<<strong>br</strong> />

Qualidade I10 - Eficiência da Garantia Qualidade Financeira<<strong>br</strong> />

Qualidade P6 - Atendimento ao Cliente (área -<<strong>br</strong> />

Engenharia da Qualidade)<<strong>br</strong> />

Cliente<<strong>br</strong> />

Qualidade P7 - Incidência de Erro Aprendizado e Crescimento<<strong>br</strong> />

Qualidade P8 - Atendimento ao Cliente (área -<<strong>br</strong> />

Garantia da Qualidade)<<strong>br</strong> />

Cliente<<strong>br</strong> />

Qualidade P9 - Motivação da Equipe Aprendizado e Crescimento<<strong>br</strong> />

Qualidade P10 - Treinamento da Equipe Aprendizado e Crescimento<<strong>br</strong> />

Suprimentos I11 - V. Gasto Relação ao Orçado<<strong>br</strong> />

Suprimentos I12 - Aquisição Fora do Prazo<<strong>br</strong> />

Suprimentos I13 - Aquisição no País<<strong>br</strong> />

Suprimentos I16 - Valor de Pedidos de Compra<<strong>br</strong> />

Suprimentos I18 - Rotatividade de Trabalho<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Aprendizado e Crescimento<<strong>br</strong> />

Suprimentos P11 - Valor de Medo e Valor de Compra Financeira<<strong>br</strong> />

Suprimentos P12 - Perda da UEN<<strong>br</strong> />

Financeira<<strong>br</strong> />

Suprimentos P13 - RNC por Fornecedor<<strong>br</strong> />

Processos Internos<<strong>br</strong> />

Suprimentos P14 - Motivação da Equipe<<strong>br</strong> />

Aprendizado e Crescimento<<strong>br</strong> />

Quadro 18 - Representatividade do Total da Amostra em Relação ao BSC


O total do novo quadro de indicadores de desempenho balanceados proposto<<strong>br</strong> />

para os três departamentos em estudo é de 28 modelos, conforme apresentado no<<strong>br</strong> />

Quadro 19, objetiva uma melhor distribuição do sistema de medição nas<<strong>br</strong> />

perspectivas consideradas chaves da metodologia e não somente na perspectiva<<strong>br</strong> />

financeira conforme encontrado inicialmente.<<strong>br</strong> />

Perspectiva<<strong>br</strong> />

Quantidade Representatividade<<strong>br</strong> />

Perspectiva Financeira 11 39%<<strong>br</strong> />

Perspectiva Aprendizado e Crescimento 9 32%<<strong>br</strong> />

Perspectiva dos Processos Internos 5 18%<<strong>br</strong> />

Clientes 3 11%<<strong>br</strong> />

Quadro 19 - Representatividade do Total Sugerido em Relação ao BSC<<strong>br</strong> />

As críticas feitas aos indicadores de desempenho pesquisados, bem <strong>com</strong>o as<<strong>br</strong> />

sugestões de novos modelos, não objetivam apresentar uma forma acabada a ser<<strong>br</strong> />

implementada pela organização, mas sim introduzir novos conceitos so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

implementação e utilização de ferramentas de medição mais direcionadas a<<strong>br</strong> />

realidade da empresa e seus objetivos.<<strong>br</strong> />

Portanto, <strong>com</strong>o resultado deste trabalho, considera-se que, de acordo <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

rapidez em que se propagam as novas tecnologias no ambiente atual, é necessário<<strong>br</strong> />

que as organizações consigam definir metodologias para melhor operacionalizar a<<strong>br</strong> />

sua estratégia. Uma das principais ferramentas a serem empregadas é a utilização<<strong>br</strong> />

de um sistema de medição balanceado, consistente e coerente <strong>com</strong> os objetivos<<strong>br</strong> />

estabelecidos pela própria organização.<<strong>br</strong> />

175<<strong>br</strong> />

5.5 CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS DA PESQUISA<<strong>br</strong> />

A permanência das empresas em um ambiente extremamente <strong>com</strong>petitivo<<strong>br</strong> />

está vinculada à sua capacidade de aperfeiçoar seus processos em tempo hábil


176<<strong>br</strong> />

para estar a frente das expectativas de seus clientes e de adequar-se, <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

agilidade necessária, às constantes alterações de mercado.<<strong>br</strong> />

Nesse ambiente, os indicadores de desempenho devem atuar a fim<<strong>br</strong> />

de demonstrar, de forma precisa, o resultado atingido até o momento e sinalizar<<strong>br</strong> />

o resultado futuro, para tornar possível as devidas alterações em busca da<<strong>br</strong> />

vantagem <strong>com</strong>petitiva.<<strong>br</strong> />

A opção por pesquisar o sistema de medição do desempenho de alguns dos<<strong>br</strong> />

departamentos de uma Unidade Estratégica de Negócios decorreu do pressuposto<<strong>br</strong> />

que eles são os verdadeiros responsáveis na prática pelo resultado e desempenho<<strong>br</strong> />

da própria UEN e também da Administração Corporativa, pois são os reais<<strong>br</strong> />

impulsionadores e multiplicadores ou divagadores da implantação coesa da<<strong>br</strong> />

estratégia. Nesse sentido, o BSC deve ser utilizado mais do que para balancear as<<strong>br</strong> />

perspectivas dos indicadores de desempenho, deve atuar a fim de avaliar, alinhar e<<strong>br</strong> />

direcionar as ações a serem tomadas pela organização no gerenciamento de sua<<strong>br</strong> />

estratégia e auxiliar a alta administração na operacionalização da estratégia em toda<<strong>br</strong> />

a organização.<<strong>br</strong> />

Considerando-se que a estratégia é alinhada, operacionalizada, conduzida<<strong>br</strong> />

direcionada e executada em termos operacionais, entende-se que, para fins desta<<strong>br</strong> />

pesquisa, que os departamentos da UEN são os agentes responsáveis pelo<<strong>br</strong> />

andamento da estratégia, devendo alinhar a estratégia da organização à estratégia a<<strong>br</strong> />

ser adotada pelos departamentos.<<strong>br</strong> />

A visão da organização, seguida pela sua missão e, por conseguinte de<<strong>br</strong> />

sua estratégia devem nortear a definição dos indicadores de desempenho<<strong>br</strong> />

operacionais para cada departamento da organização a fim de obter resultados para<<strong>br</strong> />

os objetivos desejados.


177<<strong>br</strong> />

A missão da organização deve atuar <strong>com</strong>o um ponto de partida, esclarecendo<<strong>br</strong> />

a função que a empresa se destina a cumprir; a visão é a tradução de seus objetivos<<strong>br</strong> />

e a estratégia é a tradução da missão e visão em objetivos tangíveis. Nesse<<strong>br</strong> />

contexto, o BSC surge <strong>com</strong> o objetivo de implementar estratégia em termos<<strong>br</strong> />

operacionais, utilizando-se de medições balanceadas que buscam quantificar todos<<strong>br</strong> />

os pontos chaves da organização.<<strong>br</strong> />

Sugere-se que inicialmente seja feita a utilização do BSC na empresa foco<<strong>br</strong> />

do estudo <strong>com</strong> objetivo de substituir o sistema de medição atual, direcionado<<strong>br</strong> />

estritamente para atender o orçamento e objetivos financeiros, para amplitudes mais<<strong>br</strong> />

amplas voltadas para entendimento do presente e preparação para o futuro,<<strong>br</strong> />

apoiadas na estratégia da organização.<<strong>br</strong> />

Os superintendentes dos departamentos devem ter ciência da relação de<<strong>br</strong> />

causa e efeito entre as medidas que utilizaram e os objetivos gerais da organização;<<strong>br</strong> />

o BSC deve ser implementado para de orientar esses gestores na coerência da<<strong>br</strong> />

definição de indicadores balanceados <strong>com</strong> a estratégia.<<strong>br</strong> />

Não se estabelece uma regra para a quantidade ideal de indicadores de<<strong>br</strong> />

desempenho a serem utilizados em cada departamento, no entanto deve-se<<strong>br</strong> />

entender que os modelos escolhidos serão os responsáveis por guiar a<<strong>br</strong> />

estratégia no cumprimento da missão e busca da realização da visão. Os<<strong>br</strong> />

indicadores devem ser os orientadores gerais dos departamentos e, por<<strong>br</strong> />

conseguinte, da UEN. Sob esse prisma, à medida que o sistema for implementado,<<strong>br</strong> />

aperfeiçoado e melhor entendido pelos gestores, gradativamente serão<<strong>br</strong> />

estabelecidas medições mais precisas e <strong>com</strong>pletas em relação à metodologia<<strong>br</strong> />

proposta e à estratégia geral da UEN.


178<<strong>br</strong> />

Portanto, conclui-se que <strong>com</strong> a utilização da metodologia, poderão ser<<strong>br</strong> />

observadas melhorias assim que os gestores e suas respectivas equipes<<strong>br</strong> />

incorporarem os objetivos do BSC e entenderem a sua importância para a empresa.<<strong>br</strong> />

Além da construção de indicadores balanceados, a organização deve estar<<strong>br</strong> />

atenta para o desenvolvimento de modelos de indicadores de desempenho <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />

características ideais, conforme abordado na revisão de literatura.<<strong>br</strong> />

Para Daft (2005), a eficácia organizacional é resultado do grau em que cada<<strong>br</strong> />

organização consegue realizar suas próprias metas. As metas dos indicadores de<<strong>br</strong> />

desempenho devem ser definidas a fim de orientar todos os envolvidos em relação<<strong>br</strong> />

aos objetivos desejados pela organização.<<strong>br</strong> />

A aplicação do BSC nos departamentos propiciará condições para a alta<<strong>br</strong> />

administração da UEN analisar se os objetivos estabelecidos para os departamentos<<strong>br</strong> />

e para a própria unidade estão sendo atingidos. Poderá a<strong>com</strong>panhar o desempenho<<strong>br</strong> />

das superintendências em relação à missão da organização e avaliar se está<<strong>br</strong> />

coerente <strong>com</strong> a visão a longo prazo para o propósito a que a empresa se destina.<<strong>br</strong> />

Entendendo-se o BSC <strong>com</strong>o ferramenta para gestão da estratégia, sua<<strong>br</strong> />

utilização pode oferecer diversas possibilidades, <strong>com</strong>o medição do andamento dos<<strong>br</strong> />

departamentos, dos projetos, das melhorias, entre outros, tudo alinhado no sentido<<strong>br</strong> />

de cumprir a missão e a visão geral da administração corporativa.<<strong>br</strong> />

Os departamentos, quando vistos <strong>com</strong>o apenas partes de uma UEN, somente<<strong>br</strong> />

respondem pelo desempenho atingido ao longo do tempo, mas, quando vistos <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

os responsáveis pelo desempenho da UEN, devem ter foco na realização da<<strong>br</strong> />

estratégia da organização. Assim, será possível alterar o foco atual dos<<strong>br</strong> />

departamentos em atingir somente o orçamento para a visão de responsabilidade<<strong>br</strong> />

nos resultados globais da UEN e da empresa <strong>com</strong>o um todo.


179<<strong>br</strong> />

Para o sucesso na implantação do BSC deve-se conscientizar todos os<<strong>br</strong> />

envolvidos. Em outras palavras, o processo de transformar a estratégia em ação<<strong>br</strong> />

pode, então, ser entendido <strong>com</strong>o a colocação dos planos estratégicos em práticas<<strong>br</strong> />

operacionais a serem vivenciadas em todos os níveis da organização, pois a<<strong>br</strong> />

estratégia é elaborada pela alta administração, mas seus resultados são obtidos em<<strong>br</strong> />

nível de UEN e seus departamentos e é no nível operacional que a estratégia é<<strong>br</strong> />

executada e que as perspectivas do BSC se materializam.<<strong>br</strong> />

Portanto, sugere-se que todos os indicadores aplicados em todos os<<strong>br</strong> />

departamentos tenham coerência entre seus propósitos e uniformidade de aplicação<<strong>br</strong> />

para que a análise de todos os departamentos tenha uma visão sincronizada.


180<<strong>br</strong> />

6 CONCLUSÃO<<strong>br</strong> />

As organizações atuais, em virtude das rápidas alterações no contexto<<strong>br</strong> />

mundial, necessitam de um sistema de medição de desempenho capaz de atuar<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o ferramenta de gestão para o apoio estratégico, que auxilie o sistema de<<strong>br</strong> />

decisão e atue <strong>com</strong>o agente propulsor para a integração de todas as medidas<<strong>br</strong> />

essenciais, necessárias para a implantação e a<strong>com</strong>panhamento dos objetivos e<<strong>br</strong> />

metas estabelecidas.<<strong>br</strong> />

As mudanças ocorridas no cenário econômico mundial, principalmente a partir<<strong>br</strong> />

da década de 1970, incentivaram o desenvolvimento de uma nova forma de gestão<<strong>br</strong> />

por meio de Administração Corporativa, que busca <strong>com</strong>andar, de maneira mais<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitiva e integradora, os negócios diversificados de uma mesma organização,<<strong>br</strong> />

denominados Unidades Estratégicas de Negócios, direcionados a atender mercados<<strong>br</strong> />

específicos <strong>com</strong> maior dinamismo, foco, especialização e, principalmente, voltados à<<strong>br</strong> />

vantagem <strong>com</strong>petitiva.<<strong>br</strong> />

Nesse ambiente, o investimento na função administrativa Controle,<<strong>br</strong> />

responsável pelo monitoramento das atividades e suas correções, tornou-se<<strong>br</strong> />

primordial para a condução da empresa na tomada de decisão coerente <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />

planos e padrões estabelecidos, <strong>com</strong> o monitoramento da regularidade, ajustes de<<strong>br</strong> />

processos e incentivos da melhoria contínua.<<strong>br</strong> />

Em decorrência dessas alterações, a utilização dos antigos modelos de<<strong>br</strong> />

indicadores de desempenho, voltados estritamente para os controles financeiros,<<strong>br</strong> />

passaram a não atender de maneira eficaz as reais necessidades da atualidade; ao<<strong>br</strong> />

contrário, poderiam fornecer uma visão distorcida da posição da empresa frente aos<<strong>br</strong> />

seus ambientes interno e externo, por estarem direcionados unicamente a questões


181<<strong>br</strong> />

imediatas, informações históricas e proporcionarem ganhos locais e pontuais<<strong>br</strong> />

somente de curto prazo.<<strong>br</strong> />

A introdução de novos sistemas de medição do desempenho, que<<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>panhem o dinamismo e as situações de incertezas das empresas modernas,<<strong>br</strong> />

tornou-se essencial para fornecer subsídios à implantação da estratégia e visão<<strong>br</strong> />

ampla do negócio.<<strong>br</strong> />

Nesse contexto, tem-se a evolução do sistema de medição obtida <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

utilização de modelos mais a<strong>br</strong>angentes, voltados ao balanceamento das medidas<<strong>br</strong> />

em outros focos, além do financeiro. Porém, é interessante observar que embora os<<strong>br</strong> />

modelos de indicadores de desempenho existentes atualmente apresentem focos<<strong>br</strong> />

mais amplos e sejam mais <strong>com</strong>pletos nas medições de diferentes medidas, ainda<<strong>br</strong> />

não se encontram acabados e necessitam de investimentos durante o seu processo<<strong>br</strong> />

de implantação, a<strong>com</strong>panhamento e aperfeiçoamento, a fim de atender às<<strong>br</strong> />

necessidades e particularidades de cada empresa.<<strong>br</strong> />

A partir desses conceitos este trabalho, em particular, buscou discorrer so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

a importância da integração do sistema de medição e a utilização de indicadores de<<strong>br</strong> />

desempenho que atuem <strong>com</strong>o ferramentas de gestão para aferir os resultados,<<strong>br</strong> />

atentar para as diferentes necessidades de medição a curto e longo prazos e<<strong>br</strong> />

possibilitar a introdução da estratégia em todos os níveis da organização.<<strong>br</strong> />

A ferramenta escolhida para avaliação do desempenho que mapeasse a<<strong>br</strong> />

empresa objeto do estudo <strong>com</strong>o um todo foi o Balanced Scorecard (BSC), cujo<<strong>br</strong> />

objetivo é traduzir a missão e a estratégia de uma organização em medidas<<strong>br</strong> />

mensuráveis. O BSC reúne informações para o balanceamento do sistema de<<strong>br</strong> />

medição em um conjunto de indicadores dispostos em quatro perspectivas:<<strong>br</strong> />

financeira, dos clientes, dos processos internos e aprendizado e crescimento.


182<<strong>br</strong> />

Para que a pesquisa fosse viabilizada, o primeiro passo foi definir uma<<strong>br</strong> />

proposta de análise dos dados coletados apoiada no BSC, que prevê uma<<strong>br</strong> />

sistemática de implantação (top-down) da alta administração para os níveis mais<<strong>br</strong> />

baixos. No entanto, é versátil na adaptação às diversas necessidades e realidade de<<strong>br</strong> />

cada empresa.<<strong>br</strong> />

Na tentativa de melhor implementar a ferramenta proposta, o presente estudo<<strong>br</strong> />

optou por analisar o sistema de medição atual de alguns departamentos,<<strong>br</strong> />

considerados chaves, de uma Unidade Estratégica de Negócios, para aperfeiçoá-los,<<strong>br</strong> />

assim <strong>com</strong>o propor o seu enquadramento na metodologia do BSC.<<strong>br</strong> />

A metodologia utilizada não é a única, porém foi considerada a mais<<strong>br</strong> />

adequada, levando em conta a <strong>com</strong>plexidade da implantação do modelo proposto<<strong>br</strong> />

em nível corporativo, somada ao nível possível de aprendizado pelos departamentos<<strong>br</strong> />

da empresa em relação à proposta, e dadas a disponibilidade e acessibilidade das<<strong>br</strong> />

informações essenciais à viabilização de uma pesquisa exploratória, a partir de um<<strong>br</strong> />

estudo de caso.<<strong>br</strong> />

Um fato que pode ser claramente observado <strong>com</strong> o desenvolvimento deste<<strong>br</strong> />

trabalho é a tendência dos departamentos da empresa de utilizar indicadores de<<strong>br</strong> />

desempenho destinados, em sua maioria, aos objetivos financeiros, pois do total de<<strong>br</strong> />

18 amostras, 61% destinam-se a esse propósito, somente 33% focalizam os<<strong>br</strong> />

processos internos e 6% o aprendizado e crescimento.<<strong>br</strong> />

Outro problema observado é que os indicadores de desempenho não haviam<<strong>br</strong> />

sido escolhidos de acordo <strong>com</strong> o objetivo geral da organização, mas apenas para<<strong>br</strong> />

verificar a atuação do departamento em relação ao que havia sido orçado. Essa<<strong>br</strong> />

postura pode ser extremamente prejudicial à empresa, uma vez que se o orçamento


183<<strong>br</strong> />

não for feito corretamente os recursos previstos podem ser superiores aos<<strong>br</strong> />

realmente disponíveis.<<strong>br</strong> />

Da maneira <strong>com</strong>o os indicadores estavam sendo elaborados não se<<strong>br</strong> />

observava nenhum incentivo à melhoria dos processos; em muitos casos somente<<strong>br</strong> />

restringiam-se à apresentavam os erros <strong>com</strong>etidos, sem atuarem <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

impulsionadores de correções e aperfeiçoamentos.<<strong>br</strong> />

Muitos modelos não apresentavam metas a serem atingidas, o que os<<strong>br</strong> />

desqualifica; outros eram difíceis de serem analisados por um período maior de<<strong>br</strong> />

tempo, pois apresentavam informações referentes a dois meses, <strong>com</strong>o no caso da<<strong>br</strong> />

área de Suprimentos.<<strong>br</strong> />

É preciso ressaltar que tais tendências podem ser prejudiciais à unidade, já<<strong>br</strong> />

que os indicadores financeiros, direcionados somente a orçamentos, por um prazo<<strong>br</strong> />

limitado e sem a definição de metas, oferecem uma visão parcial da organização e<<strong>br</strong> />

podem induzir à análise distorcida das suas reais necessidades, por fornecer<<strong>br</strong> />

unicamente informações de curto prazo e in<strong>com</strong>pletas, conforme já apresentadas na<<strong>br</strong> />

revisão bibliográfica.<<strong>br</strong> />

Foi possível observar que o sucesso da implantação de ferramentas <strong>com</strong>o o<<strong>br</strong> />

BSC está vinculado ao engajamento de todos os mem<strong>br</strong>os da equipe no<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de um sistema único de medição, apoiado na visão e na missão da<<strong>br</strong> />

empresa e no cumprimento da estratégia e das metas estabelecidas.<<strong>br</strong> />

Como resultado da pesquisa tem-se uma nova maneira de elaborar um<<strong>br</strong> />

quadro de indicadores de desempenho, vinculados aos objetivos gerais da<<strong>br</strong> />

organização, que forneçam uma visão ampla dos pontos chaves a serem analisados,<<strong>br</strong> />

definam metas claras e que sejam motivadores de melhorias contínuas e<<strong>br</strong> />

aperfeiçoamento nos processos.


184<<strong>br</strong> />

Observa-se, porém, que os indicadores de desempenho escolhidos não são<<strong>br</strong> />

imutáveis, sua principal finalidade é cascatear os objetivos da organização e<<strong>br</strong> />

representar um conjunto de medição adaptável às possíveis mudanças advindas da<<strong>br</strong> />

evolução e aperfeiçoamento dos processos.<<strong>br</strong> />

Dessa forma, pode-se concluir, por meio das respostas obtidas na pesquisa,<<strong>br</strong> />

que as ferramentas que melhor representam os dados de cada unidade estratégica<<strong>br</strong> />

de negócios, para a administração corporativa, são os indicadores de desempenho<<strong>br</strong> />

elaborados a partir da missão e da estratégia da organização, <strong>com</strong> os objetivos de<<strong>br</strong> />

agregar as informações de todas as UENs, disseminar as políticas a serem seguidas<<strong>br</strong> />

e auxiliar na definição das estratégias.<<strong>br</strong> />

Conclui-se, também, que a maneira correta para a estruturar, subdividir e<<strong>br</strong> />

implementar de um sistema de medição que garanta à empresa a visão correta de<<strong>br</strong> />

sua posição, assim <strong>com</strong>o o foco onde devem ser disponibilizados os esforços, no<<strong>br</strong> />

que é considerado crítico para que sejam atingidos as metas e resultados futuros, é<<strong>br</strong> />

a adoção de uma metodologia de implementação deste sistema e, no caso deste<<strong>br</strong> />

trabalho, a utilização do BSC.<<strong>br</strong> />

No caso específico da empresa pesquisada, os indicadores não estavam de<<strong>br</strong> />

acordo <strong>com</strong> os objetivos estratégicos, o que pode ser confirmado <strong>com</strong> a tendência<<strong>br</strong> />

de os departamentos a<strong>com</strong>panhar, apenas, o andamento das atividades em relação<<strong>br</strong> />

ao orçado.<<strong>br</strong> />

O sistema de medição deve ser criado <strong>com</strong> foco no atendimento da estratégia<<strong>br</strong> />

estabelecida, para isso alguns dos critérios a serem utilizados são: entendimento da<<strong>br</strong> />

política, engajamento de todos os mem<strong>br</strong>os da equipe, definição de uma<<strong>br</strong> />

metodologia a ser seguida e pontualidade na atualização do sistema.


185<<strong>br</strong> />

Conclui-se, portanto, que a utilização de um sistema de medição somente<<strong>br</strong> />

será eficiente se desenvolvido de forma estruturada e integrada <strong>com</strong> os objetivos<<strong>br</strong> />

gerais da organização.<<strong>br</strong> />

Na elaboração desta pesquisa, não foi abordada a implantação do Balanced<<strong>br</strong> />

Scorecard em nível de Unidade Estratégica de Negócios, pois considerou-se a<<strong>br</strong> />

necessidade de fortalecer a unidade iniciando pelos seus departamentos, para uma<<strong>br</strong> />

posterior aplicação em nível geral.<<strong>br</strong> />

Sugere-se um estudo detalhado referente às dificuldades de implantação do<<strong>br</strong> />

BSC em nível de Unidade Estratégica de Negócios, ou, também, a <strong>com</strong>paração dos<<strong>br</strong> />

resultados obtidos em um determinado período de tempo entre a unidade que optou<<strong>br</strong> />

por aplicar primeiramente em nível de departamentos <strong>com</strong> a que optou por aplicar<<strong>br</strong> />

diretamente em uma UEN.


186<<strong>br</strong> />

REFERÊNCIAS<<strong>br</strong> />

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA <strong>DE</strong> NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9001: Sistemas de<<strong>br</strong> />

Gestão da Qualidade - Requisitos. Rio de Janeiro, 2000. 21 p.<<strong>br</strong> />

CAMPOS, A. J. Cenário Balanceado: painel de indicadores para a gestão<<strong>br</strong> />

estratégica dos negócios. São Paulo: Aquariana, 1998. 181 p.<<strong>br</strong> />

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: Makron<<strong>br</strong> />

Books, 1996. 209 p.<<strong>br</strong> />

COSTA, A. P. P. Contabilidade gerencial: um estudo so<strong>br</strong>e a contribuição do<<strong>br</strong> />

Balanced Scorecard. 2001. 164 f.. Dissertação (Mestrado em Controladoria e<<strong>br</strong> />

Contabilidade) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da<<strong>br</strong> />

Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.<<strong>br</strong> />

DAFT, R. L. Administração. 6. ed. São Paulo: Thomson, 2005. 581 p.<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>NCKER, A. F. M.; VIÁ, S. C. Pesquisa empírica em ciências humanas: <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

ênfase em <strong>com</strong>unicação. 2. ed. São Paulo: Futura, 2002. 190 p.<<strong>br</strong> />

EMERY, J. C. Sistemas de planejamento e controle organizacional: teoria e<<strong>br</strong> />

tecnologia. Rio de Janeiro: Interciência, 1980. 166 p.<<strong>br</strong> />

FALCONI, V. C. TQC Controle da Qualidade Total: no estilo japonês. 8. ed. Belo<<strong>br</strong> />

Horizonte: EDG, 1999. 256 p.<<strong>br</strong> />

FARMER, S. A. A Performance Measurement Framework for Internal Audit.<<strong>br</strong> />

2004. 183f.. Thesis (MSc in Audit Management & Consultancy) – University of<<strong>br</strong> />

Central England Business School, Birmingham, 2004.<<strong>br</strong> />

GODOY, A. Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de<<strong>br</strong> />

Empresas, São Paulo, v. 35, n. 3, p. 20-29, jul./set. 1995.<<strong>br</strong> />

GOMES, J. S.; SALAS, J. M. A. Controle de Gestão: uma abordagem contextual e<<strong>br</strong> />

organizacional. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001. 192 p.


GOMES, M. L.; MARCELINO, M. M.; ESPADA, M. G. (Org.) Proposta para um<<strong>br</strong> />

sistema de indicadores de desenvolvimento sustentável. Amadora: Graf & Lito,<<strong>br</strong> />

Lda., 2000. 228 p.<<strong>br</strong> />

187<<strong>br</strong> />

FIGUEIREDO, M. A. D. Sistemas de medição de desempenho organizacional:<<strong>br</strong> />

um modelo para auxiliar sua auto-avaliação. 2003. 274 f.. Tese (Doutor em<<strong>br</strong> />

Engenharia) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2003.<<strong>br</strong> />

GIL, A. C. Como elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.<<strong>br</strong> />

175 p.<<strong>br</strong> />

GIL, A. L. Gestão da Qualidade Empresarial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997. 195 p.<<strong>br</strong> />

HARRINGTON, H. J. Gerenciamento Total da Melhoria Contínua: a nova geração<<strong>br</strong> />

da melhoria de desempenho. São Paulo: Makron Books, 1997. 494 p.<<strong>br</strong> />

HITT, M. A.; IRELAND, R. D.; HOSKISSON, R. E. Administração Estratégica. São<<strong>br</strong> />

Paulo: Thomson, 2002. 550 p.<<strong>br</strong> />

KALLÁS, D. Balanced Scorecard: Aplicação e Impactos. Um Estudo <strong>com</strong> Jogos de<<strong>br</strong> />

Empresas. 2003 184 f.. Dissertação (Mestre em Administração) - Universidade de<<strong>br</strong> />

São Paulo, São Paulo, 2003.<<strong>br</strong> />

KAPLAN, R. S. e NORTON, D. P. A Estratégia em ação: Balanced Scorecard. 20.<<strong>br</strong> />

ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997. 344 p.<<strong>br</strong> />

______. Organização Orientada para a Estratégia. 10. ed. Rio de Janeiro:<<strong>br</strong> />

Campus, 2000. 411 p.<<strong>br</strong> />

______. Kaplan e Norton na prática. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004a. 126 p.<<strong>br</strong> />

______. Mapas Estratégicos. 06. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004b. 471 p.<<strong>br</strong> />

LAWTON, R. Balance your Balanced Scorecard: Categories of measures should<<strong>br</strong> />

reflect key values of both organization and customers. Quality Progress, Burnsville,<<strong>br</strong> />

v. 35, n. 3, p. 66-71, mar. 2002.


188<<strong>br</strong> />

MARTINS, GILBERTO. A.; Estudo de caso: uma estratégia de pesquisa. São<<strong>br</strong> />

Paulo: Atlas, 2006. 101 p.<<strong>br</strong> />

MARTINS, ROBERTO. A. Sistemas de medição de desempenho: um modelo para<<strong>br</strong> />

estruturação e uso. 1999. 248f.. Tese (Doutor em Engenharia) - Universidade de São<<strong>br</strong> />

Paulo, São Paulo, 1999.<<strong>br</strong> />

MARTINS, ROBERTO. A.; COSTA NETO, P. L. O. Indicadores de desempenho para<<strong>br</strong> />

a gestão pela qualidade total: uma proposta de sistematização. Gestão &<<strong>br</strong> />

Produção, São Carlos, v. 5, n. 3, p. 298-311, dez. 1998.<<strong>br</strong> />

MEADOWS D. Indicators and information systems for sustainable development. The<<strong>br</strong> />

Sustainability Institute, Hartland, 1998. 95 p<<strong>br</strong> />

MONTGOMERY, C. A.; PORTER, M. E. (Org.) Estratégia: a busca da vantagem<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1998. 501 p.<<strong>br</strong> />

MOREIRA, D. A. Dimensões do desempenho em manufaturas e serviços. São<<strong>br</strong> />

Paulo: Pioneira, 1996. 111 p.<<strong>br</strong> />

MOREIRA, E. Proposta de uma sistemática para o alinhamento das ações<<strong>br</strong> />

operacionais aos objetivos estratégicos, em uma gestão orientada por<<strong>br</strong> />

indicadores de desempenho. 2002. 189 f.. Tese (Doutor em Engenharia) -<<strong>br</strong> />

Universidade de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.<<strong>br</strong> />

PANDOLFI, M. Sistemas de Medição e Avaliação de Desempenho<<strong>br</strong> />

Organizacional: contribuição para a Gestão das Metas Globais a partir de<<strong>br</strong> />

Performances Individuais. 2005. 264 f.. Tese (Doutor em Engenharia) - Universidade<<strong>br</strong> />

de São Paulo, São Paulo, 2005.<<strong>br</strong> />

QUIROGA, R. M. Indicadores de sostenibilidad ambiental y de desarrollo sostenible:<<strong>br</strong> />

estado del arte y perspectivas. Série Manuales, Santiago de Chile, n. 16. set. 2001.<<strong>br</strong> />

RAMPAZZO, L. Metodologia Científica para alunos dos cursos de graduação e<<strong>br</strong> />

pós-graduação. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2004. 141 p.<<strong>br</strong> />

REBOUÇAS, D. P. R. O. Holding, Administração Corporativa e Unidade<<strong>br</strong> />

Estratégica de Negócio. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 139 p.


ROESCH, S. M. A. Projetos de Estágio e de Pesquisa em Administração. 3. ed.<<strong>br</strong> />

São Paulo: Atlas, 2005. 308 p.<<strong>br</strong> />

189<<strong>br</strong> />

SENGE, P. M. A Quinta Disciplina: arte e prática da organização que aprende. 5.<<strong>br</strong> />

ed. São Paulo: Best Seller, 1999. 443 p.<<strong>br</strong> />

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 20. ed. São Paulo: Cortez,<<strong>br</strong> />

1998. 272 p.<<strong>br</strong> />

SLACK, N. et al. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 1997. 726 p.<<strong>br</strong> />

TELLES, R. Marketing Empresarial. São Paulo: Saraiva, 2003. 280 p.<<strong>br</strong> />

VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 6. ed. São<<strong>br</strong> />

Paulo: Atlas, 2005. 96 p.<<strong>br</strong> />

YIN, R. K. Estudo de caso: Planejamento e Métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman,<<strong>br</strong> />

2005. 212 p.


190<<strong>br</strong> />

GLOSSÁRIO<<strong>br</strong> />

Elaborado a partir de normas técnicas.<<strong>br</strong> />

Alta Direção - pessoa ou grupo de pessoas que dirige e controla uma organização<<strong>br</strong> />

no mais alto nível.<<strong>br</strong> />

Análise Crítica - atividade realizada para determinar a pertinência, adequação e<<strong>br</strong> />

eficácia do que está sendo examinado, para alcançar os objetivos estabelecidos.<<strong>br</strong> />

Commodities - termo utilizado para descrever produtos que podem ser <strong>com</strong>prados<<strong>br</strong> />

ou vendidos para a obtenção do lucro. Podem ser <strong>com</strong>ercializados numa bolsa de<<strong>br</strong> />

mercadorias, inclusive para entrega futura.<<strong>br</strong> />

Eficácia - extensão na qual as atividades planejadas são realizadas e os resultados<<strong>br</strong> />

planejados alcançados.<<strong>br</strong> />

Eficiência - relação entre o resultado alcançado e os recursos usados.<<strong>br</strong> />

Frame Agreement - termo utilizado para nomear acordos mundiais.<<strong>br</strong> />

Gestão - atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização.<<strong>br</strong> />

Low Cost Countries - termo utilizado para classificar os países de alta tecnologia e<<strong>br</strong> />

de baixos custos.


191<<strong>br</strong> />

Organização - grupo de instalações e pessoas <strong>com</strong> um conjunto de<<strong>br</strong> />

responsabilidades, autoridades e relações. Exemplos: - <strong>com</strong>panhia, corporação,<<strong>br</strong> />

firma, empresa, instituições, organização beneficente, <strong>com</strong>erciante, associação, ou<<strong>br</strong> />

parte ou <strong>com</strong>binação destes.<<strong>br</strong> />

Procedimento - forma especificada de executar uma atividade ou um processo.<<strong>br</strong> />

Processo - definido <strong>com</strong>o um conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas<<strong>br</strong> />

que transforma insumos (entradas) em produtos (saídas).<<strong>br</strong> />

Processo de medição - conjunto de operações para determinar o valor de uma<<strong>br</strong> />

grandeza.<<strong>br</strong> />

Requisito - necessidade ou expectativa que é expressa, geralmente, de forma<<strong>br</strong> />

implícita ou o<strong>br</strong>igatória.<<strong>br</strong> />

Sistema - conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos.<<strong>br</strong> />

Sistema de gestão - sistema para estabelecer política e objetivos e para atingir<<strong>br</strong> />

esses objetivos.


ANEXOS 1 - LISTA <strong>DOS</strong> AUTORES QUE CRITICARAM O ANTIGO MO<strong>DE</strong>LO <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

MEDIÇÃO DO <strong>DE</strong>SEMPENHO<<strong>br</strong> />

192<<strong>br</strong> />

Lista dos autores que conforme Figueiredo (2003 p. 16-17) criticaram o<<strong>br</strong> />

sistema tradicional de medição de desempenho, afirmando que não estava<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>patível <strong>com</strong> as necessidades empresariais atuais: Skiner (1974); Banks e<<strong>br</strong> />

Wheelwright (1979); Hayes e Abernathy (1980); Richardson e Gordon (1980); Hall<<strong>br</strong> />

(1983); Hopwood (1984); Kaplan (1983); Kaplan (1984); Miller e Vollmann (1985);<<strong>br</strong> />

Chakravarthy (1986); Goldratt e Cox (1986); Merchant e Bruns (1986); Jonson e<<strong>br</strong> />

Kaplan (1987); Mackey (1987); Berliner e Brimson (1988); Hiromoto (1988);<<strong>br</strong> />

Schmener (1988); Anthony et al. (1989); Camp (1989); Fry e Cox (1989); McNair et<<strong>br</strong> />

al. (1989); Turney e Andersen (1989); Woods (1989); Dixon et al. (1990); Kaplan<<strong>br</strong> />

(1990); Plossl (1990); Eccles (1991); Lynch e Cross (1991); Fisher (1992); Kaplan e<<strong>br</strong> />

Norton (1992); Bromwich e Bhimani (1994); Brown e Laverick (1994); Neely et al.<<strong>br</strong> />

(1995); Ghalayini e Noble (1996); Moon e Fitzgerald (1996); Neely et al. (1996);<<strong>br</strong> />

Stone (1996); Atkinson et al. (1997); Daniels e Burns (1997); De Toni e Tonchia<<strong>br</strong> />

(1997); Kin et al. (1997); Rangone (1997), Neely (1999) e Gautreau e Kleiner (2001).


193<<strong>br</strong> />

ANEXOS 2 - NOVOS MO<strong>DE</strong>LOS <strong>DE</strong> <strong>INDICADORES</strong> <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>SEMPENHO<<strong>br</strong> />

Novos modelos de Indicadores de desempenho dispostos na literatura,<<strong>br</strong> />

conforme Figueiredo (2003).<<strong>br</strong> />

• OPTIM – Operating Profit Through Investment Management de Sullivan<<strong>br</strong> />

(1986);<<strong>br</strong> />

• MMD – Modelo para Medição do Desempenho de Santori e Anderson<<strong>br</strong> />

(1987);<<strong>br</strong> />

• MMD – Matriz de Medição de Desempenho de Keegan et al. (1989);<<strong>br</strong> />

• PMQ – Performance Measure Questionnaire de Dixon, Nanni e Vollmann<<strong>br</strong> />

(1990);<<strong>br</strong> />

• SMART – Strategic Measurement and Reporting Technique de Lynch e<<strong>br</strong> />

Cross (1991);<<strong>br</strong> />

• MMDS – Modelo de Medição de Desempenho em Serviços de Fitzgerald<<strong>br</strong> />

et al. (1991);<<strong>br</strong> />

• SMDC – Sistema de Medição de Desempenho para Competição baseada<<strong>br</strong> />

no tempo de Azzone et al. (1991);<<strong>br</strong> />

• SFGD – Sistema de Feedback de Gestão de Desempenho de Grady<<strong>br</strong> />

(1991);<<strong>br</strong> />

• MMDFCM – Modelo de Medição de Desempenho para Fa<strong>br</strong>icantes de<<strong>br</strong> />

Classe Mundial de Maskell (1991);<<strong>br</strong> />

• BSC – Balanced Scorecard de Kaplan e Norton (1992, 1993, 1996a,<<strong>br</strong> />

1996b, 2001);<<strong>br</strong> />

• SCD – Sete Critérios de Desempenho de Sink e Tuttle (1993);<<strong>br</strong> />

• MMVA – Modelo de Estruturas do Valor Adicionado de Barker (1993);


194<<strong>br</strong> />

• MEIG – Modelo de Estruturas de Indicadores de Gestão de Muscat e<<strong>br</strong> />

Fleury (1993);<<strong>br</strong> />

• MP – Medição do Progresso da TQM de Cupello (1994);<<strong>br</strong> />

• MOD – Matriz de Objetivo de Desempenho de Das (1994);<<strong>br</strong> />

• MQMD – Modelo Quantum de Medição de Desempenho de Hronec<<strong>br</strong> />

(1994);<<strong>br</strong> />

• MMDGP – Modelo de Medição de Desempenho para Gestão de<<strong>br</strong> />

Processos de Rummler e Brache (1994);<<strong>br</strong> />

• MMDMCM – Modelo de Medição de Desempenho para Manufatura de<<strong>br</strong> />

Classe Mundial de Kasul e Motwani (1995);<<strong>br</strong> />

• SADN – Sistema de Avaliação do Desempenho do Negócio de Lee et al.<<strong>br</strong> />

(1995);<<strong>br</strong> />

• MMD – Modelo de Medição de Desempenho de Rose (1995);<<strong>br</strong> />

• ME – Modelo de Excelência dos prêmios nacionais e internacionais da<<strong>br</strong> />

qualidade de BERNOWSKI (1996); BEST (1997); BROWN (1997); EFQM<<strong>br</strong> />

(1993); FPNQ (2001a);<<strong>br</strong> />

• SMDP – Sistema de Medição de Desempenho de Processo de De Toni e<<strong>br</strong> />

Tonchia (1996);<<strong>br</strong> />

• MMDP – Modelo de Medição de Desempenho por Processos de Walsh<<strong>br</strong> />

(1996);<<strong>br</strong> />

• SCD – Sistema de Critérios de Desempenho de Globerson (1996);<<strong>br</strong> />

• IDPMSa – Integrated and Dynamic Performance Measurement System de<<strong>br</strong> />

Bititci, Carrie e McDevitt (1997); Bititci, Carrie e Turner (1998) e Bititci,<<strong>br</strong> />

Turner e Bergemann (2000);


195<<strong>br</strong> />

• SMDP – Sistema de Medição de Desempenho Pró-ativo de Daniels e<<strong>br</strong> />

Burns (1997);<<strong>br</strong> />

• IDPMSb – Integrated and Dynamic Performance Measurement System de<<strong>br</strong> />

Ghalayini e Noble (1996) e Ghalayini, Noble e Crowe (1997);<<strong>br</strong> />

• AS – Accountabilitiy Scorecard de Nickols (1997);<<strong>br</strong> />

• SS – Strategic Scorecard de Slatter et al. (1997);<<strong>br</strong> />

• VMS – Visual Measurement System de Sink e Clark (1996);<<strong>br</strong> />

• AMPI – Alternativa de Medição so<strong>br</strong>e a Perspectiva de Interessados de<<strong>br</strong> />

Love e Holt (2000);<<strong>br</strong> />

• PP – Performance Prism de Kennerley e Neely (2002); Neely, Adams e<<strong>br</strong> />

Crowe (2001); e<<strong>br</strong> />

• SMDG – Sistema de Medição de Desempenho Global da FPNQ (2001b).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!