Monografia: Fundamentos Matemáticos da Separabilidade - UFMG
Monografia: Fundamentos Matemáticos da Separabilidade - UFMG
Monografia: Fundamentos Matemáticos da Separabilidade - UFMG
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
CAPÍTULO 2. TEOREMA DE WORONOWICZ 21<br />
e queremos que o resultante, além de produto, obedeça à condição do teorema:<br />
B ∗ |β〉 − (C − BB ∗ )|y〉 = t ∗ |β〉<br />
Para decidir sobre a existência do t, vale estu<strong>da</strong>r os operadores C − B ∗ B<br />
e C − BB ∗ . É fácil perceber que ambos são auto-adjuntos, e portanto o<br />
complemento ortogonal de seu núcleo é a imagem. Assim reformulamos a<br />
questão:<br />
(B ∗ − t1)|β〉 = (C − B ∗ B)|y〉 ⇔ (B ∗ − t1)|β〉 ⊥ ker(C − B ∗ B)<br />
ou equivalentemente<br />
e<br />
|β〉 ⊥ (B − t ∗ 1) ker(C − B ∗ B)<br />
|β〉 ⊥ (B ∗ − t1) ker(C − BB ∗ )<br />
onde devemos entender o lado direito como o operador B − t ∗ 1 aplicado a<br />
ca<strong>da</strong> elemento do núcleo.<br />
Ora, isso é simplesmente uma questão sobre a dimensionali<strong>da</strong>de do espaço<br />
H t gerado por (B − t ∗ 1) ker(C − B ∗ B) e (B ∗ − t1) ker(C − BB ∗ ). Como<br />
estamos tratando de um espaço de dimensão 2, só pode existir um vetor no<br />
complemento ortogonal se<br />
dim H t < 2<br />
Vamos separar esta questão em casos.<br />
n ⋆ = dim ker(C − BB ∗ ):<br />
Caso 1. n + n ⋆ ≤ 1<br />
Este caso é trivial.<br />
Caso 2. n = 2 ou n ⋆ = 2<br />
Lembrando que Q ′ ≥ 0, note que<br />
Seja n = dim ker(C − B ∗ B) e<br />
0 ≤ ( 〈x| 〈y| )( )( )<br />
1 B |x〉<br />
B ∗<br />
= ∥∥ |x〉 + B|y〉 ∥ 2<br />
C |y〉<br />
2 + 〈y|C − B∗ B|y〉<br />
e portanto C − B ∗ B ≥ 0. Equivalentemente, C − BB ∗ ≥ 0.<br />
Por concreteza, tome n = 2. Neste caso, C − B ∗ B = 0, e seu traço é<br />
nulo. Mas pela proprie<strong>da</strong>de cíclica 0 = tr(C − B ∗ B) = tr(C − BB ∗ ). Como<br />
C − BB ∗ é positivo, o traço nulo implica que C − BB ∗ = 0. Ora, temos então<br />
que B ∗ B = C = BB ∗ , e portanto B é um operador normal, caso que já foi<br />
examinado. Note que C − BB ∗ = 0 também implica que n ⋆ = 2, ou seja,<br />
n = 2 ⇔ n ⋆ = 2, e portanto o único caso restante é n = n ⋆ = 1.