11.01.2015 Views

Monografia: Fundamentos Matemáticos da Separabilidade - UFMG

Monografia: Fundamentos Matemáticos da Separabilidade - UFMG

Monografia: Fundamentos Matemáticos da Separabilidade - UFMG

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

CAPÍTULO 4. GEOMETRIA DO ESPAÇO DE ESTADOS 32<br />

Para tal, precisamos generalizar de alguma forma a construção feita para<br />

o qubit. Essa generalização não é simples nem única; podendo variar muito<br />

de acordo com a aplicação deseja<strong>da</strong>. Uma discussão do assunto, bem como<br />

apresentação de resultados recentes na área, pode ser encontra<strong>da</strong> na ref. [28].<br />

Mostrarei aqui a forma que considero mais simples matematicamente,<br />

seguindo as linhas de [29, 30]: se exigirmos que nossa base continue autoadjunta,<br />

ortogonal e de traço nulo, conseguimos generalizar de forma canônica<br />

as matrizes de Pauli, utilizando os geradores de su(n); são as chama<strong>da</strong>s<br />

matrizes de Gell-Mann. Só resta a decisão um tanto quanto espinhosa <strong>da</strong><br />

normalização. Para o nosso caso o mais conveniente é continuar usando uma<br />

base ortonormal 3 , o que é uma escolha relativamente rara na literatura.<br />

Dito isso, vamos repetir a equação (4.1) para o caso geral:<br />

ρ = 1 1 + 〈r, σ〉 (4.2)<br />

n<br />

Na<strong>da</strong> muito impressionante. Mas ao tentarmos repetir os passos anteriores<br />

e determinar as condições para que o lado direito represente sempre um<br />

estado válido, vemos que essa tarefa é altamente não-trivial [29]; de qualquer<br />

forma, o resultado é complexo demais para apelar à nossa intuição. O ponto<br />

interessante que podemos tirar dele é que para n ≥ 3 o espaço de estados<br />

deixa de ser uma bola; em particular, se r corresponde a um estado puro,<br />

então certamente −r está fora do espaço de estados.<br />

4.2.1 Insfera e circunsfera<br />

Para demonstrar isso precisamos primeiro estabelecer alguns fatos sobre a<br />

geometria do espaço de estados de dimensão n. Primeiramente, como se trata<br />

de um conjunto convexo compacto, podemos sempre definir uma insfera e<br />

uma circunsfera. Para encontrar o raio <strong>da</strong> circunsfera, posso simplesmente<br />

encontrar os estados puros, pois por definição eles têm de estar na fronteira<br />

de M (n) . Como eles são projetores segue direto <strong>da</strong> definição que ρ é puro<br />

sse ρ 2 = ρ. Para simplificar as contas, trabalharemos apenas com a condição<br />

necessária tr(ρ 2 ) = tr(ρ) = 1. Utilizando a forma (4.2), e as proprie<strong>da</strong>des<br />

tr(σ i ) = 0 e tr(σ i σ j ) = δ ij , obtemos:<br />

1 = tr(ρ 2 )<br />

( 1<br />

= tr<br />

n 2 1 + 2 )<br />

n 〈r, σ〉 + 〈r, σ〉2<br />

= 1 n + |r|2<br />

⇒ |r max | =<br />

√<br />

n − 1<br />

e portanto os estados puros estão restritos à circunsfera (n 2 − 2)-dimensional<br />

de M (n) . Além disso, isso mostra que a identi<strong>da</strong>de normaliza<strong>da</strong> é o circuncentro<br />

de M (n) .<br />

3 Se quiséssemos escrever explicitamente o vetor de Bloch na base produto tensorial de<br />

um sistema bipartite, conhecido como forma de Fano [31], o mais conveniente seria escolher<br />

tr ( σ i σ j<br />

) =<br />

1<br />

n δ ij .<br />

n

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!