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Monografia: Fundamentos Matemáticos da Separabilidade - UFMG

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CAPÍTULO 4. GEOMETRIA DO ESPAÇO DE ESTADOS 39<br />

de todos os estados que pertencem à insfera: especificamente, ele diz que se<br />

|r| ≤<br />

1<br />

√<br />

n(n − 1)<br />

um estado é separável. Além disso, esse também é o critério mais forte<br />

possível que depende somente do módulo do vetor de Bloch, existindo estados<br />

emaranhados a uma distância ε <strong>da</strong> superfície <strong>da</strong> insfera.<br />

4.4 Volume do espaço de estados<br />

Na<strong>da</strong> mais natural que fechar um capítulo sobre geometria com algumas<br />

considerações sobre o (hiper)volume do espaço de estados 10 . Embora o<br />

volume de M (n) possa ser calculado 11 , não faremos isso; este número não<br />

tem muito significado, e vamos defini-lo como sendo 1.<br />

Estamos interessados no volume relativo dos espaços de estados emaranhados<br />

e separáveis. Esse número sim pode nos revelar várias coisas sobre<br />

a geometria do espaço de estados, ou mesmo sobre a física <strong>da</strong> mecânica<br />

quântica. Sabemos, por exemplo, que se nos restringirmos a estados puros, o<br />

conjunto dos estados separáveis tem medi<strong>da</strong> nula 12 .<br />

Podemos estender essa afirmação para todo o espaço de estados Lembrese<br />

<strong>da</strong> discussão no final <strong>da</strong> secção anterior. Como temos uma bola separável de<br />

raio finito em to<strong>da</strong>s as dimensões, isso já é suficiente para dizer que qualquer<br />

medi<strong>da</strong> sensata vai retornar um valor não-nulo para o conjunto dos separáveis.<br />

Para a mesma afirmação em relação aos emaranhados, basta notar que eles<br />

são um conjunto aberto, pois eles são o complementar dos separáveis, que é<br />

fechado. Idem para o conjunto dos estados PPT-emaranhados: se considerarmos<br />

nosso espaço como o conjunto dos estados PPT, ele é o complementar do<br />

conjunto dos estados separáveis, e portanto um conjunto aberto.<br />

Poderíamos avançar um pouco mais e utilizar essas proprie<strong>da</strong>des para<br />

tirar analiticamente cotas inferiores e superiores para o volume do espaço<br />

de estados separáveis. Mas como essas cotas são muito ruins e o cálculo<br />

desinteressante, vamos passar duma vez para o cálculo do volume em si.<br />

Como fazê-lo Não dispomos de uma parametrização <strong>da</strong> fronteira do<br />

espaço de estados separáveis. Só nos resta fazer o cálculo numérico, definindo<br />

uma medi<strong>da</strong> e gerando estados aleatoriamente. Como definimos o volume<br />

total do espaço de estados como sendo 1, o volume do espaço dos estados<br />

separáveis será simplesmente a probabili<strong>da</strong>de do estado gerado ser separável,<br />

e o mesmo para o volume do espaço dos estados emaranhados.<br />

Lembrando <strong>da</strong> idéia do simplexo dos autovalores, fica claro que um<br />

estado é completamente determinado pela escolha de uma matriz unitária<br />

e de um simplexo. Mais precisamente, podemos escrever uma função<br />

f : ∆ n−1 × U n → M (n) , onde ∆ n−1 é o (n − 1)-simplexo, U n é o conjunto <strong>da</strong>s<br />

10 Esta secção é basea<strong>da</strong> nos resultados de [36, 37].<br />

11 Isso é feito em [38], usando a medi<strong>da</strong> de Hilbert-Schmidt, e em [39], usando a medi<strong>da</strong> de<br />

Bures.<br />

12 Isso pode ser provado facilmente usando o mergulho de Segre [6].

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