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Monografia: Fundamentos Matemáticos da Separabilidade - UFMG

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CAPÍTULO 4. GEOMETRIA DO ESPAÇO DE ESTADOS 34<br />

Em particular, isso implica que α = −1 não corresponde a um estado<br />

válido para n ≥ 3, o que demonstra meu comentário anterior. Na ver<strong>da</strong>de,<br />

demonstramos algo mais forte: um estado puro P, na circunsfera, determina<br />

unicamente um estado misto ρ ⋆ na insfera, através <strong>da</strong> fórmula<br />

ρ ⋆ = 1 (1 − P)<br />

n − 1<br />

Desta forma, podemos dizer que existe na insfera uma cópia homotética dos<br />

estados (puros) <strong>da</strong> circunsfera. Provavelmente isso <strong>da</strong>rá origem a alguma bela<br />

representação, mas ain<strong>da</strong> não fui capaz de encontrar uma projeção em R 3 que<br />

a exiba.<br />

Além disso, este estado misto tem necessariamente posto n − 1, pois por<br />

construção ele possui apenas um autovalor nulo. Esta duali<strong>da</strong>de entre os<br />

pontos puros e os pontos de posto n − 1 é uma característica marcante <strong>da</strong><br />

geometria de um simplexo; e é possível transformar esta reminiscência numa<br />

ferramenta de representação, nos possibilitando um vislumbre dos espaços<br />

de dimensão maior.<br />

4.3 Simplexo dos autovalores<br />

A idéia por trás dessa representação é simples: to<strong>da</strong> matriz auto-adjunta<br />

pode ser diagonaliza<strong>da</strong> através de uma transformação unitária. Então para<br />

qualquer estado quântico posso escrever<br />

ρ = UdU ∗<br />

onde d é uma matriz diagonal com os autovalores de ρ. Então podemos<br />

fazer uma projeção em M (n) fixando uma unitária e representando apenas os<br />

autovalores. O surpreendente é que essa representação é bastante poderosa,<br />

sendo capaz de mostrar várias características essenciais do espaço de estados.<br />

Utilizarei a notação M (n) para designar o simplexo de autovalores de M (n) .<br />

Lembre-se que um estado ρ ∈ M (n) possui n autovalores positivos que somam<br />

para 1. Ora, essa é a definição de um (n − 1)-simplexo. Isso significa que<br />

agora seremos capazes de desenhar também M (3) e M (4) , tendo finalmente<br />

uma visualização dos estados emaranhados.<br />

Por enquanto, vamos descrever apenas a estrutura que vale para qualquer<br />

unitária. Logo mais, estu<strong>da</strong>remos a estrutura que surge com a escolha de uma<br />

U específica.<br />

Figura 4.1: Simplexo dos autovalores para M (2) .<br />

No caso de M (2) , a figura 4.1 é útil apenas para mostrar o quão radical é a<br />

simplificação: a bola de Bloch se reduz a uma linha e os estados puros a dois

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