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guerra contra as inteligências coletivas – construtoras da Web<br />

2.0 e de sistemas como BitTorrent –, busca agora exercer a sua<br />

força sobre as singularidades, haja visto a atenuante campanha<br />

de processos movidos pelas indústrias culturais contra usuários<br />

da Internet que baixam arquivos com copyright. A estratégia<br />

do poder é subordinar as singularidades a partir da lógica do<br />

medo, já que muitas famílias seriam arruinadas financeiramente<br />

se tivessem de pagar indenizações às corporações de mídia. A<br />

inibição do uso só pode ser produto do terror. Como vimos, nem<br />

mais a lei é capaz de frear a colaboração social, visto que cada<br />

vez mais essa colaboração é regida por um sistema “privado, porém<br />

público” de regulação que potencializa o direito à liberdade<br />

de expressão.<br />

A parceria e a publicação<br />

colaborativa em rede<br />

Ao analisar as características colaborativas da atual fase da<br />

Internet, Dan Gillmor (2005) antecipou uma tendência no âmbito<br />

do jornalismo contemporâneo: a emergência do cidadão-repórter<br />

(ou o jornalismo-cidadão ou participativo). “As normas por que<br />

se regem as fontes, e não só os jornalistas, mudaram graças à<br />

possibilidade de toda a gente produzir notícias” (p. 55). Para Dan<br />

Gillmor, o jornalismo se democratizará cada vez mais e se tornará<br />

uma conversação, à medida que a própria práxis jornalística<br />

se abriria fortemente à participação dos leitores nas mais distintas<br />

fases da produção da notícia. “O crescimento do jornalismo<br />

participativo nos ajudará a ouvir. A possibilidade de qualquer<br />

pessoa fazer notícia dará nova voz as pessoas que se sentiam sem<br />

poder de fala.” (Gillmor, 2005, Introdução). Assim, a publicação<br />

não é apenas o ponto-final, mas sim a parte que deverá ser completada<br />

pela conversação.<br />

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