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formativo nomeado de “cobertura compartilhada” pelos ativistas<br />

das redes sociais, através do uso da hashtag #ProtestoEmVitoria.<br />

Mesmo reprimidos, os estudantes novamente se organizaram.<br />

Eles marcharam rumo à terceira ponte (liga o município de<br />

Vitória a Vila Velha, cobrando um alto pedágio dos cidadãos para<br />

isso). Lá o confronto foi pior. Os registros enviados para as telas<br />

dos computadores eram de assustar pela truculência da violência<br />

policial contra a manifestação pacífica dos estudantes. Em troca,<br />

a rede revidava com atuação de um exército de “midialivristas” a<br />

sustentar a tag #protestoemVitoria como o assunto mais tuitado<br />

do Brasil. Em poucas horas, a tag entrou para o clube seleto dos<br />

Trending Topics WorldWide. O assunto atingia o mundo inteiro.<br />

A produção da cobertura colaborativa do #ProtestoemVitoria começava<br />

a se realizar.<br />

Às 14 horas e 30 minutos, no Facebook, os estudantes<br />

convocavam a todos para a “Paralisação na Fernando Ferrari!<br />

Manifestação Passe Livre e Contra a Violência”, lugar localizado<br />

no lado norte da cidade, em frente ao portão da Universidade<br />

Federal do Espírito Santo. A curtição e o compartilhamento do<br />

ato tornou-se viral em pouco tempo. Às 15horas e 30 minutos,<br />

cerca de 300 pessoas enfrentavam novamente a BME, num tumulto<br />

gerador de prisões de anônimos, bombas no campus, cavalaria<br />

da Polícia, bloqueio total do trânsito. Uma cena de confronto<br />

duríssimo entre policiais e manifestantes. Mas, ao invés<br />

do momento matutino, tudo estava agora documentado e transmitido<br />

em vídeo via streaming de telefones celulares; ou então<br />

fotografado e filmado com cybershots. Esse material desaguava<br />

no YouTube ou Flickrs, enviado e comentado no Twitter pelos<br />

ativistas na rua e online, num acelerado espalhamento de informações<br />

pela web. As manifestações da manhã tinham cobertura<br />

tradicional da imprensa televisiva, pois os jornais na Internet só<br />

reproduzem os canais de TV. Mas no período da tarde emergiu<br />

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