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seus próprios nexos e significados fazendo uma leitura original<br />

do que lhe é enviado pelo emissor. O processo comunicacional<br />

seria de fato parte do processo cultural, tendo o receptor o mesmo<br />

tipo de liberdade que um novo membro formado em alguma<br />

cultura. De qualquer maneira uma liberdade de leitura e interpretação<br />

não é o mesmo que uma liberdade de construção e emissão.<br />

Mesmo o leitor mais ativo é ainda passivo na perspectiva da luta<br />

para produzir a informação capaz de transformá-lo em um sujeito<br />

com atividade e autonomia. Sobretudo quando a homogeneidade<br />

da atividade editorial se presta à condução das guerras de informação<br />

que hoje orientam a competição na política e nos negócios<br />

(Kopp, 2000; Arquilla e Ronfeldt, 2001).<br />

O fato que sobressai é o quanto a teoria da recepção parece<br />

ingênua em face da realidade da guerra da informação, que tem<br />

como um de seus fundamentos a disciplina do gerenciamento da<br />

percepção. O uso da informação para confundir, decepcionar,<br />

desorientar, desestabilizar e desbaratar uma população ou um<br />

exército adversário marca a transformação radical da informação<br />

usada como arma de guerra (Kopp, 2000). O importante nesta<br />

guerra é a inserção de falsidades na percepção do adversário, prevenindo-se<br />

de que ele possa fazer o mesmo, e a adivinhação de<br />

seus segredos, garantindo um domínio na condução da ação pelo<br />

poder de decepção adquirido. Em termos gerais toda operação<br />

conduzida para explorar informações para obter uma vantagem<br />

sobre um oponente e para negar ao oponente informações que<br />

poderiam lhe trazer uma vantagem faz parte da guerra de informações<br />

(Kopp, 2000).<br />

Não há muitas dúvidas de que a massa é um alvo de confusão<br />

para as grandes redes de comunicação e de que estas últimas<br />

são um meio indefeso para a resistência às guerras de informação<br />

travadas diariamente através delas (Schwartau, 1995). Não se<br />

vive mais em sociedades de cultura unificada ou hegemônica cuja<br />

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