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de vista locais que constituem seu território. Não basta, porém,<br />

recolher suas notícias como informações sobre o que aconteceu<br />

para compreender o que faz a nova mídia tão diferente da antiga.<br />

É preciso acompanhar sua atividade no calor da própria manifestação,<br />

no minuto a minuto do embate dos manifestantes com<br />

a arrogância dos que se julgam dirigentes do mundo atual e seus<br />

agentes, voluntários ou não, que produzem a mídia corporativa.<br />

Apenas na urgência deste combate, a emergência de um enfoque<br />

inusitado sobre um bordão repetido globalmente pelas agências<br />

de notícias e os jornais que dela se alimentam pode ganhar todo<br />

seu sabor. Como na “batalha de Seattle”, quando, após a declaração<br />

do estado de emergência, a mídia corporativa passou a condenar<br />

em uníssono os estranhos “baderneiros vestidos de preto”<br />

que estavam “pondo em risco” a “segurança” e a “integridade”<br />

da “população ordeira e pacífica”; o IMC fez surgir na Net, e se<br />

espalhar como um vírus por toda parte, um cartaz com a foto de<br />

um policial vestido de preto investindo com sua moto sobre os<br />

manifestantes ajoelhados em meio ao gás lacrimogêneo com a<br />

frase: “Nós também repudiamos a atitude desses estranhos baderneiros<br />

vestidos de preto que usam de violência contra a população<br />

ordeira e pacífica”.<br />

Embora na cobertura de Seattle tenham contribuído gente<br />

do peso de Chomsky, Ramonet e Ralph Nader, uma das melhores<br />

reportagens foi feita por um estudante de jornalismo e repórter<br />

de Portland, chamado Jim Desillas, através de uma reportagem/<br />

depoimento dada para os jornalistas Tim Perkins e Atau Tanaka<br />

do IMC usando um telefone público fora da cidade. Intitulada<br />

“Dano Colateral em Seattle”, a matéria traçava um painel vivo<br />

do que estava acontecendo de forma apaixonada, porém veraz.<br />

Através dela descobrimos, por exemplo, uma imagem da<br />

OMC que contrasta vivamente com aquela sugerida pela monumentalidade<br />

de aço e vidro do World Trade Center:<br />

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