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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Atualidade<br />
Negócios em Angola<br />
Baía de oportunidades<br />
› Portugal e Angola partilham muito mais do que a história e a língua. Os<br />
negócios entre ambos os países já foram mais “calorosos”, mas a Baía de<br />
Luanda continua a ser um espelho de oportunidades<br />
Da euforia à acalmia. As relações<br />
comerciais entre empresas lusas<br />
e angolanas foi de um extremo<br />
ao outro. Do oitenta para o oito. Uma<br />
realidade comprovável pelo ritmo de<br />
exportações nacionais que, nos últimos<br />
tempos caiu, com algum estrondo. Segundo<br />
dados do Instituto Nacional de<br />
Estatísticas (INE), as exportações de bens<br />
para Angola atingiram 552,0 milhões<br />
de euros no primeiro trimestre de 2015,<br />
recuando 23,6% face ao mesmo período<br />
de 2014, quando a globalidade <strong>das</strong> exportações<br />
nacionais de bens registou<br />
uma subida de 4,0%.<br />
Conforme nota o INE, estes números<br />
denunciam uma tendência de “desaceleração”<br />
do crescimento <strong>das</strong> exportações<br />
de bens para Angola iniciada em<br />
2013, depois dos acréscimos anuais<br />
“acentuados” de 22,3% e 28,3%, em 2011<br />
e 2012, respetivamente. Em 2013, o<br />
aumento foi de 4,2% e em 2014... de<br />
2%. Daí que tocassem os alarmes<br />
quando os primeiros três meses deste<br />
ano se traduziram na maior queda homóloga<br />
entre países de destino <strong>das</strong><br />
exportações portuguesas. Um decréscimo<br />
particularmente sentido no que<br />
a máquinas e aparelhos (-24%), metais<br />
comuns (-21,85) e outros produtos<br />
(-35,1%) diz respeito.<br />
Por: Jorge Flores<br />
n MERCADOS IRMÃOS<br />
As empresas do mercado aftermarket<br />
nacional continuam encanta<strong>das</strong> com a<br />
beleza da “Baía de Luanda”. A agenda<br />
angolana continua a reclamar a atenção<br />
dos nossos empresários. Em alguns deles<br />
há já muitos anos. Caso da FMF Ferramentas,<br />
que possui uma filial, com<br />
instalações e recursos humanos próprios,<br />
em Luanda (a Angoferraria), desde 1992.<br />
Ao longo dos 23 anos de atividade neste<br />
mercado, “houve períodos bons e menos<br />
bons”, adianta João Constantino, diretor<br />
comercial da empresa, mas, ainda assim,<br />
“o balanço é francamente positivo”.<br />
A Coperol é outro exemplo de consistência.<br />
Presente em Angola desde 2005,<br />
ano em que por lá começou a operar,<br />
mas ainda com outro nome no registo.<br />
Só em 2007 assumiu o seu. “Abrimos a<br />
empresa constituída já como Coperol”,<br />
adianta Domingues da Costa. Segundo<br />
afirma o administrador da empresa ao<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, “todos os negócios<br />
e especialmente aqueles que dizem respeito<br />
a políticas de internacionalização,<br />
têm os seus avanços e recuos, mais ou<br />
menos controlados”.<br />
Neste momento, a Coperol “é uma empresa<br />
sobejamente conhecida no seu<br />
ramo de atividade em praticamente toda<br />
a Angola, com um nome muito forte em<br />
todos os PALOP, sendo, sobretudo, muito<br />
prestigiada pela qualidade dos seus produtos,<br />
serviços e pela sua elevada conduta<br />
ética, regida pela seriedade que<br />
pomos em todos os nossos negócios”,<br />
sublinha. Para Domingues da Costa, “o<br />
desenvolvimento <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> ainda só<br />
não atingiu a velocidade de cruzeiro<br />
Julho I 2015<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com