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PARANÁ CADERNO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA - Ministério do ...

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Caderno da Região Hidrográfica <strong>do</strong> Paraná176• Um segun<strong>do</strong> tipo de interferência é quan<strong>do</strong> existemusuários que disputam o uso de água em um corpohídrico cuja disponibilidade é insuficiente para atenderambas as demandas. Ambos os usos podem seroutorga<strong>do</strong>s, mas não ambos por falta de disponibilidadede água. Este pode ser o caso da interferência daoperação de uma hidrelétrica na ponta <strong>do</strong> consumo ea navegação no trecho de jusante.A Região Hidrográfica <strong>do</strong> Paraná, abrangen<strong>do</strong> a área maisdesenvolvida <strong>do</strong> país, apresenta um quadro de uso intensivo<strong>do</strong>s recursos hídricos e, de resto, de to<strong>do</strong>s os demais recursosnaturais, configuran<strong>do</strong> um extenso rol de situaçõespotencialmente conflitivas. Neste senti<strong>do</strong>, FGV (1998, commodificações), buscou identificar e caracterizar as questõesmais importantes quanto ao uso <strong>do</strong>s recursos hídricos efazen<strong>do</strong> avaliações preliminares sobre seu significa<strong>do</strong> nocontexto regional, citan<strong>do</strong> os seguintes conflitos de uso ouinterferências mais evidentes:• Diluição de efluentes <strong>do</strong>mésticos e industriais x abastecimentourbano, em que a perda de qualidade daságuas acaba por representar uma limitação na disponibilidadeefetiva de recursos hídricos, e que encontrana região metropolitana de São Paulo a situaçãomais crítica, embora ocorra também em outras áreasdensamente urbanizadas, principalmente quan<strong>do</strong>próximas aos divisores de água.• Irrigação x abastecimento urbano, configuran<strong>do</strong> concorrênciadireta de <strong>do</strong>is usos consuntivos frente à disponibilidadeslimitadas e que ocorre em várias áreasdas Sub-bacias <strong>do</strong>s rios Tietê (rios Piracicaba e Tietê/Sorocaba) e Grande (rios Grande, Turvo e Araguari).• Demanda industrial x abastecimento urbano, novamenteconfiguran<strong>do</strong> <strong>do</strong>is usos consuntivos concorrentes,dentro de um quadro de disponibilidades limitadas, emque cabe mencionar, exemplificativamente, a região <strong>do</strong>Baixo Par<strong>do</strong>-Mogi, onde há grande concentração de usinasde açúcar e álcool.• Uso inadequa<strong>do</strong> <strong>do</strong>s solos x degradação quali-quantitativa<strong>do</strong>s mananciais, que se refere a perdas ambientaisque alteram as disponibilidades hídricas, sejapela modificação <strong>do</strong> regime fluvial, seja pelo comprometimentoda qualidade das águas, e que inclui asáreas desmatadas e áreas de cultivos intensivos, alémda poluição difusa por agrotóxicos em quase toda aRegião Hidrográfica <strong>do</strong> Paraná.• Uso intensivo das águas x comprometimento ambiental,referente à utilização de quase toda a disponibilidadehídrica para atendimento das demandas de origemantrópica, descuidan<strong>do</strong> da preservação ambiental.• Geração hidrelétrica x pesca, em que os reservatórios forma<strong>do</strong>sa partir <strong>do</strong>s barramentos modificam as condições<strong>do</strong> ambiente, limitan<strong>do</strong> o desenvolvimento da pesca.• Geração hidrelétrica x controle de cheias, que destacao aspecto de que as obras não foram projetadas ouainda não operam para atender a outros propósitos,entre os quais o amortecimento das cheias.A estes, somam-se os seguintes conflitos ou interferências,reais ou potenciais:• Atividades antrópicas x preservação ambiental. É amanifestação genérica <strong>do</strong>s impactos negativos aoambiente (solo, águas superficiais e subterrâneas,meio atmosférico ou biótico) ou aos “bens a proteger”.Inclui, com maior prioridade: áreas de proteçãoambiental; áreas de proteção de mananciais; áreas decobertura vegetal remanescente (“não antropizadas”)ou em estágio de regeneração; entre outras.• Cargas polui<strong>do</strong>ras geran<strong>do</strong> risco à poluição de aqüíferose <strong>do</strong> solo, notadamente em áreas urbanas (porvazamentos de combustíveis e efluentes industriais;disposição inadequada de resíduos sóli<strong>do</strong>s; sistemasde saneamento in situ; vazamentos da rede de esgotos;demais fontes de poluição, sejam pontuais ou difusas) xqualidade <strong>do</strong> solo e águas subterrâneas. Este tipo ocorrequan<strong>do</strong> há contaminação da água subterrânea utilizadapara abastecimento público ou outro(s) uso(s), ou comprometimentoda qualidade <strong>do</strong> solo, que implique emrestrições a seu uso. A problemática das áreas contaminadasinsere-se neste contexto.• Superexplotação de aqüíferos geran<strong>do</strong> interferênciasentre poços tubulares na explotação de águas subterrânease rebaixamento da superfície potenciométrica<strong>do</strong>s aqüíferos.

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