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PARANÁ CADERNO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA - Ministério do ...

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Caderno da Região Hidrográfica <strong>do</strong> Paraná72De forma mais genérica à Região Hidrográfica <strong>do</strong> Paraná, dadaa grande quantidade de reservatórios existentes no rio Paraná enos seus principais afluentes (Paranaíba, Grande, Tietê, Paranapanemae Iguaçu) e à conseqüente regularização das vazões naturaispromovida pelos mesmos, os eventos hidrológicos extremos podemapresentar-se atenua<strong>do</strong>s. Por outro la<strong>do</strong>, a utilização de barragenspara controle de cheias por vezes favorece maior ocupaçãodas áreas ribeirinhas a jusante, em conseqüência da redução <strong>do</strong>spicos e freqüências de cheias (FGV, 1998).Quanto às cheias e inundações, há duas situações a seremconsideradas na RH Paraná: as que decorrem de cheias emáreas urbanas, que afetam diretamente parcelas expressivasdas populações; e aquelas que, nas áreas rurais, correspondemà ocupação pelas águas das planícies de inundação <strong>do</strong>scursos de água. Ambas as situações causam grandes prejuízoseconômicos e são conseqüência da significativa alteração <strong>do</strong>comportamento hidrológico natural e/ou <strong>do</strong> uso e ocupaçãodesordenada <strong>do</strong> solo (FGV, 1998; PNRH-DBR, 2005).Esses eventos críticos são agrava<strong>do</strong>s, notadamente nasáreas urbanas, por ações antrópicas como: altas taxas deurbanização e impermeabilização <strong>do</strong> solo; disposição inadequadade resíduos sóli<strong>do</strong>s; lançamento de lixo nas redespluviais e drenagens; insuficiência ou ausência de medidasde combate à erosão e práticas conservacionistas <strong>do</strong> solo,agravan<strong>do</strong> situações de assoreamento; supressão da coberturavegetal; ocupação antrópica desordenada, mesmo emáreas de proteção permanente – APP e unidades de conservaçãoambiental – UCA (a RM-SP é o caso mais contundente,com estimativas de cerca de 2 milhões de pessoasviven<strong>do</strong> nestes locais e/ou de preservação de mananciais);entre outras. Em suma, há erros, ausência ou insuficiênciade ações preventivas, de disciplinamento <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> soloe das águas, e de monitoramento. Esta situação, agravadapor componentes sociais, acaba afloran<strong>do</strong> em situações deeventos críticos (inundações, áreas de risco a movimentaçãode massa etc.), que, na maioria <strong>do</strong>s casos, teve contribuiçãoantrópica para sua indução ou aceleração.Destacam-se duas áreas mais críticas a inundações na RHParaná: rio Tietê e sua área de contribuição, na região metropolitanade São Paulo; e rio Iguaçu, notadamente em seualto curso (região metropolitana de Curitiba e arre<strong>do</strong>res) ena região limítrofe entre os Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Paraná e de SantaCatarina (FGV, 1998; SUDERSHSA, 2002; SÃO PAULO,2004; PNRH-DBR, 2005). No caso paranaense, deve-secitar o trabalho “Plano Diretor de Drenagem para a Bacia<strong>do</strong> Rio Iguaçu na Região Metropolitana de Curitiba” (SU-DERHSA, 2002); no limite PR-SC, há relatos de situaçõescríticas nos municípios de Porto União e União da Vitória.Da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s em relatórios de situação <strong>do</strong>s recursos hídricos,planos de bacia e outros <strong>do</strong>cumentos técnicos exemplificamoutras situações, notadamente em áreas urbanas, no sulde Minas Gerais e em diversas cidades <strong>do</strong> interior de São Paulo(CPTI & IPT, 2003; IPT, 2003; CPTI, 2003, 2004; DESEFACIVIL, 2005; entre outros). Citam-se casos no sul de MinasGerais (como o evento de janeiro de 2000, em Itajubá – PM-Itajubá, 2000; Figueire<strong>do</strong>, 2003), nas Sub 2 Tietê-01 (PCJ),Tietê-03 (Sorocaba-Médio Tietê), Grande PR 08 (Par<strong>do</strong>),Grande PR 13 (Turvo-Grande), entre outras.Uma base de consulta on-line, com uma série de informaçõessobre inundações, riscos e desastres, é o site da Secretaria Nacionalde Defesa Civil, <strong>do</strong> <strong>Ministério</strong> da Integração Nacional:www.defesacivil.gov.br. Também são recomendadas consultasaos órgãos correlatos das diversas unidades da Federação.A avaliação das enchentes <strong>do</strong> rio Tietê, no Esta<strong>do</strong> de São Paulo,oferece um grau de complexidade eleva<strong>do</strong>, em razão da grandeconcentração urbano-industrial e das alterações no uso <strong>do</strong>s solos.Trata-se de uma questão grave que afeta seriamente a RM-SP, configuran<strong>do</strong>um problema crescente e diretamente relaciona<strong>do</strong> à deficiência<strong>do</strong> sistema de macro-drenagem urbana. Envolve, de umla<strong>do</strong>, a impermeabilização <strong>do</strong>s solos, o conseqüente aumento <strong>do</strong>escoamento pluvial, com o arraste de sóli<strong>do</strong>s e resíduos urbanospara os coletores e canais de drenagem, e de outro, a ocupaçãocrescente e indiscriminada das áreas urbanas, sobre zonas inundáveisnecessárias ao amortecimento das cheias (FGV, 1998).As obras de desassoreamento e aprofundamento da calha<strong>do</strong> rio Tietê (Fotos 5 a 8) vêm a atenuar a situação de criticidadena RM-SP, mas não são suficientes, se não acompanhadasde medidas preventivas e de caráter educativo. Alémdisso, paralelamente a estas medidas, devi<strong>do</strong> à contínuaprodução de sedimentos e detritos, geran<strong>do</strong> assoreamento,há necessidade de manutenção das obras e de desassoreamentode forma praticamente contínua.

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