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PARANÁ CADERNO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA - Ministério do ...

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5 | Análise de Conjuntura5 | Análise de Conjunturates no ambiente e podem gerar situações de bioacumulaçãoou biomagnificação. No caso <strong>do</strong>s aqüíferos, as conseqüênciasda contaminação são muito sérias e os custos de remediaçãoou mitigação são tipicamente bastante eleva<strong>do</strong>s.Estes diversos usos hegemônicos ou quase hegemônicosapresentam nítida interface com os ditos usos prioritários, notadamenteo consumo humano nas grandes concentrações populacionaise regiões metropolitanas, situadas, em sua maioria,nos altos ou médios cursos das unidades hidrográficas quecompõem a Região Hidrográfica <strong>do</strong> Paraná. Estes locais deconcentração populacional demandam grandes quantidadesde água para fins de consumo humano e, em seguida, parauso industrial. Neste caso, ações contra o desperdício de uso ereuso de água são importantes para minimizar as situações decriticidade no cotejo demandas x disponibilidades.5.2 | Principais problemas e conflitos pelo uso da águaNo ítem 4.7 foi verifica<strong>do</strong> que, na análise <strong>do</strong> históricoe realidade de conflitos na Região Hidrográfica <strong>do</strong> Paraná,sejam estes evidentes, sejam latentes ou potenciais, deve-seconsiderar a existência de interferências entre usuários deágua. Esta abordagem passa pela interação entre situações“clássicas” de conflitos entre usuários e processos de degradaçãoambiental que, na maioria <strong>do</strong>s casos interfere naqualidade das águas e também gera conflitos ou carências.Ademais, não só ocorrem conflitos pelo uso da água (casode competição entre usos diversos e não prioritários, dentrodas prioridades definidas pela Lei Federal n.º 9.433/1997),como também entre os diversos atores sociais participantes<strong>do</strong>s sistemas de gestão e interagin<strong>do</strong> das esferas de debate edeliberativas, como os comitês de bacia.Conflitos existentes ou potenciaisNa parte central da Região Hidrográfica <strong>do</strong> Paraná, háo conflito potencial entre geração de energia e navegaçãoe transporte fluvial. Este conflito ficou mais evidente em2001, com a crise de energia (racionamento), ou seja, podeseconsiderar este um conflito potencial dependente dasdisponibilidades hídricas (atreladas às precipitações pluviométricas,portanto um fator ambiental) e <strong>do</strong> gerenciamento<strong>do</strong> sistema de reservatórios (ação de gestão), numarealidade de pre<strong>do</strong>mínio da energia hidrelétrica na matrizenergética e que a Região Hidrográfica <strong>do</strong> Paraná é responsávelpor mais de 60% <strong>do</strong> total. Esta realidade reveste ouso para geração de energia como hegemônico, mas pelosbenefícios observa<strong>do</strong>s <strong>do</strong> transporte fluvial, deve-se almejara uma situação de coexistência de usos múltiplos, incluin<strong>do</strong>aí turismo, lazer e a preservação da vida aquática.Nas unidades Sub 1 <strong>do</strong> Paranaíba e Grande, além de parte<strong>do</strong> Tietê, o intenso uso da água em irrigação leva a situaçõesde conflito. Estas situações só ficam mais evidentes naanálise das unidades Sub 2 (da<strong>do</strong>s de ANA, 2005a). Assim,diversos casos de situações no cotejo entre disponibilidadese demandas preocupantes são observa<strong>do</strong>s nas unidades Sub2, enquanto que na totalização pelas unidades Sub 1 as situaçõesapresentam-se confortáveis.Complementarmente, a observação de da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s relatóriosde situação e planos de bacias, além <strong>do</strong>s órgãos outorgantesindica que a situação não é apenas potencial, mas efetiva. Citam-seos casos da Sub 2 Grande-PR-07 (Mogi-Guaçu), Grande-PR-08(Par<strong>do</strong>), Grande-PR-11 (Baixo Par<strong>do</strong>-Grande) eTietê-06 (Baixo Tietê), com expressivas demandas registradaspara irrigação (entre 9,8 e 15,8 m 3 /s).No caso <strong>do</strong> Mogi-Guaçu, a competição pre<strong>do</strong>minante éentre o uso industrial (acima de 25 m 3 /s, cita<strong>do</strong>s por SÃOPAULO, 2004) com usos diversos (irrigação, consumo humano).No caso das áreas mais populosas, com ênfase para SãoPaulo, Campinas e Curitiba, mas também Brasília, Goiâniae outras localidades, o conflito ou interferência ocorrequan<strong>do</strong> a poluição ambiental diminui as disponibilidadeshídricas para usos de água diversos, como nas situações decaptações a jusante de pontos de lançamento de efluentesou de trechos de rio com qualidade regular a péssima. Consideran<strong>do</strong>-seos da<strong>do</strong>s de esgotos <strong>do</strong>mésticos apresenta<strong>do</strong>s,destacam-se estas aglomerações e suas unidades Sub 2 e, individualmente,a unidade Sub 1 <strong>do</strong> Tietê, esta na qual estácerca de 44,2% da população não atendida por tratamentode esgoto na Região Hidrográfica <strong>do</strong> Paraná, equivalente aquase 20.000.000 de pessoas.No total, esgotos <strong>do</strong>mésticos associa<strong>do</strong>s a cerca de 45 mi-207

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