(2003), afirmaram que po<strong>de</strong> existir <strong>um</strong> período <strong>de</strong> latência da doença, indicandodiferentes níveis <strong>de</strong> resistência poligênica.Segundo HUANG et al. (2000), não existe especificida<strong>de</strong> ou raça <strong>de</strong> L. taurica,pois <strong>em</strong> <strong>um</strong> experimento realizado com espécies <strong>de</strong> abóbora, alface e alg<strong>um</strong>assolanáceas inoculadas com <strong>um</strong> isolado <strong>de</strong> oídio <strong>de</strong> tomate, resultou na infecção <strong>de</strong> todasas diferentes culturas analisadas, porém, <strong>em</strong> diferentes graus <strong>de</strong> severida<strong>de</strong>. Aocontrário, PALTI (1988) afirmou que L. taurica é como <strong>um</strong> grupo-espécie, aguardando<strong>um</strong> estudo mais <strong>de</strong>talhado para <strong>um</strong>a possível sub-divisão futura.O fungo infecta somente as folhas mais velhas <strong>em</strong> plantas adultas, pois são maissuscetíveis ao patógeno, não infectando os frutos e n<strong>em</strong> os caules das plantas <strong>de</strong>pimentão. Plantas mais jovens são imunes, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente da varieda<strong>de</strong> (SOUZA &CAFÉ FILHO, 2003). Os primeiros sinais da doença são encontrados na região abaxialdas folhas, com o surgimento <strong>de</strong> colônias pulverulentas brancas (CAFÉ FILHO et al.,2001; ZATARIM et al., 2005). Ao mesmo t<strong>em</strong>po, na parte adaxial das folhas ocorr<strong>em</strong>manchas cloróticas com <strong>um</strong>a zona necrótica central entre as nervuras primárias. Àmedida que a doença progri<strong>de</strong>, o número e o tamanho das manchas a<strong>um</strong>entamprovocando, finalmente, a <strong>de</strong>foliação (REUVENI et al., 1974; SHIFRISS et al., 1992;BLAT, 2004; BLAT et al., 2005a). Desse modo, a <strong>de</strong>foliação é o sintoma mais marcantee prejudicial <strong>de</strong> oídio <strong>em</strong> pimentão, expondo os frutos à radiação solar e a queima dosmesmos, além <strong>de</strong> causar redução no período <strong>de</strong> colheita (CAFÉ FILHO et al., 2001).O <strong>de</strong>sfolhamento po<strong>de</strong> chegar a 75% e as perdas <strong>de</strong> produção po<strong>de</strong>m atingir 40%(BLAT, 2005a). Segundo CERKAUSKAS (2003), o primeiro relato <strong>de</strong> L. taurica <strong>em</strong>British Col<strong>um</strong>bia (Canadá) foi <strong>em</strong> 2003, <strong>em</strong> pimentões cultivados <strong>em</strong> estufa, afetandoaté 80% das folhas da cultivar Triplo 4, com perda <strong>de</strong> 2 a 4 kg/m 2 <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> frutos.Em pimentões cultivados <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> hidroponia <strong>em</strong> Oklahoma (Estados Unidos),DAMICONE & SUTHERLAND (1999), observaram níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>foliação <strong>de</strong> 50 a 70%<strong>em</strong> doze cultivares analisadas com produção <strong>de</strong> frutos pequenos e s<strong>em</strong> padrãocomercial.2.3 Ocorrência <strong>de</strong> OídioDentre as doenças que passaram a predominar nas condições <strong>de</strong> cultivo <strong>em</strong>ambiente protegido <strong>de</strong>stacam-se os oídios. Entre os fungos causadores <strong>de</strong> oídios, está aespécie O. taurica Salmon (= O. sicula Scalia ou O. haplophylli Rulamort), formaanamórfica <strong>de</strong> L. taurica, por ser capaz <strong>de</strong> infectar e causar oídio <strong>em</strong> <strong>um</strong>a ampla gama6
<strong>de</strong> espécies hospe<strong>de</strong>iras, incluindo hortaliças e ornamentais (STADNIK, 2001; REIS etal., 2005).Essa doença foi inicialmente registrada como probl<strong>em</strong>a limitante da produçãoapenas <strong>em</strong> regiões secas do Mediterrâneo. DIXON (1978) indicou C. annu<strong>um</strong> como <strong>um</strong>dos principais hospe<strong>de</strong>iros <strong>de</strong> L. taurica entre as solanáceas, porque, diferent<strong>em</strong>ente dos<strong>de</strong>mais hospe<strong>de</strong>iros, permitia <strong>de</strong>senvolvimento do fungo também <strong>em</strong> regiões maisúmidas. A doença <strong>em</strong> Capsic<strong>um</strong> spp. foi registrada no continente americano apenas nadécada <strong>de</strong> 80 por CORREL et al. (1987). No entanto, os relatos <strong>de</strong> oídio <strong>em</strong> pimentas epimentões têm a<strong>um</strong>entado recent<strong>em</strong>ente, tendo surgido no Brasil há cerca <strong>de</strong> duasdécadas e se diss<strong>em</strong>inando rapidamente pelo país (BOITEUX et al., 1994; REIS et al.,2005) Atualmente, o oídio ocorre nas principais áreas produtoras da América, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>cultivos protegidos <strong>em</strong> regiões tropicais até <strong>em</strong> regiões t<strong>em</strong>peradas (DAMICONE &SUTHERLAND, 1999).O primeiro registro formal da doença no Brasil foi feito inicialmente <strong>em</strong>tomateiro, no estado <strong>de</strong> São Paulo (KUROZAWA & UENO, 1987). Quasesimultaneamente, foi observado <strong>em</strong> tomate para indústria nos estados da Bahia e <strong>de</strong>Pernambuco (KUROZAWA & BARBOSA, 1994) e tomate para mesa e pimentão noDistrito Fe<strong>de</strong>ral (BOITEUX et al., 1994). Novas hospe<strong>de</strong>iras vêm sendo relatadas <strong>em</strong>diversas localida<strong>de</strong>s do país (LIMA et. al., 2004; SOUZA & CAFÉ FILHO, 2003).Relatos mostram que L. taurica po<strong>de</strong> infectar vários grupos <strong>de</strong> plantas além dopimentão, como o tomate (CORREL et al., 1987), berinjela, batata (PALTI, 1988),alcachofra (MOLOT & LECOQ, 1986), pepino (MOLOT & LECOQ, 1986; BETTIOLet al., 1997), abóbora (BETTIOL et al., 1997), quiabo, algodão, fava (NOUR, 1958),alho-poró, alho, cebola (PALTI, 1988; DAUBEZE et al., 1995), erva <strong>de</strong> santa maria(FERNÁNDEZ, 1990), abobrinha, ervilha, tabaco e melão (HUANG et al., 2000).Na Califórnia, CORREL et al. (1987), testaram o oídio do tomate causado por L.taurica nas culturas <strong>de</strong> pimentão, algodão, alcachofra e cebola e o mesmo patógeno foicapaz <strong>de</strong> infectar todas as culturas testadas. A característica morfológica do patógenofoi similar <strong>em</strong> todos os hospe<strong>de</strong>iros. Posteriormente, o isolado <strong>de</strong> cada cultura foitestado no tomateiro e observou-se que todos os isolados testados, com exceção <strong>de</strong> <strong>um</strong>para alcachofra, foram capazes <strong>de</strong> infectar o tomateiro e parec<strong>em</strong> ser da mesma raçafisiológica.Embora não existam estudos específicos para explicar o porquê do recentecrescimento da importância do oídio, alg<strong>um</strong>as hipóteses po<strong>de</strong>m ser levantadas. A7
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